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Pará já tem mais de 100 mil recuperados de Covid-19

O Pará registrou 100.080 pacientes recuperados de Covid-19 neste domingo (5), o equivalente a 88% do total de casos confirmados: 114.535, de acordo com dados da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). Pouco mais de 4% referem-se a óbitos relacionados à doença, o que indica que o vírus está agindo em 8% dos confirmados – cerca de 9.350 pessoas.

Entre os recuperados está Maria Augusta Bandeira, 83 anos, que agora não esconde a alegria em ter vencido a doença. “Estou bem, graças a Deus. Tudo passou. Eu não estava me sentindo bem, fui em busca de atendimento na Estação das Docas. Fui muito bem tratada pelo médico e outras pessoas excelentes. Ainda fui fazer os exames na Policlínica Metropolitana, e tudo passou. Só tenho a agradecer”, contou Maria Augusta.

O sorriso de Maria Augusta Bandeira mostra a felicidade por vencer a Covid-19 Foto: Divulgação

Cardiopata e hipertensa, a idosa deixou os dois filhos ainda mais preocupados com a fragilidade de sua saúde ao apresentar os primeiros sintomas. “No início, ficamos em dúvida se era mesmo Covid-19, mas procuramos prestar assistência mantendo o isolamento, com o mínimo de contato possível. Levávamos alimentação e medicamento e conversávamos pela grade da casa. Ela ficou muito mal, um estado de desespero muito grande”, acrescentou a filha Alane Bandeira.

Sem poder contar com plano de saúde naquele momento, a confirmação do contágio ocorreu somente após a família procurar os serviços da Policlínica Itinerante, no posto da Estação das Docas, em Belém. “Fomos no terceiro dia de atendimento, bem cedo. Foi melhor do que se ela tivesse plano de saúde. Verificaram a pressão e ela foi muito bem acolhida. O médico e a assistente social foram muito humanos. Ela foi encaminhada para fazer tomografia na Policlínica Metropolitana e continuou o tratamento em casa. Só temos a agradecer porque foi imprescindível para a recuperação dela”, frisou a filha de Maria Augusta.

A atenção humanizada oferecida pelos profissionais de saúde, aliada às ações de combate, refletem diretamente no elevado percentual de recuperados no Estado. A Policlínica Metropolitana teve seu perfil modificado para atender exclusivamente casos suspeitos da doença, com oferta de exames, medicamentos e máscaras de proteção.

Itinerante – À medida que a proliferação do vírus avançava, foi necessário dar mobilidade à estratégia, com a Policlínica Itinerante atendendo a população em dezenas de municípios – por terra, rios e ar – e nos bairros mais populosos da Região Metropolitana de Belém (RMB). Mais de 80 mil atendimentos em atenção básica já foram contabilizados pelas Policlínicas Metropolitana e Itinerante.

Outra unidade que teve perfil alterado durante a pandemia foi o Hospital Regional Dr. Abelardo Santos, em Icoaraci, que segue como porta aberta de urgência e emergência para pacientes com sintomas respiratórios. Mais de 37 mil atendimentos já foram realizados desde que se tornou referência para tratamento da doença.

Ampliação – Em março, no início da pandemia no Estado, o Pará contava com apenas 26 leitos clínicos e três UTIs para atender os pacientes acometidos pelo novo coronavírus. Em pouco mais de três meses, a oferta saltou para 1.523 leitos clínicos e 702 de Unidades de Terapia Intensiva (UTI), totalizando 2.225 leitos exclusivos para pacientes com Covid-19. O Estado também tem 27 leitos de UTI pediátricos e 24 leitos de UTI neonatal, além de 70 leitos em alas exclusivas para pacientes indígenas nos hospitais de campanha de Belém, Marabá e Santarém.

Na Policlínica, assim como milhares de pessoas, Maria Augusta fez os exames e recebeu o atendimento apropriado para enfrentar a doença Foto: Divulgação

Maria Brabo, 84 anos, ficou internada no Hospital de Campanha de Breves, na porção ocidental do Arquipélago do Marajó. O relato compartilhado pela neta, Michele Brabo, descreve os momentos vividos pela família longe da idosa. “Nós nos sentimos muito amparados por todos, principalmente pela assistente social, que sempre teve total paciência com conosco, com a nossa família, e sempre nos manteve informados e também nos ajudou muito na comunicação com a minha avó. Pelo fato de estar sem nenhum familiar do lado, ela se sentia, às vezes, um pouco sozinha, mas a assistente social sempre fez de tudo para que a gente tivesse o contato com ela e pudesse acalmá-la naquele momento”, disse Michele.

“Hoje, ela se encontra em casa recuperada fazendo tratamento, eu e a minha família somos eternamente gratos a todos que estiveram envolvidos no tratamento da minha avó. Então, só tenho a agradecer a todos e a Deus que esteve ao nosso lado, para nos ajudar nessa batalha. Agradeço do fundo do meu coração a todos os profissionais. Que Deus abençoe todos vocês”, ressaltou a neta de Maria Brabo.

Revisão – Além da instalação dos Hospitais de Campanha em Belém, Santarém, Marabá e Breves, o Governo do Pará desenvolveu ações e decretou medidas de distanciamento e isolamento social, os quais estão sendo revistos gradativamente por meio do Programa RetomaPará, que visa à flexibilização de setores econômicos conforme a classificação de riscos nas regiões do Estado.

Entre as ações estão a distribuição de medicamentos em todos os hospitais do Estado, inclusive os particulares; entrega de mais de 300 mil máscaras para a população, por meio do Programa Máscara para Todos; campanhas de conscientização de cuidados preventivos, além de desinfecção de ruas, feiras e mercados da RMB.

Anticorpos – O crescimento no número de recuperados abre oportunidade para alternativas terapêuticas, como o uso de plasma sanguíneo de curados em pacientes em estado grave. A Fundação Hemopa realiza coleta, processamento, armazenamento e distribuição do material sanguíneo.

Após a recuperação de uma doença, o sangue humano passa a ser uma rica fonte de anticorpos, proteínas produzidas pelo sistema imunológico para atacar um vírus ou outro agente causador da enfermidade. A parte do sangue que contém anticorpos é chamada de plasma convalescente e tem sido usado há décadas para tratar doenças infecciosas, como Ebola e Influenza.

Para ser um doador de plasma, o voluntário deve obedecer aos critérios básicos: ser do sexo masculino, ter idade entre 18 e 60 anos, pesar mais de 55 kg, ter testado positivo para SARS-CoV-2 por teste de PCR-RT ou teste sorológico, e ter tido a forma leve ou moderada da doença. A candidatura fica liberada após 30 dias sem nenhuma sintomatologia decorrente da doença. Para mais informações, o voluntário pode ligar para (91) 98404-9612.

A coleta de plasma é realizada na sede da Fundação Hemopa, no bairro de Batista Campos, em Belém. O serviço, no entanto, é direcionado a toda a rede hospitalar estadual, de acordo com a solicitação das equipes médicas.

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Ei, Psiu! Já viu essas?

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