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Altamira e Canaã dos Carajás disparam em mortes no trânsito

Os dois municípios mais prósperos do Pará no momento, economicamente falando, também são os mais apressados nas estatísticas da violência no trânsito – e fora dele. Altamira, que concentra o canteiro de obras da construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, e Canaã dos Carajás, onde está sendo erguido o maior projeto da indústria mineral do mundo, subiram arrepiantemente no ranking da violência, considerada a apuração entre os mais diversos mapas elaborados pelo sociólogo Julio Jacobo.

Altamira, “Princesinha do Xingu”, reina absoluta no triste campeonato da violência. É o terceiro município mais violento no Pará e 44º no país, com a terrível taxa de homicídios de 85 casos entre 100 mil pessoas. Conflitos no campo e aumento da criminalidade e da periferização da área urbana da maior cidade da porção central paraense, decorrente da migração desenfreada atraída pela miríade de empregos temporários em Belo Monte, tornaram Altamira pequena demais para tantos registros de assassinato. Não que o município tenha sido historicamente um poço de tranquilidade; longe disso. Mas o que já era considerado violento disparou rumo ao topo da lista.

A “Princesinha do Xingu” é, também, o quarto lugar paraense mais complicado para a juventude e o 52º em nível nacional. Lá, é praticamente certo que, em cada grupinho de 10 mil jovens, 13 ou 14 indivíduos vão ser liquidados sem dó ou piedade.

No trânsito, a cidade que mais cresce no Pará vive uma balburdia sem precedentes. Em 2008, 25 pessoas foram vítimas de fatalidade; em 2012 foram 72. É a segunda mais violenta do Pará e a 33ª do Brasil.

Em Canaã dos Carajás, “Terra Prometida”, a situação é pouco diferente. Cobaia em violência, a área urbana – segunda que mais recebe, proporcionalmente, novos moradores no Norte e Nordeste do Brasil, atrás de Altamira – tem números sangrentos de fazer inveja a cidade grande (se é que alguma tem inveja disso). E o que mais impressiona é o trânsito, que mata, em média, 14 pessoas por ano. Na ponta do lápis, dá 48 mortes em cada grupo de 100 mil habitantes, o que faz de Canaã a quarta terra de violência prometida e a posiciona entre as 150 mais sangrentas do Brasil. Com a quantidade de sangue derramado das 46 pessoas mortas entre 2008 e 2012 no trânsito de Canaã, em torno de 210 litros, daria para pintar de vermelho a Avenida Weyne Cavalcante, uma das principais de Canaã. Não é brinquedo, não.

Reportagem especial: André Santos – Colaborador do Portal Pebinha de Açúcar
Foto: Arquivo

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