Em 2014 foram mais de duas mil oportunidades. Estima-se para 2015 um número superior a 5 mil vagas de estágio nessas e outras áreas.
“Acreditamos em crescimento, em oferta de vagas para estágio ao curso de engenharia civil e por tabela, arquitetura, técnico em segurança do trabalho. Devido ao incentivo à educação, por parte do governo federal com os programas de financiamento educacional, as vagas de estágio para pedagogia também têm grande probabilidade de aumento. Ainda há a preocupação da sociedade em geral com a saúde e bem-estar, por isso a oferta de vagas aos estudantes de educação física tendem a aumentar, pois as empresas estão investindo em ginástica laboral, promovendo qualidade de vida e diminuindo gastos com doenças e afastamentos’’, diz Vanessa Anjos, coordenadora de estágio do IEL.
É pelo estágio que as empresas moldam o profissional. Por não ter experiências, as instituições buscam aqueles com cursos a mais no currículo.
“O conhecimento de informática básica é preciso ter. Não pode faltar. Se tiver uma graduação e não tiver algum outro curso, os outros estão passando na frente. O estudante também tem que estar disponível à novidade. A mudança é brusca. Tem que ser pontual, proativo. Tem que estar aberto a sugestões. Também pode dar sugestões, mas tem que ser com calma. Precisa ser primeiro conduzido pela empresa’’, esclarece Vanessa.
Os contratos de estágio são renovados a cada seis meses e podem ser prorrogados por no máximo dois anos. Para que o estudante conclua a graduação ou curso técnico e receba o diploma, um dos requisitos é apresentar na instituição de ensino os documentos e a avaliação final da chefia, que o orientou durante todo o período de estágio.
Há situações em que o estagiário não tem o contrato renovado por não ter um bom desempenho dentro da empresa. “Só acontece de ser desligado se ele não corresponder ao que a empresa esperava, como não estar sendo pontual. Ele é o tempo todo avaliado’’, enfatiza.
NOVA ROTINA
O estudante do curso de direito, Luan Rosa, 24 anos, estagia há quatro meses na 3ª Vara do Tribunal do Júri do Ministério Público do Estado(MPE). Luan conta que precisou mudar algumas rotinas diárias para se adaptar. “Eu estudo de 8h às 12h e vou para o estágio das 14h às 18h. Meus horários mudaram. A gente aprende a falar da maneira correta, a entender os tramites processuais’’, diz.
Desde o terceiro semestre do curso, Luan foi proativo e correu atrás da primeira experiência na carreira. Trabalhou voluntariamente no Ministério Público de Marituba. Com o bom desempenho, meses depois foi chamado para o estágio remunerado atual. “Mesmo sendo estágio voluntário, eu procurei me comportar como se fosse vinculado. Eu seguia um itinerário’’, enfatiza.
O estudante destaca a importância de o aluno procurar uma experiência logo no início do curso. “Todos nós ficamos muito na teoria, que é o que o curso passa. Quando eu comecei a estagiar, a princípio eu só iria ajudar na distribuição dos processos. E lá me motivei a outras coisas. Cada mais tempo que eu passo na universidade coloco esses conhecimentos teóricos em prática. É isso que da experiência profissional’’, frisa.
Reportagem: DOL
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