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Produção da Vale e dados do desemprego serão divulgados nesta semana

Esta semana será de fortes emoções para o mercado financeiro internacional, e muitas das notícias – que aparentemente parecem estar em outra órbita – dizem respeito diretamente aos municípios de Parauapebas, Marabá, Canaã dos Carajás e Curionópolis.

VALE

Na quinta-feira (18), às 6 da manhã, antes da abertura dos mercados, a mineradora Vale vai anunciar o resultado de sua produção física referente ao 4º trimestre de 2015, bem como a totalidade da produção durante o ano passado inteiro. É uma notícia importante porque vai apontar o aumento da extração de minério de ferro em Parauapebas, por exemplo, já que os embarques registrados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) sinalizam para 120 milhões de toneladas.

Se os números da Vale – que, misteriosamente, nunca batem com os do MDIC devido a formas de cálculo e deduções – chegarem próximos a isso, Parauapebas vai bater o próprio recorde de produção, registrado em 2014, quando a Vale lavrou de suas terras em Serra Norte 117,4 milhões de toneladas de minério de ferro, com teor médio de 66,6% de hematita e 94,4% de recuperação do processo. Em Curionópolis, em 2014, foram lavrados 2,2 milhões de toneladas da Serra Leste, com teor de 65,7% de hematita e 98,1% de recuperação, quesito no qual o minério de ferro de Curionópolis é absolutamente o melhor para o caixa da Vale, nestes tempos de desinvestimentos.

O aumento da produção a ser anunciado quinta-feira não vem de graça. É que, como o minério é recurso finito, cada anúncio de novo aumento da produção soa como diminuição de volume, para desespero, sobretudo, da economia de Parauapebas, que sobrevive à custa da indústria extrativa dessa commodity.

No ritmo de produção de 2014, a Vale projetou que a reserva de minério de ferro de maior volume em Parauapebas, que compreende a mina de N5, vai encerrar os trabalhos em 2035. Antes disso, N4W pendura as chuteiras em 2033 e N4E será exaurida em 2028. Com o aumento da produção em 2015, a vida útil será diminuída, fatalmente. Os blocos de minério que compreendem os outros ‘Ns’ – de N1 a N9 – possuem minério para poucos anos de lavra considerando-se o ritmo de extração anual.

Na divulgação da próxima quinta, será conhecida também a produção de cobre das minas Sossego, em Canaã dos Carajás, e Salobo, em Marabá, este último oficialmente consolidado como o maior produtor do metal no Brasil, após destronar Canaã.

Os números de produção vão agitar o mercado, mas será apenas no dia 25 de fevereiro que as bolsas de valores vão conhecer o resultado financeiro da Vale, ocasião em que virá à tona o montante lucrado pela empresa sobre os embarques de minérios dos municípios da região de Carajás. A mineradora também deve divulgar, como anualmente faz, seu posicionamento frente ao cenário de preço das commodities, sobretudo minério de ferro, e os investimentos realizados para o start-up do projeto S11D, em Canaã dos Carajás.

MINISTÉRIO DO TRABALHO

Na sexta-feira (19), o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) vai divulgar os números do mercado de trabalho no Brasil referentes a janeiro deste ano. Como o ano já começou fraquíssimo, especialistas preveem uma nova hecatombe nos postos de trabalho.

Em Parauapebas e Marabá, as prévias dos primeiros 15 dias de janeiro apontam alta nos números do desemprego, notadamente por conta do encerramento de contratos temporários celebrados no final do ano. Os números fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o recorte mensal mais fiel e atualizado da dinâmica das contratações no mercado de trabalho brasileiro.

Reportagem: André Santos – Colaborador do Portal Pebinha de Açúcar

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Ei, Psiu! Já viu essas?

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