Pesquisar
Close this search box.
Pesquisar
Close this search box.

11ª Parada Gay de Parauapebas será realizada no final de agosto

Criação de políticas públicas em Parauapebas para a promoção, defesa, garantias de direitos humanos e de cidadania da população LGBT. A reivindicação foi apresentada no último dia 11, ao prefeito Darci Lermen, em reunião na prefeitura, por um grupo de ativistas liderados pelo Instituto Abraço à Diversidade (IAD), coordenado por Ana Cristina Carmona Leitão.

Participaram da reunião o secretário municipal de Planejamento, João Corrêa, o deputado estadual Dirceu Ten Caten (PT), a presidente da Associação dos Moradores Nascidos em Parauapebas (Amonpa), Aglaudene Tomé. E ainda os integrantes do IAD de Parauapebas Luanna Maria Rodrigues Carmona, Shaiera Oliveira e Elton Reis.
Ao prefeito, eles entregaram um programa intitulado “Parauapebas pela Cidadania LGBT”, com propostas de ações de enfrentamento ao preconceito e à discriminação em relação à orientação sexual e identidade de gênero bem como em defesa da cidadania LGBT em Parauapebas.

Cristina Carmona explicou que o programa é similar ao implantado em Belém, onde foi criado o Conselho de Diversidade do Pará. Dirceu Ten Caten ofereceu a assessoria jurídica do gabinete dele, para estudar juntamente com a prefeitura um projeto que contemple o movimento.

A ideia é criar uma coordenadoria ou secretaria que abarque não apenas os direitos da comunidade LGBT, mas que também defenda a igualdade racial, os direitos dos povos indígenas e as pessoas com deficiência. “Pode ser criada uma secretaria ‘guarda-chuva’, para trabalhar com vários eixos sociais”, sugeriu Dirceu Ten Caten.

A justificativa para a reivindicação do IAD é uma velha conhecida: a discriminação, o preconceito, que originaram a chamada LGBTfobia, o que resulta em violência física, psicológica e simbólica contra quem não é heterossexual. O Brasil continua como campeão mundial de crimes contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais: 40% dos assassinatos de transexuais e travestis foram cometidos no Brasil, em 2016, segundo agências internacionais.

Pesquisa do Grupo Gay da Bahia (GGB) indica que a cada 23 horas um LGBT é assassinado no País. Em 2013, foram 198 assassinatos, dos quais 15 no Pará, sendo cinco na região do Carajás. O movimento LGBT acredita que esse número pode ser superior porque registros oficiais esconderiam a orientação sexual e identidade de gênero de vítimas do preconceito e do ódio.
Os ativistas observam que em Parauapebas ainda não existe serviço público específico voltado para a população LGBT. “Assim, não conseguimos ao longo dos anos construir um banco de dados com informações consistentes, o que vem dificultando a formulação de respostas resolutivas à questão da violência LGBTfóbica”, diz a justificativa do programa entregue ao governo.

PARADA GAY

A IAD pediu apoio da prefeitura, para realização da 11ª Parada Gay de Parauapebas, que será realizada no final de agosto. No ano passado, a festa reuniu quase 20 mil pessoas no município. Foi conversado na reunião sobre a importância do evento para o empoderamento da população LGBT.

Vendas de veículos no Pará registram crescimento no mês de junho e Parauapebas é destaque

As vendas de veículos novos no Pará no mês de junho cresceram 7,25% em relação a maio, com destaque para Parauapebas. Foram 8.192 emplacamentos de veículos no sexto mês do ano enquanto maio registrou 7.638 veículos emplacados. Os dados divulgados pelo Sindicato das Concessionárias e Distribuidoras de Veículos do Pará e Amapá (Sincodiv PA/AP) contemplam automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários e outros e indicam a retomada de aquecimento do setor.

O melhor resultado foi registrado no segmento de ônibus e caminhões, que cresceu 25,71% no estado, o que sugere bom desempenho econômico de negócios que utilizam esse tipo de veículo para fins comerciais. Os números do Pará nessa categoria superam os dados nacionais, que indicam que as vendas em junho cresceram 5,63% em relação ao mês de maio.

Os emplacamentos de automóveis e comerciais leves somaram 3.252 unidades no mês passado, registrando crescimento de 5,79% em relação ao mês anterior. No comparativo entre junho de 2017 e o mesmo período do ano anterior, quando foram emplacados 2.789 veículos no Pará, o crescimento foi de 16,6%.

APROV oferece cursos preparatórios grátis

Com o objetivo de cumprir sua função social, contribuindo assim para a diminuição das desigualdades de classes no quesito educação, o APROV CURSOS oferece um curso pré-vestibular gratuito para alunos de baixa renda.

O curso, na modalidade presencial, oferece aulas todos os finais de semana, sempre com disciplinas rotativas e com professores da instituição de ensino trabalhando de forma voluntária. “É uma força de trabalho de todos. A escola oferece espaço, material e estrutura pedagógica e os professores entram com seu trabalho voluntário”, explica Arilson Paixão, diretor do APROV, detalhando que as inscrições devem ser feitas no próprio prédio do APROV, localizado na Rua A, 587; Cidade Nova, em Parauapebas.

O APROV CURSOS está no mercado há 16 anos, período em que oferece cursinho popular e de alta qualidade aos munícipes.

Chacina em Pau D’arco é confirmada pelo Governo do Pará

Representantes da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) e do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves apresentaram nesta quarta-feira (12), durante entrevista coletiva na Segup, o resultado do laudo de balística feito nas armas de fogo usadas durante a operação policial que resultou, no último dia 24 de maio, na morte de dez posseiros, na fazenda Santa Lúcia, em Pau D’arco, sudeste do Pará. O laudo será incluído no inquérito que investiga as mortes.

Ao todo foram periciadas 53 armas, onze encontradas no local das mortes. Foram necessários três tipos de exames, entre eles o mais importante, de microcomparação balística, feito 2.945 vezes, que possibilitaram a identificação de parte das armas usadas nas mortes. De uma delas, de patrimônio da Polícia Civil, partiram projéteis que vitimaram duas pessoas. Projéteis de uma arma de poder da Polícia Militar foram encontrados em outra vítima.

Ainda segundo o laudo, cinco pessoas foram mortas por apenas uma arma – uma pistola ponto 40 – que não está entre as 53 encaminhadas para a perícia. “Também não foi possível identificar de onde partiu o tiro que vitimou a única mulher do grupo, por se tratar de uma arma de cano longo, o que não possibilita a averiguação por microcomparação, nem do décimo envolvido, já que os projéteis não tiveram condições de conferência, pois estavam bastante deformados”, explicou o diretor do CPC, Orlando Salgado.

Cumprimos a missão com responsabilidade e transparência, buscando a verdade, e procuramos fazer isso dentro do prazo. O exame de balística é mais um elemento da investigação, que tem outras provas materiais e, com ele, contribuímos com o trabalho de investigação que está sendo feito”, acrescentou Orlando Salgado.

Verdade – O titular da Segup, Jeannot Jansen disse que a instituição vem trabalhando com isenção, rigor de procedimentos e transparência. “A população é testemunha da nossa determinação e da busca incansável de celeridade. Evitamos precipitações desnecessárias, buscando sempre prudência a fim de que a verdade seja definitivamente esclarecida. Temos tido isenção total na busca incessante das provas e laudos, com o rigor necessário para a apuração completa e transparência”, afirmou.

Sobre a participação do Estado na apuração dos fatos, o secretário ressaltou que “o Pará é absolutamente capaz de buscar a verdade, mesmo que ela seja dolorosa e seja necessário, caso isso se confirme nos laudos e no inquérito, reconhecer que alguns dos agentes traíram o Estado e agiram de forma diferente do padrão e orientação estabelecido. Estamos trabalhando incansavelmente para que os fatos sejam esclarecidos e que uns não paguem por outros”, acrescentou.

Para o delegado geral Rilmar Firmino, a isenção da investigação demonstra a preocupação em esclarecer os fatos. “Do ponto de vista operacional, foi uma operação legal, mas ela teve um desfecho trágico. Os laudos falam. E, pelo que foi apurado, tudo indica que não houve confronto e, sim, um desfecho inaceitável”, pontuou.

Firmino também reforçou que todos serão responsabilizados pelos crimes, caso se confirmem. “Se juntarmos todos os laudos, não tenho dúvida de que não houve confronto. Com as provas materiais, que são os exames balísticos, a reprodução simulada e outros componentes do inquérito, vamos ter condições de confrontar as versões e individualizar a conduta de cada participante para responsabilizarmos criminalmente quem cometeu os delitos”, declarou.

A Segup já encaminhou os laudos para o Ministério Público e para a Polícia Federal. A Polícia Civil deverá concluir em breve o inquérito sobre o caso, com o devido encaminhamento para a justiça.

Prisões – A Segup apresentou na segunda-feira (10) mais detalhes sobre o cumprimento dos mandados de prisão temporária de 13 policiais que compunham a missão. A prisão temporária foi solicitada pelo promotor de justiça Alfredo Amorim, um dos quatro promotores que conduzem a investigação especial sobre o caso pelo Ministério Público. O documento foi recebido pela Polícia Federal na noite de sexta-feira (7) e cumprido integralmente na manhã de segunda. Os envolvidos se apresentaram espontaneamente.

Ao todo, foram presos onze policiais militares e dois policiais civis. Por se tratar de prisão temporária, conforme decisão judicial, os policiais militares ficarão custodiados nos quartéis da Polícia Militar e os policiais civis, no quartel do Corpo de Bombeiros. Do grupo de militares, oito se apresentaram em Redenção e foram encaminhados na tarde de segunda para Belém. O outro policial militar deve ser encaminhado para a capital na terça-feira (11). Todos ficarão à disposição da justiça para prestar esclarecimentos.

O representante da Polícia Federal destacou a importância da operação em conjunto com o Estado. “No momento em que recebemos a decisão, uma das medidas tomadas foi justamente procurar a Secretaria de Segurança, pois entendemos que esse apoio é fundamental, inclusive na questão logística, com as aeronaves usadas”, disse o superintendente da Polícia Federal no Pará, Uálame Machado.

Reportagem: Lidiane Sousa / Agência Pará

Bandidos explodem caixas eletrônicos em Jacundá

Uma quadrilha de homens armados explodiu dois caixas eletrônicos de uma agência bancária no município de Jacundá, sudeste paraense, na madrugada desta quinta-feira (13). Os criminosos fugiram levando dinheiro. A Polícia Civil não soube informar a quantia roubada. Moradores da cidade ficaram assustados com a ação.

De acordo com as primeiras informações da Polícia Civil, os homens entraram de madrugada na agência e fizeram alguns policiais como reféns na fuga. Os homens estavam em três carros e fugiram por uma local conhecido como ‘Estrada do goiabal’, que dá acesso ao município de Rondon do Pará. Os policiais utilizados como reféns e os carros foram encontrados horas depois na zona rural do município.

Equipes da Polícia Civil de Belém, Abaetetuba, Marabá, Tucuruí e Tailândia já estão no município para dar apoio à policia local.

Fonte: ORM News

Vale fatura 4,88 bilhões de dólares nas costas de Parauapebas e companhia

“Quatro anos atrás, escrevi por aí que, em 2017, a indústria extrativa mineral do Pará ultrapassaria à de Minas Gerais, sem que fosse necessário esperar a virada da década. Pois pronto: fechou. No primeiro semestre deste ano, o resultado financeiro das exportações do Pará superou, de maneira inédita, o de Minas, um estado matusalênico em se tratando de extração de minérios. A Vale, sozinha, exportou 4,88 bilhões de dólares em recursos minerais do Pará, quase o dobro ante os 2,73 bilhões exportados no mesmo período do ano passado.

Agora, foco no mapa de geografia do Pará: de onde você acha que saiu essa virada histórica? Vamos dar nomes aos bois de canga: Marabá, Parauapebas, Canaã dos Carajás, Curionópolis e Ourilândia do Norte. Essas são as estrelas municipais de onde a manda-chuva do Pará, a mineradora multinacional Vale, extrai riquezas e deixa muitos a verem navios, às margens de uma ferrovia que corta comunidades paupérrimas e por onde passam três quilômetros e 300 metros de um monstrengo trem com suas 330 locomotivas carregando o melhor minério de ferro do globo e outras commodities.

É a Vale quem manda no Pará, e poucos ousam afrontar sua tirania no estado — tirania que, diga-se de passagem, só é magistralmente competente para a mineração; é fraquérrima em assessoria, responsabilidade social e relacionamento com a comunidade haja vista as enrascadas incontáveis nas quais a empresa se mete com populações que moram nas cercanias de seus projetos.

De hoje a 15 dias, a poderosa Vale vai divulgar seus resultados (de produção física e de balanço financeiro) a investidores do mundo todo lá no Rio de Janeiro. A vida dos municípios onde ela mantém operações, como Marabá, Parauapebas e companhia, é toda decidida lá, mas ninguém se atém ao fato de que, a cada anúncio de recorde de produção da empresa (como ela fará dia 27), são três meses a menos de vida útil para os minérios da região. E tendo a vida útil encurtada a cada três meses, o resultado financeiro de médio prazo para os municípios, na prática, é o caos, particularmente para as localidades de Parauapebas e Canaã dos Carajás, cujas finanças das respectivas prefeituras têm alto grau de dependência da atividade mineradora realizada pela Vale.

5 CONTRA QUASE 500

O que somente a Vale extraiu e exportou, em dólar, dos municípios paraenses é equivalente a praticamente toda a extração e exportação de minérios que ela mesma, a Vale, fez em Minas e todas as outras mineradoras juntas que atuam lá naquele estado da Região Sudeste. Só para comparar, falo de um confronto direto entre apenas cinco municípios paraenses (Marabá, Parauapebas, Canaã dos Carajás, Curionópolis e Ourilândia do Norte) e todos os quase 500 municípios mineradores de Minas Gerais (a rigor, 448 no primeiro semestre de 2017).

Os dados são oficiais e foram divulgados na manhã desta quarta-feira (12) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). É claro que essas estatísticas jamais vão bater com as da Vale, que, misteriosamente, apresenta outros números ao mercado, mesmo suas ações de exportação estarem sujeitas ao crivo do MDIC. Imagine aí o tamanho — e a carreira histórica — da sonegação embutida nas disparidades.

No próximo artigo, vamos viajar por 450 quilômetros de corredor da indústria extrativa mineral, pelas rodovias BR-155 e PA-275, no trecho correspondente a Marabá e Parauapebas; depois pela PA-160, seguindo de Parauapebas até Canaã dos Carajás; e, por fim, pela PA-279, de Canaã a Ourilândia do Norte. Você vai perceber como o trajeto é marcado por riqueza que ninguém vê e sofrimento que todos sentem, inclusive com estradas mal cuidadas, trechos perigosos, cheios de buracos e até sem asfalto. Aguarde”.

Por: André Santos – Jornalista e engenheiro de minas

Deixe seu comentário