“A delação premiada é um instrumento de investigação que também é um direito do réu”, inicia o Procurador de Justiça Nelson Medrado, ao responder a pergunta quanto à notícia de delação premiada publicada em jornais da região e também repercutida em outros veículos de comunicação, como por exemplo a Rede Globo de Televisão através do “Fantástico”, de que havia sido assinado acordo de delação premiada pelo empresário Edmar Cavalcante; preso na Operação Filisteu em 26 de maio em Parauapebas.
Nelson Medrado disse durante a entrevista que não tem conhecimento desse acordo feito entre o preso e o MPE (Ministério Público Estadual), mas diz que seria bem-vindo se algum dos presos quiserem colaborar com as investigações falando sobre suas participações no esquema, entregar todos os demais participantes, revelar como funcionava o esquema criminoso e quem eram os integrantes da quadrilha. “O MP estará disponível para ouvir e confirmar”, afirma Medrado, detalhando que quando se vai ouvir uma pessoa em depoimento, ela diz muitas coisas, mas alerta que é preciso checar a veracidade do que foi dito, submetendo a um juiz que definirá se as informações se enquadram em uma delação premiada e aí fazer a transação e mensurar qual benefício o delator irá receber.
O Promotor garante que não se trata apenas de alguém sentar na frente do interrogador e ir falando coisas para se beneficiar. “Não queremos apenas um delator que apenas fique apontando as pessoas. Tem que falar e apresentar as provas e serem confirmadas por nós. Até agora não há nenhuma delação premiada homologada por Juiz no caso dos presos na Operação Filisteus”, conclui Medrado.
Reportagem: Francesco Costa – Foto: Bariloche Silva – Da Redação do Portal Pebinha de Açúcar