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Cerimônia celebra os dez anos de excelência do Hospital Regional da Transamazônica

Em dezembro de 2006, com a proposta de descentralizar a saúde e desafogar a capital, foi inaugurado o Hospital Regional Público da Transamazônica. Nesta quarta-feira, 7/12, a unidade completou a primeira década de existência, sendo gerenciada, desde a sua inauguração, pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar, sob contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). A unidade, embora jovem, já possui uma marca expressiva: 2,6 milhões de atendimentos. E, neste ano, a gestão do hospital foi agraciada com um dos maiores títulos da área da saúde: a certificação da Organização Nacional de Acreditação ONA 3 – Acreditado com Excelência.

Para comemorar a data, os números e a gestão de qualidade reconhecida nacionalmente, foi realizada uma cerimônia no pátio do HRPT. Estiveram presentes: Vitor Mateus, secretário de Saúde do Pará; Cônego Ronaldo de Souza Menezes, presidente do Conselho de Administração da Pró-Saúde; Paulo Czrnhak, diretor operacional da Pró-Saúde no Pará; Edson Primo, diretor geral do HRPT e Rogério Kuntz, primeiro diretor do HRPT, e atual diretor do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE).

O secretário de Saúde do Pará, Vitor Mateus, que também é titular da Sespa, enfatizou a qualidade do serviço público. “Não tenho nenhuma dúvida de que a grande determinação de se fazer os hospitais regionais foi uma aposta certa e Altamira é um bom exemplo desta iniciativa. A população reconhece o hospital como centro de excelência, encontra aqui uma saída para um problema de saúde. A gente tem condição hoje de dizer: valeu a pena. Depois de dez anos, o hospital é bem cuidado e com valorização ao humano”.

O presidente do Conselho de Administração da Pró-Saúde, Cônego Ronaldo de Souza Menezes, afirmou que a entidade trabalha para prestar um serviço de qualidade, administrando os recursos públicos com transparência. “É uma conquista, mas acima de tudo um projeto realizado, porque o que era sonho ontem, hoje, com o bom gerenciamento e responsabilidade no emprego dos recursos públicos, o hospital é uma realidade. E a Pró-Saúde, nesses dez anos de existência do hospital, tem servido a contento à comunidade. Atualmente, o hospital é respeitado como uma unidade de excelência na Amazônia”, ressalta.

Paulo Czrnhak, diretor operacional da Pró-Saúde no Pará, diz que a administração bem-sucedida é fruto de um planejamento alinhado e que leva em consideração, sobretudo, a humanização do atendimento. “Eu diria que hoje, dez anos passados, desde a sua inauguração, nós estamos colhendo os resultados do que lá atrás foi planejado, pensado, repensado e sempre teve o foco de buscar a resolutividade e a satisfação da população aqui atendida”, disse. “O hospital nasceu com a proposta de prestar um serviço de qualidade e fundamentado no amor, na humanização e na segurança do paciente. Em todo esse processo dos dez anos, ele conquistou o nível três da ONA, superando grandes instituições de referência no eixo Rio, São Paulo e Porto Alegre”, completa Czrnhak.

Edson Primo, diretor geral do HRPT, comenta que há muitos relatos de histórias de superação, de conquistas e de muito empenho, de homens e mulheres que deixaram seus lares, para cuidar do próximo de maneira que eles possam voltar as suas casas, com condições de seguirem suas vidas. “Este hospital foi inaugurado em dezembro de 2016 com o objetivo de preencher o vazio assistencial em saúde que existia. As pessoas tinham que sair daqui, e irem até Belém para buscar atendimento. Desde então, os serviços que elas precisam, nas mais variadas especialidades, são encontradas aqui. Se formos levar em conta o tamanho da população desta região da Transamazônica/Xingu, e o nosso número de atendimento, observamos que cada morador, teria passado aqui, cerca de oito vezes”, finaliza.

O primeiro diretor do HRPT e atual diretor do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), Rogério Kuntz, também participou da celebração e reiterou que a unidade é imprescindível para a região. “É uma grande satisfação ver o que o Hospital da Transamazônica representa hoje para nossa região, como se consolidou como principal referência de saúde.”

Nessa cerimônia houve uma homenagem aos colaboradores que atuam desde a inauguração do hospital. A líder do Serviço de Processamento de Roupa (SPR) e Serviço de Higiene e Limpeza (SHL), Rosa de Paula Leite, foi uma das trabalhadoras reconhecidas. Ela trabalha na unidade há uma década. “Sou uma profissional de muita responsabilidade e também de sorte. Me orgulho em fazer parte desta instituição. Ao longo desses anos, eu conquistei maturidade profissional, experiência e, também, algumas realizações pessoais, como a minha casa, minha moto e o mais importante: minha formação superior em pedagogia”, comemora.

O médico radiologista, Artur Lobo, também homenageado, participou do processo de implantação da unidade e falou sobre a estratégia de descentralizar a área da saúde, obtendo resultados significativos. “Nesses dez anos, estamos colhendo o fruto de um trabalho árduo feito lá no primeiro ano de administração do governador Simão Jatene. Idealizou-se a descentralização da saúde no estado do Pará, por meio da criação dos hospitais regionais. Estive à frente dos hospitais regionais durante quatro anos e uma das coisas que a gente nota é com relação à diminuição do Tratamento Fora de Domicílio (TFD)”, cita. “Nós notamos que diminuiu bastante a ida de pacientes para a capital, ou seja, os hospitais regionais têm resolutividade, eles conseguem resolver in loco os problemas de saúde na sua maioria”. Artur Lobo ainda ressaltou a maior conquista do hospital, que é a satisfação do usuário do serviço, de 99,15%, considerando esta última década.

O Hospital Regional Público da Transamazônica se consolidou como um atendimento de retaguarda de urgência e emergência. É referência para aproximadamente 500 mil habitantes que fazem parte dos nove municípios da Região Integração do Xingu. São 22 especialidades oferecidas, entre elas, Pediatria, Clínica Médica, Neurologia e Neurocirurgia, Cirurgia Geral, Vascular e Pediátrica. Além disso, o HRPT também oferece exames cujos resultados saem no mesmo dia, para facilitar o atendimento aos pacientes oriundos de outros municípios, evitando, assim, vários deslocamentos até Altamira.

O mecânico Alex dos Santos, de 21 anos, por exemplo, foi internado no HRPT depois de sofrer lesão na coluna, mais precisamente nas vértebras 3 e 4. Para corrigir o trauma, o paciente necessita de uma cirurgia de artrodese de coluna cervical, procedimento de alta complexidade, especialidade que na região da Transamazônica/Xingu não era ofertada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente, no entanto, a cirurgia é uma realidade para a população que utiliza a saúde pública do Pará. “Aqui, estou recebendo o tratamento adequado, fui imobilizado e estou sendo bem tratado. Fico feliz em poder receber esse tratamento na minha região, próximo da minha família e amigos. Eu não teria condições de ir para outro Estado”, revela Alex.

Outro diferencial do HRPT é ser a única unidade hospitalar, na região do Xingu, a possuir um serviço de Hemodiálise. O hospital possui 97 leitos e um Centro Cirúrgico com quatro salas. Contabiliza, ainda, 2.675.885 atendimentos, sendo 28.654 internações, 22.855 cirurgias, 2.045.500 exames, 224.399 atendimentos ambulatoriais e 86.446 sessões de hemodiálise. “É um volume de trabalho expressivo. A gente só tem que parabenizar todo esse esforço em função da relação entre o grande volume e a qualidade habilitada com o reconhecimento nacional da ONA”, como ressalta Vitor Mateus.

Câmara Municipal de Parauapebas promove modificações no quadro de servidores

A readequação no quadro funcional foi aprovada em última discussão na sessão ordinária desta terça-feira (6). A apreciação do Projeto de Lei nº 043/2016, que dispõe sobre o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos, e do Projeto de Resolução nº 07/2016, que trata da estrutura organizacional da Câmara Municipal, estabeleceu uma redução de 144 cargos.

As modificações previstas nos dois projetos são resultado do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre a Câmara de Vereadores e o Ministério Público em outubro deste ano. Com as alterações definidas nos referidos projetos haverá uma economia de R$ 496,177,47 por mês nos cofres do Legislativo.

Conforme justificativa da Mesa Diretora da Casa, ao apresentar o Projeto de Lei nº 043/2016, a medida visa reduzir o quantitativo de cargos comissionados, mas, no mesmo passo, aumenta o número de gratificações por função de chefia ou direção de unidade. Isto porque a titularidade de unidades administrativas, que até então era destinada aos servidores comissionados, será assumida por servidores efetivos. Segundo ressaltou o presidente da Câmara, vereador Ivanaldo Braz, esta modificação não aumenta os gastos de pessoal da Casa, ainda que majoradas as funções gratificadas.

O Projeto de Resolução nº 07/2016 define que a partir de janeiro as chefias dos departamentos de cerimonial, recursos humanos, licitações e contratos e arquivos e registros passarão a ser exercidas por servidores efetivos.
Também apreciado na sessão ordinária desta terça-feira, o Projeto de Resolução nº 08/2016 alterou o Projeto de Lei nº 05/2010, que criou o Instituto Legislativo Parauapebense, extinguindo os cargos comissionados de chefia do departamento de rádio e TV e da biblioteca legislativa, que passarão a ser exercidos por servidores efetivos.

Reportagem: Josiane Quintino

Incra e Vale assinam protocolo para destinação de áreas no sul e sudeste do Pará

O Incra e a Vale S/A firmaram protocolo de intenções para viabilizar a destinação de áreas em assentamentos na região sul do Pará à exploração minerária, com compensações para os projetos impactados. O documento foi assinado, em Brasília (DF), pelo presidente do Incra, Leonardo Góes, o superintendente regional substituto da autarquia no Sul do Pará, Giuseppe Serra Seca Vieira, a diretora de Relações Institucionais da Vale, Salma Torres Ferrari, e o diretor de Relações com Comunidades da Vale, João Pinto Coral Neto.
O protocolo tem validade de 12 meses e estabelece prazo de 150 dias para que a autarquia agrária e a empresa assegurem a cessão de áreas em assentamentos para a atividade minerária, além da destinação de terras necessárias ao remanejamento das famílias afetadas.
Os assentamentos Campos Altos e Tucumã, localizados nos municípios de Ourilândia do Norte, Parauapebas e São Félix do Xingu, têm áreas impactadas pelo empreendimento minerário Onça Pluma. Já os assentamentos Comes e Damião e Carajás II e III têm sobreposições ao Projeto Ferro S11D e ao Ramal Ferroviário do Sudeste do Pará, a serem implantados pela Vale.
De acordo com o superintendente regional substituto do Incra no Sul Pará, Giuseppe Vieira, o protocolo estabelece compromissos para a empresa e a autarquia objetivando garantir a desafetação de áreas para exploração minerária e compensações aos assentamentos.
A parceria assegura, também, a destinação de áreas da Vale nas quais serão alocadas mais de 300 famílias acampadas na região. Segundo destaca o presidente do Incra, Leonardo Góes, a atuação conjunta garante “regularidade e transparência ao processo de desafetação e compensação dos assentamentos impactados, além de beneficiar outras famílias que aguardam o acesso à terra na região”.

SEBRAE mapeia segmentos com maior potencial de crescimento em Parauapebas e Canaã

Em uma pesquisa inédita, realizada no segundo semestre de 2016, o SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), traçou o perfil do potencial de consumo e de satisfação da população dos municípios de Parauapebas e Canaã dos Carajás. A instituição listou 92 itens relacionados a bens e serviços, e chegou aos principais segmentos com potencial de crescimento, levando em conta quatro fatores: proporção de consumo, índice de insatisfação, interesse do consumidor e o potencial de negócio.

Para realizar a pesquisa, o SEBRAE entrevistou moradores, visitantes e empresários, e chegou à conclusão que em Parauapebas, os setores que mais têm chances de crescimento são: Academias de ginástica; Agência de turismo; Cyber café; Empresa de vigilância; Curso de língua estrangeira; Curso preparatório para concurso; Curso profissionalizante; Restaurante e Transporte escolar.

A mesma análise realizada no município de Canaã dos Carajás, resultou em uma lista com algumas diferenças: Academias de ginástica; Agência de Turismo; Bares; Choperias; Empresa de vigilância; Curso de língua estrangeira; Curso preparatório para concurso; Floricultura; Lavanderia e Restaurante.

Para o gerente do SEBRAE em Parauapebas, Raimundo Nonato, o levantamento contribui para quem procura abrir um negócio na região conforme a demanda por consumo. “Quando as pessoas começam um negócio por necessidade, muitas vezes sem o cuidado de pesquisar, o risco de insucesso é muito grande”, alertou.

Em decorrência do desemprego, a procura para se tornar um micro empreendedor individual vem crescendo a partir de 2015, de acordo com o índice GEM (Global Entrepreneurship Monitor) em todo o país, mas para abrir o próprio negócio, muitos empreendedores não sabem qual ramo tem maior espaço.

Para se ter uma ideia, o levantamento registrou 42 academias de ginástica em Parauapebas, levando em conta a densidade demográfica medida pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), existe uma academia para cada 4.522 habitantes, mais de 76% da população tem interesse em consumir este tipo de serviço, a chance de um negócio como este ser bem aceito no mercado chega a 53%, em Canaã dos Carajás, este percentual ultrapassa 57%.

“Essas informações das pesquisas vão auxiliar essas pessoas a ajustar sua necessidade de abrir um negócio com as oportunidades que o mercado está oferecendo”, finalizou Raimundo Nonato.

Reportagem: Jéssica Diniz / Da Redação do Portal Pebinha de Açúcar

Polícia Federal faz diligências em unidades de saúde de Parauapebas

Na última terça-feira (06), dois agentes da Polícia Federal estiveram realizando diligências em unidades de saúde em Parauapebas. Os policiais visitaram as dependências do HGP (Hospital Geral de Parauapebas), Policlínica, UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e foram ainda à sede do Conselho Municipal de Saúde, localizada no bairro Cidade Nova.

Os policiais foram enviados a pedido do Ministério Público Federal (MPF) que vem recebendo denúncias do Conselho Municipal de Saúde desde 2014. Os agentes foram às unidades e registraram o que poderia fazer parte do objeto de denúncia, a exemplo das tubulações de oxigênio que existem na Policlínica, mas jamais teriam sido usadas, pois a estrutura foi erguida para funcionar uma UPA tipo III.

De acordo com o atual presidente do Conselho Municipal de Saúde de Parauapebas, Marden Lima, a PF está investigando informações que constam em um relatório que foi oferecido ao MPF, denunciando supostas irregularidades praticadas na Secretaria Municipal de Saúde, como a compra milionária em contraceptivos e o contrato com a empresa Gamp (Grupo de Apoio à medicina preventiva e à saúde pública), por exemplo.

As mesmas denúncias foram protocoladas também no Ministério Público Estadual (MPPA), de acordo com Marden Lima, membros do Conselho de Saúde no período das denúncias serão ouvidos pela PF. “Eles pegaram os dados de alguns conselheiros, para justamente dar o suporte e conversar com o Delegado de polícia federal a respeito de todas as denúncias realizadas na época”, afirmou.

Para o Conselho de Saúde, existem irregularidades que estariam sendo ainda praticadas. De acordo com o presidente, a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) não tem estrutura suficiente para estar funcionando, além disso, o Centro de Hemodiálise do HGP, não teria alvará de funcionamento emitido pela Secretaria de Saúde do Estado, mas o governo do estado já estaria ciente da situação.

A respeito da UTI, o Conselho já encaminhou relatórios a Polícia Civil e ao Ministério Público Estadual. Segundo Marden Lima, um médico do setor relatou: “Isto aqui não é UTI, nós não temos medicamentos básicos, não temos estrutura, estamos com oito oximetros quebrados, não temos cateter, não temos equipo, não temos exame laboratorial, e pasmem, há duas semanas não havia alimentação especial para os pacientes da UTI”.

Reportagem: Jéssica Diniz / Da Redação do Portal Pebinha de Açúcar

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