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Em reunião com governadores, Helder Barbalho reforça que Pará precisa de mais vacinas

Helder Barbalho - Governador do Pará

O governador do Estado, Helder Barbalho, se reuniu por videoconferência com governadores participantes do “pacto nacional”, neste sábado (13), com objetivo de alinhar medidas para diminuir o pico da pandemia de Covid-19 registrado nas últimas semanas no Brasil. Até o momento, governadores de 22 estados e do Distrito Federal manifestaram posição favorável às medidas.

Durante a reunião, o chefe do Executivo Estadual expôs aos demais governadores que o Pará vem recebendo doses insuficientes da vacina. Mesmo com a nona maior população do Brasil – 8.702.353 habitantes -, o Pará é o estado que recebeu, proporcionalmente, a menor quantidade de imunizantes contra a Covid-19. O Governo Federal enviou 542.640 doses, suficientes para imunizar apenas 2,10% da população, o que coloca o Estado em último lugar no ranking nacional da vacinação.

“Desde a primeira leva, tenho dificuldade no recebimento do quantitativo de vacinas, que é muito distorcido do percentual da relação per capta por Estado, fazendo com que o Pará continue sendo o Estado que menos recebeu vacina, portanto, não há uma uniformidade nessa distribuição. Desde o início, nós temos ficado em último lugar no ranking de vacinação dos estados pelo Consórcio dos Veículos de Imprensa, que não leva em consideração o quanto nós recebemos, e sim, a quantidade global dos números absolutos. Então, desde o primeiro momento, continuamos em último na vacinação”, disse Helder Barbalho, ressaltando que já enviou dois ofícios ao Ministério da Saúde para que o equívoco fosse reparado, o que ainda não aconteceu.

O governador do Piauí, Welligton Dias, ressaltou que outros estados também enfrentam a mesma situação e propôs que o problema seja tratado dentro do “pacto nacional”. A proposta inicial é a de que, a partir de agora, as doses sejam distribuídas de acordo com a proporção da população de cada Estado. “Vamos levar essa pauta para discussão no Ministério da Saúde para que também possa entrar no Plano Nacional de Imunização (PNI)”, disse.

Medidas – O chefe do Executivo do Piauí, que coordenou os trabalhos, propôs aos governadores que sejam criadas iniciativas básicas, que sirvam para todos, e que, a partir disso, cada estado tome decisões de acordo com a necessidade local. O principal objetivo do pacto é alertar a população de que o momento é crítico e que a circulação de pessoas seja reduzida, sendo a melhor forma de diminuir a ocupação nos hospitais. Neste sentido, ele propôs que os estados que integram o “pacto nacional” adotem, em conjunto, medidas mais restritivas até o próximo dia 21. A proposta deve ser analisa em outra reunião.

Os governadores também definiram que vão marcar reuniões com o Ministério da Saúde para cobrar outras pautas, como a definição de um calendário único de vacinação com as faixas etárias, e a divulgação correta do número de doses da vacina. Também ficou acertada a sinalização de outro encontro com o Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no intuito de requerer celeridade do órgão na hora da liberação de vacinas de outros laboratórios para o País. A ideia é acelerar a vacinação até abril para que o plano abranja mais faixas etárias.

Também participaram da reunião, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado; governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra; governador do Espírito Santo, Renato Casagrande; governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e governador do Mato Grosso, Mauro Mendes.

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