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Microcefalia associada ao vírus Zika assusta gestantes em todo país

Em 2015 uma doença que parecia quase inofensiva passou a ser vista com grande medo pela população brasileira, principalmente pelas grávidas. A infecção causada pelo vírus Zika durante a gravidez, pela primeira vez na história da medicina, foi relacionada com o nascimento de crianças com microcefalia, uma malformação cerebral irreversível.

Quando a relação entre o vírus Zika e a microcefalia ainda estava em investigação, o Ministério da Saúde chegou a alertar as mulheres sobre os riscos da doença para gestantes, por causa do aumento inesperado do nascimento de crianças microcéfalas. Até então, o Zika só tinha sido registrada em aldeias africanas ou em pequenos grupos fora do continente e pouco se sabia sobre a doença.

No começo de novembro, o Ministério da Saúde decretou emergência em saúde pública por causa da gravidade da situação. As suspeitas de que o vírus, que começou a circular no país ano passado, era o causador do grande númer de crianças com microcefalia eram fortes. No dia 28 de novembro veio a confirmação. A situação foi classificada pelo ministro da Saúde, Marcelo Castro, como “a maior calamidade que o país viveu nos últimos tempos”.

Tudo relacionado à doença está em investigação: formas de transmissão, sequelas e complicações. Enquanto isso, mais notícias sobre a presença do vírus no sêmen e no leite materno, reforçam a convicção do Ministério da Saúde de que o Zika é transmitido pelo Aedes aegypti, assim como a dengue e a febre chikungunya. O ministério também tranquiliza as lactantes e diz que podem continuar amamentando normalmente, mesmo as que tiveram a doença.

Gestantes de vários estados do país ficaram preocupadas com a relação entre o Zika e a microcefalia. Muitas deixaram de viajar para o Nordeste, região que concentrou o maior número de casos de microcefalia e de Zika, e muitas mulheres adiaram planos de engravidar, com receio de que seus filhos pudessem nascer com a saúde comprometida.

Ao mesmo tempo, surgem nas redes sociais vários boatos sobre a transmissão do vírus Zika e o aumento de crianças nascidas microcéfalas. Um deles, desmentido pelo Ministério da Saúde, dizia que um lote vencido de vacinas na Região Nordeste provocou a malformação das crianças. O fato é que muito pouco se sabe sobre a doença e tudo está em investigação por cientistas.

O boletim mais recente do Ministério da Saúde indica que, até o dia 26 de dezembro, foram notificados 2.975 casos de recém nascidos com suspeita de terem microcefalia relacionada ao Zika, distribuídos por 656 municípios de 20 unidades da Federação.

Microcefalia

A microcefalia não é uma malformação nova, ela é sintoma de algum problema no organismo da gestante ou do bebê e pode ter diversas origens como, por exemplo, infecção por toxoplasmose, pelo citomegalovírus e, como recentemente confirmado, também pelo vírus Zika. O uso de álcool e drogas durante a gravidez também pode causar esta condição.

Há também crianças que, durante a formação no ventre da mãe, já tem predisposição genética para nascerem microcéfalas. Estas são as que têm menos comprometimentos associados à malformação. Nos outros casos podem ocorrer danos mentais, na visão, na audição e em outros órgãos.

A característica central da microcefalia, como o próprio nome sugere, é a cabeça pequena, ou seja, o bebê nasce com o perímetro cefálico menor que o da maioria. O diagnóstico inicial é feito com uma trena, com a qual se faz a medida do contorno da região logo acima dos olhinhos.

Um novo protocolo do Ministério da Saúde, lançado no dia 14 de dezembro, recomenda que se o perímetro for igual a 33 centímetros ou menor a criança deve fazer uma ultrassonografia no local da cabecinha conhecido como moleira. Se o resultado deste exame der indícios de que o crânio está selado, a criança deve passar por uma tomografia.

O documento também preconiza exames que detectem comprometimento auditivo e visual, que também podem estar associados à microcefalia. O acompanhamento de crianças com a malformação do nascimento até os três anos de idade também é determinado pelo protocolo. Quanto mais cedo as crianças começarem o tratamento, melhor o desenvolvimento.

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