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Coluna do Lima Rodrigues: A gente vê cada coisa na TV

O que vou comentar hoje é sobre algumas coisas da televisão brasileira. Mas, antes, vou fazer uma revelação sobre meu gosto por telejornais, para você entender o que vou dizer.
Confesso ao leitor que gosto de telejornais. Tenho mania, há muitos anos, de assistir ao Jornal da Band, que começa por volta das 19h20 (atualmente, por causa do horário de verão começa às 18h20 no Pará). Logo em seguida, mudo para o Jornal Nacional, da TV Globo, e depois, ainda pego parte do SBT Brasil, do Sistema Brasileiro de Televisão. Há muito tempo atrás até tentei assistir ao telejornal da TV Record, mas muda tanto de horário que desisti. Não tenho TV a cabo no Pará, onde moro há quase cinco anos, mas quando estou em Brasília assisto sempre a Band News e a Globo News em horários diversos. Gosto muito do Globo Repórter. E, claro, por ser a área que atuo em televisão, antes de começar meu programa às 9hs na BAND, em Parauapebas (PA), assisto ao Globo Rural.

Pois bem. Nas horas vagas, quando não estou vendo telejornal (e quando não estou lendo notícias em sites e blogs), fico mudando de canal o tempo topo e vendo trechos de alguns programas. Eu disse trechos porque não tenho paciência nem para ver filme em TV. É cada besteirol que as emissoras colocam no ar, fora alguns programas que abusam comercialmente usando o nome de Deus. Mas, enfim, para comentar, é preciso que o jornalista veja os programas. Por alguns dias andei vendo até o popular e engraçado “Programa do Ratinho”, no SBT, e ao Big Brother Brasil, da TV Globo. Não poderia comentar com base no que alguém falou.
Situação hilária

Já vi cada coisa. No domingo passado, por exemplo, um cidadão mineiro competiu no Programa do Faustão (Globo) no começo da noite pulando corda com um botijão de gás segurado pelos dentes, no quadro SE VIRA NOS TRINTA. E ainda disse que nunca havia feito aquilo em televisão. Como o programa do Faustão é ao vivo e o programa DESAFIO, do programa Sílvio Santos é gravado, o Faustão “furou” o Sílvio Santos, que só exibiu o homem com força nos dentes por volta das 21hs. No Sílvio Santos, o mineiro do botijão também disse que nunca havia se apresentado em televisão.

E por falar em Sílvio Santos, momentos antes, ele apresentou um quadro em que entrevistava “artistas”. Quando mudei de canal o quadro já estava acontecendo e não deu para saber quem era a “famosa quem” que disputava com a veterana cantora Vanusa. E foi justamente na fala da cantora paulista, criada em Minas Gerais, que flagrei o besteirol. (Vanusa tem entre outros sucessos as músicas “Paralelas” – de Belchior – Manhãs de Setembro e Mudanças).

Sílvio Santos dava dicas, mas os “aristas” quase não acertavam as respostas. Em alguns momentos a situação ficou hilária. Mesmo após o apresentador dar as seguintes dicas: Alagoas, caçador de marajás, ex-presidente, Vanusa e a outra “artista” não acertaram o nome do ex-presidente Fernando Collor de Melo.
Depois, mesmo com várias dicas, elas não souberam dizer que Sergipe é o menor estado brasileiro e fica no Nordeste. “Pará?”, perguntou Vanusa. Oh, dó. Todo menino do ensino primário sabe que o Pará fica na região norte e é o segundo maior estado brasileiro em extensão territorial (1.247.689 km²), perdendo apenas para o Amazonas, que tem 1.570.745 km².
Analise e questione

Fico impressionado, também, com erros comuns em telejornais de todas as emissoras com a troca de cargos eletivos. Tipo: colocar nos caracteres a denominação de senador, quando o entrevistado é deputado federal ou vice-versa. Ou trocar a capital de Roraima, Boa Vista, pela do Macapá, Amapá. Que absurdo.
Enfim, a gente vê cada coisa em televisão que causa espanto. E olha que nem estou comentando sobre determinados programas que originalmente já tratam de besteirol o tempo todo. Se fosse comentar sobre eles, precisaria de muitas páginas do jornal.

Mesmo sem ser este comentário uma charada, eu digo: moral da história. Não engula tudo o que você em televisão, mesmo em se tratando de notícias ou de perguntas de participantes dos programas, porque você pode ficar desinformado e confuso sobre o que se passa na telinha.

Jornalisticamente, digo mais ainda: a mesma notícia que você na TV Globo pode ser vista sobre outro ângulos na Band, Record ou na Rede TV, ou vice versa. Cabe a você, telespectador, também com o reforço da leitura dos sites de notícias e dos jornais, tirar suas conclusões. Muitas vezes vemos em um canal notícias tão interessantes que momentos antes o telejornal da emissora concorrente não deu nem uma nota coberta (pequeno texto narrado pelo o apresentador em cima de uma imagem). Às vezes, a emissora não deu tal notícia por questão editorial ou posição política do dono ou grupo proprietário da televisão. Às vezes vemos também uma simples batida policial ou uma prisão de um ou dois assaltantes que determinado canal demorou horas durante a tarde falando em seus programas policiais ou uma grande matéria em seus telejornais, enquanto determinado canal deu, e com razão, apenas um registro rápido sobre o assunto, ou digamos, a chamada nota coberta. Em muitos casos, determinado assunto é abordado várias vezes em todos os telejornais de determinada emissora com textos atualizados por repórteres diferentes, enquanto que outras emissoras apenas repetem a mesma matéria, ou melhor, a mesma reportagem sobre o assunto.

Enfim, analise, questione, duvide, veja a mesma notícia sobre vários ângulos, antes de digeri-la, inclusive o texto desta coluna de hoje.
Uma boa semana a todos e até quarta-feira com saúde e paz.

Por: Lima Rodrigues

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