Feito o primeiro balanço da “Operação Queimadas”, apresentou como resultado aproximadamente 90 ocorrências atendidas apenas no mês de julho.
As informações são do Comandante do 23º Grupamento de Bombeiros Militar, Tenente BM Waulison.
Ele detalha que além dos atendimentos há ainda a demanda reprimida que não foi possível atender dado a “não ter pernas para alcançar a todas”. Como reforço ele, o militar diz ter ganhado uma guarnição de militares e ainda a Brigada Civil de combate a incêndios, criada recentemente pela Prefeitura Municipal de Parauapebas, através da Secretaria Municipal de Segurança Institucional e Defesa do Cidadão (SEMSI), que auxilia no atendimento das ocorrências.
Ainda de acordo com o bombeiro, as ocorrências são maioria no perímetro urbano, proveniente de limpeza de terrenos e que o denunciante nunca admite ter visto o autor da queimada. “Nosso planejamento é que a operação se estenda por quatro meses, julho, agosto, setembro e outubro, podendo ser prolongada caso as chuvas não se iniciem em novembro”, planeja Waulison, citando a Lei Nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, que dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.
Segundo o comandante, o terreno a ser queimado pode até ser uma propriedade particular, mas o ar é coletivo e ao fazer a queimada, traz diversos males às pessoas através da poluição que traz problemas oftalmológicos, irritações, problemas respiratórios e desencadeia outra série de problemáticas entre elas, onera a segurança e a saúde pública.
As queimadas são culturais, afirma Waulison, citando que durante boa parte da vida os filhos acabam vendo os pais fazendo queimadas e naturalmente replicam por achar que é o método mais fácil e barato. Mas a autoridade se diz feliz que nenhuma casa foi atingida graças ao atendimento de ocorrências em vegetação, o que impediu que chegasse às residências.
Além de combater os incêndios, o militar conta que foi feita campanha no início de julho, quando foi exposto material de combate a incêndio no Partage Shoppping, além de palestras e distribuição de panfletos. “Ainda estamos realizando palestras em escolas e empresas públicas falando sobre acidentes e queimadas. Ressaltamos que é um crime, seja ele culposo ou doloso, podendo o autor ser detido de seis meses a um ano, podendo chegar até a cinco anos preso, além de multas”, alerta Waulison, admitindo ser difícil fazer o flagrante, mesmo que 90% dos incêndios em vegetação seja por causas humanas trazendo como principais causas doenças e extinção de espécies animais e de plantas.
Reportagem: Francesco Costa / Da Redação do Portal Pebinha de Açúcar