Dia: 12 de fevereiro de 2018

Depois das festividades de carnaval, o mercado financeiro e, particularmente, o mundo mineral vão centrar as atenções na sucessão de anúncios da mineradora multinacional Vale, que divulgará na próxima sexta-feira (16) seu Relatório de Produção do 4º Trimestre de 2017 (o RP 4T17).

A divulgação acontece antes da abertura dos mercados e antecede o relatório de desempenho financeiro da empresa, que será anunciado no dia 27 deste mês.
No documento a ser apresentado ao mercado esta semana, a Vale discrimina a produção física de minérios em suas operações no Brasil e no exterior.

A produção paraense de minério de ferro, principal commodity do estado, virá expressa como Sistema Norte, do qual fazem parte as minas localizadas nas serras Norte (Carajás, em Parauapebas), Sul (S11D, em Canaã dos Carajás) e Leste (SL, em Curionópolis). Os demais sistemas de produção da Vale são Sudeste (complexos Itabira, Minas Centrais e Mariana) e Sul (complexos Paraopeba, Vargem Grande e Itabirito), no estado de Minas Gerais; e Centro-Oeste (complexos Urucum e Corumbá), no estado do Mato Grosso do Sul.

A produção de ferro consolidada no Pará, em três trimestres anunciados pela empresa ano passado, totalizou 122,47 milhões de toneladas (Mt) métricas.

ESTIMATIVA ASSOPEM

Considerando-se dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), as saídas de minério de ferro a partir de Parauapebas, Canaã dos Carajás e Curionópolis, municípios nos quais a Vale mantém operações, totalizaram 163,82 Mt em 2017. Esse dado pode não bater com o número consolidado da Vale, a ser apresentado na sexta, por conta de metodologia de cálculo.

De qualquer maneira, é certo que a mineradora superou em 2017 a produção do ano anterior, que, segundo a Vale, foi de 148,12 Mt. Assim, se considerado o ajuste dos dados do MDIC para mais, seguindo a tendência da Vale, a mineradora pode reportar produção total de 165 Mt de minério de ferro no Pará em 2017. Com isso, o estado aumenta o passo para dominar a produção em contexto da indústria mineral brasileira.

BALANÇO FINANCEIRO

Na terça da semana que vem, dia 27, a multinacional vai divulgar seu balanço financeiro do quarto trimestre de 2017, após o fechamento dos mercados. No dia seguinte, quarta-feira, dia 28, serão realizadas duas conferências telefônicas e webcasts para comentar o desempenho. A primeira, em português, ocorrerá às 10 horas, horário do Rio de Janeiro; e a segunda, em inglês, ao meio-dia.

Fonte: Assopem

Três commodities são responsáveis por movimentar, juntas, R$ 6,42 bilhões na indústria mineral brasileira. Essa quantia corresponde a 71% dos R$ 9 bilhões operados pela lavra de minérios do país em janeiro. Os três principais produtos — ferro, ouro e cobre — também integram a cesta mineral do Pará.

A diversidade do Brasil no mês passado foi composta por um portfólio de 88 commodities com operações ativas, do ferro a leucita. A Associação Paraense de Engenheiros de Minas (Assopem) elaborou ranking das 25 mais valiosas, a partir de dados da Agência Nacional de Mineração (ANM), com seus respectivos valores financeiros globais.
Se fossem considerados apenas os royalties de mineração gerados pelos produtos, a ordem não necessariamente seria a da tabela que segue. O ouro cederia lugar ao cobre, assim como o fosfato abriria espaço para o alumínio e a água mineral, por exemplo. Isso ocorre por causa do percentual das alíquotas incidente sobre cada bem mineral.

O Pará é um estado bem modesto, com apenas 19 commodities em seu portfólio, ainda assim apresenta a maior densidade de valor por produto. Por aqui, os líderes em janeiro foram o ferro (R$ 1,62 bilhão), o cobre (R$ 640,92 milhões), o alumínio (R$ 285,65 milhões), o ouro (R$ 196,68 milhões), o manganês (R$ 85,43 milhões), o caulim (R$ 41,63 milhões), o níquel (R$ 15,89 milhões), o fosfato (R$ 10,05 milhões), o granito (R$ 7,58 milhões) e o estanho (R$ 7,52 milhões).

Confira o ranking nacional!