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Coluna do Lima Rodrigues – 21 de junho de 2021

O presidente do Incra, Geraldo Melo Filho, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e o presidente Jair Bolsonaro entregam título definitivo de terra em Marabá | Foto: anater.org

Da pamonha à carne: insetos, doenças e plantas daninhas podem prejudicar a safra de milho e causar explosão nos preços

A pandemia da covid-19 impediu a realização de festas juninas e fechou os cinemas, mas o consumo do milho das pipocas e da pamonha não diminuiu. Afinal, o grão também é utilizado na nutrição de bovinos, aves e porcos. Por isso, uma redução na produção poderia causar aumento também no preço da carne. E esse pesadelo pode se tornar realidade: sem o manejo de pragas, doenças e plantas daninhas pode-se perder até 85% da produção – o que representaria um sério agravamento ao atual cenário de quebra na safra, ocasionado pelo baixo índice de chuvas no país.

“A produção brasileira de milho está estimada em 96,4 milhões de toneladas. A maior parte dessa produção está concentrada na ‘safrinha’, um período de plantio fora da época anteriormente tida como ideal, o verão”, comenta Julio Borges, presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg), com base nas informações mais recentes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

De acordo com Julio, os desafios fitossanitários do milho na safrinha tendem a ser grandes, por causa do clima. No período de outono e inverno, por exemplo, a falta de chuvas prejudica o fornecimento de água para as plantas. Nesse cenário, a presença de plantas daninhas – como o capim-colchão, o capim-pé-de-galinha e a soja tiguera – causam uma competição por nutrientes absorvidos do solo, gerando altas perdas para a plantação de milho.

Produção nacional

Com potencial de perda de 85% para os capins e de 40% para a soja tiguera (que aparecem voluntariamente em áreas onde há o plantio alternado de milho e soja), a produção nacional cairia das 96,4 milhões de t previstas para 14,5 milhões t – uma perda de 81,9 milhões t, algo mais do que suficiente para causar explosão no preço dos derivados do grão, o que envolve óleos, canjicas, farinhas, fubá e até mesmo de combustíveis, como o etanol de milho.

Além das plantas daninhas, os produtores de milho sofrem também com as doenças agrícolas, causadas por fungos, como as manchas foliares e a ferrugem. Pequenos inimigos, de até 3 centímetros, como a lagarta-elasmo, a lagarta-das-folhas, a larva-alfinete e, a mais comum, a lagarta-do-cartucho também são responsáveis por prejuízos médios de 20% à produtividade, já tendo alcançado 40% de perda de produção em algumas regiões.

“A solução para essas ameaças iminentes é proteger as lavouras, presentes em todos os estados e no Distrito Federal. A indústria, por meio da ciência e da tecnologia, está empenhada em auxiliar os agricultores a vencer mais esses desafios. Temos recursos modernos para controlar pragas, doenças e daninhas, que se espalham facilmente devido ao clima tropical e, rapidamente, podem criar resistência”, afirma Eliane Kay, diretora-executiva do Sindiveg.

Eliane aponta que defensivos, usados de forma correta e segura, protegem o milho sem causar prejuízo à qualidade do cultivo e à segurança do alimento oferecido à população. “Antes de serem comercializadas, as soluções são testadas e submetidas a um longo e rigoroso processo de avaliação, que leva em média 5 anos até a liberação para uso. Essa é a garantia de que esses insumos são benéficos para agricultores, comerciantes e consumidores”, finaliza.

Produção regional

Quase 60% da produção brasileira de milho está concentrada em três estados: Mato Grosso, Paraná e Goiás, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entretanto, todos os demais estados, além do Distrito Federal, possuem cultivo do grão, com destaque para Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, São Paulo, Santa Catarina, Bahia, Piauí, Maranhão, Tocantins e Rondônia: todos alcançam mais de 1 milhão de toneladas.

Informações de qualidade

O Sindiveg disponibilizou de forma gratuita uma plataforma de ensino à distância (com certificado) para os interessados em conhecer melhor o universo dos defensivos agrícolas, tão essenciais para garantir alimentos na mesa da população e o sucesso da economia. O portal também conta com curso sobre a relação entre agricultura e apicultura, uma ação do programa Colmeia Viva. Basta se inscrever no site treinamentos.sindiveg.org.br.

Sobre o Sindiveg

O Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg) representa a indústria de produtos para defesa vegetal no Brasil há 80 anos. Reúne 27 associadas, distribuídas pelos diversos Estados do País, o que representa aproximadamente 40% do setor. Com o objetivo de defender, proteger e fomentar o setor, o Sindiveg atua junto aos órgãos governamentais e entidades de classe da indústria e do agronegócio pelo benefício da cadeia nacional de produção de alimentos e matérias-primas. Entre suas principais atribuições estão as relações institucionais, com foco em um marco regulatório previsível, transparente e baseado em ciência, e a representação legitima do setor com base em dados econômicos e informações estatísticas. A entidade também atua fortemente para promover o uso correto e seguro, levando conhecimento e educação aos produtores e respeitando meio ambiente, leis e normas. Para mais informações, acesse www.sindiveg.org.br. (Texto Comunicação – SP).

Curso gratuito aborda análise genética do microbioma do solo

O manejo biológico do solo, com o objetivo de melhorar o equilíbrio dos sistemas agrícolas e aumentar a resiliência e a produtividade das lavouras, é a nova aposta de pesquisadores e especialistas na revolução biológica pela qual vem passando a agricultura brasileira. Na sequência do controle biológico, normalmente utilizado nas plantas e sementes, o estudo e incremento da microbiota do solo promete ser a nova revolução da biotecnologia, em um mercado de bioinsumos que deve crescer 33% neste ano no Brasil, para R$ 1,79 bilhão de reais, segundo a CropLife, entidade que representa as indústrias de insumos.

Com base nesse cenário, profissionais e especialistas em análise e manejo biológico do solo, estão oferecendo um curso, online e gratuito, que vai abordar a interpretação de laudos de análise genética do microbioma de um solo. “O foco das aulas são as bactérias e os fungos que vivem nos solos, considerando tanto os grupos presentes quanto as suas funções para os ecossistemas de soloprincipalmente aquelas que apresentam maior relevância para a produção agrícola”, explica o cofundador da Biome4all e doutor em microbiologia agrícola, Marcus Adonai Castro da Silva.

O curso

 O curso, dividido em cinco módulos, é destinado a engenheiros agrônomos e profissionais responsáveis pelas decisões de manejo de solo; produtores rurais interessados em conhecer a microbiota do solo e seus efeitos sobre a sua produção e biólogos e profissionais ligados à indústria de insumos agrícolas.

As aulas são gravadas, podem ser assistidas até o dia 30 de junho e serão ministradas por Silva e pelo professor do Departamento de Ciência do Solo da Esalq/USP, Fernando Adreote.

As inscrições estão abertas no link: https://www.udemy.com/course/a-analise-do-microbioma-do-solo/ (Flávia Romanelli – Assessoria de Imprensa).

Confira os destaques do Conexão Rural do próximo fim de semana:

– Presidente Jair Bolsonaro entrega mais de 50 mil títulos de terra no Pará, em cerimônia realizada em Marabá;

 – Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirma que o produtor rural não parou de produzir mesmo em tempo de pandemia;

– Presidente da Caixa Econômica, Pedro Guimarães, anuncia que o Pará é o estado que mais terá agências da Caixa voltadas para o agro;

– E prefeitura de Canaã dos Carajás ganha duas usinas de trituração de resíduos vegetais, e também resíduos de construção civil.

– Na parte musical, teremos o forró de Flávio Leandro.

Empresário e pecuarista Reinaldo Zucatelli toma posse como diretor regional da Associação PanAmazônia, para o sul e sudeste do Pará. O evento ocorreu dia 17 de junho na sede da Associação Comercial e Industrial de Marabá.

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