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Balanço revela que municípios do interior do Pará são bons pagadores na média do país

Fora da Região Metropolitana de Belém, apenas Marabá (dívida de R$ 3.572.544,98), Paragominas (R$ 2.110.878,87) e Santarém (R$ 1.940.294,24) devem entre os municípios mais populosos.

Na comparação direta entre Marabá e o município maranhense de Imperatriz, de mesmo porte populacional, o município paraense está “de boa na lagoa”. Isso porque o segundo mais populoso município do Estado vizinho deve seis vezes mais: R$ 21.271.851,62.

A maioria dos municípios brasileiros do porte populacional de Marabá e Santarém – e que disputam interesse de bancos em grandes financiamentos nacionais – deve mais. Na Bahia, por exemplo, os municípios de Vitória da Conquista (dívida de R$ 21.128.188,37), Itabuna (R$ 10.152.588,04) e Ilhéus (R$ 6.615.182,25) têm débitos crescentes.

Já municípios como Parauapebas, Castanhal, Altamira, Tucuruí e Itaituba, aqui no Pará, não devem sequer favor ao Tesouro Nacional. Dos municípios paraenses com entre 100 mil e 200 mil habitantes, apenas Paragominas está pendurado nos registros do Banco Central.

Em âmbito de capitais, Belém deve R$ 229.216.173,49 – seu vizinho, o município de Ananindeua, tem débito de R$ 38.296.641,72. Em linhas gerais, o débito da capital paraense é maior que o Produto Interno Bruto (PIB) de 3.938 municípios brasileiros, com base na mais recente apuração da produção de riquezas para nível municipal, feita em 2014 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e com referência ao ano de 2012.

Entretanto, a dívida de Belém é fichinha perto da dívida da cidade de São Paulo, coração financeiro do país. Isso porque São Paulo é um município oito vezes mais populoso que Belém, só que a Terra da Garoa deve 285 vezes mais que a Cidade das Mangueiras: são R$ 65.428.264.181,90. É uma cifra que dá cansaço quando pronunciada em sua completude e em voz alta.
A dívida da mais populosa cidade das Américas é tamanha que os únicos municípios brasileiros que têm PIB maior são o próprio São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Para melhorar a compreensão, é bastante saber que a dívida do coração financeiro do Brasil é maior que a riqueza produtiva de 13 das 27 Unidades da Federação. Haja ponte de safena para a depressão desse coração.

Reportagem especial: André Santos
Foto: Arquivo

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