Já passam de 100 os deputados que assinaram o requerimento para protocolar um pedido de impeachment contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O motivo são as declarações do presidente comparando a ação de Israel em Gaza ao Holocausto nazista. O documento afirma que declarações se enquadram em “cometer ato de hostilidade contra nação estrangeira, expondo a República ao perigo da guerra, ou comprometendo-lhe a neutralidade”.
Pelo menos 32 deputados de partidos aliados ao presidente Lula já assinaram o documento encabeçado por Carla Zambelli (PL), que pretende protocolar nesta terça-feira (20) o pedido na Câmara. Eles são filiados ao PP, MDB, União Brasil, Republicanos e PSD, que têm representação no atual governo.
O Partido Progressista, do presidente da Câmara, Arthur Lira, e do ministro dos Esportes, André Fufuca, possui 12 signatários. O partido União Brasil, com ministros do Turismo e das Comunicações, conta com 11 assinaturas.
O Republicanos, que tem ministério nos Portos e Aeroportos, soma quatro assinaturas. O MDB, com pastas nos Transportes, Planejamento e Cidades, tem três deputados na lista.
Já o PSD, com ministros na Agricultura, Pesca e Minas e Energia, tem dois signatários. Até o momento, o pedido de impeachment de Lula alcançou 113 assinaturas, impulsionado pelas declarações do presidente sobre o conflito entre Israel e o Hamas, que comparou as ações de Israel na Faixa de Gaza ao extermínio de judeus por Hitler durante a Segunda Guerra Mundial.
A maioria dos deputados que subscrevem o pedido é do PL, principal partido de oposição e dono da maior bancada individual da Casa, com 96 deputados.
Depois de conseguidas as 171 assinaturas ou mais, e eventual aval do presidente da Câmara, é necessário o apoio de ao menos 342 deputados para a instauração do processo.
O impeachment em si é analisado pelo Senado. É preciso ter o apoio de ao menos 54 senadores para que aconteça.
Fonte: O Liberal