Pesquisar
Close this search box.
Pesquisar
Close this search box.

Para construção de escola, avenida dá lugar a camelódromo no Bairro Tropical

Um camelódromo que surge sem que fosse anunciado. Assim é o local que vem sendo construído no Bairro Tropical, a partir da iniciativa dos próprios feirantes.

O assunto é polêmico e tem sido alvo de críticas de uns, porém, recebido com admiração por outros. O motivo é que tudo está sendo construído em uma das vias de uma avenida.

Mas a versão que nossa equipe de reportagens ouviu de um dos feirantes que está a construir seu boxe novo foi que um representante do governo municipal autorizou que ali fossem feitos os novos pontos de trabalho, pois a área onde atualmente funciona a feira, em barracos de madeira, sem nenhuma condição sanitária, deverá ser desocupada para a construção de uma escola pública.

E foi assim que começou a construção, só que não mais de madeira, mas de forma aparentemente definitiva com tijolos e colunas de concreto.

Nossa equipe de reportagens conversou com José Carlos. Ele está há dois anos no local onde tem um restaurante e uma peixaria, e está construindo mais dois pontos, um ao lado do outro; José contou que logo os feirantes se juntaram e começaram a fazer uma obra bonita. “Esse material é todo nosso, estamos tirando de onde não temos para fazer nosso local de trabalho sem o prefeito gastar nenhum centavo”, conta ele, garantindo que ficará tudo no padrão exigido pelos órgãos fiscalizadores.

O feirante dá conta ainda que o Secretário Municipal de Urbanismo esteve no local na última segunda-feira (1), e disse que a obra pode continuar, mas determinou que fosse concluída na quinta-feira, amanhã, 3. E mesmo diante da impossibilidade de concluir o prazo dado pelo governo, os feirantes continuam em mutirão fazendo o que podem para terminar, prevendo que precisam de todo o mês de maio para dar por encerrada a construção daquele camelódromo.

Quem a reportagem encontrou também no meio das obras, foi Ariane Pinedo, ela é vice-presidente da Associação dos Feirantes do Bairro Tropical e Ipiranga, e confirmou as palavras de José Carlos. “O projeto aqui é construir nossa feira; estamos precisando e agora com a área liberada colocamos as mãos na massa e vamos fazer acontecer”, explica Ariane, mensurando ser 38 o número dos feirantes fixos que somados aos que só vem em dias específicos (ambulantes) passa de 40 no total, que faz comércios dos mais diversos gêneros: roupas, calçados, alimentos crus, restaurantes, peixarias, frutas, verduras etc.

Edmar – Semurb

Para dar resposta à população, através dos meios de comunicação, o Secretário Municipal de Urbanismo, Edmar Cruz Lima, concedeu coletiva de imprensa, na manhã de hoje, terça-feira, 2, e explicou a realidade do que se vê.

Edmar detalhou que a situação se criou pela necessidade de dar início à construção de uma escola municipal exatamente onde estão os barracos de madeira usados para a exploração do comércio local feito pelos feirantes. “Como a área é bem localizada, o que dá visibilidade, a torna propícia ao comércio, motivo que concluímos que os feirantes ocupassem a rua”, conta Edmar, detalhando tratar-se de ocupação temporária devendo cessar quando todos forem relocados para área capaz de proporcionar segurança de que venderão o suficiente para manter suas famílias.

Edmar admite tratar-se de uma avenida de pouco movimento por isso o fato de que ela passe a ter apenas uma das pistas não venha a afetar o tráfego no local. Quanto à obra, ele diz ter apressado os feirantes pelo fato de que tão logo sejam retirados os barracos da área, se dará início à construção da escola.

Reportagem: Francesco Costa / Da Redação do Portal Pebinha de Açúcar

Qual sua reação para esta matéria?
+1
0
+1
0
+1
0
+1
0
+1
0
+1
0
Ei, Psiu! Já viu essas?

Deixe seu comentário