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PARAUAPEBAS E REGIÃO: Vale é alvo de críticas em Audiência Pública da Mineração

É com o plenário lotado que a Câmara Municipal de Parauapebas está sediando a 1ª Audiência Pública da Mineração no Estado do Pará. A população atendeu o chamado e diversas entidades estão aproveitando para fazer seus respectivos protestos, dando seus recados através da organizadora do evento, a OAB – Ordem dos Advogados do Brasil, entidade que representa os operadores do direito.

O principal tema das reivindicações é emprego e renda, seguido do desconforto trazido pelo Ramal Ferroviário, já que os trilhos que ligam o S11D, mina da Vale S.A no município de Canaã dos Carajás à Pera Ferroviária, em Parauapebas, passam próximo de vários bairros, causando, além de danos materiais como, rachaduras nas paredes de casas, barulho que dificulta o sono dos que moram nas proximidades. Os principais bairros afetados em Parauapebas são: Cidade Jardim, Nova Carajás, Ipiranga e Tropical. E foram as populações destes citados bairros quem massificaram as cobranças de respostas para os problemas citados.

Outros grupos cobraram emprego e melhor distribuição de renda com o lucro que a Vale tem com a mineração nesta região; alguns afirmando que a mineradora só tem trazido caos, levado nossas riquezas e não garantido o futuro da população que, em um futuro próximo, quando o minério acabar, não terá alternativas de sobrevivência.

A 1ª Audiência Pública da Mineração no Estado do Pará é uma realização da OAB-PA, através da Comissão de Assuntos Minerários, e está sendo realizada hoje, 26, quinta-feira, tendo como objetivo, identificar os impactos da atividade minerária nas cidades de Curionópolis, Parauapebas e Canaã dos Carajás, bem como os instrumentos disponíveis para a defesa do interesse social.

Prefeitos, vereadores e secretários dos municípios envolvidos nos debates estão presentes e participando das discussões, todos apresentando suas demandas e fazendo suas denúncias.

O governo de Parauapebas foi representado por seu secretário municipal de Mineração, Flávio Veras, que ao lado da presidente interina da Câmara, vereadora Francisca Ciza, falou da importância de ato como aquele. “Esse é um despertar para nós e a OAB acertou em cheio em provocar esta discussão. Precisamos nos unir mais em torno do assunto e encontrarmos saídas coletivas, pois todos os municípios com suas respectivas populações passam por problemas semelhantes”, alertou Veras, convidando a população e as autoridades a não parar a discussão.

O prefeito Jeová Andrade, de Canaã dos Carajás, e o presidente da Câmara daquele município, vereador Junior Garra, dizem acreditar na socialização da mineração para que todos saiam ganhando. “Vejo sim a possibilidade de trabalharmos juntos com mais cooperação e buscar soluções para os problemas enquanto distribuímos as riquezas que ali se exploram”, planeja Jeová.

O prefeito de Curionópolis, Adonei Aguiar, esteve acompanhado do secretário de Mineração daquele município, Marcos Souza, reforçou o pedido de reabertura do garimpo de Serra Pelada e diz ver na mineração uma força econômica para dar melhor qualidade de vida para a população daquele lugar. “Nascemos da atividade minerária e vejo que devemos retomar com força e assim, enquanto exploramos nosso solo, busquemos outras alternativas econômicas”, sugere Adonei.

Como o evento é aberto para todos os públicos, houve ainda a participação de diversas pessoas que, apenas como ouvintes, tomaram conhecimento de valiosas informações acerca da mineração, inclusive, da CFEM – Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais.

 

O presidente da OAB-PA, Alberto Campos, não pôde comparecer, mas teve seu desejo atendido que era contar com grande público para debater nem só os impactos, mas também as respectivas soluções para os mesmos. “Muito se fala em impactos, tanto positivos, quanto negativos da mineração; precisamos, juntos, encontrar meios para aproveitar melhor os positivos e de minimizar os negativos”, planeja Alberto Campos, dando como importante a participação desde a organização até a realização das Seccionais da entidade em cada município, onde os advogados conhecem e entendem melhor tantos os citados problemas, quanto a capacidade de seu povo de lidar com ambas situações.

Mas Deivid Benassor, presidente da OAB em Parauapebas, representou Alberto Campos, e o elogiou pela iniciativa. Deivid diz acreditar que, depois do que viu em si tratando de participação da massa, muitas coisas devam mudar. “Acordamos o povo e esperamos que também as autoridades. Vamos esperar os próximos capítulos desta história na torcida que não haja vencidos nem vencedores, mas parceiros em busca de saída que venham a todos beneficias”, planeja Deivid.

Os participantes da Audiência da Mineração no Pará receberam refeição no local, enquanto os inscritos fazem suas falações, apresentando suas cobranças e fazendo denúncias. A seguir, as propostas apresentadas viram documento e deve ser encaminhado a instâncias superiores.

Reportagem: Francesco Costa / Da Redação do Portal Pebinha de Açúcar

Peça teatral “A Socorro quer casar” estreia neste sábado (28) na Feira do Lago

No próximo sábado (28), às 19h00, nas dependências da Feira do Lago, que acontece no bairro Nova Carajás, estreia a engraçadíssima comédia de costumes paraenses “A Socorro quer casar”, uma produção da ATP – Associação de Teatro de Parauapebas.

Com membros das Cias e Grupos filiados à ATP, sendo a única do gênero, em toda a região sul e sudeste do Pará, a montagem teatral já se apresentou na Escola de Agroecologia em Palmares II e durante o Movimento Ocupa CDC.

O texto “A Socorro quer casar’’ é uma comedia de costumes interioranos paraense, em que se descortina situações cômicas, durante um casamento realizado na roça. O texto é rico e ágil pois trás para cena, personagens caricatos e engraçados, ao longo do conflito, mantendo o sotaque característico da cidade de Cametá, que foi a fonte de pesquisa vocal dos atores para a produção dessa montagens.

Baseados nos tradicionais casamentos acontecidos na roça, que surgem durante a quadra junina, esta peça prima em resgatar elementos da cultura popular ou do imaginário social, valorizando hábitos e costumes do homem rural, que lentamente vai desaparecendo a sombra de uma pós-modernidade urbana onde em muitas vezes a cultura popular é relegada e hostilizada, como formas ingênuas, primitiva e rustica de se fazer arte.

Tempo de apresentação: 45 minutos

Ficha técnica:

Prefeita – Juliana Viana
Juiz – Eduardo Abreu
Padre Antônio –Doddy Amancio
Mãe do noivo – Amanda Cutrin
Pai do noivo – Kanando Oliveira
Noivo – Adailton Oliveira
Mãe da noiva – Estefany Martins
Pai da noiva – Diorlan Santana
Noiva – Eliana Martins
Lampião – Witalo Mendes
Maria Bonita – Gisele Freitas
Suplanilasa – Babalu de BH
Dona Mundica – Kamila Mendonça
Frederico – Renan Oliver

Texto e direção: Doddy Amancio
Sonoplastia: Edmundo Melo e Jadi Mendonça
Cenografia: Claudio Luz
Maquiagem e figurino: Elenco

Jovem de 19 anos é executado no bairro Betânia, em Parauapebas

De acordo com informações repassadas à equipe de reportagens policiais do Portal Pebinha de Açúcar, pelo Tenente Costa, era por volta das 12h45 desta quinta-feira (26), quando a sua guarnição foi informada sobre um homicídio que tinha acontecido na rua Rei Davi com a São Lucas, no bairro Betânia, em Parauapebas.

“Chegamos ao local e constatamos a morte de um individuo identificado como Gabriel da Silva Barbosa, que, diga-se de passagem, já é nosso conhecido no meio policial por conta de alguns delitos praticados em Parauapebas”, relatou o policial militar Tenente Costa.

 

Ainda de acordo com informações do PM, o elemento que matou Gabriel com os disparos de pelo menos oito tiros de arma de fogo, teria o atraído ao local e assim que o observou, fez os disparos que tiraram a vida do jovem que não teve nenhuma chance de reação.

“A pessoa que nos informou sobre a morte de Gabriel, não passou a informação sobre os possíveis autores do crime, mas creio que em breve a gente pode desvendar esse mistério. Existem informações que a morte pode ter sido motivada por acerto de contas, tendo em vista que Gabriel era usuário de drogas”, afirmou o Tenente Costa.

 

Deputado relata as ações do Ibama no sul do Pará

O deputado Gesmar Costa ocupou a tribuna na Assembleia Legislativa na manhã da última terça-feira, 24, para falar das ações do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), nos municípios de Ourilândia e Tucumã.

Segundo o parlamentar, a rodovia PA-279 foi interditada por garimpeiros em protesto a ação do Ibama quando ateou fogo em maquinários e balsas na região. “Nós temos que reagir, não podemos aceitar isso pacificamente, batendo palma, enquanto no interior do Estado o Ibama faz o que quer. Não é de hoje que ouvimos relatos de deputados denunciando o Instituto e não fazemos nada”, relatou.
Gesmar que anda pelos interiores, ouve muitos relatos dos prefeitos, empresários e comunidade em geral a respeito das condutas do órgão em território paraense.

O político também fala sobre a regulamentação das áreas mineradoras que para ele as grandes empresas de mineração não se preocupam com a geração de emprego e renda. Um fato preocupante para o deputado já que no ano passado cerca de 72 mil funcionários com carteira assinada foram demitidos. Além da crise econômica no setor madeireiro no Pará, o Ibama ainda quer limitar o aproveitamento da madeira em 35%. “Sou iniciante nesse Parlamento, mas a frustração é muito grande. Parece que nós não temos força alguma, que só falamos e não passa disso”, lamentou e propôs aos demais deputados criar uma comissão para visitar as regiões prejudicadas e tomar devidas providências.

O deputado aproveitou o discurso para comentar da sessão que a Alepa realizará na próxima segunda-feira, 30, onde o Parlamento discutirá os assuntos relacionados a Reserva Nacional de Cobre e Associados (Renca).

Lucro da Vale cresce quase 300% no 3º trimestre e vai a R$ 7,14 bilhões

A mineradora Vale informou nesta quinta-feira (26) que teve lucro líquido de R$ 7,14 bilhões no terceiro trimestre, ante R$ 1,84 bilhões no mesmo período de 2016 – alta de 288%. A empresa atribui o resultado a melhoras na precificação (com a venda de mais minério de ferro de alta qualidade) e a resultados iniciais de uma nova política de controle de custos (de gerenciamento matricial).
“Além disso, a rigorosa disciplina na alocação de capital terá impacto direto nos fluxos de caixa futuros”, afirmou o presidente-executivo da Vale, Fabio Schvartsman, em nota. No segundo trimestre deste ano, o lucro havia sido de R$ 60 milhões.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado, que mede o potencial de geração de caixa da empresa, foi de R$ 13,25 bilhões de junho a setembro, alta de 37,5% ante o mesmo intervalo do ano passado.

A Vale comercializou 76,38 milhões de toneladas de minério de ferro no terceiro trimestre, contra 74,23 milhões de toneladas um ano antes. A receita líquida da companhia totalizou R$ 28,60 bilhões no período, alta de 31% ante o terceiro trimestre de 2016.
Os investimentos somaram US$ 863 milhões no terceiro trimestre. Em todo o ano de 2017, os aportes devem chegar a US$ 4 bilhões.

Dívida

A dívida líquida da Vale (empréstimos e financiamentos menos o caixa) atingiu US$ 21,06 bilhões em setembro, queda de US$ 1,05 bilhão ante junho.
A mineradora alegou que não conseguiu reduzir mais os débitos por conta da valorização do real no período, que fez os empréstimos tomados em moeda nacional aumentarem em US$ 667 milhões na conversão para o dólar, e também por conta do impacto causado pela volatilidade dos preços do minério nas contas a receber.
A meta da Vale é terminar o ano com uma dívida líquida entre US$ 15 e US$ 17 bilhões.

Segundo o diretor de finanças da empresa, Luciano Siani Pires, a marca deve ser alcançada porque o último trimestre normalmente é forte em termos de vendas e recebimentos e também porque a mineradora vai assinar em novembro o projeto de financiamento do corredor logístico de Nacala, que liga Moçambique ao Malawi. Com esse acordo, ela deve receber mais de US$ 2 bilhões.
“Os recursos estarão totalmente disponíveis para a redução da dívida”, disse Siani.

Novo mercado

No comunicado para divulgar os resultados, o presidente da Vale, Fabio Schvartsman, destacou que a companhia vive uma nova fase de e eficiência e governança e que ela poderá ser listada no Novo Mercado da B3 “bem antes dos planos originais”.

Em teleconferência com analistas, ele disse que isso deve acontecer ainda em 2017, com previsão para 22 de dezembro.
O novo mercado é o segmento da bolsa que exige as mais rígidas regras de governança corporativa. Nele, só podem entrar empresas que têm apenas ações ordinárias (com direito a voto).
A Vale concluiu neste mês a conversão de suas ações preferenciais (sem direito a voto) em ordinárias para se listar no Novo Mercado. O movimento distancia a empresa que já foi estatal de interferências do governo, que ainda é um de seus acionistas.

4º trimestre

Na teleconferência com analistas, Schvartsman disse que o resultado da mineradora só não foi melhor porque os preços do minério se enfraqueceram no final do trimestre e que espera um desempenho “bom” para os quatro últimos meses do ano.
“Tendo em vista os esforços que a companhia está fazendo, obviamente o quarto trimestre é um trimestre sazonalmente mais fraco do que o terceiro, principalmente em termos de preço. No entanto, posso assegurar aos senhores que a nossa expectativa, nesta condições, é apresentar resultados na média auferida pela Vale até neste momento no ano”, disse o presidente.
“Consequentemente, nós devemos ter um bom quarto trimestre também”, acrescentou o executivo.

Reportagem: G1, com informações da Reuters

Guarda Municipal se prepara para negociações com novo Secretário de Segurança

Com abertura de diálogo previsto para a próxima semana, quando o Secretário Municipal de Segurança Institucional e Defesa do Cidadão, Wanterlor Bandeira, receberá a comissão que representará os agentes da Guarda Municipal de Parauapebas, e na oportunidade, será recebida a pauta para avaliação dos pontos e posterior avaliação do governo, vários guardas municipais se reuniram na noite desta quarta-feira, 25, com o objetivo de criar comissão que os representará na mesa de negociação.

As cobranças não são novas, e pela falta de respostas do ex-titular da SEMSI, a corporação está aquartelada há pelo menos 40 dias. A crise foi responsável pela queda do então secretário titular da segurança municipal, Michael J. Correa Gomes, agora sucedido por Wanterlor Bandeira, que vem com a missão de solucionar, ou pelo menos dirimir, os problemas existentes.

A categoria é representada pelo SINSEPPAR – Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Parauapebas, presidido por Carlos Alessander, que coordenou a reunião e a escolha da comissão.
Após a reunião, a equipe de reportagens do Portal Pebinha de Açúcar conversou com um dos componentes da comissão que representa a Guarda Municipal, trata-se do GM Domingos, este passou a detalhar os pontos indispensáveis na pauta que precisarão ser acordados e constar em TAC – Termo de Ajuste de Conduta, para que a tropa volte às ruas.

São eles:

• Mudança na escala de trabalho, que antes eram 12 horas trabalhadas, por 48 de descanso; A proposta dos servidores é que sejam 12 horas trabalhadas para 60 de descanso.
• Turno de trabalho apenas das 7h30 às 19h30, enquanto não for dado aparato de trabalho adequado aos GM’s.
• Adicional de Risco de Morte tramitado e aprovado na Câmara Municipal até o final deste ano.
• Curso do uso de Tonfa.
• Aquisição dos equipamentos de segurança como, por exemplo, coletes balísticos, rádios de comunicação, sprays de pimenta, algemas, armas não letais e aumento no número de viaturas.

Reportagem: Francesco Costa / Da Redação do Portal Pebinha de Açúcar

Ditadura é tema de projeto na escola Euclydes Figueiredo

As torturas, censuras e repressão foram retratadas durante as apresentações dos trabalhos produzidos por alunos do 3º ano da Escola Estadual Euclydes Figueiredo. O projeto desenvolvido há seis anos na instituição se chama: “O cantar do homem no tempo e no espaço”. Por meio da música os estudantes vão fazendo representações de um dos momentos mais tensos da nossa história, a ditadura militar.

Para a professora de história Telma Fulanete e coordenadora do projeto, o objetivo é despertar nos alunos um conhecimento mais profundo sobre este período da história do país, marcado para muitos pelo cerceamento da liberdade de expressão. Ela se mostra satisfeita com o resultado.
“Os alunos se envolvem muito porque é uma maneira diferente de ver a história. É um tema atualíssimo já que ouvimos falar em volta da ditadura e se fala muito também que o nosso jovem não se posiciona. Mas, nós estamos mostrando que os jovens querem participar, serem mais ativos o que precisa é de espaço para eles”, ressalta a coordenadora.

A ditadura militar durou 21 anos no Brasil, foi de 1964 a 1985. As manifestações artísticas eram limitadas e opiniões e posicionamentos críticos ao governo não eram aceitos. Os conflitos entre sociedade e militares eram constantes. E tudo isso foi retratado pelos alunos. O projeto tem caráter avaliativo e interdisciplinar. Mas, para os estudantes a dedicação era muito mais do que conseguir boas notas, e sim a busca pelo aprendizado.
“Com esse trabalho despertou muito na gente um posicionamento mais firme diante do cenário político brasileiro”, destaca a estudante Glória Sthefany.

Reportagem: Anne Costa / Da Redação do Portal Pebinha de Açúcar

CASO ANA KARINA: Após sete anos da morte da filha, mãe espera por justiça

Dona íris é uma mãe que sofre há mais de sete anos a perda da filha. Ana Karina Guimarães foi morta grávida de nove meses no dia 10 de maio de 2010 e até hoje informações sobre a localização do corpo da comerciária nunca foram divulgadas. Situação que causa muita angustia para a família.
“Eu não tive nem o direito de enterrar minha filha. A dor é muito grande, o tempo passou, mas a dor ainda está aqui”, relata emocionada Íris Guimarães.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, Alessandro Camilo é apontado como o mandante do crime e teve o apoio da noiva Graziela Barros para arquitetar uma emboscada para a jovem Ana Karina. Outras duas pessoas também são acusadas de participação no crime mediante o processo.

Segundo o MP, Alessandro Camilo marcou um encontro com Ana Karina para repassar a ela recursos financeiros que pudessem ajudar com o filho que a comerciária esperava e estava prestar a dar a luz. Ao chegar ao local marcado, dois homens estariam aguardando pela jovem, o Francisco de Assis, o “Magrão” e o Florentino Rodrigues, o “Minêgo”.

De acordo com as investigações, a vítima foi morta a tiros, o corpo foi colocado em um tambor que estaria na carroceria da caminhonete de Alessandro, e jogada no Rio Itacaiúnas. Pedras também teriam sido colocadas no tambor e feitas perfurações, para que permanecesse no fundo do rio. O corpo da vítima, embora os acusados tenham apontado o local onde foi jogado o tambor, nunca fora encontrado.

Florentino Rodrigues, o “Minêgo” foi o primeiro dos quatro acusados de envolvimento na morte de Ana Karina a ser julgado. Isso aconteceu em 2013. Ele foi condenado a 24 anos de reclusão. Os demais envolvidos estão com julgamento marcado, um júri popular que deverá acontecer no dia 29 de janeiro de 2018. Todos deverão ser julgados juntos: Alessandro Camilo, Grazilela Barros e Francisco de Assis.

Mas, na última terça-feira (24), uma notícia pegou a mãe de Ana Karina de surpresa. O Supremo tribunal de Justiça concedeu o Habeas Corpus solicitado pela defesa de Alessandro Camilo, que já está aguardando o julgamento em liberdade. Dona Íris ficou inconformada.

“Foi um choque muito grande, até passei mal. Eu não esperava isso. Ainda pensando que seria boatos, fui diretamente no fórum, mas ouvi a confirmação diretamente do juiz. É uma sensação de impunidade muito grande, principalmente porque ele que foi o mentor da morte da minha filha. Já se passaram 7 anos e cinco meses e meu coração continua sangrando”, desabafa dona Íris, que ressalta ainda que tem forças para continuar a alutar para que justiça seja feita.
“Eu vou para as ruas, já tenho muito apoio da sociedade. Vamos fazer manifestações, vamos atrás de lutar contra impunidade. Eu não vou cansar enquanto os acusados não forem todos de fato responsabilizados. Quero que paguem pelo que fizeram com a minha filha e minha neta”, conclui dona Íris.

Reportagem: Anne Costa / Da Redação do Portal Pebinha de Açúcar

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