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Derrocamento do Pedral do Lourenço tem novo edital

O Ministério dos Transportes e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) publicaram ontem, no Diário Oficial da União, o edital para a licitação do derrocamento do Pedral do Lourenço. Associada às eclusas de Tucuruí, a obra vai vai permitir a navegabilidade em toda extensão da Hidrovia Araguaia Tocantins, facilitando o escoamento de produtos do Centro-Oeste brasileiro pelos portos do Norte.

De acordo com o edital, as obras vão exigir investimentos de R$ 440 milhões e devem estar concluídas em quatro anos, dos quais dois anos serão consumidos nos processos de licenciamento ambiental.

O derrocamento vai retirar do caminho da navegação regiões pedrais que hoje impedem a passagem de embarcações em uma extensão de 43 quilômetros ao longo do rio Tocantins, formando uma espécie de barreira ao longo de boa parte do ano e impedindo o escoamento da produção das regiões Centro Oeste e do Norte, principalmente, sul e oeste do Pará.

A luta para tirar as obras do Pedral do Lourenço do papel vem se arrastando ao longo dos últimos anos. O projeto chegou a ser incluído e depois retirado do Programa de Aceleração do Crescimento, o que motivou manifestações de lideranças políticas do Pará, principalmente do senador Jader Barbalho (PMDB) que passou a acompanhar o processo e a fazer constantes pedidos de informação.

Em fevereiro deste ano, Jader solicitou ao governo federal, em correspondência enviada à presidente Dilma Rousseff e protocolada ontem à tarde no Palácio do Planalto a reinclusão, da obra no PAC. “Sem a obra de retirada das rochas do Pedral de São Lourenço, que fica próximo a uma das eclusas, não há navegabilidade para os comboios cuja tonelagem não consegue ultrapassar – no período seco do rio, entre agosto e janeiro – o trecho de 35 quilômetros, quando somente pequenas embarcações podem navegar no local”, afirmou o senador na correspondência dirigida à presidente. O senador lembrou ainda que as eclusas de Tucuruí, inauguradas em 2010, após 30 anos de obras e a um custo R$ 1,6 bilhão, estavam sub aproveitadas porque as obras complementares para tornar o rio navegável não foram realizadas. “Sem essas obras, as eclusas não passam de um elefante branco”, afirmou.

Em março deste ano, a presidente Dilma veio ao Pará e anunciou a retomada do projeto e confirmou o lançamento do edital, mas os boatos sobre uma nova suspensão permaneciam. Com a publicação feita ontem, os produtores da região ficam mais próximos do sonho de ter implantada a hidrovia que vai tornar os produtos da região mais competitivos em todo o mundo. “Vamos deixar de exportar frete”, disse o secretário Executivo do Ministério, Anivaldo Vale. “A hidrovia vai dar um impulso extraordinário para a economia da região”.

Reportagem: DOL
Foto: Arquivo

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