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Jair Bolsonaro é eleito presidente do Brasil

Capitão da reserva, deputado é o primeiro político saído do Exército a assumir o comando do país desde o fim do regime militar

Atualmente no PSL, sigla que até este ano possuía apenas oito das 513 cadeiras na Câmara dos Deputados, o deputado foi responsável pelo crescimento do partido no último dia 7 de outubro. Foram eleitos graças à onda que se formou em torno de seu nome 52 deputados federais, a segunda maior bancada, atrás apenas do PT, com 56. A agremiação também elegeu quatro senadores.

Como político, Bolsonaro dedicou os últimos 27 anos à vida parlamentar em Brasília, tendo apresentado, no período, 162 projetos e aprovado apenas dois. O primeiro deles, prorrogava benefícios fiscais aos setores de informática e automação. O segundo autorizava o uso da fosfoetanolamina sintética — substância conhecida por “pílula do câncer”, cuja eficácia nunca foi comprovada cientificamente — por pacientes com a doença.

Pertencente ao chamado baixo clero no Congresso, Bolsonaro começou a se credenciar como candidato à Presidência em meio à derrocada dos governos petistas e ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016.

Com um discurso anti-establishment e anticorrupção, o ex-militar canalizou a insatisfação dos eleitores com o partido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está preso em Curitiba condenado em segunda instância por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá (SP). Sua defesa diz que ele foi condenado sem provas e que é vítima de perseguição de setores do Judiciário. Lula recorre da decisão.

O deputado também começou a ganhar destaque na mídia por seu discurso de tons machistas, homofóbicos e racistas. Ele é réu no STF (Supremo Tribunal Federal) por incitação ao crime de estupro e injúria, em caso envolvendo a deputada federal Maria do Rosário (PT). Bolsonaro já foi condenado em 2015, em primeira instância, na Justiça do Distrito Federal, a pagar indenização de 10 mil reais à petista por danos morais, por ter dito que não a estupraria porque ela “não merece”. Ele recorre.

Também já foi julgado no Supremo neste ano pelo crime de racismo, do qual foi absolvido, por 3 votos a 2.

Campanha

Com apenas oito segundos de propaganda eleitoral no primeiro turno, o ex-militar viabilizou sua candidatura pelas redes sociais, na qual é bastante atuante. No Twitter, possui 1,9 milhão de seguidores.

O candidato também foi beneficiado por tempo espontâneo de TV pela cobertura do atentado que sofreu em 6 de setembro, quando foi esfaqueado por Adelio Bispo do Santos durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG). Segundo a Polícia Federal, o ataque foi motivado por inconformismo político.

Bolsonaro passou por duas cirurgias para a reconstrução e desobstrução do intestino e ficou três semanas internado. Mesmo com liberação do médicos, ele se recusou a participar de debates na televisão contra Fernando Haddad, por “estratégia” política. Foi a primeira vez desde a redemocratização do país que um encontro, na TV, entre candidatos à Presidência, com o objetivo de esclarecer aos eleitores as propostas de governo, não foi realizado no segundo turno.

Sua candidatura começou a decolar no primeiro turno a partir de 29 de setembro, quando protestos organizados por mulheres, sob a bandeira #EleNão, ocorreram nos 26 estados e no Distrito Federal. Adversários acusam sua campanha de ter disseminado notícias falsas pelo aplicativo WhatsApp para atacar Haddad e conseguir o apoio de eleitores conservadores e religiosos.

Em 19 de outubro, após reportagem do jornal Folha de S.Paulo, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) abriu investigação judicial solicitada pelo PT para apurar se Bolsonaro se beneficiou de envios maciços de mensagens por meio do WhatsApp. Os envios teriam sido financiados por empresas em contratos milionários e não declarados, o que configura caixa dois de campanha. O deputado negou qualquer irregularidade e pediu o arquivamento da ação, que ainda corre na Justiça.

Na reta final da campanha, o ex-militar chegou a cair nas pesquisas de intenção de voto após fala de seu filho Eduardo Bolsonaro, segundo quem bastaria “um soldado e um cabo” para fechar o STF (Supremo Tribunal Federal). Seu discurso foi duramente repudiado pelo ministro Celso de Mello, decano do tribunal, que classificou a fala de “golpista”. Bolsonaro disse ter repreendido o filho.

Também prejudicou sua candidatura um discurso que fez para apoiadores que estavam na avenida Paulista, em São Paulo, em que dizia, por telefone, que “varreria do mapa os bandidos vermelhos do Brasil”. “Essa turma, se quiser ficar aqui, vai ter que se colocar sob a lei de todos nós. Ou vão para fora ou vão para a cadeia”, afirmou.

Em seu governo, Bolsonaro deve ter o apoio de partidos do chamado centrão. Em 2 de outubro, a bancada ruralista, que agrega 261 deputados federais e senadores no Congresso, anunciou sua adesão à campanha do ex-militar. Ele tentará aprovar como presidente medidas liberais na economia, como a privatização de estatais, e conservadoras nos costumes, como a proibição das discussões sobre questões de gênero nas escolas.

Helder Barbalho, do MDB, é eleito governador do estado Pará

Helder Barbalho, do MDB, foi eleito neste domingo (28) governador do estado do Pará. Ele derrotou nas urnas Márcio Miranda, do DEM, com quem disputou o segundo turno das eleições. O resultado só foi confirmado com 92% das urnas apuradas, por volta das 18h50, quando Helder alcançou 55,22% dos votos (1.922.718 votos); e Márcio Miranda, 44,78% (1.559.075 votos).

Helder Barbalho tem 39 anos. Ele nasceu na capital Belém, no dia 18 de maio de 1979, filho de Jader Barbalho e Elcione Barbalho, ambos políticos pelo MDB. Formou-se em administração pela Universidade da Amazônia (Unama).

Helder estreou na política como vereador de Ananindeua, região metropolitana de Belém, em 2000. Dois anos depois, em 2002, elegeu-se deputado estadual. Nas eleições de 2004, foi eleito prefeito de Ananindeua. Em 2008, foi reeleito com 50% dos votos. Em 2014, candidatou-se ao cargo de governador do Pará, mas foi derrotado por Simão Jatene, do PSD.

Em dezembro de 2014, durante o segundo mandato da então presidente Dilma Rousseff (PT), Helder foi ministro da Pesca e Agricultura. No mesmo ano, p ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a abertura de um inquérito sobre o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho (PMDB-PA). Ele é suspeito de receber R$ 1,5 milhão não contabilizado durante sua campanha ao governo do Pará em 2014. O senador Paulo Rocha (PT-PA) também é citado no mesmo inquérito.

O pedido faz parte de investigações pedidas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) com base nas delações premiadas de executivos e ex-executivos da Odebrecht.

Segundo o Ministério Público, Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis e Mário Amaro da Silveira relatam que Barbalho recebeu R$ 1,5 milhão durante sua campanha ao governo do Pará em 2014, pago em três parcelas. A Odebrecht desejava atuar como concessionária da área de saneamento básico no estado.

O próprio Barbalho, Rocha e o prefeito de Marabá, João Salame (PROS-PA), teriam solicitado o dinheiro, repassado através do Setor de Operações Estruturadas do grupo Odebrecht. O então candidato era conhecido pelo apelido de “Cavanhaque”.

Em nota, o ministro nega que tenha cometido ilegalidades. “Todos os recursos que recebeu como doações para sua campanha em 2014 foram devidamente registradas junto ao TRE-PA, que aprovou todas as suas contas”, afirma.

Após a extinção do Minitério da Pesca, por meio da reforma ministerial, ele assumiu como ministro-chefe da Secretaria Nacional dos Portos. Helder pediu demissão da secretaria em 20 de abril de 2016. Em seguida, foi nomeado ministro da Integração Nacional pelo presidente Michel Temer (MDB).

Campanha

As últimas pesquisas mostravam a vantagem de Helder Barbalho sobre Márcio Miranda. No levantamento de intenção de voto divulgado no dia 27 de outubro, Helder obteve 57% dos votos válidos; Márcio Miranda, 43%. Na pesquisa do dia 18 de outubro, Helder obteve 58% dos votos válidos, e Márcio Miranda, 42%.

Propostas

Helder Barbalho propõe reforçar e reestruturar a Cosanpa para ampliar a cobertura de saneamento básico e abastecimento de água. Helder também destaca em seu plano de governo investimentos em saúde do Estado e a reavaliação dos gastos atuais com as administrações de hospitais regionais.

O novo governador destaca ainda planos para combater o desemprego e estimular a geração de vagas de trabalho por meio estímulo ao turismo, a agricultura, a pecuária, a indústria, a mineração, o pequeno e micro empreendimento. Outro compromisso de campanha é a conclusão dos hospitais regionais, e hospitais de Castanhal, Itaituba e Capanema; o Abelardo Santos, hospital na Calha Norte e também no Baixo Tocantins.

Helder vota no bairro do Paar, em Ananindeua

Helder Barbalho, candidato do partido Movimento Democrático Brasileiro (MDB), chegou às 11h30 para votar na Escola Estadual Dom Alberto Galdêncio Ramos, no bairro do Paar, em Ananindeua.
O candidato está acompanhando da esposa Daniela Barbalho e mais familiares. A sessão de votação está tranquila e ele já se direcionou para a votação, que não deve demorar. Eleitores que aguardavam pela chegada estão em volta, com adesivos e camisas, para acompanhar o voto de Helder Barbalho.
Durante coletiva de imprensa, após a votação, o candidato Helder Barbalho afirmou que, se eleito, as ações dos primeiros três meses à frente do governo serão pautadas na área de segurança pública. “Meu primeiro ato como governador do Estado será convocar a Força Nacional para somar parceria com as Polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros e Guardas Municipais no enfrentamento da violência para que possamos rapidamente construir um ambiente pacífico nas áreas que hoje, infelizmente, estão sendo dominadas pela criminalidade e pelo tráfico.”
De acordo com a assessoria de comunicação do candidato, ele deve acompanhar a apuração em casa com a família.

Márcio Miranda vota em Castanhal, nordeste paraense

O candidato a governador do Pará, Márcio Miranda (DEM), da coligação “Em defesa do Pará”, votou na manhã de hoje, por volta das 10h, na cidade de Castanhal. Márcio votou no Colégio São José, localizado na Travessa Quintino Bocaiúva. Ele estava acompanhado da esposa e dos filhos.

Márcio destacou em coletiva para a imprensa na saída do colégio São José, o grande apoio da população que tem demonstrado nas pesquisas e nas ruas uma virada histórica.

“Nós tivemos ao nosso lado pessoas que sempre foram corretas. Fizemos uma campanha limpa. Nosso maior apoio e adesão foi da população, que caminhou ao nosso lado e que chamou cada vez mais gente para conhecer nossas propostas e nosso lado. Isso nos motiva e a última semana ficou evidente a virada. Estamos confiantes e, se Deus quiser, poderemos fazer um governo independente, focado nas pessoas e na população”, destacou o candidato.

Após registrar o voto, Márcio Miranda seguiu para acompanhar o voto da esposa, Daniela Miranda e da mãe, Mercina Miranda, em Castanhal. Depois, seguiu para almoçar com a família em Castanhal, onde aguardará o resultado da apuração.

Acompanhado de agentes da PF e da mulher, Bolsonaro vota no Rio

O candidato à Presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro, votou pouco depois das 9h na Escola na Municipal Rosa da Fonseca, na Vila Militar, no Rio de Janeiro. Por recomendação da Polícia Federal, o candidato usou entrada alternativa, pelos fundos da escola, e colete à prova de bala. Bolsonaro chegou à seção eleitoral escoltado por policiais federais, acompanhado da esposa, Michele Bolsonaro, que estava vestida de branco. Antes de votar, o candidato beijou a mulher e fez sinal de vitória com os dedos.

“A expectativa é a que ouvi das ruas ao longo dos últimos meses, a de vitória”, disse Bolsonaro dentro da seção.

Após votar, o candidato foi até a frente da escola e saudou os eleitores que estavam na parte de fora do prédio. Ele saiu também pelos fundos. Já no carro, Bolsonaro abriu a porta, ficou de pé, agradeceu o apoio aos eleitores e fez sinal de coração.

Acompanhado de agentes da PF, o candidato à Presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro, vota  na Escola na Municipal Rosa da Fonseca, na Vila Militar, no Rio de Janeiro.
Bolsonaro para carro, agradece apoio e acena para eleitores no Rio Tânia Regô/Agência Brasil

Segurança reforçada

A Justiça Eleitoral reforçou a segurança na Escola Municipal Rosa da Fonseca, na Vila Militar, local de votação do candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL). Além dos policiais federais e militares que já trabalharam no local no primeiro turno, também há mais de 20 militares do 11º Batalhão de Polícia do Exército na entrada da escola. Bolsonaro enfrenta o candidato do PT, Fernando Haddad, neste segundo turno.

Cães farejadores da Polícia Federal vasculham o interior da escola. Grades foram colocadas na entrada, para separar jornalistas e curiosos do candidato. No primeiro turno, Bolsonaro só conseguiu entrar na escola com a ajuda de um cordão de isolamento humano feito por agentes de segurança.

Com camisa azul, Haddad vota e faz sinal de vitória

Com camisa azul e calça jeans, ao lado da mulher, Ana Estela, vestida de lilás e branco, o candidato à Presidência da República pelo PT, Fernando Haddad, voltou hoje (28) por volta das 10h, em São Paulo. Desta vez, o vermelho, cor de seu partido, não apareceu. Na parte de fora do prédio da Brazilian Internacional School, em Indianópolis, eleitores ouviam a música Alerta, Desperta, ainda Cabe Sonhar e seguravam rosas e livros.

Otimista com a possibilidade de vitória, Haddad disse que lutará “até o fim”. “Há uma forte tendência de alta nas pesquisas nos últimos dias e eu estou muito esperançoso de que a gente vai ter um resultado positivo hoje à noite”, disse.

O candidato a Presidência da República, Fernando Haddad, vota na escola Brazilian International School, em Indianópolis.
Haddad vota, agradece apoio e comemora crescimento em pesquisas Rovena Rosa/Agência Brasil

“Meu sentimento é que hoje o que está em jogo é a democracia no Brasil. Considero que hoje é um grande dia para o país, que está em uma encruzilhada. O projeto de nação que nós representamos ganhou as ruas nas últimas semanas. A nação está em risco, a democracia está em risco e as liberdades individuais estão em risco. Nós representamos a retomada do processo de aprofundamento da democracia, as liberdades e o combate à desigualdade no nosso país”, afirmou.

Apesar dos apoiadores, Haddad enfrentou resistência de opositores no caminho para Indianópolis, no bairro de Moema, zona sul da cidade. No prédio em frente ao local de votação, moradores batiam panela enquanto aguardavam a chegada do presidenciável.

Agenda

Haddad começou o dia com um café da amanhã com correligionários em um hotel no bairro Paraíso, na capital paulista. Ele agradeceu o apoio recebido nesta reta final da campanha. “A defesa das liberdades individuais e da democracia é um patrimônio do país que precisa ser preservado. Estou muito confiante de que vamos ter grande resultado hoje. Vamos lutar até o último minuto”, disse.

Eleitores fazem justificativa eleitoral fora do domicílio

O eleitor que não justificar a ausência dentro do prazo estipulado pelo TSE terá que pagar multa para regularizar a situação. Enquanto estiver em débito com a Justiça Eleitoral, ele não pode, por exemplo, tirar ou renovar passaporte, receber salário ou proventos de função em emprego público, prestar concurso público e renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo – entre outras consequências.

Aquele eleitor que não votar por três eleições seguidas e não justificar nem quitar a multa devida terá sua inscrição cancelada.

A regra não vale para eleitores que não são obrigados a votar, como analfabetos, maiores de 16 e menores de 18, e maiores de 70 anos.

Fábio Marques é apenas um de tantos eleitores que, por estar fora de seu domicílio eleitoral, não pode votar. Mas, para eles, foi criada a justificativa eleitoral, deixando o eleitor quite com a justiça eleitoral e livre de pagar multas futuras.

A justificativa é para eleitores que estiverem fora de seus domicílios eleitorais no dia de votação, serviço oferecido em diversas escolas onde estão as sessões eleitorais.

“É um serviço bom, mas eu preferia estar em meu domicílio eleitoral para poder contribuir votando e escolhendo os governantes”, afirmou Fábio, dando por bom o atendimento e a agilidade no oferecimento do serviço.

Fábio Marques é de Olinda (PE) e conta ter justificado o voto também no primeiro turno das eleições e estar em Parauapebas por motivo de trabalho.

Quem não justificar o voto no dia das eleições, tanto no primeiro quanto no segundo turno, poderá fazê-lo posteriormente, podendo adquirir o formulário no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que deve ser preenchidos pelo eleitor.

Os formulários são gratuitos e também podem ser retirados nos cartórios eleitorais, nos postos de atendimento ao eleitor e no locais de votação no dia do pleito.

Justificativa após o dia da votação – Quem for justificar após o dia da votação deve imprimir o formulário específico para esse tipo de justificativa e entregá-lo em qualquer cartório eleitoral.

Também há opção de envio por via postal ao juiz da zona eleitoral na qual o eleitor está inscrito, acompanhado da documentação que comprove a impossibilidade de comparecer no dia da votação.

Os prazos para justificativa após o dia de votação são:

1º turno (07/10): até 6 de dezembro de 2018;
2º turno (28/10): até 27 de dezembro de 2018.

Justificativa no dia da votação – Quem for justificar hoje, dia da eleição, deve comparecer a uma zona eleitoral onde há recebimento de justificativas.

Os locais podem ser consultados no site do TSE (http://www.tse.jus.br/eleicoes/eleicoes-2018/postos-mesas-de-justificativa).

O eleitor deve levar um documento oficial com foto, o título de eleitor ou o número do documento, e o formulário de justificativa eleitoral preenchido – que deve ser entregue no local destinado ao recebimento das justificativas na zona eleitoral.

Caso não tenha o formulário em mãos, o eleitor pode retirar e preencher um no próprio local onde vai justificar.

Prática de jogar ‘santinhos’ continua à solta em toda a cidade

Logo pela manhã, lá estão eles fazendo seu rotineiro trabalho de limpeza. Mas hoje, dia de segundo turno das eleições, o esforço dos garis é maior para conseguir remover resíduos a mais que foram, propositalmente, deixados, principalmente, nas proximidades de escolas.

Trata-se dos tão conhecidos “santinhos”, prática que perdura em todos os processos eleitorais, mesmo todos tendo ciência de ser crime eleitoral previsto na Lei n° 9.504/97, em seu artigo 1º.

Porém, a prática de distribuição de “santinhos”, cujo conteúdo é a propaganda de candidatos ou a cola contendo nomes e números dos candidatos a serem votados, é vista pelas ruas de Parauapebas, principalmente nas proximidades de locais de votação.

Como a distribuição feita pelas mãos de cabos eleitorais pode resultar em prisão, o “derrame” dos impressos eleitoreiros é feito ainda na madrugada.

O costume parece ter resultado. Prova disto é a persistência dos candidatos e coligações em mantê-lo, e ainda de eleitores que os apanha para usar como cola.

 

Uma das garis que a equipe de reportagens do Portal Pebinha de Açúcar encontrou fazendo o trabalho de varrição do material eleitoral foi Luzia da Costa. A trabalhadora conta tratar-se de material de difícil remoção, pois ele cola no chão, dificultando o serviço. “Por isso, precisamos sempre de reforço, pois, no tempo previsto de serviço, não conseguimos cumprir o trecho normal”, conta Luzia, propondo que as punções sejam mais severas para quem comete tal infração.

Além do que notamos nas proximidades dos locais de votação, ouvimos da gari que neste segundo turno o “derrame” de santinhos foi bem menor que no primeiro turno das eleições, quando nossa equipe de reportagens saiu às ruas e registrou, nas proximidades de locais de votação, os eleitores andando sobre verdadeiros “tapetes” feitos de papel recortados que, na verdade, são os impressos de propaganda eleitoral.

Seções de votações registram poucas filas em Parauapebas

De acordo com os mesários que trabalham no segundo turno das eleições, não se trata de menor comparecimento de eleitores, mas, sim, pela agilidade no ato de votação, já que no primeiro turno foram seis votos: deputado estadual, deputado federal, dois senadores, governador e presidente.

Agora, com apenas dois votos, governador do estado e presidente da República, o tempo reduz para menos da metade, dando a ilusão de que tem menos pessoas. Mas, na verdade, trata-se de agilidade.

A lentidão no primeiro turno ocorreu também devido à desorientação dos eleitores que não sabiam onde votar, outros por ainda não saber usar as urnas eletrônicas, apesar das diversas eleições em que elas estão presentes no processo eleitoral.

Agora, como já foram todos sem as tais dúvidas, o processo está sendo agilizado.

Bom para quem escolheu as primeiras horas da manhã para exercer a cidadania através do voto, assim, puderam voltar logo aos seus afazeres ou ao descanso.

Adamias Cavalcante não demorou mais que três minutos para votar. “Vim pensando que seria como no primeiro turno, quando fiquei horas na fila, mas fui surpreendido com uma seção com pouquíssimas pessoas”, afirmou Adamias, dando conta que no primeiro turno deixou para votar após o almoço.

 

O comportamento contradiz a orientação da Justiça Eleitoral, de que o eleitor deve evitar, preferencialmente, os horários de abertura e encerramento da votação (perto das 8 ou das 17 horas), quando as filas costumam ser maiores.

Ainda segundo o TRE, o andamento das filas nos locais de votação varia de cidade para cidade e, por isso, não é possível dizer com 100% de certeza qual será a melhor hora para exercer o voto sem ter que encarar uma pequena espera.

O fuso horário existente em algumas regiões do Brasil não altera o horário de abertura e fechamento das urnas, ou seja, a votação acontecerá das 8 às 17 horas, de acordo com o horário local.

Encontrada a família do Gabriel, o homem maltrapilho de Parauapebas

Um final feliz para uma reportagem investigativa de quase dois anos. Finalmente consegui encontrar a família do Gabriel Costa de Carvalho, o homem maltrapilho que percorre diariamente, descalço, as ruas de Parauapebas, não aceita nada de ninguém, não pede nada e conversa pouco.

Na noite deste sábado conversei com o sobrinho dele, Audisney Carvalho, que mora em Brasília. Ele confirmou o nome do Gabriel e os nomes dos pais dele, que o próprio Gabriel havia me dito em entrevistas nos últimos dois anos: Benedito e Sebastiana. A conversa foi emocionante. Chorei muito de emoção. O Audisney me disse que a maioria da família dele já mora em Brasília há muito tempo, mas ainda há parentes residindo em Formosa (GO).
Segundo Audisney, o Gabriel sumiu certa vez e ficou muito tempo longe da família. Algum tempo depois voltou, maltrapilho, foi bem cuidado, mas certo dia disse que ia embora e sumiu de novo. Deixou claro que gostava muito do Pará e de índios. “Ele sumiu há mais de 20 anos. Não tínhamos mais informações sobre meu tio, mas agora estamos felizes com esta notícia, graças a você”, disse o sobrinho, por telefone, também bastante emocionado.

Para eu chegar até ao Audisney foi uma longa batalha. Depois de publicar mais um apelo no meu face com o título “Ainda vou encontrar a família deste homem”, e ao lado uma foto com ele, tirada em nosso último encontro na Rua 14, no centro de Parauapebas (PA), por volta das 13h de sexta-feira (26), a postagem repercutiu bastante nas redes sociais com mais de mil e 76 curtidas (até agora 23h22, momento em que estou redigindo este texto), quase 500 compartilhamentos e centenas de comentários, e muita gente se mobilizando junto a parentes e amigos que moram em Brasília e Formosa, e mais de 1 milhão de acessos no mesmo texto publicado no site www.pebinhadeacucar.com.br, o sobrinho do Gabriel viu a publicação no Face de um amigo e afirmou que era o tio dele.

Ao saber da notícia, o secretário Assistência Social de Parauapebas, Jorge Guerreiro, entrou em contato com o Audisney e com outros familiares do Gabriel e me passou a informação. Estava trabalhando durante todo o dia (sábado) na zona rural, fazendo reportagem para meu programa Conexão Rural. Ao chegar à noite, entrei em contato com o secretário Jorge, agradeci o empenho e liguei para o Audisney. Disse que na minha segunda conversa que tive com o Gabriel ele confirmou o nome dele, reafirmando o que havia revelado há quase dois anos e informou os nomes dos pais: Benedito e Sebastiana. Mais provas: eu disse que na conversa que tive com ele, o Gabriel revelou que tinha mais irmãos, “um bocado”, e citou dois nomes: Matias e Tonico, sem lembrar outros nomes. O Audisney confirmou tudo e disse que o tio dele, Tonico, já morreu. Tudo confirmado, veio mais choro. Eu parecia uma criança com tantas lágrimas.

Depois, o secretário Jorge Guerreiro entrou em contato comigo e disse que havia conversado com uma sobrinha do Gabriel, a Vanusa, e ela confirmou a morte de seu pai Evandro Costa de Carvalho (o Tonico) e revelou que Gabriel tem mais três irmãos homens e duas irmãs e enviou uma foto na qual aparecem as irmãs Zilene e Naiva e os irmãos Izaías e João.

O secretário Jorge Guerreiro informou que na segunda-feira serão tomadas todas as providências necessárias – assistenciais e jurídicas – para que o Gabriel seja levado para Formosa ou Brasília, dependendo da decisão da família dele. E garantiu que eu serei informado sobre todo o processo.

Guerreiro disse ainda que assistentes sociais e psicólogos da Secretaria de Assistência Social já tentaram várias vezes se aproximar do Gabriel e nunca conseguiram nem levá-lo para um abrigo ou que ele aceitasse roupa ou qualquer outro tipo de apoio como banho e roupa lavada. Levando em conta que o Gabriel tem momentos de lucidez, o secretário de Assistência Social de Parauapebas informou à família que ele “deve passar por um tratamento psiquiátrico” e que acredita na rápida recuperação de suas faculdades mentais.

Obrigado meu Deus por tudo. Obrigado meu amigo Bariloche Silva, do site www.pebinhadeacucar.com.br pela força das publicações. Obrigado Secretário de Assistência Social de Parauapebas, Jorge Guerreiro.

Obrigado Dr. Gildásio Teixeira Ramos. Obrigado Promotor Hélio Rubens, do Ministério Público Estadual do Pará em Parauapebas. Obrigado a todos vocês que curtiram e compartilharam meus textos e apelos e fizeram com que eu encontrasse a família do Gabriel Costa de Carvalho. Valeu, gente. Um abraço.

Entenda o caso

Dia 16 de agosto deste ano publiquei no meu Facebook e no site www.pebinhadeacucar.com.br uma matéria, uma espécie de crônica da cidade, relatando minhas conversas com o Gabriel e a publicação teve centenas de acessos na minha página e mais de 200 mil acessos no Facebook e no site do www.pebinhadeacucar.com.br.

Confira:

O nome dele é Gabriel

Após quase dois anos de tentativas, finalmente acho que consegui descobrir alguns dados pessoais deste homem que perambula, descalço, pelas ruas de Parauapebas (PA), maltrapilho, calado e sem falar nada com ninguém. O nome dele é Gabriel Costa de Carvalho e é de Formosa, uma pequena cidade de Goiás que fica a 60 km de Brasília. Usando um ponto turístico da aconchegante cidade goiana, consegui descobrir a origem do Gabriel. Mas a tentativa da descoberta é mais antiga.

No primeiro semestre do ano passado, de tanto ver aquele homem sujo, barbudo, praticamente sem roupa, sem calçado, andando pelas ruas de Parauapebas, tentei me aproximar dele na Rua 14, no centro da cidade. Cheguei de mansinho, ofereci um suco de caixinha e um pacote de biscoito e ele aceitou. Aí perguntei se estava tudo bem e fui direto ao assunto:

– Você é de onde?
– Sou de Formosa, respondeu.
– Eu conheço Formosa. Morei mais de 30 anos em Brasília, que perto de lá, retruquei.
– Eu te conheço de lá, disse o desconfiado homem.
Tendo certeza que ele não me conhece de Brasília, notei que nosso amigo Gabriel começou a falar coisas sem nexo, mas a cidade de Formosa ficou na minha cabeça. Como aquele homem, que notoriamente não regula bem, sabia que existia uma cidade com o nome de Formosa?
Fiquei pensando naquilo algum tempo, mesmo após ter ido embora e ter deixado o Gabriel seguir seu caminho pelas ruas da cidade, sem ofender ninguém, sem mexer com qualquer pessoa e no rigoroso estilo dele: calado, mas com o olhar atento.
Algum tempo se passou e notei que a camiseta dele estava toda rasgada, já quase não cobrindo nada do corpo. Esfarrapado. Peguei uma camiseta em casa – e pelo meu peso e minha altura – com certeza ficaria até folgada nele e deixei-a no carro.
Um belo dia me encontrei com o Gabriel de novo. Tentei me aproximar e oferecer-lhe a camiseta nova, mas ele não aceitou e saiu apressadamente.
– Moço, ele não aceita nada de ninguém. Aqui na rua (14) já fizemos de tudo para dar roupa para ele, mas o homem não aceita nada de jeito nenhum. Fizemos até vaquinha em dinheiro para ajudá-lo, mas ele não aceita nada, me disse um cidadão que trabalha como ambulante naquela área do Bairro União.
Dias depois vi uma discussão nas redes sociais. Alguém postou a foto do Gabriel e criticava as autoridades municipais por deixar aquele homem desprezível andar jogado pelas ruas de Parauapebas, sem calçado e passando fome.
Mas aí alguém respondeu ao cidadão – que até posou uma foto do Gabriel:
– Para de falar besteira, rapaz. Muita gente já tentou ajudar esse homem e ele não quer ajuda. Até já postaram fotos dele em vários grupos para descobrir algum parente dele, mas ele que não quer a ajuda de ninguém, declarou alguém para o moço que postou a mensagem crítica às autoridades e a foto do Gabriel.
O tempo passou e sempre que circulava de carro por vários pontos de Parauapebas via aquele homem cada vez mais esmolambado, praticamente sem camiseta e a bermuda com os pedaços de panos amarrados na pontas. Muitas vezes o encontrava parado, olhando para o tempo, como se estivesse meditando, mesmo em pé e firme como se fosse um guarda presidencial, sob o forte calor da cidade.
A cachoeira me ajudou a descobrir a sua origem
Tudo mudou, superficialmente, pelo menos, no que se refere às origens do andarilho maltrapilho, a partir do novo e bem sucedido diálogo que tive com ele na mesma Rua 14, a poucos metros do nosso primeiro encontro do ano passado, na terça-feira, dia 14 de agosto de 2018, por volta das 15h.
– Tudo bem?
– Tudo bem, respondeu ele secamente.
– E Formosa como está? Perguntei para a ver a reação dele:
– Tá bem, retrucou.
Aí, eu tive uma grande sacada de falar alguma coisa interessante que tem em Formosa, lá em Goiás, para ver se ele conhecia mesmo a cidade. Deu certo.
– Formosa tem uma cachoeira bonita… E, esperando a reação dele, indaguei: como é mesmo o nome?
– Itiquira, respondeu ele prontamente. (Itiquira significa água que cai do alto. O Parque Municipal do Itiquira é administrado pela Prefeitura de Formosa. O salto do Itiquira é a maior cachoeira do Centro-Oeste, com 168 metros de queda livre, e fica a 280 km de Goiânia. Fonte: site oficial de Itiquira e www.curtamais.com.br).
E só para lembrar: no primeiro encontro há mais de um ano e meio ele havia me dito que era de Formosa.
A partir dali, depois de mais de um ano e meio de “investigação” sobre sua origem, eu constatei que o andarilho de Parauapebas é mesmo de Formosa. Aí, liguei o gravador do celular e comecei a puxar conversa:
– Como é mesmo teu nome?
– Gabriel Costa de Carvalho.
– Você nasceu lá mesmo em Formosa?
– Não. Lá perto, respondeu, de novo, secamente.
– Você lembra o nome de teu pai?
– Lembro sim. É Benedito.
– E da tua mãe?
– Sebastiana.
– Você tem irmãos?
– Tem um bocado. Nem sei. Tem o Matias. O Tonico… (Talvez ele quisesse dizer que são vários irmãos e que não sabe o nome de todos).
– Você lembra quando chegou aqui ao Pará?
– Tenho 14 anos aqui.
– Você tem filhos?
– Tenho dois, mas ficaram lá em Cametá, respondeu o andarilho.
– Mas Cametá fica longe. É lá perto de Tucuruí, aqui mesmo no Pará, respondi e prossegui:
– Você trabalhava em que?
– Na juquira. (Mato que cresce no campo).
Sempre trabalhou na roça?
– Sim.
– Se eu conseguisse um emprego, você voltaria a trabalhar na roça? Perguntei.
A partir daí o Gabriel deixou mais uma vez de ser o goiano Gabriel e voltou a ser outra pessoa e a falar palavras sem nexo.
– Você dorme a onde?
– Lá na juquira em Cametá.
– E está passando fome?
Aí ele ficou calado.
Mas o pessoal te dar comida todo dia?
– Eu como lá em Cametá.
Aí notei que o Gabriel já havia ido embora e eu estava ali falando sozinho.
Finalizando nossa conversa, disse que ia providenciar uma bermuda para ele, mas o homem, por enquanto identificado como Gabriel, não respondeu nem sim e nem não e seguiu sua caminhada pela Rua 14, sem destino, por outras ruas de Parauapebas.
Mas agora está fácil para o pessoal da área de saúde mental dos municípios de Parauapebas e de Formosa (GO) ajudar o Gabriel a reencontrar sua família e voltar a ser um cidadão como outro qualquer, levando em conta os raros momentos em que ele é o Gabriel e antes que ele volte a ser uma outra pessoa, sem nome e sem documento, que não sabe ao menos o que está dizendo. Este homem precisa é de ajuda.

Em 20 de setembro publiquei outra matéria no www.pebinhadeacucar.com.br falando sobre a entrada do Ministério Público e da OAB no caso.

Confira a matéria:

Ministério Público e OBA entram na luta
para encontrar a família do Gabriel

A notícia publicada aqui no Pebinha de Açúcar sobre a história do Gabriel Costa de Carvalho, o andarilho maltrapilho que anda descalço pelas ruas de Parauapebas (PA), teve mais de 200 mil acessos, incluindo os quase 70 mil acessos na página do site no Facebook, e comoveu muita gente da cidade e da região sudeste do Pará.
Uma dessas pessoas foi o advogado Gildásio Teixeira Ramos, que faz parte da Comissão Nacional de Direitos Humanos do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O Dr. Gildásio me procurou, nós conversamos na tarde de segunda-feira e na terça-feira pela manhã ele me levou até ao Promotor de Justiça, Dr. Hélio Rubens, do Ministério Público Estadual, em Parauapebas. “Você escreveu uma história muito interessante e comovente. Fiquei interessado pelo caso e estou aqui para lhe ajudar a encontrar a família do Gabriel”, declarou o Dr. Gildásio, para minha alegria e felicidade, levando em conta que o objetivo da matéria é encontrar a família do andarilho.

Na conversa com o promotor Hélio Rubens ficou claro por parte do Ministério Público que não se trata de uma pessoa violenta; ele é tranquilo, não perturba ninguém e não aceita ajuda de ninguém. “Aquele homem que todo mundo já viu pelas ruas de Parauapebas, maltrapilho, precisa é da nossa ajuda. A gente nota até que, mesmo naquela situação, ele é um homem feliz. Não mexe com ninguém e vive no mundo dele tranquilo. Mas precisamos mudar a vida dele e, se encontrarmos a sua família, seria bem melhor”, disse Hélio Rubens.

Ficou decidido então que o Ministério Público vai enviar imediatamente um ofício ao Secretário de Assistência Social de Parauapebas, Jorge Antônio Benício, solicitando que a Semas indique num prazo de dez dias psicólogos e psiquiatras para que, “de forma tranquila, sutil e gentil tente se aproximar do Gabriel nas ruas da cidade e colete o máximo de informações possíveis com o objetivo de encontrar algum familiar dele e reverter esta situação em que ele se encontra”.
O Promotor Hélio Rubens decidiu também, de forma informal e numa verdadeira corrente de solidariedade, telefonar para a titular da 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil de Parauapebas, Delegada Yana Azevedo, para que seja acionada a Polícia Civil de Formosa (GO) e Cametá (PA), cujas cidades o Gabriel se refere constantemente, para saber se algum parente dele mora nestas cidades. “Como ele disse que é de Formosa e que tem filhos em Cametá, não custa nada tentarmos obter informações lá nestas cidades, em busca de algum parente dele”, afirmou o Dr. Hélio Rubens, que estipulou um prazo de 30 dias para o recebimento completo do relatório da Secretaria de Assistência Social de Parauapebas sobre a história do Gabriel.

Com o apoio do Ministério Público Estadual, da OAB – seccional de Parauapebas, na pessoa do Dr. Gildásio Teixeira, da Polícia Civil, da Semas e de outras pessoas, com certeza, em breve encontraremos a família do Gabriel Costa de Carvalho, cujo nome foi dito por ele em conversas intercaladas que tivemos em um período de um ano e meio.

Agora, para minha felicidade, veio o desfecho final. Consegui encontrar a família do Gabriel e vou até fim. Quero agora acompanhar sua transferência para Brasília ou Formosa (GO) e o reencontro dele com sua família e fazer outra matéria sobre assunto, mostrando a alegria e felicidade da família Costa de Carvalho.

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