Foram liberadas as três influenciadoras digitais que foram presas pela Polícia Civil, na última terça-feira (18), em Tucuruí, região sudeste do Pará, durante a operação ‘Hemera’, da Polícia Civil. Elas foram soltas em menos de 8 horas após a prisão.
A ação teve como alvo pessoas ligadas a divulgação de jogos de azar na internet – entre eles o Fortune Tiger, conhecido como ‘Jogo do Tigrinho’.
Na operação foram apreendidos aparelhos celulares, tablets, notebooks, máquinas de cartão, cinco carros e duas motos.
No total, quatro mandados de prisões foram expedidos pela Justiça, mas um deles não foi cumprido porque a investigada, a influenciadora Evelyn Mendes Freire, estava fora da cidade. O advogado dela, Yuri Maciel, confirmou que ela vai prestar esclarecimentos à Polícia Civil no prazo de dois dias.
Durante a audiência de custódia o juiz Thiago Escórcio, que responde pela Vara Criminal da Comarca de Tucuruí, revogou a prisão preventiva das investigadas e determinou medidas cautelares.
Segundo o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), Ângela Sara de Abreu Sousa, Jeriane Correa e Andreza Hadila Alves Mendes, tiveram os passaportes suspensos e estão proibidas de se ausentar da cidade por mais de 8 dias. Destas, o a reportagem do G1 ainda tenta contato com o advogado de Andreza Hadila, mas até a a publicação desta matéria não havia conseguido retorno.
O MPPA também informou que as influenciadoras devem se abster de praticar qualquer atividade relacionada aos jogos de azar.
Os bens das investigadas, apreendidos durante a operação, continuam sob custódia da polícia. Entre os itens estão carros, motos, dinheiro e aparelhos eletrônicos, totalizando mais de R$ 1 milhão. A decisão sobre a devolução desses bens só será tomada ao final do processo, cuja data de conclusão ainda não foi definida.
Embora a Polícia Civil tenha informado que as investigadas irão responder por estelionato, associação criminosa, lavagem de dinheiro e crime contra o consumidor; o advogado Madson Silva, que defende Ângela Sara e Jeriane, disse que elas não foram indiciadas por nenhum crime ou qualquer outro ilícito.
“O que consta na verdade é uma investigação relacionada às plataformas digitais. E aí, no âmbito dessa investigação, a autoridade policial representou pelas medidas cautelares”, disse.
Madson alegou que os maridos das influenciadoras também atuam na composição das rendas de suas famílias, o que pode comprovar o patrimônio e a capacidade financeira das investigadas.
“Todos os bens apreendidos das minhas clientes possuem comprovação da sua origem”, alegou o advogado.
As investigações e o processo seguem em sigilo.
Reportagem: G1-PA