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Parauapebas é o melhor ‘negócio’ para a Balança Comercial do Brasil

Saíram na última terça-feira (6), os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) referentes às exportações de agosto.

Parauapebas exportou em agosto 410 milhões de dólares em minérios de ferro e manganês – quase o dobro em relação aos 226 milhões de dólares exportados em agosto do ano passado.

O mês passado, aliás, foi o segundo melhor deste ano para os negócios da mineradora multinacional Vale, que tem em Parauapebas seu curral, do qual extraiu e vendeu 11,9 milhões de toneladas de minérios. Só em minério de ferro, a Vale já retirou de Parauapebas até o momento 89,8 milhões de toneladas – 15 milhões a mais em relação ao mesmo período do ano passado, conforme dados do Ministério.
A empresa é gulosa, tem sede de lucro e sua digestão por ferro é apressada.

A gastrite disso virá nas próximas décadas, com a formação de um abscesso (buraco mesmo) no estômago de Parauapebas, que sofrerá quando a mineração em grande escala praticada hoje findar seu ciclo. Se não se antecipar aos fatos, o município viverá de vacas magras, desnutrido, chupando o dedo, fatalmente.

LUCRO PARA QUEM?

No acumulado do ano, Parauapebas já exportou 2,7 bilhões de dólares e ocupa o 5º lugar nacional. Em termos de lucro, contudo, Parauapebas é o melhor “negócio” do país porque concede lucro de 2,64 bilhões de dólares à Balança Comercial do Brasil.

Barcarena é o 2º maior exportador do Pará (e 15º do Brasil), com 1,31 bilhão de dólares, e 10º melhor negócio do país, com lucro de 1,06 bilhão de dólares; e Marabá é o 3º maior exportador paraense (e 37º do Brasil), com cerca de 660 milhões de dólares negociados no exterior, além de ser o 19º melhor negócio brasileiro, ao contribuir com aproximadamente 600 milhões de dólares de lucro à nação.

Fortes para sustentar economicamente o país, esses municípios paraenses carregam consigo fragilidades históricas em áreas basilares, como saneamento básico. Os montantes apresentados pelas vigorosas exportações não ficam com as prefeituras e, mesmo que ficassem, a história administrativa de cada uma dessas localidades já mostrou que tais valores não seriam suficientes.

Nos últimos 20 anos, cada um dos maiores exportadores do Pará e do Brasil – Parauapebas, Barcarena e Marabá – viu sua prefeitura arrecadar mais de R$ 1,5 bilhão no acumulado dos anos. Mas o que foi feito com essa avalanche de dinheiro é pauta para outra reportagem.

Reportagem: André Santos – Colaborador do Portal Pebinha de Açúcar

Prefeitura de Parauapebas ‘enche’ conta com mais de R$ 14 milhões

O Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) disponibilizou na manhã da última terça-feira (6) a cota-parte dos royalties às prefeituras dos municípios produtores de minérios. Parauapebas continua na liderança nacional e recebeu em conta R$ 14,67 milhões. Depois dele, aqui no Pará, quem mais ganhou foi Marabá, cuja prefeitura embolsou R$ 3,71 milhões, seguida da Prefeitura de Canaã dos Carajás, que foi contemplada com R$ 1,86 milhão. O município de Curionópolis, aqui na região, também abocanhou R$ 572 mil.

Parauapebas produz minérios de ferro e manganês na Serra Norte de Carajás; Marabá produz cobre na Serra do Salobo; Canaã dos Carajás também produz cobre, só que na Serra do Sossego; e Curionópolis entrega minério de ferro na Serra Leste de Carajás. Em todos esses municípios, é a Vale quem opera 95% da indústria extrativa e que, portanto, recolhe a Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem), ou royalty de mineração. Há outros tipos de pequena mineração nesses municípios, mas com recolhimento de royalties inexpressivo.

QUEDA NA CFEM

A arrecadação de Parauapebas apurada hoje é quase R$ 5 milhões inferior ao valor recebido um mês atrás e se refere à lavra de minérios realizada no mês de julho. A de Marabá também caiu mais de R$ 800 mil, enquanto a de Canaã foi diminuída em cerca de R$ 200 mil.
Este ano, a Prefeitura de Parauapebas já recebeu R$ 139,5 milhões em royalties de mineração, quantia com a qual o Executivo não pode pagar dívidas administrativas ou salário de servidores. Teoricamente, o resto pode. A Prefeitura de Marabá já embolsou R$ 35,8 milhões, ao passo que a de Canaã captou R$ 14,8 milhões e a de Curionópolis, R$ 3,3 milhões.

Não há detalhamento por parte das prefeituras sobre com o quê gastam essas fortunas. Não há transparência nos gastos realizados com a Cfem tampouco há fiscalização acerca disso.
Parauapebas deve encerrar 2016 com um total de R$ 186 milhões de Cfem arrecadados, muito menos que os R$ 260 milhões esperados pela prefeitura local no ano todo. Isso, fatalmente, contribui para comprometer o orçamento previsto para o ano que vem, que deve tombar cerca de R$ 200 milhões em relação ao orçamento de 2016. É o empobrecimento em ritmo veloz e assustador de uma das prefeituras mais ricas do Brasil.

Reportagem: André Santos – Colaborador do Portal Pebinha de Açúcar

 

Parauapebas ‘morre’ do coração, aponta Ministério da Saúde

O Datasus, base de dados do Ministério da Saúde, disponibilizou dados sobre a mortalidade dos municípios que – se utilizados por gestores sérios, competentes e com visão social em relação à qualidade de vida do seu povo – podem nortear políticas públicas na área da saúde e mais: prevenir a complicação de doenças, a superlotação dos hospitais e a mortalidade precoce. Os números são de 2014, os mais atualizados disponíveis.

Curiosamente, aqui na região, quase todos os município têm uma causa de morte preponderante em comum: falência do aparelho circulatório, traduzido em infarto e acidente vascular cerebral, o popular AVC. Em Marabá, 1.209 pessoas morreram de AVC em 2014, enquanto em Parauapebas 749 pereceram pelo mesmo motivo. Em Canaã dos Carajás, infartos e AVCs enterraram 154 pessoas, ao passo que em Curionópolis outras 103 também tiveram o mesmo destino. Apenas em Eldorado do Carajás as complicações do aparelho circulatório não sobressaem: lá, 148 mortes tiveram causas diversas (como um resfriado, por exemplo).

Apesar desses números elevados, os municípios paraenses são razoavelmente mais saudáveis quando comparados com localidades com mais ou menos seu porte populacional de quaisquer outros lugares do país. Em Minas Gerais, no Rio Grande do Sul e em São Paulo, por exemplo, morre-se muito mais por causa de problemas nos aparelhos circulatório e respiratório e, além disso, as cidades desses estados estão infestadas de habitantes falecendo por causa de tumores malignos.

Hábitos alimentares insanos, a correria do dia a dia, a poluição e o estresse estão matando precocemente moradores do Sul e Sudeste.
Não fosse a violência, um dos motivos que mais sepultam paraenses, o Pará seria o Estado com a média de população mais saudável do Brasil.

Reportagem: André Santos – Colaborador do Portal Pebinha de Açúcar

Ideb de Parauapebas é maior que o das capitais, aponta MEC

Alunos concluintes do ensino fundamental da rede pública de Parauapebas são, de longe, melhores, em termos de desempenho escolar, que os de capitais como São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Belo Horizonte (MG). Os paraenses fazem cálculo com mais eficiência e escrevem melhor, de acordo com os números finais do Ministério da Educação (MEC).

Parauapebas bateu suas metas no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), enquanto as supercapitais do país estagnaram, notadamente no ensino fundamental maior. Em Marabá, os alunos do fundamental são mais “sabidos” que os gauchinhos de Porto Alegre (RS) e a turminha de Brasília (DF).

Nem mesmo as maracutaias que São Paulo e Rio de Janeiro estão acostumados a fazer para alcançar boas notas em exames de expressão nacional – de forma similar ao que fazem no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) – surtiram efeito.

Os estados do Sudeste e do Sul se veem acochados pelos do Nordeste e do Norte, que crescem e batem metas. Pernambuco, no Nordeste, e Amazonas, aqui no Norte, por exemplo, foram os únicos a atingir as metas de ensino médio propostas pelo Ministério da Educação.

As “potências” do Brasil sofrem mais um duro golpe.

Reportagem: André Santos – Colaborador do Portal Pebinha de Açúcar

Greve de bancários pode acabar na próxima terça-feira (13)

Bancários e representantes da Federação Nacional do Bancos (Fenaban) voltam a se encontrar na próxima terça-feira (13), em São Paulo, para nova rodada de negociação, após a categoria ter rejeitado a proposta de reajuste de 7%, em reunião realizada ontem, quando a categoria decidiu manter a greve iniciada na terça.

No quarto dia de paralisação, 10.027 agências e 54 centros administrativos tiveram as atividades paralisadas, ainda de acordo com a Contraf.

De acordo com o Banco Central, o país tem 22.676 agências bancárias (dado de julho). A Fenaban não divulgou balanço de agências fechadas e afirmou apenas que a população tem à sua disposição uma série de canais alternativos para realizar transações financeiras.

Reivindicações

A categoria havia rejeitado a primeira proposta da Fenaban – de reajuste de 6,5% sobre os salários, a PLR e os auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3 mil. A proposta seguinte, também rejeitada, foi de reajuste de 7% no salário, PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche, além de abono de R$ 3,3 mil.

Os sindicatos alegam que a oferta não cobre a inflação do período e representa uma perda de 2,39% para o bolso de cada bancário. Os bancários querem reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial – no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho) -, PLR de três salários mais R$ 8.317,90, além de outras reivindicações, como melhores condições de trabalho.

A Fenaban disse em nota que “o modelo de aumento composto por abono e reajuste sobre o salário é o mais adequado para o atual momento de transição na economia brasileira, de inflação alta para uma inflação mais baixa”.

Atendimento

Em nota, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) lembra que os clientes podem usar os caixas eletrônicos para agendamento e pagamento de contas (desde que não vencidas), saques, depósitos, emissão de folhas de cheques, transferências e saques de benefícios sociais.

Nos correspondentes bancários (postos dos Correios, casas lotéricas e supermercados), é possível também pagar contas e faturas de concessionárias de serviços públicos, sacar dinheiro e benefícios e fazer depósitos, entre outros serviços.

Greve passada

A última paralisação dos bancários ocorreu em outubro do ano passado e teve duração de 21 dias, com agências de bancos públicos e privados fechadas em 24 estados e do Distrito Federal. Na ocasião, a Fenaban propôs reajuste de 10%, em resposta à reivindicação de 16% da categoria.

Reportagem: G1

Acidentes de motos impactam prejuízo de R$ 1,6 bi no Pará

Somente este ano, os acidentes de trânsito devem impactar prejuízo na ordem de R$ 1,6 bilhão no Pará, segundo dados do Centro de Pesquisa e Economia do Seguro (CPES), da Escola Nacional de Seguros. A instituição revela ainda que a maioria dos acidentes envolvem motocicletas, que, aliás, representam 49% dos veículos que circulam em território paraense. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – Regional Pará (Sbot-PA), os números de ocorrências são cada vez mais  crescentes. No ano passado, foram registrados 29.784 casos de acidentes no estado envolvendo motociclistas. Os acidentes resultaram em 627 mortes e 9.908 ferimentos. Ainda de acordo com os especialistas, as sequelas em pacientes muitas vezes são graves e mais da metade dos acidentados necessita de cirurgia.

Diversos casos clínicos estão em discussão no XIV Congresso Brasileiro de Reconstrução e Alongamento Ósseo (CBRAO), que iniciou na última quinta-feira (8) e termina hoje (10), na capital paraense. É a primeira vez que o evento é realizado no Norte do país. De acordo com Dr. Marcus Aurélio Preti, presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – Regional Pará (Sbot-PA) e do XIV CBRAO, as lesões são cada vez mais graves. “O número de entrada de pacientes com fraturas expostas e tendo que realizar amputações tem aumentado. Novos casos sempre aparecem e a reavaliação dos casos clínicos junto a outros profissionais de saúde é fundamental para auxiliar situações novas. Soluções para casos complexos estão cada vez mais difíceis, então essa troca de experiência é necessária para que busquemos sempre a melhor escolha no tratamento do paciente”, completa.

Em paralelo ao XIV CBRAO, acontece o I Congresso Brasileiro de Fisioterapia em Reconstrução e Alongamento Ósseo. Segundo a presidente do congresso, Marcela Machado, a ideia do evento é mostrar que a fisioterapia pode ajudar bastante na recuperação do paciente com fratura. “E para alcançar este objetivo, a integração médico-fisioterapeuta ou multidisciplinar é fundamental, por isso a realização desse congresso, que busca a troca de experiências sempre em prol da melhoria do tratamento do nosso semelhante”, diz Marcela. Na programação dos eventos consta conferências internacionais e nacionais com a participação de profissionais com vasta experiência na utilização de fixador externo e interno; além de mesas redondas, simpósios, palestras e apresentação de casos clínicos.

Reportagem: ORM News

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