Pesquisar
Close this search box.

Projeto Mangues da Amazônia promove conexão entre jovens e o maior manguezal contínuo do mundo

Jovens do Pará vivenciam a importância ecológica dos manguezais em aulas ao ar livre, promovendo educação ambiental e ações de preservação para combater as mudanças climáticas

No contexto da COP 30, que acontecerá em Belém, o Projeto Mangues da Amazônia tem mobilizado escolas de todo o estado do Pará para uma imersão única na maior faixa contínua de manguezais do mundo, presente no Pará e no Maranhão. Com atividades ao ar livre, os jovens têm a oportunidade de aprender diretamente na natureza, sobre a importância ecológica desse ecossistema para a biodiversidade marinha e para o enfrentamento das mudanças climáticas.

Os manguezais desempenham papel fundamental na proteção da costa contra a erosão, na produção de alimentos e na captura de carbono, ajudando a mitigar os efeitos das mudanças climáticas. No Pará, o projeto visa transformar as áreas de mangue em um laboratório vivo para a educação ambiental, promovendo o entendimento sobre as relações ecológicas que ali acontecem.

“Escola vai ao Mangue” é a principal ação do projeto, que leva estudantes de diferentes cidades paraenses, incluindo a capital, Belém, a se conectar com esse ecossistema. Durante as visitas, eles conhecem a flora e fauna locais, com destaque para o caranguejo-uçá, espécie fundamental na economia da região, e o turu, um molusco consumido na culinária típica. “Ao entender essas relações na prática, os alunos valorizam ainda mais os recursos naturais e a importância da preservação”, explica Madson Galvão, biólogo e pesquisador do projeto.

Além das lições sobre a ecologia do mangue, os alunos também são incentivados a se engajar em projetos de pesquisa, como o desenvolvimento de sensores para medir o fluxo de dióxido de carbono e outros fatores ambientais no manguezal. Essas atividades contribuem para uma educação prática e transformadora, conectando teoria e ação no campo.

O projeto não se limita apenas à visitação escolar. Ações de reflorestamento também são realizadas, com o plantio de mudas para restaurar áreas degradadas dos manguezais. Cerca de 80 alunos do Ensino Médio participaram dessa ação em 2024, com planos de expansão para o próximo ano, especialmente com o foco na COP 30, evento global que trará ainda mais visibilidade para a Amazônia como referência em soluções climáticas.

Em termos de ações socioambientais, o Mangues da Amazônia também oferece atividades extracurriculares para mais de mil estudantes locais, com programas educativos voltados para diferentes faixas etárias, desde crianças de 4 a 6 anos até jovens de 15 anos. Essas atividades envolvem desde o aprendizado sobre o ecossistema até ações de proteção do mangue.

O projeto também tem avançado na recuperação de áreas degradadas, com o uso de tecnologias inovadoras para restaurar 16 hectares de manguezal. O monitoramento do retorno das espécies, como o caranguejo-uçá, é uma das estratégias para garantir a resiliência do ecossistema frente às ameaças das mudanças climáticas.

Com o apoio da Petrobras, através do Programa Petrobras Socioambiental, o Mangues da Amazônia tem impactado diretamente cerca de 15 mil pessoas, promovendo a conservação de um dos ecossistemas mais importantes do planeta, além de promover a educação ambiental e a valorização do uso sustentável dos manguezais. O projeto segue com o objetivo de ampliar suas ações, envolvendo ainda mais a comunidade e as futuras gerações na luta pela preservação do manguezal amazônico.

Sobre o Mangues da Amazônia
O projeto é uma iniciativa socioambiental focada na recuperação e conservação dos manguezais nas Reservas Extrativistas Marinhas do Pará. Realizado pelo Instituto Peabiru, Associação Sarambuí e o Laboratório de Ecologia de Manguezal (LAMA) da Universidade Federal do Pará (UFPA), o projeto conta com o patrocínio da Petrobras desde 2021 e visa a restauração de espécies-chave, a educação ambiental e a implementação de ações socioculturais nas comunidades locais.

Sobre a Associação Sarambuí
A Associação Sarambuí é uma organização da sociedade civil com sede em Bragança (PA), que promove a geração de conhecimento e a sustentabilidade dos recursos costeiros e estuarinos da região amazônica.

Sobre o Instituto Peabiru
Fundado em 1998, o Instituto Peabiru é uma organização brasileira que atua em processos de fortalecimento da organização social e valorização da sociobiodiversidade, com foco na Amazônia, especialmente no Marajó e na Região Metropolitana de Belém (PA).

Com informações: Projeto Mangues da Amazônia

Qual sua reação para esta matéria?
+1
0
+1
0
+1
0
+1
0
+1
0
+1
0

Leia mais

Deixe seu comentário