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Marabá pode ser sede de megaencontro de engenheiros em 2018

A Associação Paraense de Engenheiros de Minas (Assopem) não para. Na tarde de ontem, quinta-feira (10), o presidente da entidade, Artur Alves, marcou presença na 74ª Semana Oficial de Engenharia e Agronomia (Soea) e representou a diretoria da Assopem durante a reunião nacional da Federação das Associações de Engenheiros de Minas do Brasil (Faemi), liderada por seu titular Regis Wellausen. O encontro ocorreu no Hangar do Centro de Convenções da Amazônia, na capital paraense, e deixou o Pará inteiro na expectativa: o 14º Encontro Nacional dos Engenheiros de Minas (EngMInas) poderá ter Marabá como sede no ano que vem.

Se a proposta discutida entre Alves e a Faemi tornar-se realidade, Marabá e o Pará terão muito a ganhar haja vista a proximidade de profissionais de diversos contados do país com uma das mais importantes províncias minerais do mundo, que é o complexo minerador de Carajás. “O lançamento da Assopem junto com o 14º EngMinas será um divisor de águas para alunos, profissionais e empresas do Pará”, destacou.
Além disso, o evento deve impactar a economia marabaense, já que o município — principal do sudeste paraense ― vai faturar com dezenas de profissionais vindos de diversas partes movimentando hotéis, com hospedagens, e restaurantes, com alimentação, em três dias de evento. Devem participar cerca de 500 pessoas.

UNIÃO DE FORÇAS

Durante os trabalhos da 74ª Soea, o engenheiro de minas Artur Alves frisou que a Assopem acredita no crescimento quantitativo e qualitativo dos engenheiros de minas, bem como no desenvolvimento sustentável dos munícipios a partir da presença da indústria extrativa em seu território.
“A Assopem chega para somar esforços com a Federação e interagir com a sociedade do Pará, cuja economia depende, sobremaneira, da mineração”, destacou o presidente da entidade paraense.
O presidente da entidade expôs os motivos que levaram a associação a ser criada, relatou os desafios e onde a Assopem pretende chegar. “Existem mais de 500 engenheiros de minas trabalhando em solo paraense, além de 180 formados no Pará. Temos de criar mecanismos para unir e enquadrar no mercado de trabalho local os paraenses que estão desempregados”, ressalta.

TABELA DE HONORÁRIOS

A nova tabela de honorários será apreciada pela Assopem antes de ser lançada na Exposição Internacional de Mineração (Exposibram) que ocorre entre os dias 18 e 21 de setembro em Belo Horizonte (MG). A Assopem marcará presença e, desde já, é anunciada como Apoio Institucional.
Os conselheiros Adriano Paiva e Luiz Fabrício, por atuarem como consultores, foram destacados para validação da tabela. “Essa tabela será protocolada no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Pará. Desta forma, teremos base e respaldo para a cobrança dos trabalhos. Queremos valores compatíveis com as responsabilidades que nos são imputadas”, esclarece Paiva.

FANPAGE DA FAEMI

Durante a reunião, ocorreu o lançamento da página da Faemi no Facebook, que conta com a colaboração da Assopem, por meio de seu tesoureiro André Santos, que também é jornalista e autor do estudo inédito sobre a classe, intitulado “Diagnóstico da Profissão do Engenheiro de Minas no Pará”, publicado em 10 de julho.

Fonte: Associação Paraense de Engenheiros de Minas (Assopem)

ROYALTIES: Parauapebas, Marabá, Canaã e Curionópolis já estão abastecidas com milhões de reais

Como a Assopem havia divulgado em reportagem de bastante repercussão na imprensa do Pará na última segunda-feira (7), a cota-parte da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem) caiu na conta-corrente das prefeituras dos municípios mineradores do Pará e do Brasil. As cotas foram distribuídas ontem (10), por volta das 16 horas, pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).

Por ser entidade de defensa dos interesses dos engenheiros de minas, bem como da sociedade paraense no tocante à mineração, a Associação vai passar a divulgar os repasses da Cfem sempre que as cotas forem distribuídas pelo DNPM, que está em processo de transformação para Agência Nacional de Mineração (ANM).

Na segunda, a Assopem informou que a Cfem — popularmente chamada de royalty de mineração — seria creditada nas horas seguintes. E seria, de fato, mas o crédito só foi feito ontem porque houve problemas com o sistema do DNPM e sua informática técnica estava trabalhando para a liquidação dos valores. A Assopem entrou em contato com a Diretoria de Procedimentos Arrecadatórios do DNPM e conversou com o coordenador de fiscalização das receitas, Airlis Luís Ferracioli, que explicou a razão do atraso.
Veja a seguir os valores recebidos pelas quatro principais prefeituras da região cuproferrífera (produtora de cobre e ferro) de Carajás e acompanhe informações inéditas que só a Assopem tem para manter o Pará inteiro atualizado.

Para quaisquer dúvidas com relação aos números das finanças públicas, basta consultar o Portal da Transparência, o do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e o do DNPM. As análises e os comparativos próprios da Assopem são uma forma didática de munir seu público com dados muitas vezes escondidos e burocratizados por órgãos públicos, particularmente as prefeituras.

PARAUAPEBAS  Prefeitura recebe R$ 21 milhões em um único dia

A Prefeitura de Parauapebas, “Capital Nacional do Minério de Ferro”, recebeu ontem R$ 17,91 milhões e já acumula impressionantes R$ 175,07 milhões em royalties ao longo de 2017. É, de longe, a prefeitura brasileira que mais se beneficia diretamente da indústria mineral, esta a qual potencializada pela produção de minérios de ferro e manganês lavrados pela Vale. Além da Cfem, caiu na conta nas primeiras horas de quinta R$ 2,95 milhões em cota-parte do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
Para se ter ideia da potência do recurso recebido apenas em um dia pelo governo municipal, é suficiente saber que essa bolada de quase R$ 21 milhões é maior que a arrecadação total inteira de aproximadamente 2.000 prefeituras brasileiras ― que, provavelmente, vão passar o ano todo, mas não conseguirão chegar perto desses milhões. Um exemplo bem paraense é o município de Bannach, cuja prefeitura, durante 2016, arrecadou R$ 17,76 milhões.

A força da Prefeitura de Parauapebas, apesar da diminuição de outras receitas, é impressionante de maneira tal que ela figura em 2017 entre as 80 mais ricas do Brasil. O país tem atualmente um universo de 5.569 prefeituras. Por outro lado, a população municipal é, tecnicamente, pequena para tantos recursos. Em números de habitantes, o município ocupa a colocação de número 151.
Lamentavelmente, Parauapebas assiste à desaceleração de suas finanças no espaço e no tempo sem que consiga se desprender da atividade mineradora e trilhar um caminho econômico de maneira autônoma. Em 2013, ainda na ressaca do “boom” das commodities, a Prefeitura de Parauapebas viveu seus tempos áureos, desfilando nacionalmente como a 42 mais rica do país. De lá para cá, empobreceu R$ 270 milhões. Na prática, quem paga o pato é o cidadão local, que se ressente de investimentos em serviços sociais básicos sob alegações diversas.

MARABÁ – Prefeitura bate meta de R$ 25 milhões em royalties

A Prefeitura de Marabá, a “Capital Nacional do Cobre”, recebeu na tarde de ontem R$ 4,6 milhões e já acumula R$ 37,75 milhões em royalties este ano. E olhe que, horas antes, a mesma prefeitura já tinha recebido R$ 2,95 milhões em cota-parte de FPM. A mesada da Cfem está tão maravilhosa para o executivo de Marabá que superou a expectativa da própria prefeitura, esta a qual projetou receber ao longo deste ano R$ 25,53 milhões, mas a meta já foi batida há três meses.
Entre as prefeituras da região de Carajás, a de Marabá leva vantagem por ser mais ágil e atualizar diariamente seu Portal da Transparência. Ela leva vantagem também por se tornar a prefeitura brasileira que mais enrica entre os municípios com mais de 200 mil habitantes — e o motivo todos já sabem: a indústria mineral presente em seu território, que fez subir a arrecadação.
Hoje, a Prefeitura de Marabá é a 90ª mais rica do país e se posiciona entre poderosíssimos municípios médios e dinâmicos do interior do Brasil, alguns dos quais em ligeira desvantagem financeira. A arrecadação total marabaense também supera a de municípios imensamente mais populosos, como Montes Claros (MG), com 400 mil habitantes, ou Belford Roxo (RJ), com 500 mil.

O prefeito municipal, Tião Miranda, que já havia comandado Marabá com mandato encerrado em 2008, vê a arrecadação em sete meses ser o dobro de todo o seu último ano de gestão lá atrás ― mas a população não dobrou. O motivo é simples: o cobre do projeto Salobo, da Vale, e o manganês, da Buritirama, formam uma dupla imbatível e responsável por inchar em 50% a arrecadação local de 2012 para cá.

CANAÃ DOS CARAJÁS – Prefeitura aumenta em 200% recebimento de royalties

A Prefeitura de Canaã dos Carajás, “Terra Prometida”, recebeu ontem R$ 4,45 milhões em royalties de mineração, dada a presença de projetos de ferro e cobre, da Vale, em seu território. Somada essa quantia à cota de R$ 677 mil de FPM, mais de R$ 5 milhões abarrotaram os cofres da prefeitura local nessa quinta.
Vale ressaltar que, desde que o projeto para extração de ferro S11D, da Vale, passou a operar em dezembro de 2016, a Prefeitura de Canaã aumentou em 200% o recolhimento de cota-parte de royalties. E vai continuar aumentando, à medida que a Vale subir sua produção de ferro no município.
No ano passado, de janeiro a agosto, a prefeitura acumulou R$ 12,94 milhões em Cfem. Este ano, no mesmo período, o montante já é de R$ 23,56 milhões, quase o dobro. Quando S11D estiver operando em carga plena, mantida a cotação da tonelada do minério de ferro nesta sexta-feira (11), em 75,19 dólares, e aplicada a nova taxação variável da Cfem para o ferro e sobre seu faturamento bruto, a Prefeitura de Canaã dos Carajás poderá ultrapassar R$ 200 milhões por ano apenas com royalties do minério de ferro.
Atualmente, essa prefeitura é a 199º mais rica do Brasil e pega uma verdadeira fortuna oriunda da mineração para uma população sabidamente pequena: 36 mil habitantes em 2017. A título de comparação, o município mineiro de Ribeirão das Neves tem dez vezes mais habitantes e consegue sobreviver com praticamente a mesma receita da Prefeitura de Canaã dos Carajás. Mesmo não sendo proporcionalmente rico como Canaã dos Carajás, Ribeirão das Neves leva vantagem em qualidade de vida, já que seu Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) está à frente.

CURIONÓPOLIS – Prefeitura recebeu R$ 1,1 milhão na quinta-feira

A Prefeitura de Curionópolis, “Capital do Ouro de Serra Pelada”, recebeu ontem R$ 596 mil em royalties e R$ 507 mil em FPM. Tem R$ 1,1 milhão em conta, excelente quantia para um município tecnicamente pequeno.
Desde o início do ano, a prefeitura já pegou R$ 6,62 milhões em cota-parte da Cfem, e com a ampliação da capacidade produtiva da mina de ferro de Serra Leste, da Vale, os repasses podem dobrar. Além de receber royalties pelo ferro, Curionópolis também recebe compensação pelo cobre explorado pela mineradora Avanco.
Até cerca de dois anos atrás, a prefeitura não recebia um centavo, e o projeto Serra Leste chegou para incrementar a receita local, com algo em torno de R$ 10 milhões por ano em compensações, impostos e taxas.
Atualmente, a Prefeitura de Parauapebas está entre as 1.200 mais ricas, graças à Cfem. De janeiro a agosto, o executivo municipal recebeu mais dinheiro que os R$ 5,23 milhões vistos durante todo o ano de 2016.

OUTRAS – Royalties foram liberados de leste a oeste do Pará

Além dos municípios da região cuproferrífera, destacam-se os produtores de bauxita, cujas prefeituras também estão faturando muito. A Prefeitura de Paragominas já recebeu este ano R$ 12,9 milhões em royalties, e sua vizinha, a Prefeitura de Ipixuna do Pará, R$ 4,83 milhões. A Prefeitura de Oriximiná crava R$ 8,4 milhões ao longo de 2017. Já a Prefeitura de Juruti recebeu R$ 4,92 milhões e a de Terra Santa, R$ 4,84 milhões ao longo deste ano.
Vale ressaltar que, por lei, com o dinheiro dos royalties os prefeitos não podem pagar servidores tampouco dívidas de gestão. Em tese, é uma quantia que deve ser usada para investimentos que visem a criar condições para que os municípios sobrevivam sem depender exclusivamente da indústria mineral, já que os recursos de que se valem, os minerais, são finitos.
Como não existem mecanismos de fiscalização para saber onde cada centavos dos royalties é aplicado, a sociedade dificilmente sabe onde vai parar tanto dinheiro público. A Assopem está de olho.

GESTÃO FISCAL – Para piorar, de acordo com uma pesquisa divulgada ontem (10) pela Federação das Indústria do Rio de Janeiro (Firjan), que analisa as finanças das prefeituras no ano de 2016, as quatro da região cuproferrífera de Carajás estão todas em colocações vergonhosas, o que mostra que, segundo a entidade, “a dificuldade de arrecadação e a má gestão” estão levando as prefeituras a “reduzirem investimentos”.
Mesmo sendo a terceira mais bem posicionada no Pará, atrás das prefeituras de Tucumã e Paragominas, a Prefeitura de Canaã não se encontra entre as 100 menos piores do Brasil. Já as de Parauapebas, Curionópolis e Marabá estão da posição 700 e tanto para trás.
Segundo a Firjan, o problema que atinge os municípios é estrutural e está ligado aos elevados gastos com despesas rígidas, notadamente pagamento de pessoal. As receitas das prefeituras estão no mesmo patamar de anos atrás. Por outro lado, as despesas não estão se adequando a essa realidade e continuam crescendo.

Fonte: Associação Paraense de Engenheiros de Minas (Assopem)

Dia do Voluntariado será inserido no calendário municipal

O Projeto de Lei nº 24/2017, de autoria do vereador Luiz Castilho (Pros), que institui o Dia Municipal do Voluntariado no calendário oficial de eventos de Parauapebas foi aprovado na sessão desta terça-feira (8) da Câmara Municipal.

A data será comemorada em 5 de dezembro de cada ano, dia já reconhecido internacionalmente pela Organização das Nações Unidas (ONU) para homenagear as pessoas que prestam serviços voluntariamente e também instituído no calendário de eventos nacionais.

“O trabalho voluntário é essencial e importante para a sociedade, bem por isso, que mereceu um dia a ser comemorado em nível internacional e nacional. Pois bem, o projeto proposto visa enaltecer o voluntariado em âmbito municipal também”, ressaltou Castilho.

O vereador destacou ainda que o projeto foi idealizado por quem pratica voluntariado no dia a dia e citou a atuação da Organização Não Governamental (ONG), Médicos da Alegria. “Eles fazem um belíssimo trabalho, nada mais justo do que proporcionar a valorização do trabalho deles”.

A vereadora Joelma Leite (PSD) parabenizou o colega de parlamento pela iniciativa. “Voluntário é quem tem vontade de contribuir com melhorias. É um trabalho sem fronteiras, sem atuação específica, pode ser realizado em todas as frentes, nada melhor do que homenageá-los”.

O Projeto de Lei nº 24/2017 será encaminhado para sanção do prefeito Darci Lermen e entrará em vigor no dia em que a lei for publicada.

Reportagem: Nayara Cristina

No Pará, venda de caminhões tem o maior índice de crescimento entre os veículos novos

O Pará registrou 7.839 emplacamentos de veículos no mês de julho, segundo dados divulgados pelo Sindicato das Concessionárias e Distribuidoras de Veículos do Pará e Amapá (Sincodiv PA/AP). O balanço divulgado contempla vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários e outros.

O melhor resultado foi verificado na venda de caminhões, que apresenta crescimento no último trimestre. Quando comparado com o mesmo período do ano passado, o segmento registra crescimento de 21,74% neste mês de julho. Já os emplacamentos de automóveis e comerciais leves somaram 3.075 unidades no mês passado, registrando crescimento de 0,16%% em relação a julho do ano passado, quando foram emplacados 3.070 veículos no Pará.

Para o presidente do Sincodiv PA/AP, Leonardo Pontes, os resultados mostram uma previsão positiva para o mercado. “Vamos experimentar um crescimento contínuo. O mercado está crescendo ainda de forma tímida, mas vislumbramos um crescimento melhor para este ano e para os próximos”, pontua.

VENDAS POR CATEGORIA DE VEÍCULOS

– Automóveis: 2.372
– Motos: 4.452
– Caminhões: 112
– Ônibus: 25
– Veículos comerciais leves: 703
– Implementos rodoviários: 25
– Outros: 150

Casa da Cultura reúne agentes pela valorização artística do sudeste do Pará

A Casa da Cultura de Canaã dos Carajás foi protagonista de importante iniciativa realizada no Sudeste do Pará. O workshop Gestão de Espaços Culturais e Patrimônio Cultural Brasileiro, conduzido pelo Instituto Inhotim, reuniu mais de 30 participantes de equipes técnicas das Secretarias de Cultura, representantes de instituições e agentes atuantes no setor cultural de Canaã dos Carajás, Parauapebas, Marabá, Eldorado dos Carajás e Rondon do Pará.

Com o objetivo de fortalecer e capacitar representantes da região, o encontro envolveu os participantes em uma discussão sobre cultura e estimulou a construção de uma rede local que contribua para o desenvolvimento da região neste setor. O workshop contou com a experiência do Instituto Inhotim, hoje referência internacional, com um dos mais relevantes acervos de arte contemporânea do mundo e uma coleção botânica que reúne espécies raras de todos os continentes. Seu acervo possibilita o desenvolvimento de atividades educativas e sociais para públicos de diferentes faixas etárias.

De acordo com o diretor executivo do Instituto, Antônio Grassi, é fundamental que o Brasil consiga perceber seu interior como ambientes culturalmente muito diversos e ricos. “A região Norte é um exemplo disso e se mostra muito potente na área cultural. Nossa presença aqui tem muito a ver com isso. O Inhotim está também localizado em uma cidade do interior e é um exemplo de que é possível fazer ações culturais relevantes fora dos grandes centros. Aqui, nas cidades do interior do Pará, está latente essa questão cultural, que só precisa de um estímulo para deslanchar”, comentou.

A gerente de Educação do Instituto Inhotim, Yara Castanheira, destacou a importância de se preservar os patrimônios e identidades culturais. “Falar desses temas é falar de coisas que não são imutáveis, mas que precisam ser preservadas e mantidas, sem necessariamente ficarem estáticas. Esse tipo de movimento é imprescindível. Sem ele, a cultura não anda”, afirmou.

Encontros e conhecimento fizeram surgir Mulheres de Barro
Iniciativas de capacitação como este workshop criam um movimento favorável ao desenvolvimento da cultura na região, segundo a coordenadora do Centro Mulheres de Barro, Sandra Santos, que participou do encontro. “No meu caso, eu participo das capacitações desde as primeiras realizadas aqui no território, proporcionadas pela Vale e Fundação Vale. Daí em diante, meu horizonte se abriu para ver nessas formações, por menor que fossem, uma possibilidade de avançar para esse desenvolvimento cultural. Graças a esse acúmulo de conhecimento, conseguimos constituir o espaço que hoje é o Centro Mulheres de Barro, em Parauapebas, que conta com o patrocínio da Vale”, explicou.

Serviço:

Casa da Cultura de Canaã dos Carajás

A Casa faz parte da rede de ativos culturais da Vale, localizados em diferentes estados do país, que atua para ampliar o acesso à Cultura e preservação do patrimônio cultural brasileiro. Dentre suas ações, desenvolve projetos educativos como a Escola de Formação Musical e de Ballet, a Biblioteca e o Arquivo Público, além de programações mensais.
Endereço: rua das Esmeraldas, s/n, bairro Jardim das Palmeiras
Horário de funcionamento: das 8 às 12h e das 14 às 18h, de terça-feira à sábado

Mulheres de Barro – Parauapebas

O Centro Mulheres de Barro de Exposição e Educação Patrimonial da Serra dos Carajás está localizado na Alameda Castelo Branco, quadra 187, lote 107, ao lado do Mercado Municipal do bairro Rio Verde, com entrada pela Rua Araguaia. A unidade ficará aberta ao público de terça a sexta-feira, das 9h às 18h. E aos sábados, domingos e feriados, das 10h às 17h

Tempo de explicação pessoal dos vereadores voltará a ser de cinco minutos

A explicação pessoal, última parte da sessão ordinária na Câmara Municipal de Parauapebas, passará dos atuais 60 minutos de duração para 90 minutos. E o tempo de fala de cada vereador nesta etapa voltará a ser de cinco minutos, ao invés dos três minutos disponibilizados atualmente.

Estas alterações estão previstas no Projeto de Resolução nº 3/2017, de autoria do vereador Ivanaldo Braz (PSDB), que altera a redação do parágrafo único do artigo 176 e do parágrafo único do artigo 177, da Resolução nº 008/2016, que dispõe sobre o Regimento Interno da Câmara Municipal.

Definição

A explicação pessoal é a etapa da sessão ordinária destinada à manifestação dos vereadores sobre atitudes pessoais assumidas durante a plenária ou no exercício do mandato. Nela o presidente da Câmara convida nominalmente cada parlamentar para fazer uso da palavra, no tempo regulamentado, sendo facultativa a fala ou dispensa do orador. Finalizadas as falas, a sessão é encerrada.

Pouco tempo

Para o autor da proposição, o tempo atual não é suficiente para o bom andamento das atividades legislativas da Câmara.

“O tempo de três minutos tem se mostrado insuficiente para que os vereadores se manifestem sobre suas posições. Por isso, entendo que é preciso assegurar aos parlamentares o direito de uma duração de tempo mais razoável para proferir suas explicações pessoais, visando melhor desempenho no exercício de suas atribuições no cargo que lhe foi confiado pelo povo”, justificou Ivanaldo Braz.

O Projeto de Resolução nº 3/2017 foi aprovado por todos os vereadores na sessão de terça-feira (8) e entrará em vigor na data em que for publicado.

Reportagem: Nayara Cristina / Revisão: Waldyr Silva / Foto: Anderson Souza / Ascomleg

Associado da Sicredi recebe prêmio de R$ 10 mil em Parauapebas

Um associado da Sicredi Sudoeste MT/PA, da agência Cidade Jardim, localizada em Parauapebas-PA, foi contemplado pelo sorteio realizado entre aqueles que adquirem seguros na cooperativa. O sorteio, efetuado pela loteria federal, contemplou Adailton Gomes Teixeira que havia adquirido um Seguro Residencial Sicredi há pouco mais de 6 meses.
O cheque simbólico no valor de R$ 10.000,00 foi entregue na manhã desta sexta-feira, 11, pelo gerente da agência Cidade Jardim Frank Bezerra, acompanhado pelo conselheiro de administração Messias Gomes e pelo coordenador de núcleo João Kleybston de Araújo.

“É uma grande satisfação receber esse prêmio, é a primeira vez que sou sorteado em alguma premiação. Estou muito contente e o dinheiro veio em uma ótima hora. O gerente ligou várias vezes informando para que eu viesse até a agência, porém não revelou o motivo, e chegando aqui recebi essa ótima surpresa”, destacou o associado.
Com o Sicredi Seguro Residencial, o segurado pode ganhar R$ 10.000 por meio de sorteios mensais. Além disso, pode escolher os perfis de assistências e as coberturas do seguro de forma flexível, podendo até optar por planos com coberturas pré-definidas. É mais proteção e tranquilidade para os associados.

Sobre o Sicredi

O Sicredi é uma instituição financeira cooperativa comprometida com o crescimento dos seus associados e com o desenvolvimento das regiões onde atua. O modelo de gestão valoriza a participação dos 3,5 milhões de associados, os quais exercem um papel de dono do negócio. Com presença nacional, o Sicredi está em 21 estados*, com 1.500 agências, e oferece mais de 300 produtos e serviços financeiros. Mais informações estão disponíveis em www.sicredi.com.br.

*Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.

Caravana Pro Paz Cidadania atende 9 mil pessoas em Marabá

Entre os dias 5 e 9 de agosto, a população do município de Marabá foi beneficiada com cerca de nove mil atendimentos de cidadania e saúde. As ações foram realizadas em três regiões do município: na Escola Irmã Theodora, no Bairro Cidade Nova; no Sest/Senat, em São Félix, e no Ginásio Poliesportivo Renato Veloso, na Nova Marabá.

Everaldo Carneiro, 52 anos, aproveitou a ação para tirar a segunda via de seu RG e CPF. Com os documentos em mãos, ele garantiu um trabalho. “Consegui um emprego como pedreiro, mas para assinar a carteira precisava dos documentos. Vim na ação e consegui tirar tudo no mesmo dia. Estou muito feliz”, contou.

Durante cinco dias de ação foram ofertados documentos essenciais como Registro Geral (RG), Cadastro de Pessoa Física (CPF), Carteira de Trabalho (CTPS), Carteira de Identidade de Nome Social, Identidade Jovem (Id Jovem), 1ª e 2ª vias de Certidão de Nascimento e Atendimento Jurídico. Além disso, também foram disponibilizados serviços de saúde como atendimento médico com clínico geral, pediatra, cardiologista e nutricionista, além de vacinas e testes rápidos.

“Fui atendida aqui no bairro de São Félix, pertinho de casa. Consegui tirar a identidade, o CPF, a carteira de trabalho e o Id Jovem para o meu filho e fui atendida pelo médico. Fico muito feliz e agradecida com esta ação do governo do Estado. Economizamos muito tempo e dinheiro realizando os serviços todos aqui”, disse Deusirene Barros, 40 anos, moradora de Marabá.

A Caravana Pro Paz Cidadania segue agora para o município de Pacajá, onde ficará neste final de semana, seguido depois para Novo Repartimento, nos dias 15,16 e 17; Curionópolis, São Geraldo do Araguaia, Rondon do Pará, Bom Jesus do Tocantins, Jacundá, Goianésia do Pará, Tucuruí, Breu Branco, Tailândia, Baião, Cametá e Abaetetuba.

A Caravana é realizada pela Fundação Pro Paz com a parceria das Secretarias Extraordinária de Municípios Sustentáveis (Semsu) e de Assistência, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), assim como Defensoria Pública do Estado do Pará, Polícia Civil e Secretarias Municipais de Assistência Social das cidades atendidas.

O Programa

O Pro Paz Cidadania surgiu em 2011 para oferecer às populações em situação de vulnerabilidade dos municípios paraenses, serviços nas áreas da saúde e cidadania, como emissão de documentos, assistência jurídica e atendimento médico, suprindo carências existentes na maioria dos municípios.

O programa conta com a adesão de diversos órgãos e secretarias estaduais, além de prefeituras e instituições não governamentais, que se tornaram parceiros com papel fundamental nas ações, que já chegaram a mais de dois milhões de atendimentos.

Reportagem: Mayara Albuquerque

Escolhidas candidatas para o Concurso Rainha FAP 2017

Vinte e duas inscritas para o Concurso Rainha FAP 2017 se apresentaram ontem para a equipe organizadora, passando assim pela primeira seletiva. “Não foi fácil escolher as que serão apresentadas para a diretoria do Sindicato dos Produtores Rurais de Parauapebas (SIPRODUZ) e convidados, pois eram tantas mulheres de beleza semelhantes, que excluir as inscritas ficou difícil”, afirmou a organizadora e produtora do concurso, Soraya Mota, relatando que devido a qualidade das inscritas, o número de participantes, que seria seis, passou para oito.

Na tarde de quinta-feira (10), a organização do Concurso Rainha da Feira de Agronegócios de Parauapebas (FAP) escolheu as seguintes candidatas:

Alessandra Moreira, 19 anos;

Daniele Rabelo, 18 anos;

Márcia Jardiane, 23 anos;

Raisa Saraiva, 23 anos;

Winny Costa, 21 anos;

Jane Vaz, 21 anos;

Ana Lara, 18 anos;

Dayane Lima, 23 anos.

 

Oito garotas que foram escolhidas pela organização do evento. Agora, elas disputarão o título de Rainha FAP 2017

 

Agora, as fotos de todas as candidatas serão divulgadas em breve no Portal Pebinha de Açúcar e receberão votos de internautas através de em enquete pública.
As oito candidatas serão apresentadas oficialmente para a sociedade e diretoria do SIPRODUZ no lançamento oficial da FAP 2017, que acontecerá no próximo sábado (12) e terá a transmissão ao vivo e exclusiva feita pelo Pebinha de Açúcar, já o concurso para a  escolha da vencedora ao título de Rainha da FAP, será na abertura do rodeio, dia 6 de setembro, ato que se dará na arena central, prestigiado pela plateia e escolhida pelo voto do corpo de jurados.

Logo após a escolha, as vencedoras receberão logo em seguida as respectivas faixas e premiações:

Rainha FAP – R$ 2 mil;

Primeira Princesa – R$ 1 mil;

Segunda Princesa – um aparelho celular.

A realização do Concurso Rainha da Feira do Agronegócio de Parauapebas (FAP) é do Sindicato dos Produtores Rurais de Parauapebas (SIPRODUZ), com a organização e produção de Soraya Mota.

Reportagem: Francesco Costa / Da Redação do Portal Pebinha de Açúcar

Casal de pássaros faz ‘love caliente’ em teto de Prefeitura

Não. Não é fruto de imaginação e quem quiser pode ir lá conferir. Todos sabem que cena quente de amor, no maior vuco-vuco, à luz do dia, não é comum. Mas quem disse que não? Ontem (10), ao meio-dia, com sol a pino, um casal fazia amor, na maior loucura e gritaria, no teto da segunda prefeitura mais rica do Pará, a de Parauapebas.

A bem da verdade, o casal não estava ali para chamar atenção. Nem pelo dinheiro, que, segundo fofocas, não tem dado para investimento em serviços básicos para a população municipal.

Os amantes estavam ali para, provavelmente, constituir família e procriar em ambiente citadino, muito embora a zoada da ganância e dos interesses não sabidos e não revelados a alguns metros, teto abaixo, impeça-os de se expor com mais libertinagem. Os amantes são um casal de carcarás, aves que pertencem à considerável gama das espécies de rapina brasileiras.

No cartório científico, eles assinam o nome como “Caracara plancus”. O primeiro a fazer o registro da espécie foi o naturalista Jonas Miller, em 1777, e a partir de então a ave ganhou notoriedade nas rodas de pesquisas acadêmico-científicas. Um dos principais estudos, diga-se de passagem, é a dissertação de mestrado em Ciências Veterinárias, pela Universidade Estadual do Ceará (Uece), de Samuel Salgado Tavares, que investigou aspectos biológicos, fisiológicos e patológicos de carcarás capturados na área do Aeroporto Internacional de Fortaleza.

FUTURO PREFEITO DE PEBAS

No vai e vem da rotina, de entra e sai na prefeitura, quase não dá tempo para perceber a beleza do senhor e da senhora carcará. E quem afirma que são ele e ela? Bem, pelo tanto que se esfregam e se amassam ao ar livre, difícil acreditar que não seja um casal de amantes. É um nhem-nhem-nhem doido, e você não sabe direito se eles estão fazendo amor, fazendo drama ou fazendo as pazes após uma DR.

A vocalização das aves, chamada de grunhido, acusa os dois de gemer e delirar enquanto se tocam. O carcará tem órgãos especializados (traqueia, siringe, pulmões e sacos aéreos) poderosos para garantir que a felicidade não carece de segredo, especialmente para quem frequenta a prefeitura e que geralmente anda menos preocupado com amor e mais com oportunidades ou, sobretudo, com uma fatia dos seus muitos milhões.

Muitas vezes confundido com águia e falcão, que lhe são parentes próximos e distintos, o carcará que namora perigosamente no alto do prédio mais cobiçado do interior do Pará é uma das 594 espécies de aves que podem ser encontradas em Parauapebas, precisamente na Floresta Nacional de Carajás (Flonaca), conforme indica o livro “Fauna da Floresta Nacional de Carajás — Estudos sobre Vertebrados Terrestres”. Dessas 594 espécies, pelo menos 172 são endêmicas do bioma Amazônia.

Além do carcará — que já está sendo cotado para ser prefeito de Parauapebas em 2020 – outros 29 diferentes tipos de gavião voam pelos céus da “Capital Nacional do Minério de Ferro”, entre os quais a “Harpia harpyja”, poderoso gavião-real. Os gaviões, cientificamente falando, dividem a ordem dos Accipitriformes com as águias e os abutres do velho mundo. Em Parauapebas, há apenas uma espécie de águia listada (“Pandion haliaetus” ou águia-pescadora) e 13 espécies da ordem dos Falconiformes, ou simplesmente falcões.

TIRARAM O BICHO DE CASA

O pobre casal, sem eira nem beira, agora faz a vigilância externa da prefeitura sem receber um centavo, sequer obrigado. Durante algumas partes do dia, eles somem. Fogem do clima tenso na prefeitura.

O casal alimenta-se tanto de carniça quanto de presas vivas (insetos, anfíbios, répteis e pequenos mamíferos), sendo eles adaptados para caminhar e caçar no solo. Suas pernas são longas e preparadas até para correr por pastagens e matagais. Seu voo é direto, com batidas de asas estáveis, ao contrário do voo crescente dos falcões. Um carcará adulto pode atingir de 50 a 60 centímetros de comprimento e pesar em torno de um quilo. Entre uma ponta e outra de suas asas, pode haver envergadura de um metro e 23 centímetros.

De maneira geral, o casal do amor tem pernas fortes, patas poderosas com garras pontudas, bico em forma de gancho usado para rasgar a presa e visão aguçada, que possibilita enxergar um rato malfazejo ou um político mentiroso e caloteiro a metros de distância.

Em sua triste trajetória para conquistar e sobreviver no espaço e no tempo, seja no Nordeste, seja na Amazônia, pouca coisa muda no reconhecimento de sua exuberância. A diferença crucial talvez sejam a abundância de exemplares por aqui e a forma como a ave é identificada por estas bandas, uma vez que no Nordeste o carcará já estrelou canções, mas aqui caminha para narrativas fabulosas de “Era uma vez” (o dinheiro ou a própria espécie corrida do bicho-homem).

Na Amazônia, a ave é popular nas grafia e pronúncia de caracará e caracaraí, este último nome empresta até a alcunha para um município do Estado de Roraima, onde a espécie marca presença. Também é conhecido como gavião-de-queimada, e esse é o codinome vulgar mais fiel ao retrato dos “pombinhos” que se instalaram sem aviso prévio no teto da Prefeitura de Parauapebas.

As queimadas, vilãs da vida do cidadão parauapebense a cada verão, arrasam o município e enxotam espécies silvestres de seus lares. Assim como as chuvas colocam sucuris e jacarés perto de nós, as queimadas nos põem em contato com lagartos e uma infinidade de aves. Isso não é legal e nem moral, já que, bem como ilustra um dito popular, cada um no seu quadrado — as aves precisam viver livres e desimpedidas em seu ambiente natural, que, a rigor, no caso do carcará da região, seria a savana, como indica o livro que reporta à fauna de Carajás.

Mas a vida é cheia de surpresas, e as queimadas são o lado desagradável da arte de viver, tanto para aves quanto para humanos. Do primeiro dia deste ano até o momento, o município de Parauapebas registrou 220 focos de incêndio, e deve pegar fogo até novembro porque é de agora para frente que o pau quebra e o fogo come, criminosamente.

A MAIOR DAS SACANAGENS

Mas você ainda não viu tudo. A “Capital do Minério” entrou agosto como o terceiro do Pará no ranking de queimadas no mês, e ainda tem uma jornada de 20 dias para, lamentavelmente, subir à primeira colocação, pódio que faz inveja a ninguém.

Tudo isso levou o casal de carcará, ou gavião-de-queimada, a deixar seu lugarzinho e fazer manifestação no teto da prefeitura. É natural sua atitude de sair por aí, sem rumo, à procura de paz, porque não há sacanagem maior — para eles e para todos os demais habitantes de Parauapebas — que morar num município cuja prefeitura já arrecadou R$ 544.640.538,20, de 1º de janeiro ao dia 8 deste mês, é preciso investir no combate às queimadas e na punição aos “Neros”.

8 de agosto, dia em que o município cravou mais de meio de bilhão de reais em receitas arrecadadas, foi exatamente o dia em que despontou no Pará como o terceiro que mais pega fogo, de acordo com dados públicos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e divulgados em boletim diário sobre queimadas pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas).

Preservar a fauna municipal e, em paralelo, combater incêndios em Parauapebas parece ser obrigação apenas da mineradora Vale, para muitos, que tratam, inclusive, de desconectar os fatos e inverter as prioridades administrativas. Mas não é. É, também, e muito mais, obrigação da Prefeitura de Parauapebas. E de todos nós, cidadãos.

Na virada de ontem para hoje, a prefeitura recebeu R$ 2,95 milhões em cota-parte do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e acabou de entrar em sua conta-corrente mais R$ 17,91 milhões em cota-parte da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem), cifras que ainda não constam do Portal da Transparência. Esses quase R$ 21 milhões abocanhados hoje são, impressionantemente, muito mais que o orçamento inteiro de aproximadamente 2.000 prefeituras ao longo de todo o ano de 2016. Mas há muito pouco ou quase nada a mostrar em termos de guarda ambiental. De acordo com a Aequus Consultoria, Parauapebas aparece como o 100º que mais gasta com meio ambiente, mas não figura nem entre os 2.000 em ações de sustentabilidade ambiental. Em linhas gerais, as despesas com a área não são traduzidas em investimentos benéficos e cuja sensação seja percebida pela comunidade — e isso parece ser um calo histórico no sapato municipal.

É sabido que o prefeito Darci Lermen, grande admirador do meio rural e suas paisagens, até tem boas intenções e projetos razoáveis no que concerne ao meio ambiente. Mas isso não basta porque boas ideias podem se perder em crises de Alzheimer.

A propósito, de boas intenções, dizem as más línguas, o inferno está cheio. E é para lá — para arder no fogo de enxofre, pior que o das queimadas que expulsaram de maneira criminosa o pagão casal de carcará — que vão aqueles que não zelam minimamente por sua gente que sofre e por seus bichos que nenhum mal faz a alguém.

No calor do frigir dos ovos, o amor das aves fora de seu ninho até enche os olhos de que assiste às belas cenas de entrosamento viril, mas é ecologicamente muito triste. A conta final do descaso para com o meio ambiente hoje certamente será paga ainda nesta e, especialmente, nas gerações vindouras.

Por: André Santos / Jornalista e Engenheiro de Minas

Federação de engenheiros de minas lança página no Facebook

Mineração vista por quem faz mineração. É assim que uma das atividades que mais lucro dão ao Brasil na balança comercial começou a ser vista a partir de ontem, quinta-feira (10), com o lançamento da fanpage oficial da Federação das Associações de Engenheiros de Minas (Faemi) no Facebook durante reunião na 74ª Semana Oficial de Engenharia e Agronomia (Soea), que acontece em Belém (PA) desde terça-feira (8) e vai até hoje, sexta (11). A Faemi está rompendo com o silêncio nas redes sociais e chega para atualizar engenheiros de minas e a sociedade em geral acerca dos acontecimentos e dos bastidores da indústria extrativa. O endereço da fanpage é <https://www.facebook.com/Federa%C3%A7%C3%A3o-das-Associa%C…/>.

De acordo com o presidente da Federação, o engenheiro de minas Regis Wellausen Dias, esse é um novo momento que a entidade encara com entusiasmo, uma vez que pode somar forças aos canais de difusão sobre mineração já existentes. “A Faemi foi criada em 1983, nos tempos em que a máquina de datilografia reinava absoluta, quando o contato virtual sequer sonhava em existir. Hoje, temos todos os contatos na palma das mãos, por meio de qualquer aparelho celular. Então, vamos aproveitar essa expertise confiada pela generosidade do tempo e nos lançar, tratando de nos aproximar de nossos profissionais e da sociedade”, anuncia.

Wellausen observa que a própria constituição das redes sociais é fruto do trabalho que começa com os engenheiros de minas, em lugares muitas vezes remotos e inóspitos, produzindo as riquezas minerais imprescindíveis ao desenvolvimento da tecnologia e da vida moderna. “Sem um engenheiro de minas, para lavrar o cobre, a prata, o ferro, o ouro, não haveria smartphone, tablet, notebook. Certamente, não haveria sequer possibilidade de a Faemi se lançar agora nas redes sociais”, contextualiza o presidente da Federação, destacando que o objetivo da fanpage é discutir essas e outras questões, possibilitando à sociedade conhecer o trabalho do engenheiro de minas e entender a importância da mineração para o dia a dia das pessoas, que vai do uso de tecnologias até a produção de alimentos. “Sem a mineração para fabricar as máquinas que trabalham no campo, comeríamos feito os australopitecos do paleolítico”.

SOBRE A FAEMI

Segundo Regis Wellausen, o Brasil já formou pouco mais de 8.000 engenheiros de minas, desde que o primeiro curso fora criado no país, em 1875. Atualmente, estão vinculadas à Federação 15 associações estaduais de engenheiros de minas, contando com a do Pará, a mais recente. Todas as cinco regiões brasileiras agora têm pelo menos uma entidade de classe que lhe representa.
Como o Brasil é bastante extenso e os profissionais estão dispersos, concentrados especificamente em Minas Gerais e no Pará, a página da Faemi vai poder levar a mensagem do presidente e da Federação diretamente ao profissional, onde quer que esteja. Vai facilitar, também, a ampla disseminação de eventos como o Encontro Nacional de Engenheiros de Minas (EngMinas), organizado anualmente pela entidade. “Estamos animados e esperamos que nosso engenheiro de minas se sinta contemplado. Sempre que possível, vamos divulgar oportunidades de emprego e comunicar sobre eventos da área da mineração, de meio ambiente e afins”, destaca. Wellausen vai comandar pessoalmente a fanpage.

PRESENÇA NA SOEA

Desde terça, o presidente da Faemi participa das comemorações da Soea e já tomou parte em mesas de discussão importantes, como a do debate do Ensino a Distância (EaD) na formação de engenheiros no Brasil. A reunião do Colégio de Entidades Nacionais do Confea (CDEN) objetivou a formulação de uma proposta do Sistema Confea/Creas junto ao Ministério da Educação (MEC), responsável pela implantação de cursos de graduação.

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