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OJVM e violonista Cármelo de los Santos são as atrações do concerto de domingo do Sons da Amazônia IV

Os apreciadores da música clássica têm programação garantida para este domingo (17/8). É o novo concerto da Orquestra Jovem Vale Música (OJVM), com a participação do violinista Cármelo de Los Santo como solista convidado.

A apresentação será no Arte Doce Hall, na Sala Augusto Meira Filho, às 18h e faz parte do projeto cultural Sons da Amazônia IV. A entrada é gratuita.

A OJVM terá a regência do maestro Miguel Campos Neto, que também é o titular da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz.

O projeto Sons da Amazônia está em sua quarta edição. É uma realização da Musikart Produções, com patrocínio da Vale, por meio da lei de incentivo à cultura.

Solista convidado

O violinista brasileiro Cármelo de los Santos desfruta de uma movimentada carreira como solista, camerista e pedagogo. O músico ganhou projeção nacional aos 16 anos, quando foi o mais jovem vencedor do importante concurso musical brasileiro, o “VII Prêmio Eldorado de Música”, em São Paulo.

Desde então, o artista vem se apresentando como solista convidado de mais de 40 orquestras, incluindo a New World Symphony; as sinfônicas de Southern Mississippi; a Filarmônica de Montevidéu e a Orquestra Musica d’Oltreoceano (Roma), além das Orquestra Sinfônica de São Paulo.

Cármelo foi premiado em diversos concursos internacionais entre eles o primeiro prêmio no IV Concurso Internacional de Instrumentos de Corda “Júlio Cardona” (Portugal), o primeiro prêmio no concurso promovido pela Associação Nacional de Professores de Música (Estados Unidos) e o segundo prêmio no Concurso Internacional de Jovens Artistas (Argentina).

Atualmente, Cármelo é professor titular na Universidade do Novo México, Albuquerque, EUA, onde reside.

Motorista que atropelou mulher em bloqueio do MST escapa de ser linchado

Por pouco o motorista Rafael Queiroz Silva, 29 anos, natural de Ipatinga (MG) e residente na cidade de Coronel Fabriciano (MG), não foi linchado na manhã desta terça-feira (12) na BR 155, entre Marabá e Eldorado do Carajás, por integrantes do Movimento de Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), depois que ele atropelou e matou esmagada a camponesa Maria Paciência dos Santos.

A manifestação dos cerca de 1.500 integrantes do MST, que culminou com o bloqueio da rodovia federal em frente à sede da Fazenda Peruana, teve início na madrugada desta terça-feira (12). Os manifestantes exigem melhorias nos acampamentos, nas estradas de acesso, crédito fundiário e celeridade nas desapropriações. Até o final da tarde, enormes filas de veículos se formavam nos dois lados da pista.

Conforme apurou a reportagem no local do bloqueio da estrada e junto à polícia, após o atropelamento o condutor do veículo foi detido pelo grupo, amarrado e quase foi linchado, só escapando porque algumas lideranças do MST convenceram os mais exaltados a levar o motorista para a Delegacia de Polícia Civil em Eldorado do Carajás.

Por medida de segurança, o caminhoneiro foi encaminhado para Parauapebas, onde, acompanhado do advogado Thiellis Abílio Tinelli Rocha, prestou depoimento e até o final da tarde se encontrava detido à disposição da Justiça.

Em depoimento, o motorista Rafael Silva contou que transitava normalmente na BR por volta das 5 horas da manhã, sentido Eldorado/Marabá, conduzindo o caminhão baú Mercedes Benz, transportando carne e cereais (arroz, feijão, farinha e outros), quando foi surpreendido com a interdição da estrada.

O caminhoneiro acrescenta que, como ainda estava escuro e não havia nenhum tipo de sinalização na rodovia, ele acabou colidindo frontalmente com a barreira de pneus. Posteriormente, segundo ainda o depoente, ele avistou que havia pessoas após os pneus, precisamente na outra margem da via, que partiram em desabalada carreira em direção ao caminhão e iniciaram agressão física contra ele, que foi amarrado e agredido com pauladas e “panadas” de facão e foice, além de várias ameaças de morte.

De acordo ainda com o motorista, ele foi retirado da cabine do caminhão por três indivíduos e levado num veículo Corsa verde até uma estrada, onde ali foi informado que ele acabara de atropelar e matar uma pessoa que estava no local e recebeu ameaça de morte. Foi quando um dos indivíduos orientou a conduzir o depoente até o acampamento, pois no local corria risco de morte, de onde foi levado para a delegacia de Eldorado do Carajás.

Procurado pela reportagem, o delegado Marcelo Delgado Dias explicou que, depois de ouvir em depoimento Rafael Silva, a polícia vai colher informações também de membros do MST que testemunharam o atropelamento na rodovia com vítima fatal.José Ailton da Silva, filho da mulher que foi atropelada e morta, ainda bastante emocionado, disse que o caminhoneiro trafegava em alta velocidade, passou sobre os pneus velhos que faziam a barreira e matou a mãe dele.

Reportagem: Vela Preta / Waldyr Silva

Ataques de onças viram um dilema ambiental em Canaã dos Carajás

Autoridades de meio ambiente e saúde de Canaã dos Carajás, a 60 km de Parauapebas, vivem um dilema ambiental sem precedentes. É que onças estão colocando em clima de tensão e medo funcionários da Vale que atuam na Mina do Sossego, um pouco afastado da zona urbana do município.

Um trabalhador do projeto em questão informou à reportagem em Canaã que ao redor do refeitório da empresa em que ele trabalha o número de gatos domésticos foi aumentando até chegar a cerca de uma centena, isso porque eles estariam se alimentando dos restos deixados por trabalhadores.

Como o refeitório está localizado em uma área próxima à floresta nativa densa, a existência dos gatos acabou atraindo onças para a redondeza, que passaram a atacar os parentes felinos domésticos. Por tabela, as onças se tornaram uma ameaça, também, para os trabalhadores, que estão assustados e temerosos de que venham a ser vítimas das “pintadas”, “vermelhas” – chamadas de suçuaranas – e “pretas”, variações dos tipos de onça da região.

O funcionário disse que a direção da mineradora teria solicitado às autoridades de saúde de Canaã uma solução para o problema, o que poderia apontar para uma eutanásia em massa dos gatos que estão se proliferando aos montes em torno do refeitório. “Esse pedido foi feito há mais de 15 dias, mas até agora não houve resposta positiva”, disse o funcionário, que pediu reserva de seu nome temendo algum tipo de represália e perda de emprego.

A reportagem procurou Cleverson Zajac, assessor de Comunicação da Secretaria de Saúde de Canaã, o qual disse desconhecer o problema narrado, mas se comprometeu em apurar o caso. Menos de uma hora depois, ele ligou de volta e informou que o caso era verídico, observando que o restaurante em questão era da Vale mesmo e que os gatos começaram a ser criados na área há cerca de dez anos, desde a implantação da mina e a população foi aumentando. De acordo com ele, a atitude para resolver o problema partiu do município e não da Vale.

Agora, segundo Cleverson, uma ação conjunta da Vigilância Sanitária e Vigilância Ambiental do município identificou o problema, com mais de 100 gatos vivendo das sobras das refeições ao redor do refeitório e os ataques de onças a eles foi confirmado, causando temor aos trabalhadores.

De início, foi ventilada a possibilidade de eutanásia, mas ela está proibida. Depois, surgiu a ideia de capturar os gatos e enviá-los ao CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) de Marabá, uma vez que nem Canaã nem em Paraupaebas há um centro de zoonoses, mas essa ideia foi descartada também. Em Marabá, a direção do CCZ informou que não poderia mesmo ajudar o município vizinho porque a lei não permite armazenar animais de outras cidades.

Agora, uma equipe da Secretaria de Saúde e outra da Secretaria de Meio Ambiente de Canaã estão discutindo com técnicos do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) o que fazer para resolver o dilema ambiental. “Precisaríamos de um hotel para gatos, já que não temos aqui em Canaã um Centro de Controle de Zoonoses. Mas uma coisa é certa, vamos tomar uma medida urgente para resolver o problema da proliferação de gatos e evitar ataque de onças a humanos”, garantiu.

O município chegou a consultar o Estado para saber que solução tomar diante deste impasse, mas o que ouviu não foi animador, porque esse é um problema único, que não tem precedente no Estado.

Eutanásia
A eutanásia de animais sadios era uma prática comum até bem pouco tempo atrás. Em Marabá, por exemplo, a carrocinha recolhia cães e gatos errantes e levava para o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) e, caso o dono não aparecesse nos dias seguintes, eles eram sacrificados para evitar a disseminação de raiva animal, cujo vírus circula na zona urbana do município.

Em várias partes do País foi aprovada uma lei que proíbe a eutanásia de animais que não estejam doentes, o que causou um dilema em Canaã dos Carajás. As autoridades municipais ainda estão analisando de que forma vão atuar para resolver o problema de aumento localizado e repentino do número de gatos em torno do projeto de mineração.

Em nota, Vale confirma um fato mas omite outro
A reportagem entrou em contato com a Assessoria de Imprensa da Vale na semana passada, mas a informação inicial era de que ninguém sabia, dentro da empresa, sobre esse fato na mina em Canaã. Já na segunda abordagem, com dados mais concretos sobre os ataques de onça, a Vale acabou se pronunciando sobre o caso por meio de sua assessoria de Imprensa.

A nota à reportagem confirma apenas a “ocorrência de animais domésticos (gatos), mas em nenhum momento cita o nome “onça” ou ataques dela aos gatos. Leia a seguir a nota na íntegra: “A Vale informa que solicitou apoio à Secretaria Municipal de Saúde em Canaã dos Carajás para manter sob controle a ocorrência de animais domésticos próximos à sua área operacional. A unidade da empresa em Canaã fica próxima à Floresta Nacional de Carajás, onde é natural a presença de felinos e outros animais silvestres de grande e pequeno porte. Entretanto, essa proximidade e/ou convivência com animais domésticos pode resultar na ocorrência e/ou na proliferação de doenças.
A Vale reforça ainda que todos os cuidados são adotados para evitar riscos para as pessoas que trabalham em suas unidades, assim como é feito um trabalho permanente de monitoramento, orientação e conscientização dos trabalhadores para que cumpram as regras internas de segurança. A empresa ressalta que essas medidas fazem parte da sua rotina de atuação ambiental, obedecendo à legislação vigente e a sua política de sustentabilidade. Em 10 anos de operação da Mina do Sossego, nunca houve nenhum registro de ataque de felinos nesta unidade”.

Reportagem: Ulisses Pompeu – CT Online
Foto: Arquivo

Projeto de prolongamento da Rua “E” é apresentado em Parauapebas

A Secretaria Municipal de Obras (Semob) apresentou ao Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comam), na última segunda-feira (11), o projeto preliminar de aumento da capacidade de tráfego na Rodovia PA 275, a partir do prolongamento da Rua E, no trecho compreendido entre a rotatória do quartel da Polícia Militar e o viaduto da Rodovia PA 160.

No projeto estão inclusos conceitos modernos de paisagismo urbanístico e obras de arte especiais, como viadutos e passagens inferiores para melhorias efetivas onde o transito é mais problemático como ruas 10 e 14, incluindo ciclovias e ciclofaixas.

A apreciação pelo Comam é feita em caráter deliberativo e consultivo dentre os processos de licenciamento ambiental, onde são considerados os benefícios da obra para a sociedade e os impactos gerados por sua execução. A partir disto, são propostas medidas compensatórias que passam a ser condicionantes para execução do projeto.

O secretário municipal de Meio Ambiente, André Rosa de Aguiar, explica que as obras são licenciadas pela Secretaria de Meio Ambiente, mas todas são consideradas como uma obra impactante para o meio ambiente e passam pela análise do Comam, que representa a população.

“De 14 instituições que fazem parte do Conselho, onze estavam presentes na reunião. O projeto foi aprovado por unanimidade pelo Comam, sendo proposto como medida compensatória a criação de uma unidade de conservação municipal”, destacou o secretário.

Reportagem e foto: Solange Sousa

Prefeitura recebe da Vale estrutura da escola Jorge Amado

Construída pela empresa privada em 2009, como parte integrante da Estação Conhecimento, a unidade educacional funcionava por meio de um convênio firmado entre a Prefeitura e a Fundação Vale, sendo que o corpo de funcionários e a administração da instituição já era de responsabilidade da Secretaria Municipal de Educação (Semed).

De acordo com o documento assinado, a cessão ocorre por meio do regime de comodato. Dessa forma, assim como sua respectiva gestão e funcionários, a manutenção da estrutura física também passa a ser de total responsabilidade da Prefeitura por um período de 20 anos.

Ao todo, são mais de 30 mil metros quadrados, divididos entre a área do prédio escolar, composto por seis salas de aula, anfiteatro, laboratório de informática, sala de leitura, sala de apoio, bloco administrativo, banheiros, refeitório, cozinha industrial, passarelas cobertas e alojamento para os professores; e a área do complexo esportivo, com campo de futebol oficial, pista de atletismo, vestiários e duas salas onde funcionam as aulas do programa Mais Educação.

A escola, que conta atualmente com mais de 50 funcionários e atende a cerca de 250 alunos, da Educação Infantil à Educação de Jovens e Adultos (Eja), antes de ser entregue à Prefeitura foi ampliada e reformada. “Hoje a comunidade recebe um presente: uma escola nova, ampla e com espaços adequados, o que contribui muito para o ensino e a aprendizagem. Aqui já funcionamos em tempo integral, com atividades extras, o que torna o aprendizado muito mais significativo para esses alunos e melhora o rendimento escolar”, afirma Juliana de Souza, secretária municipal de Educação.

Segundo a diretora da instituição, Lúcia Santana, as atividades oferecidas aos alunos nos horários extras são informática, horta, educação física e as do programa mais Educação: letramento, dança, futebol e artesanato.

“Sabemos das carências que o país sofre na área de educação, tanto com relação à infraestrutura quanto à valorização dos profissionais. Nesse contexto, parabenizamos o município de Parauapebas pelos investimentos realizados na área e enfatizamos que estamos aqui para apoiar esse processo de melhoria contínua na educação de Parauapebas”, destacou o diretor de operações Ferrosos Norte da Vale, Paulo Horta.

O prefeito Valmir Mariano finalizou os discursos das autoridades presentes no evento destacando a importância do trabalho realizado em parceria com a Vale no município e reforçando que uma das alternativas econômicas para a cidade é a transformação desta em um polo do conhecimento.

“A educação é um dos pilares do nosso governo. Além dos investimentos que temos feito em infraestrutura, também ofertamos qualificação para os profissionais que atuam nessa área. Como exemplo, temos as formações continuadas e o curso de pós-graduação para professores da rede pública municipal, que será ofertado em breve”, destacou Valmir Mariano.

Renovação de convênio para assistência técnica

Além do documento de cessão da área da escola, também foi assinado durante a cerimônia o Termo Aditivo ao Convênio nº 014/2010 entre o município de Parauapebas, a Fundação Vale e a Estação Conhecimento.

O documento trata da permanência do apoio técnico dos servidores que atuam na Secretaria Municipal de Produção Rural (Sempror) junto aos produtores rurais da Vila Apa, assim como a cessão de alguns profissionais para atuarem no laticínio que será implantado e gerenciado pelos próprios produtores, com o apoio de um programa específico desenvolvido pela Estação Conhecimento.

Reportagem: Karine Gomes
Foto: Anderson Souza

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