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Crise e desemprego fazem economia informal crescer em Parauapebas

Crescente em tempos de crise, a economia informal já representa pelo menos 60% em todo mundo. Muitos entram nela puxados pelo desemprego, outros pela opção de mandar em seu próprio horário e fazer seu próprio orçamento.

Quem nunca foi abordado nas ruas por pessoas vendendo óculos de sol, DVDs, CDs, sapatos, roupas, entre outros produtos?
A concepção do “camelô” é a mais comum quanto à economia informal. No entanto, sua abrangência é muito maior e caracteriza-se por ser um conjunto de atividades econômicas realizadas sem que haja registros oficiais, tais como assinatura da carteira de trabalho, emissão de notas fiscais e contrato social de empresa.

Natalino Pinheiro – mestre de obras

 

Muitos aderem à economia informal levados pelo desemprego, e se dão tão bem, que não querem mais voltar a ser empregado.
É o caso de Natalino Pinheiro, mestre de obras; após ficar 22 anos na construção civil, decidiu vender galeto e assim vem garantindo bons rendimentos. “Fiquei desempregado e migrei para esta área que vem dando certo. Por isso continuo aqui e não quero mais voltar a ser empregado”, afirma Natalino Pinheiro, lembrando que ficava muito tempo fora de casa e hoje pode trabalhar junto com a família, pois, o negócio deu tão certo, que já abriu três pontos de vendas de galeto e gerou trabalho também para a família.

 

Francisco Alves – operador de máquinas

 

Mas também há os que nela ingressaram por opção e também não querem voltar a ‘bater cartão’, pois dizem estar muito bem sendo seu próprio patrão.
Nesta situação encontramos Francisco Alves, ele é operador de máquinas, e hoje tem seu próprio negócio. “Hoje, para a gente que trabalha de empregado é muito difícil, pois os patrões não reconhecem o que fazemos; além de ter que cumprir horário de entrar e sair do trabalho, e aqui, em meu negócio, tenho domínio de meu tempo”, explica Francisco Alves, dando ainda como justificativa para não querer mais voltar a ser empregado, o valor que fatura por mês, o triplo de antes.

Francisco Sales – vendedor

 

Encontramos também gente que não está muito satisfeito com a economia informal, pois, diz que em outros tempos as vendas eram melhores, porém, com o atual estado de saúde não tem mais como ser contratado por empresas.
É o caso de Francisco Sales, que entrou na economia informal por estar desempregado, e hoje, com a falta de saúde é obrigado a se manter nela. “Quando eu era empregado meu faturamento era melhor”, afirma Francisco Sales, reconhecendo que voltaria a trabalhar na economia formal como empregado.

Dados oficiais

Segundo dados de uma pesquisa realizada pelo IBGE e Sebrae, somente 8,8% da economia informal é praticada nas ruas, sendo a maior parte dessas atividades desenvolvidas em residências e na casa do cliente; cujo desenvolvimento ocorre em consequência do desemprego estrutural, da cobrança de tributos e da burocracia para atuar legalmente.
Os consumidores, por sua vez, são atraídos pelos baixos preços desses produtos, visto que alguns objetos originais possuem valores elevadíssimos.

 

Mas não é só de vantagens que é feita a economia informal, legalizar um pequeno negócio pode trazer muitas vantagens. Por isso, nossa equipe de reportagens procurou o SEBRAE para esclarecer melhor ao internauta que queira ser um microempreendedor indivudual.

Podem sair da informalidade quem tem rendimento anual máximo de R$ 81.000,00, não podendo ter participação em outra empresa como sócio ou titular e possuir, no máximo, um empregado com salário limitado ao mínimo vigente ou o piso da categoria.

Fernando Araújo – analista do SEBRAE

 

O caminho é se cadastrar como Microempreendedor Individual (MEI), o que oferece alguns benefícios. “São várias vantagens, principalmente a cobertura previdenciária, coisa que na economia informal não existe”, explica Fernando Araújo, analista do SEBRAE, detalhando ainda a possibilidade de poder contratar funcionário com menor custo, isenção de alguns tributos federais; além de poder emitir notas fiscais, o que possibilita fornecer para outras empresas e órgãos públicos.

A formalização do MEI é simplificada, podendo ser feita pela internet ou buscar orientação no SEBRAE que, além de esclarecer, auxilia no cadastro do interessado a se tornar MEI.

Reportagem: Francesco Costa / Fotos: Kevin Kaick e Douglas Camargo | Da Redação do Portal Pebinha de Açúcar

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