Durante a manhã e parte da tarde desta terça-feira (18), profissionais de imprensa que atuam em jornais impressos e portais de notícias de Parauapebas, Canaã dos Carajás e Belém do Pará, a convite da mineradora Vale, estiveram conhecendo as instalações e como funciona um dos maiores projetos minerais do mundo, o S11D, localizado em Canaã dos Carajás, sudeste paraense.
Na oportunidade, os jornalistas foram recepcionados pela equipe de comunicação da Vale, além do Diretor do Corredor Norte, Antonio Padovezi, Fabricio Cardozo, que é Gerente Executivo, responsável pelas operações do S11D e Leonardo Neves, gerente de Meio Ambiente.
Várias importantes informações foram repassadas aos comunicadores, entre elas, o fato de que 85% da produção de ferro da Vale no Pará já é feita sem uso de água.
Carajás Serra Norte e Serra Sul (S11D) são referências no processo, que traz ganho ambiental, e social. O S11D já nasceu com a tecnologia e não tem barragem de rejeitos. A operação da unidade fez aumentar em 11 vezes a arrecadação de CFEM pelos Governos.
Oitenta e cinco por cento da produção de minério de ferro da Vale no Pará já é realizada à umidade natural, ou seja, a seco, sem o uso de água. O processo reduz a quantidade de rejeitos e elimina a necessidade de construção de novas barragens ou de alteamentos. Uma das referências nesse processo é o empreendimento S11D da Vale. Localizado em Canaã dos Carajás, o empreendimento opera totalmente com essa tecnologia. Na mina de ferro de Carajás, em Parauapebas também quase a totalidade das linhas de beneficiamento já são a seco, além de ser empregada outra tecnologia que reaproveita o rejeito.
A empresa considera ampliar a produção com processamento a seco. A previsão é que até 2024, toda a produção de ferro no Estado seja feita sem água. A ampliação deverá trazer também ganhos ambientais, econômicos e sociais. Além de não gerar rejeito, a tecnologia reduz o consumo geral de água em média em 93%. Também favorece o fornecimento de metálicos de baixa emissão de poluentes, permitindo redução significativa da emissão de CO2 na indústria siderúrgica global.
Desde que entrou em operação, a produção do S11D ampliou os valores de arrecadação dos Governos. Nos últimos dois anos (2017 e 2018), as operações da Vale em Canaã, por meio da mina de cobre do Sossego e do S11D já geraram por volta de R$ 753 milhões em arrecadação ao Estado, município e União, considerando cinco principais tributos e a Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM).
O total pago a título de CFEM aos cofres públicos (União, Estado e Município), fruto das operações da empresa em Canaã, em 2016, foi de R$ 28,7 milhões (referentes a extração do cobre), já em 2018, foram recolhidos R$ 320,7 milhões (referentes a extração do cobre e minério de Ferro), total 11 vezes superior.Já considerando, outro tributo, a taxa de fiscalização da atividade mineral (TFRM) repassado ao Estado que totalizou R$ 1,3 milhão em 2016 passou para R$ 120 milhões em 2018.
Processo elimina necessidade de barragens
Até chegar ao produto final, que é comercializado pela Vale, o processo de beneficiamento funciona da seguinte forma: o minério de ferro extraído vai para equipamentos que reduzem o seu tamanho, a chamada britagem. Posteriormente, seguem por etapa, que classifica os minérios por tamanho. Nesse processo, o minério passa por peneiras, onde é feita a separação de acordo com uma especificação padrão do produto. Esta é uma das etapas mais importantes da produção: a classificação por peneiramento.
A diferença no beneficiamento a úmido é que há utilização de água na classificação. O processo gera, então, o chamado rejeito, resíduos ultrafinos de material de menor teor de ferro, que ficam misturados na água e são direcionados à barragem. Essa rota de processamento é utilizada nos minérios que apresentam menor teor de ferro em uma amostra de rocha.
Já o tratamento à umidade natural (a seco), não utiliza água. Esse processo é adotado para os minérios que têm alto teor de ferro numa amostra de rocha, como o de Carajás. Nas usinas, são utilizadas peneiras de classificação de alta aceleração e após a britagem e o peneiramento, o minério já está pronto para ser comercializado. Desta forma, não há geração de rejeitos e assim também não há necessidade de barragem.
Investimento Social
Em termos de investimentos sociais no município, foram cerca de R$ 150 milhões aplicados em parceria com a prefeitura na realização 40 obras como reforma e construção de oito escolas, reforma do hospital, construção do Conselho Tutelar, do Centro do Idoso, a reinauguração da Casa da Cultura com escolas de formação em modalidades artísticas. No Estado, a Vale emprega mais de 27 mil trabalhadores entre empregados próprios e terceiros. Deste total, 4 mil estão nas operações em Canaã. Em 20018, também R$ 800 milhões foram adquiridos de fornecedores locais.
Outra tecnologia reaproveita rejeitos
Desde 2013, em Carajás, também é usada tecnologia que reaproveita o rejeito, fazendo o reprocessamento e reduzindo a quantidade de material na barragem do Geladinho. A empresa também aguarda o licenciamento do projeto Gelado anunciado ano passado. Por meio do projeto, será possível reaproveitar o rejeito depositado ao longo dos últimos 30 anos na barragem do Gelado, reduzindo gradativamente a quantidade de rejeitos. A previsão é recuperar 10 milhões de toneladas por ano.
Confira abaixo alguns outros números gerados com as operações da Vale em Canaã:
4 mil empregos diretos
R$ 120 milhões em massa salarial mensal circulante na região
R$ 753 milhões gerados em arrecadação aos Governos (município, Estado e União) nos últimos dois anos (2017 e 2018) considerando apenas quatro tributos e CFEM
Aumento em 120 vezes do valor pago ao Estado em TFRM (de R$ 1,3 milhão em 2016 para R$ 120 milhões em 2018)
Aumento em 11 vezes do valor pagado em CFEM aos Governos
Mais de R$ 150 milhões foram investidos pelo S11D em Canaã em obras sociais.
Cerca de 40 obras sociais ao longo de cinco anos, como oito escolas construídas ou reformadas, três praças públicas, conselho tutelar etc
Vantagens do processo a seco adotado em minas no Pará:
Não há necessidade de adicionar água para processamento do minério extraído, dispensando a construção de barragens de rejeitos;
O total de 100% do minério de ferro é aproveitado e comercializado, não há geração de rejeitos;
Reduz o consumo geral de água em média 93% e
Gera menor consumo de energia, maior segurança e ganho na produtividade, com maior economia de recursos, menos etapas de produção e menos equipamentos.