Durante uma entrevista coletiva de imprensa realizada na manhã desta quarta-feira (9) na Sala de Reuniões do Gabinete do Prefeito Valmir Mariano (PSD), a Secretaria Municipal de Saúde de Parauapebas (Semsa) confirmou que dois casos de microcefalia foram registrados em recém-nascidos no município.
A informação foi repassada aos profissionais de imprensa pela enfermeira Núbia Maria Lima que é a Coordenadora do Departamento de Vigilância Ambiental e Controle de Endemias da Secretaria de Saúde de Parauapebas.
De acordo com Núbia, o primeiro caso de microcefalia foi registrado no Hospital Municipal de Parauapebas Teófilo Soares no dia 14 de setembro de 2015 em um recém-nascido do sexo masculino. A enfermeira informou ainda que a criança e a mãe estão no município de Ipixuna-PA. Já o segundo caso confirmado, é de um bebê do sexo feminino que nasceu de forma prematura pesando apenas 800 gramas no dia 24 de novembro. Núbia afirmou que a mãe do recém-nascido é uma adolescente que durante a gravides contraiu o Zika Vírus. “Infelizmente este caso é muito delicado, tendo em vista que a mãe não aceita a criança que foi diagnosticada com microcefalia”, afirmou Núbia Maria Lima, que disse que mãe e criança estão em Belém do Pará, onde o recém-nascido passa por tratamento no Hospital Gaspar Viana.

Sobre a doença
A microcefalia é uma doença em que a cabeça e o cérebro das crianças são menores que o normal para a sua idade, influenciando o seu desenvolvimento mental.
Geralmente, a microcefalia está presente quando o tamanho da cabeça de uma criança com um ano e três meses é menor que 42 centímetros. Isto ocorre porque os ossos da cabeça, que ao nascimento estão separados, se unem muito cedo, impedindo que o cérebro cresça normalmente.
A microcefalia é uma doença grave, que não tem cura, e a criança que a possui pode precisar de cuidados por toda a vida, sendo dependente para comer, se mover e fazer suas necessidades, dependendo da gravidade da microcefalia que possui e se ela possui outras síndromes além da microcefalia.
Infecções como rubéola, citomegalovírus e toxoplasmose durante a gravidez também aumentam o risco do bebê ter microcefalia. Além destas, existe suspeita de que doenças como dengue, Zika vírus ou febre chikungunya durante a gestação também estejam ligadas à microcefalia.
Reportagem: Bariloche Silva – Da Redação do Portal Pebinha de Açúcar