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Frota escolar de Parauapebas está sucateada

Não bastassem os gargalos na área da saúde, o prefeito de Parauapebas, Darci Lermen, tem mais problemas nas mãos, agora, na educação. E o efeito negativo atinge a vida de cerca de 13 mil estudantes das redes municipal e estadual, que dependem do transporte escolar, cuja frota de micro-ônibus, adquirida pela gestão anterior em 2013, está parcialmente deteriorada.

Dos 104 micro-ônibus comprados pela Secretaria Municipal de Educação (Semed) naquele ano, por meio de um programa do Governo Federal, 42 estão virando sucata no pátio do Setor de Transportes da secretaria, às margens da PA-275, no Km 57, na saída de Parauapebas. O motivo do descalabro, para além da falta de dinheiro para as manutenções, Darci resume em “falta de bom senso e falta de responsabilidade”.

Na manhã desta quinta-feira (5), Darci e o secretário municipal de Educação, Raimundo Neto, estiveram no pátio a fim de avaliar as condições da frota de micro-ônibus e levantar o tamanho do prejuízo, que, segundo cálculos menos pessimistas do coordenador do Setor de Transportes da Semed, Wanderson da Silva, está em torno de R$ 2,4 milhões para fazer todos os carros voltarem a rodar em estado razoável.

Acompanharam Darci e Neto o assessor de Comunicação da Prefeitura, Laércio de Castro; os vereadores Joel do Sindicato (DEM) e Luiz Castilho (Pros); integrantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp), subsede Parauapebas; e a equipe do Transportes da Semed.

De acordo com Darci, que ficou estarrecido com o que viu (veículos com a frente e o interior deteriorados, sem pneus ou com pneus em estado precário, sem estepe, com motor batido, ociosos por falta de peças, com para-brisa quebrado e ou farol queimado), o que está no pátio de Transportes da Semed é o equivalente a uma catástrofe. “Muitos desses veículos precisam de peças que vêm de fora e estão inviáveis para circulação. O gasto com a manutenção chega a ser criminoso”, lamenta o gestor.

Darci e o Secretário Municipal de Educação estiveram no local vistoria

PREJUÍZO EDUCACIONAL – A dona de casa Zilma Oliveira, moradora da zona rural nos domínios da Palmares 2, não faz ideia de que 42 micro-ônibus estejam no prego, mas ela sabe bem o que é não poder mandar a filha à escola pela falta deles, circulando plenamente. “Tivemos muita dificuldade com o transporte escolar em 2016. Minha filha, de 8 anos, estuda a dois quilômetros de casa, e por muitas vezes teve de faltar à escola porque falavam que o ônibus estava quebrado. Ué, se estava quebrado, por que a prefeitura não consertava? Eles até anunciaram na TV uns anos atrpas que os ônibus iriam durar não sei quantos mil anos”, relembra Zilma, rogando aos céus que a situação melhore em 2017. “Se eu for contar quantos dias minha filha ficou sem ir à escola por causa de ônibus, vai dar quase um mês”, dispara.

O secretário de Educação, Raimundo Neto, sensibilizou-se com a situação da dona de casa e informou que, na verdade, a aquisição desses veículos onera os cofres públicos muito mais do que a forma como o transporte era gerido em sua gestão à frente da Semed, entre 2005 e 2012. “É um absurdo. Temos 42 ônibus parados cujo gasto ultrapassa a cifra de R$ 2 milhões, de difícil administração. Temos alunos correndo o risco de não ter um bom rendimento porque são impedidos de chegar à escola. Nós, como sociedade, corremos o risco de não atingir as metas de educação por uma imprudência de gestão que reflete na vida escolar de crianças e adolescentes. A situação é grave”, alerta.

E realmente dos 104 ônibus adquiridos na gestão anterior, 62 estão em situação duvidosa. Foram entregues à nova equipe do Setor de Transportes como “bons”, mas alguns deles estão, na verdade, em condições precárias. No fundo, de acordo com Wanderson Bezerra, chefe do setor, “mais que 42 ônibus estão no prego” e, segundo o secretário de Educação, pelo menos 5 mil estudantes — dos 13 mil que dependem de transporte escolar — vão ficar prejudicados no início do ano letivo. Só pneus, faltam 202 — cada um ao custo médio de R$ 800, totalizando R$ 160 mil de prejuízo.

MUITAS CRÍTICAS – Para o vereador Joel do Sindicato, que ficou estarrecido com as condições da frota, a situação vista é praticamente de calamidade pública, sobretudo pelo fato de ser um prejuízo direto à vida dos alunos.

Já o vereador Luiz Castilho, bastante entendido de serviços mecânicos e manutenção de veículos, estimou, por baixo, um custo médio entre R$ 50 mil e R$ 60 mil para reparos individuais nos veículos declaradamente parados. “São lastimáveis as condições em que estamos encontrando Parauapebas, com prejuízo por todos os lados”, indignou-se o parlamentar.

Anunciada três anos atrás pela gestão com pompa e circunstância, a aquisição da frota parecia ser a salvação da lavoura para o que indicaram ser um problema, no caso, o transporte escolar. Em 23 de dezembro de 2013, chegou a ser divulgado na imprensa local que a frota reduziria em 50% o que se gastava com as locações, o que, na prática, não aconteceu. Em 2015 e 2016, começaram a surgir denúncias sobre a deterioração da frota adquirida e muitos pais relatavam dificuldade para mandar os filhos à escola. Atualmente, 40% dos micro-ônibus estão comprovadamente inutilizáveis.

O custo da aquisição foi estimado em R$ 15 milhões, em razão de uma parceria com o Governo Federal via programa “Caminhos da Escola”. Porém, a manutenção apenas com os ônibus parados consumiria, hoje, 16% do valor inicial gasto. Aliás, com o que se precisa gastar para fazê-los rodar daria para comprar 17 novos ônibus.

 

Pará passa a emitir RG com tipo sanguíneo

A partir deste ano, as carteiras de identidade emitidas pela Segup apresentarão também o fator RH e o tipo sanguíneo do titular

A partir deste ano, 2017, as carteiras de identidade emitidas pela Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) apresentarão também o fator RH e o tipo sanguíneo do titular. A novidade consta da Lei nº 8.443, publicada no dia 9 deste mês, no Diário Oficial do Estado. A informação, que será opcional, visa, principalmente, agilizar o pronto-atendimento a pessoas em situações de urgência. A lei já existe em outros Estados, como São Paulo, onde já vigora desde junho 2016.

A Polícia Civil do Pará se prepara para a nova demanda. Será aberto um novo processo licitatório visando a emissão das novas cédulas para 2017. “A partir do momento que a Polícia Civil teve ciência do decreto já procurou se adequar. Já iniciamos o processo licitatório e estamos formatando o novo modelo como foi discriminado no decreto. Incluiremos nas próximas carteiras que serão adquiridas em 2017 o tipo sanguíneo”, diz o diretor de Identificação da Polícia Civil, Ricardo Paula.

Segundo a Polícia Civil, ninguém precisará trocar a identidade. A mudança só será feita nas carteiras emitidas em 2017 e de forma opcional. “Não há necessidade de trocar as carteiras de identidade que já foram emitidas. Esta informação será inserida nas carteiras do ano que vem, de forma opcional, pois não existe obrigatoriedade. No entanto, o cidadão precisa ter certeza na hora de informar qual é o seu tipo de sangue para evitar qualquer problema durante um possível atendimento de emergência médica”, explica o diretor de Identificação.

 

Por Diego Andrade

Arcon fiscalizou mais de dois mil veículos na Operação Final de Ano

A operação contou com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Polícia Rodoviária Estadual (PRE)
Cerca de 60 servidores dos grupos técnicos rodoviário e hidroviário participaram das fiscalizações

Entre o Natal e o Ano Novo, a Agência de Regulação e Controle de Serviços Públicos do Estado do Pará (Arcon-PA) realizou aproximadamente duas mil abordagens no modal rodoviário, com 470 autos de infração aplicados e oito veículos apreendidos. O trabalho ocorreu por meio da Operação Final de Ano, dividida entre os dias 21 a 24 e 29 a 31 de dezembro. Cerca de 60 servidores dos grupos técnicos rodoviário e hidroviário participaram das fiscalizações.

O trabalho ocorreu por meio da Operação Final de Ano, dividida entre os dias 21 a 24 e 29 a 31 de dezembro

“A operação transcorreu dentro do planejado, com as equipes atuando nos principais pontos de fluxo na região metropolitana e agentes fixos nos terminais rodoviários”, afirma o diretor de normatização e fiscalização da Agência, Karim Zaidan. A operação contou com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Polícia Rodoviária Estadual (PRE).

O trabalho ocorreu por meio da Operação Final de Ano, dividida entre os dias 21 a 24 e 29 a 31 de dezembro

No modal rodoviário, durante a época de Natal, foram abordados mais de 900 veículos, aplicados 200 autos de infração e um veículo foi apreendido. Já no Réveillon, as abordagens chegaram a 1.100 veículos, onde aproximadamente 260 autos de infração foram aplicados e sete apreensões foram realizadas. As infrações mais recorrentes foram embarque em local não autorizado, excesso de lotação e motorista não auxiliar.

As equipes estiveram presentes nos terminais rodoviários de Belém, Castanhal, Santa Maria do Pará, Capanema, Bragança, Marabá, Abaetetuba, Santarém, Altamira e Conceição do Araguaia, além de estar nos postos da PRF em Ananindeua, Apeú e Santa Maria, e da PRE em Salinópolis e Alça Viária.

“Identificamos que mais uma vez a ocorrência mais frequente foi excesso de passageiros, em razão, principalmente, do embarque em locais não autorizados, longe do alcance de nossa fiscalização. É importante frisar que a Agência permite aos operadores solicitarem viagens extras em feriados onde o aumento de demanda é previsível. Ocorre que poucas empresas utilizam essa prerrogativa, e assim a demanda se torna maior do que a oferta de horários, e o que se constata é um grande número de passageiros em pé”, esclarece Karim Zaidan.

Receberam as equipes de fiscalização hidroviária da Arcon-PA os portos Arapari, Jarumã, Igarapé Miri, Soure/Salvaterra, Cachoeira do Arari, Rodofluvial Barcarena, Amazonat, Terminal da Henvil e São Domingos, além do Terminal Hidroviário de Belém, onde há um posto fixo. Nenhuma ocorrência de excesso de passageiros foi registrada, uma vez que as empresas solicitaram à Arcon-PA viagens extras com antecedência.

Foram notificadas três empresas que operam o transporte clandestino de passageiros, incluindo uma lancha com capacidade para 95 passageiros. A recomendação da Agência aos usuários é que evitem utilizar os serviços clandestinos de transporte, para que as viagens sejam realizadas com segurança e comodidade.

 

Por Vanessa Pinheiro

Seduc encerrou confirmação de novas matrículas em escolas

A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) encerrou com tranquilidade, nesta quarta (4), em Belém e em outros municípios do Estado, a confirmação de matrículas de alunos novos para o ano letivo de 2017 nas escolas, iniciada na última segunda (2). A confirmação, com entrega de documentos, era necessária após a pré-matrícula de alunos novos, que ocorreu de 14 de novembro de 2016 a 1º de janeiro de 2017, pelo Portal Seduc e central de atendimento. Cerca de 48 mil estudantes deveriam confirmar suas matrículas nas escolas estaduais.

O estudante Lucas Silva, 16, foi junto à mãe Cleide Castro efetivar sua matrícula na Escola Estadual Albanízia de Oliveira Lima, no bairro do Souza. “Sou morador do Outeiro, mas escolhi essa escola porque tive boa referência daqui. Pretendo ficar até o ultimo ano do ensino médio”, disse o estudante, que fez matrícula para o 1º ano.

As escolas também estão recebendo alunos de outros estados. É o caso das gêmeas Aryssa e Ariane, 17, que vieram de Aracati (CE), após transferência do pai. “Elas vieram morar no bairro da escola, na Rua Dionísio Bentes e nós procuramos referências de escolas estaduais. Nossos vizinhos falaram muito bem da escola Albanízia de Oliveira Lima e não enfrentei nenhuma fila para efetivar a matrícula. Foi tudo muito tranquilo”, disse o tio da menina, Marcos Vinícius Ribeiro.

Os alunos novos que não fizeram a pré-matrícula serão atendidos a partir do próximo dia 12 de janeiro nas próprias escolas. Porém, precisam ligar antecipadamente para a Central de Atendimento da Seduc, no número 0800 280 0078, para identificar a disponibilidade de vagas. Somente após obter essa informação poderão comparecer com a documentação exigida à unidade de ensino pretendida para a matrícula.

Iolanda Guedes, secretária da escola Albanízia Lima, explica que, apesar do encerramento oficial do período de confirmação, a escola ainda tem vagas. “Vamos continuar o trabalho de matrícula de novos alunos, tanto para quem fez a pré-matricula na internet, como também para quem não fez. Atualmente a escola tem cerca de 400 alunos matriculados, mas tem capacidade instalada para receber até 700”, informou.

Documentos – Na confirmação da matrícula devem ser apresentados: certidão de nascimento ou casamento (original e cópia); histórico escolar ou ressalva (original); comprovante de residência (cópia); duas fotos 3×4 (idênticas e recentes); certificado (original e cópia) ou atestado de conclusão do Ensino Fundamental (original e cópia) para os alunos que cursarão o Ensino Médio; e com

O estudante Lucas Silva, como ele, cerca de 48 mil estudantes deveriam confirmar suas matrículas

provante de trabalho para o aluno do período noturno.

Vera Santos, mãe da Valéria Monteiro, fez questão de levar todos os documentos e não deixar nada pendente na escola. “Ela veio de uma escola de Belém. Como somos moradores da avenida João Paulo II e essa é a escola mais

No bairro do Souza, matrículas seguem na escola, que tem 400 alunos matriculados e capacidade para receber 700

próxima, optamos pelo Albanízia. Não fizemos a pré-matrícula na internet, mas não tivemos dificuldade para conseguir a vaga no bairro que escolhemos. Então, trouxemos logo toda a documentação”, detalhou.

Para quem já é aluno a rematrícula é automática. O processo de remanejamento e transferência de estudantes de escolas estaduais será realizado a partir do resultado final do ano letivo de 2016, previsto para o final de fevereiro. O começo do ano letivo de 2017 na rede estadual está previsto para o mês de março.

A mãe Vera Santos, que não fez a pré-matrícula mas conseguiu vaga para a filha

Por Kátia Aguiar

Acidente ocorre na área de mineração da Vale

A Mineradora Vale se pronunciou sobre o ocorrido que teve apenas dano material. A empresa afirma ainda que já iniciou os procedimentos para apurar as circunstancias do fato corrido na Mina do Sossego.

Trata-se de acidente entre um caminhão de grande porte, conhecido como fora de estrada, e uma caminhonete, ocasionou dano material, na mina do Sossego em Canaã dos Carajás, na última segunda – feira (2).

Ainda de acordo com o citado na nota, o veículo de pequeno porte estava vazio e estacionado; e os dois veículos estavam estacionados próximos e durante a saída do caminhão fora de estrada, ocasionou o acidente.

Os responsáveis pela segurança na área de mineração explicam ainda que as caminhonetes que circulam dentro da mina utilizam equipamentos de segurança, como giroflex e bandeirolas presas em hastes que têm pequenas lâmpadas nas pontas, rádio para comunicação.  Além de equipamentos de segurança, antes de entrar num caminhão fora de estrada, o operador passa por treinamentos.

 

Temer anuncia liberação de R$ 1,8 bilhão para a segurança pública

O presidente Michel Temer disse hoje (5) que, diante da situação do sistema prisional brasileiro, vai liberar R$ 1,8 bilhão para a segurança pública ainda neste primeiro semestre, e outros R$ 800 milhões para a construção de pelo menos um presídio por unidade federativa.

Ele disse, ainda, que pretende disponibilizar R$ 150 milhões para a instalação de bloqueadores de celulares em pelo menos 30% dos presídios de cada estado, e R$ 200 milhões para a construção de mais cinco presídios federais.

Temer aproveitou a abertura da reunião para enviar uma mensagem às famílias das vítimas do massacre em Manaus. “Quero me solidarizar com as famílias que tiveram seus presos vitimados naquele acidente pavoroso que ocorreu no presídio de Manaus”.

O presidente da República disse que não houve “uma responsabilidade objetiva, clara e definida dos agentes estatais” no episódio de Manaus, uma vez que os presídios da capital amazonense têm serviços terceirizados.

“Claro que [as autoridades] tinham de ter informações e acompanhamento. Os dados foram acompanhados pelo Ministério da Justiça desde o primeiro dia. [O ministério] colocou todos dispositivos federais por conta do presídio de Manaus”.

O anúncio foi feito no Palácio do Planalto durante a abertura da reunião do presidente com o núcleo institucional do governo, que discute questões de segurança e de defesa. O encontro ocorre após a rebelião de presos no Complexo Prisional Anisio Jobim (Compaj), em Manaus, que resultou na morte de pelo menos 56 presos.

“Quero registrar que haverá determinação do Ministério da Justiça, referente ao Plano Nacional de Segurança Pública [ainda a ser anunciado], para que os presídios que vierem a ser construídos nos estados, aos quais já destinamos R$ 1,8 bilhão, R$ 800 milhões vão para a construção de pelo menos um presídio por estado”, disse Temer. “R$ 150 milhões serão para [a instalação de]  bloqueadores de celular em pelo menos 30% dos presídios dos estados”, acrescentou.

Presos serão separados

Segundo o presidente, a ideia é, com a construção dos novos presídios, separar presos em função do delito cometido, da idade e do gênero, conforme prevê a Constituição.

O presidente disse, ainda, que o governo decidiu pela “ construção de mais cinco presídios federais para [detidos] de alta periculosidade. A verba para isso será de cerca de R$ 200 milhões”, disse Temer, ressaltando que tudo deverá ser feito no menor prazo possível.

“A União há de ingressar fortemente nessa matéria. A questão da segurança pública, embora cabível aos estados, ultrapassou os limites dos estados. Temos recursos para essa matéria sem invadir a competência estadual. Não vamos invadir, mas vamos estar presentes”, afirmou.

Segundo Temer, as datas para a assinatura dos repasses e a adesão dos estados ao Plano Nacional de Segurança Pública ainda serão definidas.

A rebelião no Compaj, no Amazonas, resultou na morte de pelo menos 56 pessoas, no segundo maior massacre em presídios brasileiros, atrás somente de Carandiru, em São Paulo, em 1992. Outros quatro presos morreram na Unidade Prisional de Puraquequara, também em Manaus. O motim teve como consequência a fuga de 184 presos. Desses, 63 já foram recapturados, segundo a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas.

Participaram da reunião de hoje, no Palácio do Planalto, ministros de diversas pastas, como Justiça, Fazenda, Relações Exteriores, Defesa e Gabinete de Segurança Institucional.

Mais de 3 mil famílias podem ter descontos na conta de energia em Parauapebas

De acordo com um levantamento feito pela Celpa, junto ao Ministério do Desenvolvimento Social, no Pará há mais de 311 mil famílias que podem fazer parte do Programa Tarifa Social de Energia Elétrica, que concede descontos de até 65% na conta de energia das famílias de baixa renda. O dado foi obtido a partir da análise da quantidade de cidadãos que possuem o cadastro social (CadÚnico). Em Belém, o número de potenciais beneficiários do Tarifa Social fica em cerca de 26 mil, seguido de Santarém, com mais de 14mil, de Ananindeua, com cerca de 11 mil e Cametá com mais de nove mil. 

 Para fazer parte do Programa, é necessário possuir o NIS (Número de Inscrição Social), ter renda familiar mensal menor ou igual a meio salário mínimo por pessoa, e que a data de última atualização cadastral dos dados sociais junto ao Centro de Referência e Assistência Social (CRAS) seja inferior a dois anos. O usuário deve receber o benefício da Tarifa Social em apenas uma conta contrato (antiga unidade consumidora) e o endereço de cadastro do beneficiário do CadÚnico estar localizado em um dos municípios do estado do Pará.

 Famílias com renda mensal de até três salários mínimos, podem ser beneficiadas, desde que tenham entre os membros da família pessoa em tratamento de saúde domiciliar que precise uso contínuo de equipamentos hospitalares, que consumam energia elétrica. Para este caso, é necessário apresentar laudo médico certificando a situação de saúde e a previsão do período de uso do aparelho. O laudo médico deve ser homologado por médico do Sistema Único de Saúde (SUS).

 Segundo o executivo da área de Relacionamento com o Cliente da Celpa, Alexandro Freitas, o benefício pode assegurar uma economia em cerca de R$ 500 durante o ano. “Em uma conta de energia em que o consumo é de 230kW, por exemplo, a economia chega a ser de R$ 42,85 por mês. Por ano, isso chega a R$ 514,20. Na situação em que uma família consome 123kW, a economia mensal será de R$40,15. No final de 12 meses, isso vai significar uma enxugada de R$481,80 no orçamento familiar”, explica o executivo.

Confira alguns municípios com maior número de famílias aptas a receber a o benefício:

PERDA DO BENEFÍCIO – Neste mês de janeiro, mais de 33 mil famílias, em todo o estado do Pará, podem perder o benefício da Tarifa Social de Energia Elétrica, em função do vencimento dos dados do cadastro social que deve ser atualizado junto aos CRAS a cada dois anos. Para os clientes verificarem se precisam fazer a atualização do cadastro, a Celpa orienta que seja feito o contato com a central de relacionamento do Ministério do Desenvolvimento Social, pelo número 0800 707 2003 para obter as informações. Caso o cliente já tenha o NIS (Número de Identificação Social), poderá ir até uma agência de atendimento da Celpa ou ligar para a central de teleatendimento da empresa, pelo número 0800 091 0196, e inscrever-se.

SERVIÇO – Para (re)cadastrar os dados sociais, os beneficiários devem procurar o CRAS do seu município ou bairro, munidos dos documentos de todas as pessoas que residem no imóvel:

Comprovante de residência; RG; CPF; e em casos que há crianças na família é necessário levar Certidão de nascimento dos filhos beneficiados e carteira de vacinação das crianças menores de 5 anos.

Segup registra diminuição nos números de roubos e latrocínios em Belém

Dados preliminares da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) indicam que, em 2016, o Pará obteve avanços importantes no combate à criminalidade. Os registros de roubo em Belém e nos distritos de Icoaraci e Mosqueiro, por exemplo, caíram de 56.568 no ano passado para 53.708 casos neste ano. Esta queda de 5,05% equivale a 2.860 roubos evitados no ano pela ação preventiva e repressiva da Polícia Militar e da Polícia Civil. Em média, são 240 roubos a menos, por mês.

“É um número que ainda está longe do ideal, mas que já tem impacto importante na segurança da população. Sobretudo, porque essa modalidade de crime, o roubo, vem caindo mês a mês na capital”, avalia o secretário de Segurança do Estado, general Jeannot Jansen. “Essa tendência de queda progressiva nos indica que está na direção certa a estratégia adotada pelo sistema de segurança, apoiada na integração e na inteligência e executada por meio de operações de campo e investigação”, sustenta Jeannot.

O secretário adjunto de Gestão Operacional da Secretaria, coronel Hilton Benigno, explica que os crimes que mais contribuem para que o cidadão se sinta inseguro, no cenário de violência que se acentua em todo o Brasil, são o homicídio e o roubo. “O homicídio é a vitrine da violência. Um corpo estendido no chão coloca o cidadão de frente para o crime, onde quer que ocorra, seja quem for a vítima”, raciocina Hilton. “Mas é o roubo que tira as pessoas da condição de espectadoras para colocá-las no papel de protagonistas, inserindo-as no contexto da violência que as contorna”, completa.

Na opinião do coronel Hilton, o homicídio estimula a indignação da sociedade com a banalização da vida e aumenta a sensação de vulnerabilidade das pessoas. “Já o roubo impõe o medo e multiplica a sensação de insegurança”, ressalta ele. “Se o homicídio choca a sociedade, o roubo acua o cidadão”, reflete.

Inteligência – Comandante do Policiamento da Capital, o coronel Luiz Carlos Rayol acredita que a progressiva queda nas ocorrências de roubo também deriva da ação integrada de todos os órgãos de segurança e do silencioso trabalho da inteligência. “As operações policiais não acontecem de forma aleatória. Toda operação se baseia na análise das informações processadas pelo pessoal da inteligência”, esclarece Rayol.

“Essa análise nos permite mapear o crime, identificar o local onde ele mais acontece, qual o horário em que é mais frequente, que bairro é mais vulnerável”, explica. “Com isso, podemos concentrar esforços na direção certa, reduzindo os casos de roubo nas chamadas áreas críticas e pulverizando as ocorrências, o que facilita o combate”, complementa.

Operações – Em 2016, a Polícia Militar realizou 28.305 operações em Belém. Algumas são sistemáticas, outras especiais. Somente em dezembro, foram quase dez diferentes operações em lugares distintos, com estratégias próprias e objetos definidos. A presença da PM, por conta desse trabalho, ganha visibilidade para o cidadão, que se sente mais seguro, e para o próprio ladrão, que pensa duas vezes antes de cometer o crime e correr o risco de ser preso em flagrante.

Nessas operações, em 2016, os homens do Comando de Policiamento da Capital apreenderam 361 armas de fogo e 1.765 armas brancas; recuperaram 1.234 veículos roubados e capturaram 503 foragidos do sistema penal. Além disso, efetuaram 3.073 prisões. São mais de 250 prisões por mês, só em Belém, Icoaraci e Mosqueiro.

Polícia Civil – O diretor de Polícia Metropolitana, delegado Cláudio Galeno, lembra que a queda no número de roubos também leva, por extensão, à diminuição dos casos de latrocínio, que é o roubo seguido de morte. “Ao contrário da maioria dos casos de homicídio ocorridos no Pará, em que as vítimas e os assassinos têm passagem pela Polícia e algum tipo de ligação com o tráfico de drogas, no latrocínio é diferente. As vítimas sempre são trabalhadores, muitas vezes assassinados covardemente durante um assalto, às vezes até sem reagir”, diz Galeno. “Quando conseguimos reduzir o número de roubos, estamos também evitando latrocínios”, acrescenta.

A Polícia Civil contabiliza mais de 12.538 procedimentos até novembro de 2016, incluindo inquéritos, investigações, apreensões. Foram lavrados mais de 5.500 termos circunstanciados de ocorrência (TCO). Somente nas delegacias de Belém, foram 3.115 prisões em flagrante.

O secretário adjunto de Inteligência e Análise Criminal da Segup, delegado Rogério Moraes, acredita que os resultados de Belém demonstram o acerto no investimento que se faz na ostensividade e na investigação. “Existem formas subjetivas de demonstrar a efetiva redução da criminalidade. Mas esta efetividade das operações é a única forma objetiva de aferir isso em números absolutos e relativos, que alimentam a inteligência do sistema de segurança e são encaminhados para os comandos operacionais”, afirma.

Taxistas – Esse relacionamento sadio entre os órgãos de segurança e a conexão entre os setores operacional e de inteligência sempre dão resultados práticos. Um caso concreto é relatado pelo coronel Salim, comandante do policiamento da região metropolitana. “Havia um surto de assaltos a taxistas em Ananindeua este ano. Em apenas dois meses, houve 24 ocorrências”, conta ele. “Fizemos reuniões com os motoristas e estabelecemos um protocolo de segurança. Em todas as barreiras que fazemos sistematicamente na região, uma vez a cada turno, diariamente, o taxista teria não apenas que parar o carro para apresentar a documentação, como também deveria modular a luz interna e sair do veículo para conversar com o agente de segurança”, acrescenta. “Se o motorista não descesse, a gente já sabia que havia problema ali”.

Essa simples mudança de protocolo, acordada com os taxistas, reduziu o número de assaltos a zero no mês seguinte. O exemplo também vale para demonstrar que a participação da sociedade contribui muito para a eficiência da Polícia. Quanto mais o cidadão denunciar, quanto mais procurar a delegacia em caso de assalto, melhores serão as condições de a inteligência atuar, cotejando e analisando os números das ocorrências para gerar estratégias de combate ao crime.

“A integração é a pedra de toque da segurança no Estado do Pará”, resume o coronel Hilton Benigno. “Essa integração, além do trabalho coordenado entre os órgãos que se comunicam permanentemente, deve envolver também a sociedade. Toda ajuda é importante nessa guerra que travamos diariamente contra a violência”, diz.

OPERAÇÕES NA CAPITAL – JANEIRO A 30 DE NOVEMBRO/2016:

361- Armas de fogo apreendidas; 1.765- Armas brancas apreendidas; 190- Simulacros; apreendidos; 1.377- Munições apreendidas; 77.404- Gramas de entorpecentes; 3.077- Prisões efetuadas; 1.234- Veículos recuperados; 250- Mandados de prisão cumpridos; 593- Foragidos recapturados; 28.395- Operações realizadas; 92.692- Missões realizadas; 381.492- Abordagens a transeuntes; 397.903- Abordagens a veículos; 358.089- Atendimentos realizados.

(Com informações da Ascom Segup)

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