No segundo trimestre de 2014, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrou 164 mil nortistas ocupados a mais do que o observado no mesmo período de 2013 – aumento de 11,54%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgados ontem. De acordo com o levantamento, o nível de ocupação nos Estados da região Norte já chega a 56,8% da população com mais de 14 anos de idade. Esse percentual de abrangência é 0,2 ponto percentual (p.p.) superior ao apresentado no primeiro trimestre de 2014 (56,6%) e 0,1 p.p. menor em relação à proporção nacional (56,9%).
O número de desocupados caiu em ritmo igual (11,54%), de 624 mil para 552 mil, entre abril, maio e junho de 2013 e abril, maio e junho de 2014. A taxa de desocupação na região Norte ficou em 4,4%, acima do percentual observado para todo o Brasil (4,2%). Em números absolutos, o Norte registrou 7,6 milhões de pessoas na força de trabalho, sendo quase 7,1 milhões de ocupados e 552 mil desocupados.
A Pnad Contínua referente ao segundo trimestre tinha divulgação prevista para agosto deste ano, mas foi adiada por conta da paralisação parcial de servidores, entre maio e agosto. O resultado do terceiro trimestre será divulgado no final de dezembro. A pesquisa produz informações contínuas sobre a inserção da população no mercado de trabalho e suas características, tais como idade, sexo e nível de instrução, permitindo o estudo do desenvolvimento socioeconômico do país. A cada trimestre, a Pnad Contínua investiga 211.344 domicílios particulares permanentes em aproximadamente 16 mil setores censitários, distribuídos em aproximadamente 3,5 mil municípios.
Entre os desocupados o contexto não se inverte, o número total também é maior nessa faixa de idade (296 mil pessoas), mas com 31 mil pessoas a menos do que no primeiro trimestre desse ano (327 mil pessoas). A taxa de desocupação é maior entre os nortistas com 18 a 24 anos (16,1%) e entre aqueles com 14 a 17 anos (15,3%).
No paralelo entre homens e mulheres o contexto secular se repetiu e a vantagem dos homens foi nítida. Havia mais mulheres com mais de 14 anos no Norte (6,2 milhões) do que de homens (5,9 milhões), no segundo trimestre. Apesar disso, o total de ocupados era de 2,7 milhões e 4,3 milhões, respectivamente, nos três últimos meses do primeiro semestre. A taxa de desocupação entre elas (9,2%), menor do que no mesmo período de 2013 (11,2%), é bem superior à taxa observada para eles (5,9%).
Na avaliação relacionada ao grau de escolaridade a taxa de desocupação era menor entre os nortistas com ensino superior ou equivalente incompleto (9,4%), com superior ou equivalente completo (4,4%), com fundamental ou equivalente incompleto (5,4%) e entre aqueles sem instrução (3,4%). Nos grupos com ensino médio em curso (10,9%) ou concluído (9,3%) as taxas são maiores. Apesar desse dado, 2,1 milhões dos ocupados nos Estados da região Norte estavam com ensino médio completo e 2,1 milhões com fundamental ou equivalente incompleto.
A região Norte possuía, na época da pesquisa, 4,2 milhões de pessoas trabalhando como empregados, 242 mil empregadores, 2,1 milhões atuando no mercado por conta própria e 496 mil como trabalhadores familiares auxiliares. No setor privado foram registrados 917 mil nortistas sem carteira assinada, no setor público eram 363 mil também sem a carteira assinada. Entre os trabalhadores domésticos esse número chegou a 333 mil de pessoas. O público e o privado empregavam 3,7 milhões de nortistas. Os Estados do Norte tinham 4,8 milhões de pessoas fora da força de trabalho, segundo o IBGE. Essas pessoas não reúnem condições para ingressar no mercado de trabalho. O número era menor no primeiro trimestre de 2013 (4,6 milhões).
A taxa de desemprego brasileira ficou em 6,8% no segundo trimestre de 2014, 0,3 ponto percentual a menos que a dos três meses imediatamente anteriores. No primeiro trimestre, a taxa havia subido 0,8 ponto percentual em relação ao fim de 2013, ficando em 7,1%. Se comparada ao segundo trimestre do ano passado, a taxa caiu 0,6 ponto percentual, pois o indicador estava em 7,4%. A pesquisa também mostra o nível de ocupação da população, que se refere à porcentagem de pessoas que estavam trabalhando no período. Segundo o IBGE, a taxa estava em 56,9%, contra 56,7% do primeiro trimestre de 2014 e 56,9% do segundo trimestre de 2013.
Segundo o IBGE, no segundo trimestre deste ano, 92,1 milhões de pessoas estavam ocupadas e 6,8 milhões, desocupadas. No primeiro trimestre deste ano, o número total de desocupados era 7 milhões e o de ocupados, 91,2 milhões. Já no segundo trimestre de 2013, essas parcelas da população somavam 7,3 milhões e 90,6 milhões. A Pnad Contínua referente ao segundo trimestre tinha divulgação prevista para agosto deste ano, mas foi adiada por conta da paralisação parcial de servidores, entre maio e agosto. O resultado do terceiro trimestre será divulgado no final de dezembro.
Reportagem e foto: ORM News