A Prefeitura de Parauapebas começa 2017 com a firme disposição de sentar à mesa com a empresa Vale, para formação definitiva de uma parceria que tem na mira um único alvo: o bem-estar da população a partir da implantação de programas sociais e de mobilidade urbana, que já foram discutidos e aprovados, mas que se esbarraram em um ou mais pontos polêmicos e foram engavetados.
Para a retomada das negociações com a Vale, dez secretarias municipais irão, até a próxima semana, indicar servidores para a formação de dois grupos de trabalho, que terão a participação também de representantes do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saaep) e da Procuradoria Geral do Município (PGM).
A tarefa dos grupos será analisar e revisar o plano para Parauapebas, que começou a ser debatido entre a prefeitura e a Vale em 2011, quando o Produto Interno Bruto (PIB) do município chegou a R$ 19,8 bilhões, o maior do Pará. Mas diante de vários impasses criados pela mineradora as negociações estancaram.
Com 800 páginas, o plano apresenta uma série de programas que são a contrapartida da Vale para Parauapebas diante da exploração mineral no município. Dois desses programas são considerados “eixos expressivos” para a melhoria e desenvolvimento da cidade: o Programa de Fortalecimento Institucional, Social e Ambiental e o Programa de Mobilidade e Inserção Urbana (PMIU), no percurso do ramal ferroviário na área de influência urbana de Parauapebas.
No final da tarde de quarta-feira, 11, o secretário municipal de Planejamento, João Corrêa, e o vice-prefeito Sérgio Balduino, se reuniram com equipes técnicas das secretarias para tratar dos programas e da formação dos grupos de trabalho. “A situação é um pouco complexa, mas relativamente fácil de destravar e encaminhar”, avaliou João Corrêa, após ouvir os técnicos sobre as razões do engavetamento do plano.
O secretário deixou claro que a prefeitura não irá pedir nada à Vale. “O que nós vamos fazer é apresentar uma proposta de melhoria de qualidade de vida para o município, que ela tem condições de atender”, frisou ele, acrescentando que os programas da Vale precisam ser condicionados aos programas do Governo Darci. “O social é a ponta de lança do governo, então precisamos analisar o programa da Vale a partir do programa de governo”.