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Encerramento do curso de Libras é marcado por exposição de Jogos Pedagógicos

O hall de entrada da Prefeitura de Parauapebas ficou movimentado na manhã da última quarta-feira, 7, pois esse foi o espaço escolhido para ser palco das atividades de encerramento do curso de Língua Brasileira de Sinais (Libras)- 2º semestre de 2017.

Apresentações culturais como: músicas natalinas interpretadas em Libras e peças teatrais, além da exposição 30 de jogos pedagógicos, todos adaptados, chamaram a atenção de quem circulava pelo espaço.

Ofertado pela Secretaria Municipal de Educação (Semed), por meio do Núcleo de Apoio Psicossocial e Pedagógico (Napp), o curso tem dado oportunidade a muitos educadores, surdos, pais de alunos, servidores públicos e parte da comunidade para o domínio e a difusão da segunda língua oficial do país. Só no segundo semestre deste ano, 210 pessoas participaram do curso.

Segundo Elzeny Santos, instrutora e intérprete de Libras do Napp, ofertar o curso é uma das formas de garantir a inclusão. “A Libras permite ao surdo se comunicar e participar mais ativamente da sociedade em que vive. Ela capacita o professor para realizar um atendimento adequado ao aluno surdo. Este evento foi pensado para valorizar a Libras no município. É uma das formas de garantirmos a difusão da língua, que precisa ser expandida a cada dia para que, de fato, ocorra a inclusão”, informa a instrutora, descrevendo sua felicidade pelo sucesso do evento.

Uma conquista

Jeane Rodrigues e sua filha, Maria Eduarda Sousa Sales, 9 anos, que é deficiente auditiva, estavam muito felizes em participar do encerramento do curso. Segundo elas, as vitórias alcançadas depois de aprenderem Libras foram imensas.

“Maria Eduarda nasceu surda e, por isso, enfrentamos muitos problemas. O Napp melhorou nossa vida em praticamente 100%. Depois que nós duas aprendemos Libras, nosso relacionamento mudou completamente. Hoje, nos entendemos e ela já não é aquela criança agressiva de antes”, relata emocionada a mãe falando também da contribuição das professores da escola regular e da sala de recurso.

Jeane está no quarto nível do curso e garante que isso é só o começo. “No próximo semestre, eu pretendo terminar o último nível e, logo em seguida, quero fazer o Letras-Libras, uma formação para intérpretes, professores e instrutores”.

O secretário de Educação, Raimundo Neto, também participou da ação. Na ocasião, parabenizou a equipe do Núcleo pelo bom trabalho e reforçou a relevância da difusão do código linguístico. “É preciso que a escola, as famílias, os pais, a comunidade se apropriem desse código de comunicação para que ele tenha a eficiência desejada. Por isso, esse é um momento muito importante. Várias pessoas se habilitaram para exercer esse processo de comunicação. Parabéns à equipe que trabalhou, que ministrou o curso, que aumentou a nossa capacidade de comunicação. Muito obrigado”.

Todos os 30 jogos expostos durante o encerramento do curso ficarão em um espaço especialmente reservado para eles no Napp, para serem utilizados pelas escolas municipais.

O curso

Segundo a coordenadora do Napp, Maria Arnete Bezerra, o curso é  oferecido no município desde 2004, em seus diferentes níveis, e já capacitou mais de 2.700 pessoas, sendo a grande maioria professores da rede municipal de ensino.

“O curso visa, principalmente, qualificar a prática do professor para o ensino da Libras na escola, atendendo ao currículo formal. Já temos muitos professores com bastante fluência e pretendemos que esse número aumente cada vez mais”, espera Arnete.

As inscrições para as novas turmas ocorrem a partir da terceira semana de janeiro de 2018, no prédio do Napp, localizado na Rua Araguaia, 161, bairro da Paz, próximo a Escola Carlos Henrique.

Reportagem: Messania Cardoso

2º Projeto Negociar será realizado pela Celpa em Parauapebas

Clientes que possuem débitos com a concessionária terão a oportunidade negociar

O município de Parauapebas, no sudeste do Estado, vai receber entre os dias 11 e 15 de dezembro, a segunda edição do Projeto Negociar, que visa promover a conciliação para os clientes que possuem débitos pendentes junto a Celpa. O evento ocorrerá das 8h às 17h nas dependências do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc), localizado na Rua E, n° 505, bairro Cidade Nova.

Durante a semana de conciliação, 250 consumidores de Parauapebas que foram convocados por meio de carta convite, encaminhada pelo Tribunal de Justiça do Estado, devem comparecer para a negociação. Serão 150 processos judiciais e 100 demandas extrajudiciais. A expectativa da Celpa é buscar soluções em todos os casos apresentados.

Para o advogado da área jurídica da Celpa, Paulo Victor Noronha, o projeto tem a vantagem de buscar soluções mais viáveis de conciliação. “O objetivo da concessionária é sempre a conciliação, visando atender os interesses tanto da empresa quanto dos clientes, que terão as demandas solucionadas de forma rápida e simples. Além disso, é vantajoso também para o judiciário em razão da diminuição das demandas de processos. É uma ótima oportunidade para os consumidores negociarem sem burocracia. Para isso, a Celpa disponibilizou prepostos e colaboradores da área de cobrança para as demandas extrajudiciais, oferecendo alternativas possíveis para o cliente quitar suas dívidas”.

No primeiro Projeto Negociar realizado em Parauapebas no mês de meio deste ano foram realizadas 154 negociações, que proporcionaram entendimento entre empresa e cliente.

Mãos que fazem cultura

Futuro e minérios nas mãos de mulheres artesãs

Foi com a união de um grupo de mulheres artesãs de Parauapebas que nasceu o projeto “Mulheres de Barro”. Essa história começou em 2005, nas oficinas do Programa de Educação Patrimonial, realizadas pela Vale durante a implantação do Projeto Salobo.

O Programa, que era uma parceria com o Museu Emílio Goeldi, buscava estudar e ensinar sobre o patrimônio arqueológico encontrado na região da Mina de Salobo. Ali, as mulheres encontraram nos resquícios da região uma identidade cultural para a produção artesanal da cidade.  As artesãs seguiram em treinamento no programa durantes 6 anos. A partir daí, o Mulheres de Barro cresceu e tomou dimensões maiores do que esperavam as próprias colaboradoras.

Em 2016, com o patrocínio da Vale, por meio da Lei Rouanet, que o projeto se concretizou no “Centro Mulheres de Barro”. Atualmente, o local oferece área de preparo de argila, sala para queima das peças com forno a gás, sala para preparo de formas, espaço para convivência, salão para exposição, loja para comercialização dos produtos, além de um ateliê com espaço para capacitações e um pequeno escritório. Exposições, visitas guiadas e oficinas vem sendo realizadas no lugar, que é o primeiro polo cultural com essas características na região. Mais de cem alunos – entre crianças, adolescentes, professores e idosos – já passaram por lá.

Sandra, uma das líderes da cooperativa, conta: “Além da produção de artesanato, também fazemos a disseminação do conteúdo com a comunidade, com os visitantes. É parte importante do processo, porque a região não tem nenhum espaço como esse”.

Mais recentemente, em 2017, iniciou-se uma assessoria para o fortalecimento da cooperativa. O projeto ‘Caminhos para a Perenidade de Projetos Patrocinados’ é uma mais uma inovação da Vale. A ideia é apoiar a instituição com plano de metodologia, planejamento e gestão compartilhada que deve durar três anos. A partir disso, o objetivo é que o projeto se torne sustentável, eficiente, autônomo e independente.

As peças criadas pelo Mulheres de Barro já são uma fonte de renda alternativa para a comunidade. Além das inspirações arqueológicas, as obras produzidas são feitas com barro da região e pintadas com os minérios locais – como o ferro e o manganês.

O futuro, pra gente, também é feito a mão e lado a lado com a comunidade.

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