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Projetos desenvolvidos na Uepa incentivam a participação feminina na ciência

Conhecer o ciclo de vida de borboletas, a partir da criação de lagartas, durante as aulas de Ciências, no 8º ano do Ensino Fundamental, foi o que despertou a curiosidade para estudar insetos da professora da Universidade do Estado do Pará (Uepa), Jéssica Herzog. Com pesquisas voltadas para este tipo de animal, Jéssica não só se tornou especializada na área, como incentiva que o ciclo conhecimento seja constantemente reforçado: “poder compartilhar essas experiências com novas gerações é uma forma de semear a curiosidade e continuar esse ciclo vital de aprendizado e descoberta”.

Como forma de incentivar o ciclo do conhecimento, principalmente entre meninas e mulheres, Jéssica é responsável pelo projeto “O mundo é dos insetos: da megadiversidade à proteína sustentável”, desenvolvido no campus XIX da Uepa, em Salvaterra. Assim como ela, outra professora da instituição, distante quase 800km, Pryscilla Denise Almeida da Silva, coordena a proposta “Vida em miniatura: Descobrindo a biodiversidade microscópica”.

Ambas as ações foram aprovadas em chamada do programa Futuras Cientistas, vinculado ao  Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o programa conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), para desenvolver atividades que estimulem o interesse e promovam  a participação de mulheres professoras e estudantes do ensino médio, nas áreas de Ciência e Tecnologia, através de sua aproximação a centros tecnológicos e instituições de ensino e pesquisa.

“O projeto foi proposto para estimular alunas do Ensino Médio a observar a biodiversidade que olhos não conseguem ver, a biodiversidade que só é vista com a ajuda de equipamentos”, explica a professora Pryscilla. Ela conta que a imersão de forma presencial, no campus da Uepa em Parauapebas, segue neste mês de fevereiro, com alunos do segundo ano do Ensino Médio.

“Projetos como esse que eu desenvolvi aqui têm um apelo muito grande, pois as escolas estaduais possuem poucos equipamentos, dessa forma despertam interesse e curiosidade. E, quando aliado a questões como modelagem e engenharia de software, ajudam a desconstruir estereótipos de gênero e desenvolvem habilidades técnicas”.

O professor Alan Barreto, do curso de Engenharia de Software, também foi grande parceiro do projeto que ajudou a modelar cada organismo e imprimir na impressora 3D, além da professora de biologia da rede pública estadual Juliana Cristina Schneider, que também participou das atividades desenvolvidas em Parauapebas, e reencontrou uma aluna do Ensino Fundamental que está participando das atividades. “Eu fiquei muito feliz e grata quando ela disse que eu fui a sua fonte de inspiração”, disse. Para ela, esse momento é uma oportunidade de aprimoramento do estudo em que ela pode “reviver várias coisas e sair com muitas e muitas ideias para poder trabalhar na minha sala de aula”.

Já em Salvaterra, a professora Jéssica descreve a experiência como “incrivelmente enriquecedora”. Ela conta que as participantes tiveram a oportunidade de realizar coletas e observações diretas de insetos durante as saídas de campo e o material coletado foi, depois, minuciosamente examinado em aulas de laboratório.

“Isso permitiu observar com detalhes a morfologia dos insetos e relacionar com os seus papéis ecológicos. Elas colocaram em prática técnicas de coleta e montagem dos insetos para preservar o material entomológico coletado e aprenderam sobre a importância de coleções entomológicas para diversos estudos científicos”. Para o futuro, a professora Jéssica destaca que as propostas geraram novas inspirações de pesquisas e que serão submetidas como projetos Pibic, de iniciação científica.

Estudantes do projeto Vida em miniatura: Descobrindo a biodiversidade microscópica
Estudantes do projeto “Vida em miniatura: Descobrindo a biodiversidade microscópica”

O projeto reuniu quatro alunas do Ensino Médio e uma professora, além de duas alunas de Licenciatura em Ciências Biológicas e três integrantes do curso de Tecnologia de Alimentos no campus XIX da Uepa. Contou ainda com colaborações da Universidade Federal do Pará em Soure e do Museu Paraense Emílio Goeldi. A abordagem interdisciplinar destacou a importância dos insetos na Ilha do Marajó, incluindo o bicho do tucumã na cultura regional.

Mariana Cardoso da Silva, estudante do curso de Engenharia de Software, e Lívia Baia, discente do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, ambas do campus XXIII da Uepa, participaram das atividades junto com a professora Pryscilla.

“Foi um prazer receber o convite e poder participar deste projeto, no qual tive a oportunidade de ensinar e obter inúmeros conhecimentos novos, ministrando aulas de modelagem e impressão em 3D, nos laboratórios de Informática e colocando os conhecimentos em prática, realizando as impressões junto com as alunas e monitorando os processos em seguida”, destaca Mariana.

Lívia descreve a experiência como enriquecedora pois já como monitora, compartilhou o conhecimento dela na área da Biologia com meninas que puderam explorar o mundo microscópico. “Em seguida, elas modelaram as microalgas com massinha e, com apoio dos monitores de Engenharia Software, criaram versões em 3D para impressão. A atividade foi uma experiência prática e divertida, tornando o aprendizado mais envolvente e significativo”.

Sobre a ação ser voltada para meninas e mulheres, todas concordam que o reconhecimento ainda é um desafio para mulheres. “A ciência historicamente foi (e ainda é) um espaço onde as mulheres enfrentam mais desafios para serem reconhecidas. Muitas vezes, desde cedo, as meninas não se sentiram encorajadas a seguir carreiras científicas por falta de representatividade ou até por pressão social”, aponta Lívia.

Estudantes do projeto Vida em miniatura: Descobrindo a biodiversidade microscópica
Estudantes do projeto “Vida em miniatura: Descobrindo a biodiversidade microscópica”

Mariana também destaca que essa é uma oportunidade para o contato com diferentes conhecimentos e práticas: “Considero extremamente importante ações do tipo, voltadas para a educação e, principalmente, para meninas e mulheres que, normalmente, costumam não estar em grande número na área em que estudo. Além disso, as alunas tiveram contato com inúmeras tecnologias e conhecimentos que, dificilmente, são obtidos no Ensino Médio e que, com certeza, serão de extrema importância na vida de cada uma delas”.

“Essas atividades são fundamentais para encorajar e reforçar a participação das mulheres nas ciências. Ao proporcionar experiências práticas e contato direto com a pesquisa científica, o projeto não apenas incentiva as jovens a se envolverem mais com a ciência, mas também promove um ciclo de inspiração”, conclui a professora Jéssica Herzog.

Pará registra 13 casos de Doença de Chagas em 2025; uma morte foi confirmada em Belém

Casos estão distribuídos em seis municípios; fiscalização intensifica combate à venda irregular de açaí na capital

A Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) confirmou, nesta semana, 13 casos de doença de Chagas no estado desde o início de 2025. Uma pessoa morreu vítima da infecção em Belém.

De acordo com os dados divulgados, os casos estão distribuídos entre os municípios de Breves (5), Belém (2), Abaetetuba (2), Limoeiro do Ajuru (2), Anajás (1) e Curralinho (1). Na capital, foram confirmados quatro casos entre residentes em janeiro, incluindo um óbito ocorrido no bairro da Marambaia, no dia 15 do mesmo mês. Até o dia 6 de fevereiro, nenhum novo caso foi registrado em Belém.

Histórico da doença no estado
Em 2024, o Pará registrou 475 casos de doença de Chagas, com cinco óbitos. O município com maior número de infectados foi Abaetetuba (55), seguido por Breves (45), Cametá (41), Curralinho (41) e Barcarena (39). Já em 2023, foram contabilizados 539 casos, também com cinco mortes. Em 2022, foram 349 casos e o mesmo número de óbitos.

Na capital paraense, os bairros mais afetados em 2024 foram Tenoné (7 casos), Guamá (6 casos, incluindo um óbito), Terra Firme (4), Jurunas (3) e Fátima (3). No ano anterior, Belém registrou 45 casos da doença, resultando em três mortes. Em 2022, foram 34 casos e um óbito.

Operação interdita pontos de venda de açaí irregulares em Belém
Diante dos riscos à saúde pública, uma operação conjunta da Secretaria Municipal de Saúde e do Ministério Público do Estado do Pará resultou na interdição de 14 pontos de venda de açaí em Belém. Em quatro dias de fiscalização nos bairros da Condor, Guamá, Cremação, Jurunas, Canudos e Terra Firme, 22 estabelecimentos foram vistoriados, dos quais oito foram notificados.

Na última quinta-feira (6), um homem foi preso por descumprir uma ordem de interdição de seu ponto de venda de açaí no bairro da Condor. O local operava sem licença da prefeitura e comercializava o produto de forma adulterada.

A operação tem como objetivo coibir a venda de açaí irregular, que pode estar contaminado e representar risco à saúde dos consumidores, uma vez que a doença de Chagas pode ser transmitida pelo consumo do fruto contaminado com fezes do barbeiro, inseto transmissor do Trypanosoma cruzi.

As autoridades seguem em alerta para evitar novos casos e reforçam a importância da fiscalização na cadeia produtiva do açaí no estado.

Reportagem: Hilda Barros | Da redação do Portal Pebinha de Açúcar

Encontro de novos prefeitos e prefeitas: Um passo importante para a transformação da gestão municipal

Uma oportunidade única de integração, aprendizado e cooperação entre governos federal e municipal para enfrentar os desafios da gestão pública

Em 2024, 5.568 municípios brasileiros elegeram novos(as) prefeitos(as) para o mandato de 2025-2028, um momento decisivo para o futuro das administrações municipais e para a continuidade das políticas públicas. Este cenário de transição, essencial para o fortalecimento das parcerias entre os municípios e o governo federal, será marcado pelo lançamento da terceira edição do Encontro de Novos Prefeitos e Prefeitas, que acontecerá entre os dias 11 e 13 de fevereiro de 2025, em Brasília.

O evento reunirá mais de 20 mil pessoas e tem como principais objetivos acolher os gestores eleitos, oferecendo suporte técnico e administrativo para uma transição eficiente. O encontro também visa garantir que prefeitos e prefeitas tenham acesso a informações valiosas sobre programas federais, recursos disponíveis e mecanismos de colaboração intergovernamental.

Uma das grandes inovações desta edição é o Espaço Prefeitar, um ambiente dedicado à vivência prática da gestão municipal. Neste espaço, os novos gestores poderão experimentar situações reais da administração pública, com foco em desafios como a gestão do lixo, mobilidade urbana, prestação de contas para órgãos de controle e atuação em situações de tragédias climáticas. O objetivo é proporcionar uma visão ampla e realista das demandas diárias enfrentadas pelos prefeitos no cuidado das cidades e das pessoas.

O Encontro de Novos Prefeitos e Prefeitas vai além de um simples evento de boas-vindas. Ele simboliza o compromisso do governo federal com a cooperação federativa e representa uma oportunidade estratégica para fortalecer as parcerias entre as esferas de poder, acelerando a implementação de políticas públicas e programas essenciais para o enfrentamento dos desafios sociais e econômicos que o país ainda enfrenta.

Esta iniciativa reforça a importância da união entre as autoridades federais e municipais para garantir a continuidade e o aprimoramento das políticas públicas, fundamentais para a melhoria da qualidade de vida da população brasileira.

 

Observatório Nacional dos Direitos Humanos disponibiliza dados sobre o sistema prisional brasileiro

Levantamento do ObservaDH aponta os principais desafios e avanços nas condições do sistema prisional brasileiro, destacando a necessidade de reformas urgentes

O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) disponibilizou, por meio da plataforma Observatório Nacional dos Direitos Humanos (ObservaDH), informações detalhadas sobre a população privada de liberdade no Brasil. Os dados, provenientes do Sistema Nacional de Informações Penais (Sisdepen) e de outras fontes oficiais, possibilitam um diagnóstico abrangente do sistema prisional, subsidiando políticas públicas voltadas à garantia de direitos e à melhoria das condições nas unidades prisionais.

São, ao todo, 10 novas narrativas implementadas, abarcando diversos recortes temáticos, sendo eles: acesso à justiça; trabalho no sistema penitenciário; educação no sistema penitenciário; saúde e doenças no sistema penitenciário; violência e violações de direitos humanos; mortes no sistema penitenciário; acesso à água e à alimentação adequada; condições das famílias das pessoas privadas de liberdade; sistema nacional de prevenção e combate à tortura; e sistemas estaduais de prevenção e combate à tortura.

Desafios do sistema prisional
Segundo o levantamento disponibilizado na plataforma, o Brasil conta, hoje, com uma população prisional de mais de 850 mil pessoas, sendo a terceira maior do mundo. Desde o ano 2000, esse número quase quadruplicou, evidenciando o problema do encarceramento em massa. O déficit de vagas ultrapassa 200 mil, e cerca de um terço das unidades prisionais foi avaliado com condições ruins ou péssimas entre 2023 e 2024.

Em relação aos casos de violência no sistema prisional, dados de 2023 registraram 3.091 mortes no sistema penitenciário, sendo 703 delas homicídios. A taxa de mortes violentas intencionais (MVI) nas prisões é quatro vezes maior do que na população em geral, enquanto os casos de suicídio entre presos são três vezes mais frequentes.
Além disso, mais de 120 mil denúncias de tortura e maus-tratos foram feitas desde a implementação das audiências de custódia em 2015. Entre 2020 e 2024, a Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos registrou 14.731 denúncias, totalizando 55.668 violações de direitos, das quais 80% ocorreram dentro dos presídios.
Nesse sentido, o Plano Nacional de Enfrentamento ao Estado de Coisas Inconstitucional nas Prisões Brasileiras, denominado Pena Justa, foi elaborado e homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em dezembro de 2024 e estabelece diretrizes para a gestão do sistema prisional, incluindo o controle do fluxo de entrada e saída de pessoas, a qualificação dos serviços oferecidos e o aprimoramento da ambiência prisional.

Medidas de enfrentamento
Outros dados em destaques estão no campo da educação e do trabalho, pilares fundamentais para a reinserção social. Nos últimos anos, houve avanços na ampliação do acesso a atividades educacionais dentro do sistema prisional, contemplando 16,5% das pessoas privadas de liberdade em 2023. Com relação ao trabalho, a Lei de Execução Penal determina que a atividade laboral deve estar associada à dignidade humana e à qualificação profissional. Atualmente, cerca de 19,5% da população prisional participa de atividades laborais.

A promoção da saúde no sistema prisional também tem sido um foco das políticas públicas, com um aumento significativo no número de equipes de atendimento. Entre 2007 e 2023, houve um crescimento de 564% no número de profissionais atuando nas unidades prisionais, conforme dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), ainda assim, há desafios a serem superados para garantir o pleno acesso a atendimentos médicos e psicológicos.

Com informações: MDHC

MPPA e Prefeitura de Eldorado do Carajás discutem fomento em prol da regularização fundiária no município

Na última quarta-feira, 5, o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), por meio da 12ª Promotora de Justiça Agrária de Marabá, Alexssandra Muniz Mardegan, promoveu reunião no município de Eldorado dos Carajás com a presença do gestor municipal, prefeito Wagne Costa Machado, além dos respectivos secretários municipais.

Na ocasião, a Promotora de Justiça Agrária destacou a importância da regularização fundiária como um fator essencial para a estabilidade das famílias que vivem da produção rural. “A titulação das terras traz segurança jurídica e tranquilidade para os agricultores familiares, permitindo acesso a crédito, incentivos públicos e condições mais dignas para produzir e viver no campo”, enfatizou a promotora.

Durante a reunião, foi reforçado que o município de Eldorado dos Carajás possui uma peculiaridade territorial, pois a maior parte de sua área é composta por assentamentos e ocupações produtivos, entretanto sem a devida titulação das terras. De modo a enfrentar esse desafio, a gestão municipal e o MPPA discutiram meios de atuação conjunta para realização de um levantamento topográfico e georreferenciamento das propriedades que estejam paralisadas no processo de regularização, com objetivo de desburocratizar e viabilizar a regularização, inclusive por meio de termos de cooperação com órgãos estaduais e federais, como o Instituto de Terras do Pará (ITERPA) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA).

Houve ainda a sugestão de uma ação conjunta do MPPA com a Prefeitura de Eldorado dos Carajás, para a identificação e regularização fundiária das áreas rurais do município. A iniciativa visa garantir segurança jurídica aos agricultores familiares e de modo a fomentar o desenvolvimento da região.

A Prefeitura de Eldorado dos Carajás reforçou seu compromisso em estruturar ações para garantir a titulação das terras e minimizar conflitos agrários. Entre as medidas previstas, está a criação de uma Secretaria de Regularização Fundiária, a contratação de equipe técnica e a aquisição de equipamentos para avançar na georreferenciação das áreas pendentes de titulação.

Além disso, a promotora de Justiça Alexssandra Muniz Mardegan sugeriu que a gestão municipal avalie os benefícios da adesão ao Programa Territórios Sustentáveis, que pode ampliar as possibilidades de regularização e desenvolvimento para os agricultores familiares.

Após a reunião, Alexssandra Mardegan ainda visitou a Casa do Mel Valdir Fonseca (APIMEC), estrutura da futura fábrica de mel que beneficiará cerca de 25 apicultores da região. A visita consistiu em identificar as pendências para que a fábrica entre em funcionamento, o que será objeto de futura reunião com os correspondentes produtores.

Deslizamento de terra rompe adutora do Saaep e prejudica abastecimento de água em pelo menos três bairros

O Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Parauapebas (Saaep) informa que durante a madrugada de hoje, 10, aconteceu um incidente na elevatória do morro do Parque dos Carajás, unidade responsável pelo abastecimento de água dos bairros Cidade Jardim, Parque dos Carajás e Beira Rio. Um deslizamento de terra resultou no colapso sobre a adutora que, neste momento, encontra-se inativa. O desmoronamento provocou um vazamento considerável de água no local.

As equipes de operação e planejamento já chegaram ao local, realizaram a contenção do vazamento e estão trabalhando com um mutirão para resolver a situação. A área técnica também está presente, focada em encontrar a melhor solução para o problema.

O impacto para os bairros abastecidos por esta adutora será mínimo. Apenas uma pequena parte do bairro Cidade Jardim está sendo afetada. Para garantir que os moradores não fiquem sem abastecimento, está sendo realizado um mutirão de caminhões-pipa para alimentar o reservatório local, atendendo aos moradores afetados.

A Prefeitura de Parauapebas, por meio do Saaep, está trabalhando para normalizar a situação o mais breve possível e ter a operação totalmente restabelecida.

Projeto Mangues da Amazônia promove conexão entre jovens e o maior manguezal contínuo do mundo

Jovens do Pará vivenciam a importância ecológica dos manguezais em aulas ao ar livre, promovendo educação ambiental e ações de preservação para combater as mudanças climáticas

No contexto da COP 30, que acontecerá em Belém, o Projeto Mangues da Amazônia tem mobilizado escolas de todo o estado do Pará para uma imersão única na maior faixa contínua de manguezais do mundo, presente no Pará e no Maranhão. Com atividades ao ar livre, os jovens têm a oportunidade de aprender diretamente na natureza, sobre a importância ecológica desse ecossistema para a biodiversidade marinha e para o enfrentamento das mudanças climáticas.

Os manguezais desempenham papel fundamental na proteção da costa contra a erosão, na produção de alimentos e na captura de carbono, ajudando a mitigar os efeitos das mudanças climáticas. No Pará, o projeto visa transformar as áreas de mangue em um laboratório vivo para a educação ambiental, promovendo o entendimento sobre as relações ecológicas que ali acontecem.

“Escola vai ao Mangue” é a principal ação do projeto, que leva estudantes de diferentes cidades paraenses, incluindo a capital, Belém, a se conectar com esse ecossistema. Durante as visitas, eles conhecem a flora e fauna locais, com destaque para o caranguejo-uçá, espécie fundamental na economia da região, e o turu, um molusco consumido na culinária típica. “Ao entender essas relações na prática, os alunos valorizam ainda mais os recursos naturais e a importância da preservação”, explica Madson Galvão, biólogo e pesquisador do projeto.

Além das lições sobre a ecologia do mangue, os alunos também são incentivados a se engajar em projetos de pesquisa, como o desenvolvimento de sensores para medir o fluxo de dióxido de carbono e outros fatores ambientais no manguezal. Essas atividades contribuem para uma educação prática e transformadora, conectando teoria e ação no campo.

O projeto não se limita apenas à visitação escolar. Ações de reflorestamento também são realizadas, com o plantio de mudas para restaurar áreas degradadas dos manguezais. Cerca de 80 alunos do Ensino Médio participaram dessa ação em 2024, com planos de expansão para o próximo ano, especialmente com o foco na COP 30, evento global que trará ainda mais visibilidade para a Amazônia como referência em soluções climáticas.

Em termos de ações socioambientais, o Mangues da Amazônia também oferece atividades extracurriculares para mais de mil estudantes locais, com programas educativos voltados para diferentes faixas etárias, desde crianças de 4 a 6 anos até jovens de 15 anos. Essas atividades envolvem desde o aprendizado sobre o ecossistema até ações de proteção do mangue.

O projeto também tem avançado na recuperação de áreas degradadas, com o uso de tecnologias inovadoras para restaurar 16 hectares de manguezal. O monitoramento do retorno das espécies, como o caranguejo-uçá, é uma das estratégias para garantir a resiliência do ecossistema frente às ameaças das mudanças climáticas.

Com o apoio da Petrobras, através do Programa Petrobras Socioambiental, o Mangues da Amazônia tem impactado diretamente cerca de 15 mil pessoas, promovendo a conservação de um dos ecossistemas mais importantes do planeta, além de promover a educação ambiental e a valorização do uso sustentável dos manguezais. O projeto segue com o objetivo de ampliar suas ações, envolvendo ainda mais a comunidade e as futuras gerações na luta pela preservação do manguezal amazônico.

Sobre o Mangues da Amazônia
O projeto é uma iniciativa socioambiental focada na recuperação e conservação dos manguezais nas Reservas Extrativistas Marinhas do Pará. Realizado pelo Instituto Peabiru, Associação Sarambuí e o Laboratório de Ecologia de Manguezal (LAMA) da Universidade Federal do Pará (UFPA), o projeto conta com o patrocínio da Petrobras desde 2021 e visa a restauração de espécies-chave, a educação ambiental e a implementação de ações socioculturais nas comunidades locais.

Sobre a Associação Sarambuí
A Associação Sarambuí é uma organização da sociedade civil com sede em Bragança (PA), que promove a geração de conhecimento e a sustentabilidade dos recursos costeiros e estuarinos da região amazônica.

Sobre o Instituto Peabiru
Fundado em 1998, o Instituto Peabiru é uma organização brasileira que atua em processos de fortalecimento da organização social e valorização da sociobiodiversidade, com foco na Amazônia, especialmente no Marajó e na Região Metropolitana de Belém (PA).

Com informações: Projeto Mangues da Amazônia

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