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Agendamento para tirar identidade é suspenso para receber melhorias

A Polícia Civil informa que o sistema de agendamento eletrônico na internet para emissão da carteira de identidade passa por modificações e, por isso, o serviço está suspenso até o fim deste mês. A suspensão é necessária para que seja feita a migração dos dados do sistema para uma nova plataforma em que o usuário, antes de agendar o atendimento, poderá, no próprio site da Polícia Civil, emitir o boleto bancário para pagamento da taxa de segunda via do documento, no valor de R$ 35,33.

Para o diretor de Identificação da Polícia Civil, Antonio Ricardo Paula, a expectativa é que, cada vez mais, as pessoas que agendam a emissão da carteira de identidade pela internet compareçam aos postos de Identificação no dia e hora marcados. “Grande parte das pessoas falta no dia agendado, ou pelo fato de somente agendar por agendar, ou por já terem conseguido o documento em alguma ação de cidadania”, diz.

Segundo ele, as pessoas que precisarem emitir o documento de identidade até o fim deste mês devem procurar os Postos de Identificação, que atendem por ordem de chegada, como o Centro de Atendimento ao Cidadão na Assembleia Legislativa ou o Núcleo de Atendimento ao Cidadão na Travessa Curuzu, próximo à Câmara de Vereadores. Segundo o diretor, a ausência das pessoas que fazem o agendamento pela internet – 40% do total – é responsável pela indisponibilidade de vagas no sistema de agendamento eletrônico para datas mais próximas, prejudicando quem realmente precisa do atendimento.

A nova plataforma já está sendo concluída, com previsão de abertura no site da Polícia Civil (www.policiacivil.pa.gov.br) a partir de 1º de julho deste ano. A partir deste mês, os novos Postos de Identificação implantados recentemente nas cidades de Marabá, Santarém e Parauapebas também passarão a atender por meio de agendamento eletrônico.

Reportagem: Walrimar Santos

Projeto S11D pouco beneficia Canaã dos Carajás

Apesar da instalação do projeto S11D da mineradora Vale, que visa aumentar a produção do minério de ferro na região de Carajás, representantes do setor comerciário de Canaã dos Carajás não conseguem enxergar benefícios para o município. Para o presidente da Associação Comercial e Industrial de Canaã (Aciacca), a mão de obra local não é valorizada e o dinheiro que os trabalhadores vindos de fora recebem não circula na própria cidade.

O motivo seria o fato desses operários, cerca de 5.200 na fase de implantação, terem poucas necessidades de gasto na cidade. “Eles compram pouco na nossa cidade. Não empregam o pessoal de Canaã, trazem a maioria dos funcionários de fora e não gera renda aqui, porque as pessoas que vêm de fora ficam no alojamento e não têm despesa com nada, tem tudo dentro do alojamento. Isso é um prejuízo muito grande para o nosso comércio”, diz Anderson Mendes dos Reis.

Ele acrescenta que as instalações do projeto ficam a 43 quilômetros da cidade e os trabalhadores só vêm aos finais de semana. Segundo Reis, outro fator que prejudica a circulação de dinheiro em Canaã é a insuficiência de agências bancárias. “São poucos caixas eletrônicos e poucos funcionários. Quando é na época de pagamento, não tem dinheiro no caixa, nem caixa eletrônico funcionando. Eles vão para Parauapebas sacar o dinheiro e por lá mesmo gastam”, exemplifica o presidente da Aciacca.

De acordo com ele, 70% dos operários da Vale e das empreiteiras contratadas recebem o pagamento em uma das poucas agências da cidade, que possui 112 metros quadrados e apenas dois caixas eletrônicos. Reis afirma que o outro banco até oferece uma estrutura mais ampla, porém tem poucos funcionários e falta dinheiro no caixa.

Para tentar melhorar a situação, o presidente conta que representantes do setor comerciário realizaram um manifesto pedindo a abertura de uma nova agência bancária em Canaã. Como resultado disso, segundo Reis, um contrato foi assinado por um dos bancos e a previsão para iniciar a construção da nova filial é na próxima terça-feira, dia 10 de junho.

Pertencente ao ramo imobiliário, o empresário Roberto Andrade Moreira admite que o município tem sofrido uma retração econômica, mas acredita que esse efeito é menor em relação ao resto do país. No que diz respeito ao mercado de imóveis, ele afirma que os loteamentos, por exemplo, apresentam boa saída, principalmente na compra parcelada.

Sobre o custo de vida em Canaã dos Carajás, considerado alto em comparação a outras cidades, o empresário avalia que não vai mudar muita coisa, mesmo com o crescimento populacional. “O custo de vida em Canaã e cidades vizinhas dessa região sempre foi acima de outras. Porém, não vejo que vai aumentar, ele vai manter o que já tinha antes”, defende Moreira.

Em 2010, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população de Canaã dos Carajás era de 26.716 habitantes. Em 2013, ano em que iniciou a implantação do projeto S11D, a estimativa populacional era de 31.062. “Nós canaãnenses sabemos que essa atualização do IBGE é em cima de uma média nacional e o crescimento de Canaã é muito acima de uma média nacional. Imaginamos que Canaã já ultrapassa os 50 mil habitantes”, pontua o empresário.

Reportagem: Esaú Moraes e Emilly Coelho – CT Online / Foto: Arquivo

PSDB de Parauapebas realiza Seminário de Juventude e formaliza ala feminina do partido

Sucesso de público e de crítica. Assim foi marcado um grande evento realizado na última sexta-feira (6) pelo Diretório Regional do Sul e Sudeste do Pará do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Trata-se de um Seminário de Juventude e formalização do PSDB Mulher de Parauapebas que foram realizados nas dependências da Câmara Municipal de Parauapebas e contou com uma grande participação popular, mostrando a força do PSDB em Parauapebas e região.

Visando destacar a importância dos jovens cada vez mais presente no mundo da política, a ala da Juventude do PSDB de Parauapebas realizou o seminário que teve como objetivo debater políticas públicas voltadas para a juventude e convocar a categoria para se inserir no partido, o evento contou com um grande número de jovens que saíram da Câmara Municipal com ânimo para lutar a cada dia por melhores políticas para a juventude de Parauapebas. “Ficamos felizes com a presença de vários jovens que atenderam o nosso convite e vieram ao nosso evento para debater políticas públicas voltadas para a juventude. Com certeza nosso partido valoriza a juventude e iremos sempre estar realizando eventos com o objetivo de fortalecer estes jovens que são o futuro de nossa Parauapebas, Pará, Brasil e Mundo”, destacou Frank James, atual presidente da Juventude do PSDB em Parauapebas (JPSDB).

Quem também foi destaque no evento realizado no final de semana foi a ala feminina do PSDB, que tem como presidente a professora Juliana Souza, que atualmente ocupa o cargo de titular da Secretaria Municipal de Educação do Governo Valmir Mariano.
Na oportunidade foi apresentada as mulheres que estarão à frente da ala no partido e que irão desenvolver atividades em prol das mulheres de Parauapebas e região.
“Estamos cada vez mais motivadas e iremos trabalhar muito para que nossas mulheres sejam ganhem cada vez mais espaços na política, afinal, através da políticas podemos trazer muitos benefícios para nossa classe e contribuir para uma região cada vez melhor”, relatou Juliana Souza.

Por sua vez, José Rinaldo Alves de Carvalho, o Zé Rinaldo, presidente do Diretório Regional do Sul e Sudeste do Pará do PSDB, se mostrou bastante feliz com o sucesso do evento e enfatizou a importância de se valorizar na política as alas da juventude e da mulher. “Estamos felizes com a aceitação de nosso partido em Parauapebas e região e tenho certeza que continuaremos lutando por políticas públicas de qualidade para que toda a nossa sociedade possa se beneficiar”, enfatizou Rinaldo que é pré-candidato a Deputado Estadual pelo PSDB em Parauapebas.

Reportagem: Bariloche Silva – Da Redação do Portal Pebinha de Açúcar
Foto: Israel Lira

Cai arrecadação de royalties de mineração em Parauapebas

Do primeiro dia deste ano até hoje, 6 de junho, o município de Parauapebas, maior arrecadador isolado de royalties de mineração do Brasil, recebeu na conta-corrente de sua prefeitura cerca de R$ 151.068.695,22 como cota-parte da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem). As minas de ferro de Serra Norte e a de manganês do Azul renderam menos em abril e maio em relação aos meses anteriores deste ano. A saber, a produção de um dado mês geralmente paga Cfem ou royalties de mineração no mês seguinte.
O melhor mês para o caixa da prefeitura, no quesito indústria extrativa mineral, foi fevereiro. Após o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) fazer a partilha aos entes de direito (União ficou com 12%; Governo do Pará, 23%; Prefeitura de Parauapebas, 65%) da grana repassada pela Vale, o município de Parauapebas (leia-se: prefeitura local) foi compensado com R$ 31.245.028,74 em março.

O volume de dinheiro repassado pela mineradora é expressivo, tendo em vista que pouquíssimos municípios no Brasil – apenas 49 de 5.570 – conseguem ter tamanho “fôlego econômico” como a “Capital do Minério”.
No entanto, o vigor dos royalties recebidos no primeiro semestre deste ano (com data-base sempre entre 2 e 8 de cada mês) não é o mesmo do ano passado. Em 2013, no primeiro semestre, a Prefeitura de Parauapebas recebeu “salário” da Vale de R$ 323.805.735,70. No comparativo com 2014, é possível afirmar que a queda na arrecadação foi de aproximadamente 115%. Isso se deve ao fato de que, no ano passado, a mineradora repassou cerca de R$ 200 milhões, em duas parcelas, decorrentes de uma dívida que contraiu junto ao município de Parauapebas. Por isso, mesmo num ano de produção abaixo do que extraiu em minérios em 2011 e 2012, a Prefeitura de Parauapebas apresentou recolhimento recorde de Cfem, com a incrível quantia de R$ 450.805.592,51 entocada em 2013.

PERSPECTIVAS
Dificilmente o recolhimento da Cfem chegará a esse patamar novamente nas condições de produção atual. Com o preço do minério de ferro oscilando dia após dia, e mesmo com a ampliação da capacidade produtiva dos atuais 110 milhões de toneladas (Mt) para 150 Mt, a estimativa é de que a partir de 2015 o valor da cota-parte de royalties parauapebenses chegue ao patamar de R$ 400 milhões. Se o Marco Regulatório da Mineração sair do papel e trouxer, a reboque, o aumento na alíquota que incide sobre o minério de ferro, dobrando-a dos atuais 2% para 4%, a Prefeitura de Parauapebas verá dinheiro como nunca. Caso o Marco tivesse sido aprovado no primeiro dia do ano passado com as perspectivas supostas, a prefeitura da “Capital do Minério” teria recebido impressionantes R$ 900 milhões em Cfem, o que a tornaria a 25ª prefeitura mais endinheirada do Brasil.

Como tudo é passageiro, a previsão de esgotamento da principal vedete do município é para 2035, conforme relatório divulgado pela Vale para suas operações em todo o mundo no final de março deste ano, o chamado 20-F, um documento pouco conhecido no Brasil pelo seu tamanho (a versão 2013 divulgada este ano, por exemplo, tem 278 páginas, e brasileiro tem preguiça de ler coisa importante), mas muito famoso na Bolsa de Nova Iorque, nos Estados Unidos, dada a profundidade e a qualidade com que a Vale se detalha.
Uma das ações para acelerar a retirada do minério em Serra Norte veio com o aval do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que autoriza a Vale a realizar supressão vegetal para aumentar a lavra em N4W e N5. Com a licença ambiental, chamada de Estudo de Impacto Ambiental (EIA) Global, a mineradora está liberada para explorar 1,6 bilhão de toneladas dos 2,64 bilhões que já foram medidos, provados e são prováveis existir, com teor de hematita que varia de 66,4% a 67,2%. Ou seja, o EIA Global permitirá minerar novas áreas em N4W e N5.
Vale ressaltar que na Serra Norte, onde se localizam as montanhas de minério de ferro de Parauapebas, os platôs são nomeados de N1 a N9, porém existem minas de ferro em operação apenas nos platôs de N4 e N5. As demais áreas (N1, N2, N3, N6, N7, N8 e N9) são pouco impactadas e vêm sendo alvo de pesquisa nos últimos anos. A propósito, acerca dos Enes ainda “adormecidos”, um estudo divulgado em 2002 pela Revista Brasileira de Geociências aponta existir 854 milhões de toneladas de minério de ferro flutuando nesses depósitos. Mas isso, numa gulodice orgânica do mercado por ferro, dura menos de seis anos, considerando-se a previsão de produção para 150 Mt.

TOMANDO NO COBRE
Arrecadação de Canaã caiu 37% e de Marabá subiu 139%

Diferentemente de Parauapebas, onde o minério de ferro impera, em Canaã dos Carajás e em Marabá, até o momento, quem manda é o cobre. A commodity que colocou a “Terra Prometida” no mapa do Brasil em 2004 e turbinou a economia da “Rainha do Tocantins” de 2012 para cá é extraída pela Vale, que não tem concorrente à altura no Brasil. Aliás, os dois projetos dela na região, o Sossego (em Canaã) e o Salobo (em Marabá) praticamente concorrem entre si.
Este ano, a Prefeitura de Canaã faturou até o momento R$ 11.266.370,24 em cota-parte de Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem), uma respeitável dinheirama para quem gerencia apenas 33 mil habitantes e sabe racionalizar recursos. Entretanto, é um recolhimento 37% menor em relação à compensação de 2013, no mesmo período, quando R$ 15.481.625,06 entraram no caixa daquela prefeitura.
Já a Prefeitura de Marabá viu o recolhimento da cota-parte da Cfem mais que dobrar entre 2013 e 2014. Este ano, já entraram na conta-corrente da prefeitura R$ 10.792.352,75 ante R$ 4.509.915,40 nos seis primeiros meses do ano passado. É um crescimento de quase 140% e que tende a aumentar, especialmente em 2015.
Mesmo assim, na disputa de royalties de cobre, a experiência leva vantagem. O projeto Sossego, vivo desde o início da década passada, continua o mais produtivo, ao passo que o Salobo, recém-nascido nesta década, ainda está sendo desenvolvido para aprender a produzir mais e melhor. É bom que se diga que – como adiantado pelo Blog Pesquisas Acadêmicas em postagens do ano passado e deste ano – Marabá deverá ultrapassar Canaã dos Carajás e se tornar, ano que vem, o maior produtor de cobre e maior arrecadador de Cfem oriunda desse metal do Pará e do Brasil.

PERSPECTIVAS
Com o crescimento assustador da indústria extrativa do metal em Marabá, as operações em Canaã vivem dias de sufoco porque todos os investimentos estão centrados na expansão de Salobo, o que inclui elevação de barragem de rejeitos e aumento da capacidade da mina. Atualmente, a capacidade de produção do projeto marabaense é de 100 mil toneladas por ano (tpa) de cobre, mas a Vale quer 200 mil tpa. Para tanto, o investimento esperado para o Salobo apenas este ano é de US$ 332 milhões, conforme o orçamento da Vale para 2014. Não há uma cibalena sequer para o Sossego. Só mesmo metas de produção.
Não obstante, o relatório 20-F, da Vale, é categórico em destacar que, em 2024, daqui dez anos, o último que sair do Sossego deverá apagar a luz: a jazida de cobre vai exaurir. Evidentemente, um dia acabará porque minérios são recursos finitos. A exaustão do Salobo, considerada a capacidade de produção atual (100 mil tpa), é projetada para 2065. Porém, quando a produção estiver turbinada na meta de 200 mil tpa, sua vida-útil deverá enfartar até, no máximo, 2040. Em todo caso, Marabá está assentado sobre a maior planície de cobre do Brasil. Hoje, de cada quilo de cobre medido e provado no Brasil, 532 gramas estão debaixo dos pés dos marabaenses.
No que tange a Canaã, há poucas preocupações com relação à economia – muito mais existe no que tange ao retorno social e como ficará o município com o boom demográfico por que passa atualmente. A “Terra Prometida”, que é filha da “Capital do Minério” e neta da “Rainha do Tocantins”, tem cartas na manga na indústria extrativa de cobre. Uma dessas cartas é o projeto Corpo 118, que não saiu do papel. A outra é o empolgante (para desempregados de plantão) projeto de ferro S11D, a maior engenharia mineral e financeira da história da Vale, como a mineradora mesmo alardeia aos quatro cantos.

Por causa do S11D, toda a logística da indústria extrativa regional teve de ser repensada e adaptada. Hoje, Canaã dos Carajás é um dos maiores empregadores do país, tanto em razão da montagem do S11D quanto por causa da construção do Ramal Ferroviário Sudeste do Pará (RFSP), um trecho em trilhos de 102 quilômetros que ligará o projeto canaense à Estrada de Ferro Carajás (EFC), esta a qual está sendo duplicada para receber tantas carradas (ou melhor, “trenzadas”) de minério. Só este ano, está na programação da Vale o investimento de US$ 1,09 bilhão nas obras do S11D e de US$ 1,91 bilhão para aumento da capacidade logística do Sistema Norte para apoiar o projeto de ferro canaense.
Com o S11D em ação de um lado e o Sossego de outro, a arrecadação de Cfem de Canaã deverá estar pau a pau com a de Parauapebas. Será tanto dinheiro quanto possível pintar a prefeitura da cidadezinha com milhares de cédulas de oncinhas-pintadas e garoupas. A sugestão, todavia, é investir no social para que a “Terra Prometida” não cometa os mesmos erros de sua genitora e enfrente gargalos similares, sem matriz econômica alternativa. Minério acaba e gerações humanas se perpetuam.

Em Marabá, por outro lado, não há minério de ferro à vista e que seja economicamente viável explorar. Há, na verdade, rochas no leito do Rio Tocantins – que gentilmente lhe empresta as águas – as quais estão prestes a serem removidas (ou “remomortas”?), mas cuja providência insiste em não sair do papel. Com o pedral tirado do meio do caminho, não haverá royalties a receber. Existe, sim, uma possibilidade de desenvolvimento regional com Marabá polarizando as coisas. Aliás, em matéria de polarizar, Marabá é, de fato, rainha.
Historicamente, tem polarizado problemas crônicos (de saúde, de educação, de serviços comerciais e bancários) de sua vizinha e muito pouco ou quase nada recebe em troca. Em breve, deverá polarizar a dinâmica de Rondon do Pará, que está recebendo o maior projeto de extração de alumina do globo, o Alumina Rondon, da Votorantim Metais. A principal cidade da Mesorregião do Sudeste Paraense fica, assim, no fogo cruzado de projetos maiores disso, maiores daquilo no mundo, à espera de também se agigantar e fazer jus ao prestígio que tem lá fora. Mas ainda é muita polarização para pouco retorno social. E que o povo cobre.

Reportagem especial: André Santos – Colaborador do Portal Pebinha de Açúcar

Professores do 1º ciclo participam da ‘Roda de Conversa’ com escritor paraense

Durante a tarde dos últimos dias 3 e 4, o auditório I do Centro Administrativo da Prefeitura de Parauapebas foi palco de uma importante “Roda de Conversa” com a participação especial do escritor paraense Daniel Munduruku. Voltado para professores que lecionam no 1º ciclo da rede pública municipal de ensino, o evento teve como tema “Educação, uma janela aberta para o futuro”.

A Roda de Conversa é uma iniciativa da Fundação Vale em apoio ao Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic), programa do governo federal que visa a alfabetização de crianças até 8 anos de idade. Em Parauapebas, o evento contou com apoio da Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Educação (Semed).

Na ocasião, a Fundação Vale doou uma maleta com 11 livros focados nas temáticas Literatura Indígena e Literatura Afro Brasileira. Posteriormente, a Vale doará a maleta com os 11 livros para cada escola da rede.

Ao promover o contato direto de autores de obras infantis com alunos e professores da rede pública, a Fundação busca contribuir para valorização dos livros e da leitura, bem como para a abertura de novas perspectivas para a educação no município. Com isso, ela trouxe para o município a presença do escritor paraense e indígena Daniel Munduruku, com 43 livros publicados, muitos deles com o Selo Altamente Recomendável, outorgado pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ).

Daniel Munduruku declarou a importância de estar participando do evento no município de Parauapebas, tendo em vista que dois dos onze livros que serão doados pela Vale são de sua autoria. “É fundamental essa inserção da Vale, uma empresa que usufrui de uma grande riqueza da própria região. Ela está devolvendo essa riqueza através desse tipo de ação, que é educativa e cultural, e que irá elevar o nível das crianças do município. Gosto muito desse projeto, porque ele traz os componentes sociais e culturais, e deixará esta oportunidade única para o município. A Semed tem um papel fundamental nesse projeto, que é poder alicerçar essa parceria e dar continuidade em todas as escolas públicas de Parauapebas”, disse o escritor.

A secretária de Educação, Juliana de Souza, agradeceu à parceria da Fundação Vale. “Agradecemos à empresa Vale por essa parceria e a todos os professores que estão presentes neste encontro. Tenho certeza que será muito proveitoso a todos nós”, concluiu.

Solange Carvalho, professora da Escola Benedito Monteiro, atuante na rede há mais de cinco anos, relata a experiência de ter participado da Roda de Conversa. “Foi muito importante participar deste momento. Daniel trouxe muitos conhecimentos para fortalecer ainda mais as nossas atividades no município, tendo em vista que já participamos de várias formações. Achei uma experiência única e irei repassá-la a meus alunos”, declara a professora.

Reportagem e foto: Luzandra Vilhena

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