Pesquisar
Close this search box.
Pesquisar
Close this search box.

Polícia Militar deve contar com 120 novos soldados no 23º BPM

O quartel do 23º Batalhão de Polícia Militar, com sede em Parauapebas, que atende ainda aos municípios de Canaã dos Carajás, Curionópolis e Eldorado do Carajás, deve contar no segundo semestre deste ano com a vinda de 120 a 160 alunos aprovados em concurso público para serem formados soldados em Parauapebas e suprir a demanda, o que equivale a um aumento de 150% do atual efetivo do 23º BPM.

A revelação foi feita à reportagem pelo ten-cel. Mauro Sérgio, comandante do 23º Batalhão de Polícia Militar em Parauapebas.

Na avaliação do oficial da PM, por causa do crescimento exacerbado da cidade, com a criação de novos bairros e a chegada todos os dias de pessoas diferentes no município, a polícia não tem conseguido acompanhar esse avanço, em termo de efetivo, com ações de segurança que possam atender a toda a população.

Ele lembra que quando a comunidade faz um protesto na prefeitura, câmara, na portaria de acesso a Carajás ou noutro local, o comando do quartel tem que deslocar um pelotão de policiais para dar segurança ao local, e enquanto isso outras áreas da cidade ficam descobertas de segurança.

Mesmo com essa deficiência de policiais, Mauro Sérgio explica que há poucos meses foi identificado que no complexo de bairros Altamira existia um foco muito grande de criminalidade. “Aumentamos as rondas policiais naqueles logradouros e aí os bandidos migraram para o Bairro Cidade Jardim. Novamente, aumentamos o policiamento ostensivo naquela área e já estamos tendo resultados positivos na queda do índice de violência”.

Pontos positivos
O comandante da PM reconhece como ponto positivo o apoio recebido da Prefeitura de Parauapebas, que colabora com fornecimento de viaturas, manutenção e combustível.

“Outro ponto positivo é o empenho dos policiais militares nos serviços de policiamento ostensivo nas ruas e em diligências especiais, combatendo a violência nos municípios”, reconhece o ten-cel. Mauro Sérgio.

Balanço
No período de janeiro a 9 de junho deste ano, de acordo com relatório do 23º BPM, a Polícia Militar apresentou à Polícia Civil 86 ocorrências de tráfico de entorpecentes, quatro de homicídios, 97 de roubo, 79 de furtos, quatro foragidos de Justiça, 94 de agressões, quarenta sobre crianças/adolescentes, dezesseis sobre porte ilegal de arma, seis estupros e 25 ocorrências sobre crimes de trânsito.

Ainda dentro do período, a PM registrou ocorrências sobre veículos localizados/recuperados (86), desordem (185), vias de fato (201), roubo a comércio (45), roubo a residência (50), roubo de veículo (81), tráfico de droga (103), ameaça (72), tentativa de homicídio (41), acidente sem vítima (41), crime de trânsito (139), homicídios (32), estelionato (13), estupro (13) e outras.

Reportagem: Vela Preta/Waldyr Silva

Judô Paralímpico parauapebense é destaque no Norte do país

Atletas de Belém e Parauapebas competiram, nesta sexta-feira,14, no Instituto Federal do Pará (IFPA), na modalidade Judô, pelos VI Jogos Paralímpicos da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), promovido por meio do Núcleo de Esporte e Lazer (NEL), que aconteceram até o último sábado,15.

As lutas desta sexta reuniram 23 atletas e serviram como seletiva para a escolha dos representantes do Pará na etapa nacional dos Jogos Paralímpicos que acontecem em São Paulo no mês de novembro. Os alunos que devem representar o Pará na etapa nacional são: Daniel Lima, Leonardo Nogueira, Thiego Marques, Larissa Oliveira, Ana Juçara e Fábio Mendes.

O Judô exige dos atletas muita força de vontade e física, dedicação, concentração e muito treino. A modalidade começou a fazer parte dos Jogos Paralímpicos da Seduc em 2009 e no mesmo ano o judoca paraense Rayfran Mesquita, de Parauapebas, foi convocado para a Seleção Brasileira Paralímpica de Judô e agora compete em nível internacional.

Segundo Antônio Sérgio Oliveira, técnico da equipe de Parauapebas e da Seleção Paraense de Judô Paralímpico, o esporte evoluiu muito e os atletas estão cada vez mais empenhados em competir e ter bons resultados. “Evoluímos e temos resultados excelentes, no Norte do país nós somos referência no Judô Paralímpico”, enfatizou ele.

O aluno Thiego Marques da Silva, que é atendido pelo Instituto Jonas Pereira de Melo, destinado a pessoas cegas e com baixa visão, na cidade de Parauapebas, foi convocado para integrar a Seleção Brasileira Juvenil de Judô Paralímpico e competirá nos Estados Unidos da América pelo Campeonato Mundial de Jogo Para Cegos e Pessoas com Baixa Visão.

O atleta ganhou medalha de ouro em São Paulo pelo Gran Prix Infraero de Judô e está muito animado e confiante para a competição nos Estados Unidos. “Fiquei muito feliz e surpreendido pela minha convocação, quero ganhar o ouro e estou muito confiante disso”, afirmou Thiego da Silva.

Para Ivaldo Brandão, vice-presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, a organização dos Jogos Paralímpicos da Seduc está muito boa e isso é muito importante para que o estado possa encontrar novos talentos no esporte. “O Judô Paralímpico está sendo bastante divulgado e isso atrai muito mais participantes. É muito bom ver que aqui em Belém temos grandes representantes no esporte paralímpico nacional e essas referências irão ajudar a desenvolver ainda mais o esporte aqui no estado e trazer novos atletas”, disse Ivaldo Brandão.

A luta que chamou a atenção do público foi das gêmeas Dayane Sousa Silva Pereira e Danyelle Sousa Silva Pereira. As irmãs se enfrentaram no tatame, mas sobrou espaço para a cordialidade e afeto entre as duas. Elas possuem deficiência visual e intelectual e praticam judô há três meses.

A coordenadora do NEL, Ana Glória Guerreiro, disse que o apoio e a credibilidade que o estado está dando ao esporte proporciona bons resultados para a educação do Pará. “Estamos fazendo um trabalho de integração, buscamos trabalhar junto com as famílias também pelo melhor desempenho dos nossos alunos e isso é a meta do Pacto Pela Educação do Pará, contribuir e melhorar o desempenho dos nossos estudantes”, realçou Glória Guerreiro.

Reportagem: Eliane Cardoso

Equipe paraense de Goalball ganha medalha em competição regional

A equipe masculina de Goalball do Pará ganhou medalha de bronze na Competição Regional Centro/Norte, que aconteceu esta semana em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul. A equipe vencedora foi de Belém, mas a delegação paraense também contou com equipes masculinas de Tucuruí e Parauapebas, e uma feminina também da capital. O evento é organizado pela Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV).

As equipes paraenses foram patrocinadas pela Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel), que ofereceu 14 passagens, incluindo hospedagem e alimentação. “Eles trouxeram grandes resultados, como medalhas e troféus, garantindo classificação masculina no Campeonato Brasileiro de Goalball, que acontecerá em São Paulo, de 30 de outubro a 4 de novembro”, contou Claudia Moura, da Diretoria Técnica de Esporte e Lazer, da Seel.

Os atletas de Goalball são cegos ou possuem baixa visão, por isso jogam com os olhos vendados e óculos escuros. Nas medidas da quadra de voleibol há uma trave de 09 x 1,30 m. Os três atletas de cada time atuam na defesa e no ataque. A bola da modalidade é semelhante à de basquete, e tem guizos dentro. O Goalball é classificado como um esporte paraolímpico internacional.

“Estamos investindo na interiorização da Seel por meio do apoio de equipes de outros municípios do Pará”, informou o titular da Seel, Vitor Miranda.

Reportagem: Liandro Brito – Seel

Marabá é o maior centro de compras do interior amazônico

Enquanto a Prefeitura de Marabá cai em desgraça, por conta de águas passadas e decisões judiciais insanas que penalizaram a administração pública municipal e a travaram na atualidade, a população responde, no comércio local, andando, espiando e gastando, aparentemente. Nem mesmo a paralisação da máquina pública ou os baixos salários pagos por uma das maiores empregadoras da região (a prefeitura) é suficiente para fazer o consumidor se intimidar e sossegar o facho do bolso.

O mais movimentado centro regional do interior amazônico, excluindo capitais de estados, tem mudado radicalmente a sua dinâmica de mobilidade urbana em razão de um sonho antigo, que ainda está em 40% de processamento da realidade: o Shopping Pátio Marabá. O centro de gastança, além de ter dado um “up” na geração de empregos no município, está a promover transformação nas manhãs, tardes e noites da quarta mais populosa cidade paraense.

Pouco tempo atrás, por exemplo, as tardes de sábado de Marabá – em termos de movimento de ônibus coletivo, táxi-lotação, mototáxi e táxi convencional – eram monótonas. A diversão, o lazer e o entretenimento desembocavam na Velha Marabá, o tradicional “point” da cidade.
Tudo mudou a partir de 7 de maio deste ano. Desde esse dia, quando o shopping abriu suas portas, as tardes de sábados, domingos, feriados e dias santos revigoraram-se. Os coletivos urbanos circulam lotados entre os extremos da cidade, num vai e vem frenético em que embarca desde a curiosidade até a vontade de soltar a cobra do bolso. É verdade que ônibus cheio jamais foi sinônimo de boas vendas em shopping, mas é um termômetro de que o potencial de consumo está disposto a mostrar a cara.

A estimativa por parte da AD Shopping, que administra o imponente monumento edificado à beira da Rodovia Transamazônica, é de que ao menos 15 mil pessoas passeiem pelo centro de compras diariamente. Sendo verdade esse número, é sete vezes maior que o movimento do Tucuruí Shopping Center, na cidade de Tucuruí, a 255 quilômetros; e três vezes maior que a circulação pelo vizinho mais próximo, o Unique Shopping Parauapebas, a 167 quilômetros e por onde não mais que cinco mil pessoas transitam.
Aliás, com o Pátio, Marabá tem se tornado uma espécie de rota de “turismo do consumo”, para além do “tur” que seus próprios habitantes já fazem, deslocando-se de um núcleo a outro para descer e subir escada rolante, bem como paquerar vitrines. Os finais de semana marabaenses estão sendo invadidos por consumidores de Parauapebas, Tucuruí, Redenção, Xinguara, Jacundá, Itupiranga e Eldorado do Carajás, que vêm para cá conferir a “sensação do momento” e, é claro, deixar um trocado. Não é de hoje, a propósito, que consumidores do estribado Parauapebas dos minérios ou de Xinguara do boi gordo são vistos aos montes fazendo compras em Marabá, cujo comércio é mais forte e diversificado em relação ao das cidades de seu raio de influência.

ESPERANDO NO PÁTIO
Mesmo sem as tão aguardadas salas de cinema e sem que esteja operando a plenos pulmões, o Shopping Pátio já se tornou local de encontro para amigos e até “ambiente de estudos” para universitários que, para matar aula, só tem uma pista de motivo, haja vista o shopping se localizar, estrategicamente, de testa a uma faculdade particular, do outro lado da BR. Uma vez dentro de seus 32.538 metros quadrados, adeus o mundo lá fora.
Quando acaba o entusiasmo de bater canela, de encantar-se com a novidade da cidade média ou quando bolsas e carteiras dão o último suspiro, é hora de voltar à realidade. Do lado de fora do sétimo maior shopping da Região Norte (os maiores que ele estão todos em Belém e Manaus), mototaxistas e taxistas posicionam-se como uma alcateia para carregar os consumidores, geralmente vencidos pelo cansaço.
Pátio afora, literalmente, mototaxistas riem às paredes. Quando se deparam com desavisados turistas, que não sabem as distâncias de Marabá, está dado o golpe. Os táxis-lotação também chegam e partem bufando consumidores e funcionários das lojas do shopping. Quem tem automóvel leva a família inteira para se divertir no centro de compras, que está até desviando um pouco das atenções. Alternativa de lazer para aqueles que, mesmo neste verão, não curtem a Praia do Tucunaré.

VEM MAIS POR AÍ
Na esteira de se consolidar destaque comercial do Norte e Nordeste do Brasil, todos os sinais focalizam Marabá. A disputa, agora, é para ver quem aguenta o tranco na guerra para dominar o mercado interno, farejado por titãs. Planejando não ficar para trás, por exemplo, o “Shopping” Verdes Mares, que, desde sua inauguração, jamais passou de uma galeria, está botando para quebrar em obras de revitalização e – agora, sim – tornar-se-á o segundo shopping center da cidade. Dificilmente desbancaria o Pátio Marabá, mas, com uma sala de cinema, já deixa atordoados os consumidores e promete fazer mais barulho que o Unique Shopping Parauapebas.
Na geografia do comércio marabaense, evidencia-se, entretanto, a superconcentração bestial de investimentos no núcleo Nova Marabá, enquanto a Cidade Nova – núcleo mais populoso e, segundo as estatísticas, o de classes sociais com mais alta renda – fica a descoberto.

À Nova Marabá já aportou o supermercado maranhense Mateus, que arrebentou o mineiro Rede Valor, embora ninguém assuma publicamente. O peso do confronto é praticamente o mesmo do perfil demográfico do município de Marabá, onde atualmente vivem 48.300 maranhenses ante 3.699 mineiros. De vez em quando, assim que surta, os preços do Mateus são um acinte à concorrência.
Ex-clientes do Valor podem ser encontrados empurrando carrinhos cheios na Folha 31, a 2.500 metros da Folha 27. Bem assim, o atacarejo do Mateus, na Cidade Nova, pode até parecer que não emplacou, já que não fez muito barulho, mas deixou o Alvorada parecendo cenário de velho oeste.

Ainda assim, é realmente a Nova Marabá o xodó dos investidores. Sem levar em conta que grande parte da população tem de fazer um trajeto penoso de outros núcleos para chegar à Transamazônica, a rede Líder de supermercados, vinda de Belém, já está armando seu tundá na cidade, a 250 metros do Shopping Pátio Marabá. Embalada nos números pujantes do potencial de consumo local e regional, a rede planeja fazer um supercenter, correndo todos os riscos comuns de não vingar, já que terá de enfrentar a rival Y. Yamada, que também está descendo a PA-150 de mala e cuia rumo aos R$ 2,75 bilhões que correm apenas em Marabá.
Espertinha, a Leolar, rainha e manda-chuva do ramo lojista no sudeste paraense, já anunciou parceria com a Yamada para não ter de enfrentá-la e, talvez, levar a pior, já que a variedade de produtos e os preços praticados pela rede belenense são agressivos.

Outros grandes empreendimentos comerciais estão de olho no mercado de Marabá, que, sem dúvida, é a cidade mais rica do interior do Pará, embora Parauapebas seja o município mais rico (e aqui cabe esclarecer que município e cidade são unidades territoriais distintas e, por isso mesmo, nem de muito longe, a sede urbana de Parauapebas tem o movimento comercial de Marabá). Formosa, Nazaré, Casas Bahia, Magazine Luiza, entre outros, já sabem que Marabá não é brinquedo, não.

Entre investimentos no comércio, na indústria e em infraestrutura urbana, até 2016, a previsão é de que Marabá e entorno recebam uma injeção de R$ 30 bilhões, um volume só menor que o que está programado para Altamira, R$ 47 bilhões. Nem Parauapebas e entorno, com R$ 25 bilhões previstos, a maior parte direcionada a Canaã dos Carajás, já viram tanto dinheiro.
Em nível local, resta aos empreendedores promover a espacialização dos investimentos e redescobrir outros núcleos urbanos como “mecas de consumo”, a fim de não perderem potenciais consumidores para concorrentes vizinhos e para a indisposição de bolsas e carteiras em cruzar a cidade. Os potenciais clientes almejam ter um centro de compras mais próximo de casa.

COMÉRCIO NOS NÚCLEOS URBANOS
Saiba quantos são, onde estão e que tanto os consumidores têm na carteira

Cada cidadão de Marabá tem, em média, para torrar no comércio local nos 12 meses deste ano R$ 11.044,18. A conta, que é per capita, inclui até quem nada tem para gastar e também quem não recebe remuneração para fazê-lo. Na essência do cálculo, é possível dizer que, dos R$ 1.233,02 que, em média, o marabaense trabalhador recebe por mês, R$ 920 vão ser dissolvidos no comércio local, da cibalena ao carro zero quilômetro.
No panorama comercial intraurbano, a Velha Marabá assumiu posto de principal centro de compras desde os tempos de “Maraburgo” (quando a cidade despontou como burgo, em 1896). Mas acabou enfraquecida pelas forças da natureza, diversas vezes, ao perder a batalha para o Rio Tocantins, que, ao deixar a comunidade debaixo d’água nas grandes cheias, fez com que vários comerciantes migrassem para os outros núcleos populacionais embrionários ou com algum desenvolvimento.

O crescimento demográfico da Velha é o menor entre os cinco núcleos populacionais (os demais são Nova Marabá, Cidade Nova, Morada Nova e São Félix). A população passou de 12.020 habitantes em 2000 para 14.139 em 2013, evolução pífia justamente por conta da forma comercial assumida pelo núcleo.
Embora não existam estatísticas da parte do município, com base nos dados da consultoria de mercado IPC Marketing Editora, a de maior prestígio do país, é possível visualizar que este ano serão deixados no comércio da Velha Marabá ao menos R$ 156,15 milhões dos R$ 2,75 bilhões que os consumidores marabaenses têm para gastar. É um volume tão grande de dinheiro que daria para forrar de oncinhas-pintadas metade da extensão ocupável da Praia do Tucunaré ou fazer um lindo tapete amarelo com manchas pretas pela Avenida Antônio Maia. Para receber esse volume de recursos, quatro agências bancárias se posicionaram historicamente perto umas das outras para disputar a preferência dos comerciantes e dos correntistas.

Mesmo assim, a Velha Marabá sucumbiu aos ventos urbanos que partiram bambuzal afora. Hoje, inegavelmente, o mais dinâmico centro comercial da cidade está na Nova, que, embora tenha surgido para se tornar residencial, verticalizou sua vocação. Até mesmo o comércio do núcleo Cidade Nova, com o passar dos anos, tornou-se mais forte que o da Velha, que, entre rios e isolamento peninsular, não teve condições de se expandir territorialmente.

MAIS POPULOSOS
Com 86.460 habitantes em 2013, o complexo Cidade Nova cresceu dois “Eldorado do Carajás” nos últimos 13 anos. Em 2000, sua população era de 55.232 residentes. Nos micropolos econômicos de seus bairros principais (o bairro-sede, o Liberdade, o Novo Horizonte, o Belo Horizonte e o Amapá) esconde-se uma população que tem R$ 954,88 milhões de bala na agulha.
Estão aí nesse núcleo, aliás, os ricaços da cidade (ou mais da metade deles), escondidos entre uma mansão e outra no discreto Bairro Novo Horizonte. E também é nesse complexo populacional que se encontra a Praça São Francisco, coração financeiro do Bairro Cidade Nova, um dos metros quadrados mais caros do sudeste paraense e em torno da qual quatro agências bancárias deixam as portas abertas para abocanhar o suor de cansaço do consumidor. No núcleo, há ainda outra agência bancária no Bairro Amapá.

Não obstante, na última década, todos os ares comerciais apontaram – e continuam a apontar – na direção da Nova Marabá. O corredor financeiro-comercial formado pelas vias expressas, as chamadas VPs, atraiu uma ruma de bancos (oito, no total) que faz de Marabá, disparadamente, a maior praça bancária do interior do Estado, voltando a assumir, em grande estilo, o mesmo posto que ocupara nos tempos áureos do garimpo, quando o Brasil financeiro todo se concentrava aqui. Mas, como esse Brasil financeiro era literalmente interesseiro, partiu em retirada com a decadência de Serra Pelada, levando Severina Chique-Chique e as boutiques.
A propósito, o cinturão econômico em forma de “S”, que começa pela Avenida Nagib Mutran (Cidade Nova), penetra a Antônio Maia (Velha Marabá) e chega à VP-8 (Nova Marabá) pelas avenidas Transmangueiras e Verdes Mares, rivaliza-se com alguns dos centros comerciais de interior mais dinâmicos do Nordeste, como Imperatriz (MA), Caruaru (PE), Juazeiro do Norte (CE), Itabuna e Vitória da Conquista (BA).

A Nova tem hoje 75.589 habitantes, uma Itupiranga de diferença em relação aos 51.801 moradores que possuía 13 anos atrás. Seus terrenos espaçosos são um convite ao investimento, muito embora o preço do metro quadrado seja desanimador e até faça muitos investidores correrem léguas. Ainda assim, o grande trunfo da Nova Marabá está em seu potencial de consumo: a população deve gastar cerca de R$ 834,82 milhões no comércio do núcleo, que também roubará 35% do quase R$ 1 bilhão dos consumidores do núcleo Cidade Nova, o qual, por ser o complexo de bairros mais populoso, é o principal mercado urbano em potencial.

MANOS DISTANTES
Apesar da Velha, da Nova e da Cidade Nova serem os núcleos de maior potencial de consumo da cidade e, bem assim, de maior visibilidade, não se pode ignorar o poder de compra dos consumidores dos núcleos São Félix e Morada Nova. São eles – e sobretudo eles – que viajam até 30 quilômetros, cruzando a ponte sobre o Rio Tocantins, para gastar com prazer. Junto, esse pessoal tem um potencial financeiro de deixar qualquer Jacundá com inveja.

O São Félix tem atualmente 13.800 habitantes, apresenta a maior taxa de crescimento demográfico da cidade e sua população potencialmente poderá gastar quase o mesmo tanto que a Velha Marabá este ano: R$ 152,41 milhões. Morada Nova, por seu turno, conta com 10.024 moradores, que têm R$ 110,71 milhões no bolso.
Ambos os núcleos têm razoável vida comercial, mas sua população prefere se deslocar aos núcleos maiores para pechinchar e comprar, mesmo porque as agências bancárias estão concentradas em “Marabá”, como dizem os moradores destes núcleos. O distanciamento intraurbano lhes confere a impressão de que residem noutra dimensão que não seja a mesma cidade à qual se reportam. É a cidade de Marabá crescendo no comércio e, ao mesmo tempo, distanciando-se na visão espacial de consumidores localizados em mercados que ainda não foram descobertos nem por eles próprios.

Reportagem: André Santoa

Eldorado do Carajás agora conta com Lions Clube

Tomou posse nesta última sexta-feira (14) a diretoria do Lions Club de Eldorado do Carajás.

Euclides Alves de Oliveira Sousa irá presidir a entidade filantrópica que não tem fins lucrativos pelos próximos anos.
Esta entidade tem um papel muito importante na vida da sociedade, principalmente das pessoas mais carentes.

O principal objetivo do Lions Clube é arrecadar fundos por meios de jantares, donativos, como cadeiras de rodas ou qualquer tipo de coisas que a comunidade precise, além de formar um volume de dinheiro através de patrocínio e de eventos realizados para ajudar os mais necessitados.

A escolha de eleger Euclides a presidência não poderia ser melhor, afinal, o presidente tem uma larga experiência com os menos favorecidos e conhece muito bem suas necessidades. Euclides já foi Assessor de Comunicação, Coordenador Voluntário da Defesa Civil, presidiu a Associação Comercial Industrial e Agropecuária de Eldorado, foi Vice-Prefeito, Secretário de Planejamento, implantou o Credipará dentro da secretaria onde liberou mais de R$ 500 mil em microcrédito, foi ainda Secretário de Obras, no setor rural ajudou a criar o Programa Mais Leite, atual Secretário de Agricultura de Eldorado e agora presidente do Lions Clube.

Várias autoridades estiveram presentes na posse da diretoria, entre elas a vice-prefeita de Curionópolis Iraídes Campos, o vice-prefeito de Eldorado do Carajás Francis Lopes, o presidente da Câmara de Vereadores Valmir Gomes Solidade, além de um público bastante expressivo.

Reportgema: José Salém Campos

Cerca de 3 mil estudantes participaram da Provinha Brasil em Parauapebas

O exame nacional foi realizado no município nos dias 11 e 12 de junho. A Provinha Brasil é aplicada para todos os alunos que cursam o 2º ano do ensino fundamental e tem como finalidade avaliar o nível de alfabetização dos alunos e a ainda traçar um diagnóstico das dificuldades e necessidades dos alunos nas disciplinas de português e matemática.

Na Escola João Prudêncio, 55 estudantes realizaram a prova e terminaram no tempo de uma hora e meia. Segundo Maria Sandra Carvalho, coordenadora do 1º e 2º ciclos, tudo foi programado de acordo o com guia da prova enviado pelo Ministério da Educação, todos os alunos foram avisados com antecedência da realização da prova e ainda estudaram participando de simulados. A escola serviu um lanche antes do inicio da prova para que nada tirasse a atenção das crianças.

A Provinha Brasil acontece duas vezes ao ano, no primeiro e segundo semestre. O coordenador de ensino do departamento do 1º e 2º ciclos da Secretaria de Educação, Rogério Furtado afirmou tudo aconteceu dentro da normalidade e todos os estudantes realizaram a prova dentro do tempo previsto.

Na próxima semana as provas serão corrigidas e os resultados enviados ao Ministério da Educação, servindo de subsidio para o planejamento de gestores e professores para que dessa forma possam interferir positivamente no método de ensino aprendizagem tanto de Língua Portuguesa como de Matemática.

Reportagem: Liliane Diniz / Foto: Marcos Rocha

Semas faz lançamento da campanha contra o trabalho infantil

12 de junho, é o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil. Nesta data, sociedade civil organizada e governos lembram dos avanços conseguidos na erradicação do trabalho infantil e reforçam, ainda, que há muito a ser feito para acabar completamente com esse risco social e educativo a que milhões de crianças e adolescentes são submetidos ao redor do mundo.

Em Parauapebas, a Secretaria Municipal de Assistência Social – SEMAS fez o lançamento da Campanha de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil 2013, intitulada “Trabalho Infantil é Crime: Denuncie!”, na última quarta-feira (12 de junho), no plenarinho da Câmara Municipal de Parauapebas.

O evento contou com a presença da secretária Municipal de Assistência Social, Leudicy Leão, o presidente da Câmara de Vereadores, Josineto Feitosa, representante do Conselho Municipal de Assistência Social (COMASP), George Augusto, presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Parauapebas (COMDCAP), Aldo Lindoso, do coordenador do Centro de Referência Especializado da Assistência Social (CREAS), Jean Felipe, além do promotor de justiça do município, ONGs, Conselho Tutelar e convidados.

Durante o lançamento da campanha foram relatados situações que vem acontecendo no município e as ações que serão que serão feitas.

Segundo a secretária Leudicy Leão, a Semas tem o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) que é, uma unidade pública de atendimento da Secretaria de Assistência Social, onde são ofertados serviços especializados de caráter continuado, para famílias e indivíduos vítimas de violação de direitos como: violência física, psicológica, negligência, violência sexual, tráfico de pessoas, vivência de trabalho infantil, entre outros.

A secretária ainda informa que a campanha segue o ano todo nas escolas, nos bairros e na zona rural. “A sua denúncia será anônima e você estará contribuindo para um país melhor”, disse Leudicy Leão.

Cristiane Rezende, coordenadora da Proteção Social Especial (média e alta complexidade), da Semas, apresentou dados do município onde existe mais de duas mil crianças e adolescentes afetadas com o trabalho infantil. “Nossa finalidade é sensibilizar a sociedade para denunciar casos de trabalho infantil e fortalecer a Rede de Atendimento do Município. A criança que trabalha não tem tempo de brincar e nem de estudar. Direitos garantidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) a todas a crianças do país”, afirmou Cristiane Rezende.

Ainda na programação teve os esclarecimentos da senhora Maria da Guia, coordenadora do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – PETI, Jean Felipe, coordenador do Centro de Referência Especializado da Assistência Social (CREAS) e assistente social, Jurema Ribeiro. Eles esclareceram a importância de articular e fortalecer a Rede de Atendimento do Município, além de desenvolver ações eficientes e eficazes, através de parcerias com instituições governamentais e não governamentais. Os palestrantes ainda falaram que o trabalho infantil provoca uma tríplice exclusão. Na infância, quando perde a oportunidade de brincar, estudar e aprender. Na idade adulta, quando perde oportunidades de trabalho por falta de qualificação profissional e na velhice, pela consequente falta de condições dignas de sobrevivência.

O lançamento da campanha aconteceu durante o período da manhã na Câmara Municipal e a tarde, às 17 horas, com apoio do Departamento Municipal de Trânsito e Transporte (DMTT), a programação encerrou com uma caminhada junto com os alunos do Centro de Referência da Criança e do Adolescente – CRIAR (antigo Projeto Pipa), adolescentes e profissionais da rede de atendimento, saíndo de frente do quartel da Policia Militar e seguindo até a praça de eventos. A caminhada foi para lembrar o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil e mostrar a população que ações estão sendo feito, mas precisa do apoio de toda sociedade.

Essa é uma campanha da Secretaria Municipal de Assistência Social contra o Trabalho Infantil em Parauapebas. Canais de denuncia: Conselho Tutelar 3356-2150, Ligue 100, Dique 181 e Dique Denuncia 3346-2250.

Reportagem: Deicharles Damascena

Deixe seu comentário