Após um atraso de cerca de uma hora do horário previsto, a presidente Dilma Rousseff desembarcou em Marabá, no sudeste paraense, por volta das 13h desta quinta-feira (20), onde inicia a programação do evento que irá entregar máquinas agrícolas para municípios da região.
O pronunciamento, que acontece em um palco montado ao lado do aeroporto do município, é aberto com a execução do hino nacional, que será seguido das falas de autoridades locais, da comitiva presidencial e, por fim, da própria Dilma.
Além de entregar os equipamentos, a Dilma ainda irá lançar o edital do derrocamento do Pedral do Lourenço, que visa melhorar a integração por vias hidroviárias entre os municípios da área.
A expectativa do governo municipal é que a presidente discuta ainda sobre alguma medida emergencial para ajudar o município, que atualmente possuí cerca de 4 mil famílias desabrigadas por conta dos alagamentos na região.

A presidente Dilma Rousseff irá anunciar o lançamento do edital para o derrocamento do Pedral do Lourenço, medida que prevê melhorar o transporte hidroviário nesta região do Estado.
O Pedral do Lourenço é uma extensão de 43 quilômetros de rochas, na altura do município de Itupiranga, vizinho a Marabá, que impedem a navegação segura no Rio Tocantins durante todo o ano, o que inviabiliza a hidrovia. De nada adiantam eclusas de Tucuruí, se o pedral não for removido.
O derrocamento nada mais é do que a implosão das rochas, para abertura de um corredor que possibilite passagem de grandes embarcações. Os projetos executivos divergem sobre a largura desse canal e também sobre o calado (profundidade a que se encontra o ponto mais baixo da quilha da embarcação).
O Pedral do Lourenço recebeu este nome porque “Lourenção” era o apelido do primeiro piloto de embarcação da região que conseguiu passar pelas rochas.
No caso específico da hidrovia do Tocantins, a ideia é que esse modal sirva de transporte principalmente para soja, minério e produtos industrializados possivelmente pela Alpa (Vale) e Aline (Sinobras).
(DOL com informações de Chagas Filho/Diário do Pará)