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Acusado de roubar moto leva surra de populares no Cidade Jardim

Era por volta das 12h00 desta terça-feira (1), quando uma equipe da Guarda Municipal de Parauapebas, composta pelo inspetor Oliveira, GM Diones Silva, GM Gesiel e GM Moisés, foi acionada por populares que informaram que um homem até então não identificado, estaria sendo linchado na Avenida D, no Bairro Cidade Jardim.

A guarnição da Guarda Municipal se deslocou até ao local e chegando lá, foi constatado a veracidade dos fatos, tendo em vista que o homem identificado como Romário dos Santos Ozório, de 23 anos de idade, que segundo informações é do município de Curionópolis, estava sendo linchado por populares que afirmaram que o mesmo teria roubado uma moto com outro comparsa que conseguiu fugir com a moto roubada.

Ainda de acordo com as informações, Romário dos Santos foi seguido e alcançado pela população, e com o mesmo, foi encontrada uma motocicleta Titan 150 branca de placa OTQ-7776, sem registro de roubo.

 

Com vários ferimentos pelo corpo, Romário foi levado ao Hospital Municipal de Parauapebas para atendimento, e em seguida apresentado na Delegacia de Polícia Civil para responder pelas acusações.

Sábado (5) será o dia “D” de vacinação contra a gripe em Parauapebas

O dia ‘D’ de vacinação será no próximo sábado, 5, em Parauapebas, e esta semana será fundamental para que a população seja convocada à imunização contra os vírus H1N1, H3N2 e influenza B.

Em todo o país cerca de 54 milhões de pessoas devem ser vacinadas, sobretudo aquelas que fazem parte do público-alvo, ou seja, o time de pessoas que deve ter prioridade: gestantes, idosos, crianças com idade entre 6 meses e 5 anos, professores, povos indígenas, profissionais de saúde, adolescentes e mulheres que deram à luz em até 45 dias.

Todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) estarão de portas abertas das 8h às 17h, no dia ‘D’, sábado, para a força-tarefa mobilizada pela Secretaria de Saúde (Semsa) para a vacinação contra a gripe.

Saúde de Parauapebas terá reforço de R$ 14 milhões

Com a presença do deputado federal Beto Salame, a Prefeitura de Parauapebas irá anunciar nessa sexta-feira, 04, um reforço de mais de R$ 14 milhões para a saúde do município, a serem repassados ao longo do atual governo. São recursos do Ministério da Saúde que vinham sendo pleiteados há mais de ano e que agora serão incorporados ao teto orçamentário da saúde municipal.

Recursos de outros projetos foram requeridos para Parauapebas, entre os quais dos programas Mais Médicos, Cegonha e Rede de Urgência, o que poderá dobrar o valor do orçamento da saúde municipal.

O evento que marcará o anúncio oficial dos recursos será realizada na próxima sexta-feira (4), às 10h00 no Auditório da Prefeitura Municipal de Parauapebas.

DIA DO TRABALHADOR: Empenho e determinação são diferenciais para jovens iniciarem carreira profissional

Grandes empresas têm os recém-formados como grande foco na hora de contratar e oferecem capacitação e plano de carreira, como acontece no Sicredi

Nos últimos anos, a crise econômica enfrentada pelo Brasil afetou diretamente um dos principais indicadores de desenvolvimento do país: o emprego. Passada a fase mais aguda da turbulência, no início deste ano o mercado de trabalho começou a esboçar reação e apresentar perspectivas positivas para os próximos meses. E no Dia do Trabalhador, comemorado no dia 1º de maio, os profissionais brasileiros almejam que a má fase seja superada o mais rápido possível, para que possam ter melhores oportunidades, seja nas empresas onde já atuam ou em novas contratações.

Para quem já está em uma empresa, a chance de iniciar e manter uma carreira de sucesso depende quase que exclusivamente do trabalhador. No Sicredi, além do empenho e da determinação dos colaboradores, eles são incentivados a se capacitar constantemente e têm acesso a um plano de carreira dentro da empresa, com a possibilidade de trilhar vários caminhos, sendo os recém-formados um dos focos da instituição na formação do seu quadro funcional.

A gerente de Gestão de Pessoas da Central o Sicredi Centro Norte, Renata Maia, afirma que existe um grande interesse da instituição financeira cooperativa na contratação de recém-formados. “Entendemos que esse jovem é uma tábula rasa, o que significa que nós podemos propor uma carreira e formação, desde que ele tenha um propósito de vida profissional que vá ao encontro das necessidades do Sicredi”. Ela acrescenta que os colaboradores contratados são empoderados logo quando chegam, com formação para desempenhar as atividades a eles atribuídas.

Para se ter uma ideia, do total de colaboradores existentes na região Centro Norte, que abrange os estados do Pará, Mato Grosso, Rondônia e Acre, de 2.925 pessoas, 28,5% são jovens de até 24 anos. “Nós temos 246 trilhas de formação online. Significa que você está sentado em um cargo que terá seis trilhas relacionadas à sua carreira”. Além da grande possibilidade de fazer uma carreira na instituição, que é o sonho de qualquer recém-formado, o Sicredi oferece benefícios como convênios médico e odontológico, vale alimentação, salário compatível com o mercado. “O colaborador tem uma área específica para descansar na hora do almoço em qualquer unidade e um ambiente de trabalho saudável, conforme constatado em pesquisas de clima”.

Na lista dos jovens que conseguiram fazer carreira no Sicredi está a contadora Fernanda Marcela Silva, 32, que trabalha no Sicredi em Mato Grosso há 11 anos. Natural de Salto do Céu, a 304 km de Cuiabá, ela conta que saiu de casa para cursar Ciências Contábeis na Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat) em Cáceres. Quando terminou a graduação já tinha em mente um objetivo traçado: trabalhar em uma instituição financeira e chegar ao cargo de auditora.

Em busca do sonho, Fernanda participou de um processo seletivo na cooperativa do Sicredi Sudoeste MT, em Cáceres, e foi contratada para uma das duas vagas disputadas por 90 candidatos. Começou trabalhando como caixa, por quatro anos, mas de olho nas oportunidades, participou de um processo seletivo para o departamento de auditoria na Central Sicredi Centro Norte, em Cuiabá.

Foi aprovada e mudou-se para a Capital. Está há sete anos na Central, onde já ocupa a terceira cadeira. Começou como inspetora interna, passou para auditora interna e agora é consultora de Processos, onde atender outras 10 assessores nas cooperativas. “A próxima etapa é assumir uma gerência e estou me preparando para isso”.

A evolução na carreira de Fernanda se deve ao empenho pessoal, que nunca se acomodou e buscou conhecimento e especializações. O Sicredi a incentivou arcando com a metade do custo de uma pós-graduação na Fundação Getúlio Vargas (FGV), além de treinamentos em gestão e liderança.  “No Sicredi há oportunidades de crescer todos os dias. Só depende de nós”.

Mais novo de casa, Itamar Fernandes da Silva Júnior, 20, apesar de pouca idade já vem fazendo história e carreira no Sicredi. Na função de assessor de Processos atualmente, começou na empresa há dois anos na cidade de Campo Verde, ainda quando estava na faculdade. Foi contratado como colaborador efetivo na função de auxiliar administrativo para trabalhar com planilhas de Excel. Como estava fazendo faculdade de Análise e Desenvolvimento de Sistemas no Instituto Federal de Educação de Mato Grosso (IFMT) e tinha muita habilidade na área passou a estudar formas de automatizar a geração das planilhas e relatórios que fazia todos os dias.

Um diretor percebeu o potencial dele e juntos começaram a planejar programas que facilitassem a rotina da cooperativa. Seu empenho o levou a ser indicado para uma vaga na Central do Sicredi, em Cuiabá, para onde se mudou há pouco mais de um ano, para assumir a atual vaga. Suas metas são ousadas. “Vislumbro para daqui uns 12 ou 15 anos ter um cargo de diretoria no Sicredi, na área de tecnologia da informação, onde tenho mais facilidade. Para isso preciso de experiência na área de desenvolvimento e conhecimento, não só neste setor, mas também em gestão de pessoas e processos, e ter um bom networking”.

Tanto Fernanda quanto Itamar se declaram muito satisfeitos e orgulhosos em trabalhar no Sicredi, onde já faz ou inicia uma carreira próspera. E satisfação deles e de outros milhares de colaboradores é reconhecida em todo o Brasil. Em 2017, o Sicredi foi eleito pelo 7º ano consecutivo uma das 150 melhores empresas para se trabalhar no país, pela revista Você S/A. Nesta edição ocupou o 1º lugar na inédita categoria Cooperativas de Crédito. Também pela Você S/A, o Sicredi foi eleito no ano passado, a melhor empresa para se iniciar uma carreira. “Para fazer o ranking, a revista realiza pesquisa junto aos funcionários, o que resulta em indicadores de satisfação. São 78 questões, cujas respostas são totalmente confidenciais, feitas com trabalhadores de empresas de todo o país”, ressalta a gerente Renata Maia.

Sobre o Sicredi  

O Sicredi é uma instituição financeira cooperativa comprometida com o crescimento dos seus associados e com o desenvolvimento das regiões onde atua. O modelo de gestão valoriza a participação dos 3,7 milhões de associados, os quais exercem um papel de dono do negócio. Com presença nacional, o Sicredi está em 21 estados* e no Distrito Federal, com mais de 1.500 agências, e oferece mais de 300 produtos e serviços financeiros. Mais informações estão disponíveis em www.sicredi.com.br. 

*Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.

O Sicredi Centro Norte, composto pelos estados de Mato Grosso, Rondônia, Pará e Acre, tem cerca de 376 mil associados, com 166 agências em 134 municípios.

Número de casos de leishmaniose é preocupante em Parauapebas

Um percentual altíssimo de resultados positivos nos testes para Leishmaniose feitos em animais nas clínicas particulares de Parauapebas, confirma a gravidade do caso no município que é refletido também no número de pessoas, principalmente crianças, que dão entrada no Hospital Geral de Parauapebas (HGP) com sintomas e posterior confirmação da doença. “Nesta semana fizemos aqui nove sorologias em cães, dos quais, cinco deram positivos”, mensura a médica veterinária Delaine Pereira, entrevistada pela equipe de reportagens do Portal Pebinha de Açúcar, apontando que pelo menos 80% dos exames feitos este ano, naquela clínica, deram positivos para leishmaniose.

A veterinária conta que os mais afetados são os cães de porte médio e grande, por ficarem expostos no quintal, já que no período noturno, a fêmea do mosquito flebótomo (Lutzomyia longipalpis), conhecido como Mosquito Palha, birigui ou tatuquiras, sai à procura de alimento, sangue animal.

As clínicas oferecem sorologia de Rip e Elisa, mas, como avalia Delaine, devido ao custo ainda não ser acessível, muitos donos de animais não realizam; a região não conta com laboratório para a realização do exame mais completo, sendo feito apenas em Belém, outros quando fazem e tem um resultado positivo, preferem sacrificar o animal, já que o tratamento também custa caro e depende do peso animal.

Médica veterinária Delaine Pereira

 

Mas, a situação preventiva, não depende apenas do dono dos cães, pois, mesmo cuidando bem de seu quintal e do espaço usado pelo animal, “o perigo mora ao lado”, sendo o principal agravante, os terrenos baldios. “Neles ocorrem decomposição de matéria orgânica, podendo ser folhas, fezes de animais e até o próprio animal morto; e é ali que os mosquitos se reproduzem e as fêmeas visitam os quintais e infectam os cães e até mesmo as pessoas”, avalia Delaine, dando como prova que o Bairro Cidade Jardim tenha muitos casos fomentado pelo grande número de terrenos tomados pelo mato, o que dá a entender que a solução é urbanidade, e isto precisa ser feito por todos, inclusive o poder público.

Mas, enquanto isto não é feito, a recomendação para proteger seu animal é que se use os recursos repelentes que já existem à disposição nos pets shops, que são as coleiras, pipetas, sprays, além da vacina que deve ser ministrada após os quatro meses de vida e depois de fazer os testes para saber se o animal ainda não está contaminado. A vacina é ministrada em três doses, com intervalos de 21 dias, com reforço anual de mais uma dose. “Tendo estes cuidados não precisa deixar de criar um cão ou outro animal de estimação”, orienta Delaine, alertando que a fêmea do Mosquito Palha, transmissor da Leishmaniose, evoluiu e agora já é capaz de contaminar também gatos, caso já confirmado em diversas cidades.

Após ter o parecer do profissional em saúde animal, nossa equipe de reportagens procurou a Secretaria Municipal de Saúde através do Departamento de Vigilância em Saúde para saber quais as medidas que estão sendo tomadas pelo poder público.

De acordo com o entendimento do departamento, a situação da Leishmaniose em Parauapebas é ascendente – assim como no Estado do Pará. Tendo no primeiro quadrimestre de 2017, confirmados, 50 casos de Leishmaniose Tegumentar, forma clínica menos agravante – da qual ataca a pele, e um caso de Leishmaniose Visceral. Neste ano, 2018, houve um aumento considerável de casos confirmados de Leishmaniose, pela facilidade do diagnóstico – com aquisição do teste rápido para humanos, adquiridos pela Secretaria de Saúde no mês de outubro de 2017. Sendo confirmados 19 casos e nenhum óbito.
Por se tratar de diagnóstico difícil, antes dependia do envio da sorologia do paciente ao Laboratório Central (LACEN – PA) situado em Belém até a confirmação do diagnóstico.

O Departamento de Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde, frisa o aumento de casos confirmados pela facilidade do diagnóstico, o que reflete no aumento de casos, porém, inicia-se o tratamento em tempo hábil após a confirmação do diagnóstico.

Para auxiliar na prevenção e tratamento está em fase de conclusão a criação da UVZ – Unidade de Vigilância em Zoonoze, ainda nos trâmites da legislação e da licitação para aquisição de alguns materiais permanentes, mesmo assim, o atendimento voltado para controle de zoonoses – principalmente na realização de teste rápido para Leishmaniose em animais, está sendo feito em domicilio.

Para ter acesso ao serviço, o morador pode acionar através da Secretaria de Saúde pelo telefone 3346-1020 Ramal: 257 (Vigilância Ambiental) ou no próprio Departamento da Vigilância em Saúde, situado no térreo da SEMSA. O agendamento é dividido por dias da semana para demandas espontâneas da população, e as ONGs protetoras de animais – da qual são grandes parceiras na reponsabilidade dos animais errantes.

Ainda de acordo com o departamento, está em fase de conclusão a aquisição de 10 mil doses para castração química, o que terá um resultado positivo ao longo prazo, diminuindo o número de animais abandonados.

Uma demonstração de preocupação com a Leishmaniose, foi a reunião ocorrida na terça-feira, 24 de abril, quando os Secretários de Saúde, Urbanismo e Meio Ambiente, equipe técnica e chefe de Gabinete, discutiram um plano de contingência no combate a Leishmaniose que posteriormente será divulgado à população e somado forças as ONGs protetoras de animais.

Outra força no combate à doença é a educação em saúde, aumento nos dias da semana para recolhimento de entulhos para propiciar o controle vetorial que tem por objetivo evitar ou reduzir o contato entre o inseto transmissor e a população humana/animal a fim de minimizar o risco de transmissão de doenças. As atividades voltadas ao controle vetorial buscam interromper o desenvolvimento do vetor ou reduzir seu ciclo de vida. Além da visita domiciliar do Agente de Endemias que é de grande importância na orientação “in loco” sobre a eliminação de possíveis foco no domicílio.

Mas, recomenda-se que a população é estritamente importante na prática das informações recebidas contribuindo na não propagação do mosquito palha, que se propaga intensamente no acúmulo de lixo, principalmente orgânico, adotando ações que eliminam ou diminuem a proliferação de vetores como a poda de árvores, limpeza de quintais – principalmente no recolhimento nas fezes de animais, não criação de aves no meio urbano, etc.

 

Além disto, está sendo feito o controle químico do vetor por meio da utilização de inseticida de ação residual (longa duração), sendo recomendado para a proteção coletiva. Esta medida é direcionada para a eliminação do inseto adulto e tem como objetivo evitar e/ou reduzir o contato entre o inseto transmissor e a população humana, consequentemente, diminuir o risco de transmissão da doença. Essa medida é realizada em áreas com registro do primeiro caso autóctone de LV humano, imediatamente após a investigação entomológica. O controle químico residual consiste no uso de inseticidas para o controle do vetor na fase adulta borrifando paredes internas e externas das casas e anexos e sua ação dura por um longo período (média de 3 a 4 meses).

Outro importante trabalho feito pela equipe de Endemias do Departamento de Vigilância em Saúde, é a vigilância entomológica por meio de armadilhas distribuídas em diversos pontos da cidade. Conforme relatório de monitoramento realizado pela equipe técnica do LAENT/LACEN em conjunto com os Agentes de Combate às Endemias de Parauapebas verificou-se que de 405 insetos capturados 376 pertenciam à espécie Lutzomyia longipalpis, principal vetor da leishmaniose visceral. Os demais não apresentam importância médica entomológica.

Reportagem: Francesco Costa / Da Redação do Portal Pebinha de Açúcar

Primeira etapa da vacinação contra aftosa começa hoje no Pará

Começa no feriado de 1º de maio, a primeira etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa no Pará. Essa etapa abrange todo o território paraense, com exceção do arquipélago do Marajó e dos municípios de Faro e Terra Santa. A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) alerta ser muito importante o criador manter seu rebanho imunizando, conforme o calendário oficial de vacinação. A previsão é vacinar mais de 20 milhões de animais em 107.627 propriedades até o dia 31 de maio, fim do prazo.

Os produtores têm até o dia 15 de junho para declarar a vacinação no escritório da Adepará mais próximo de seu município. Para imunizar o rebanho, o pecuarista deve adquirir as vacinas em uma revendedora autorizada ou loja de produtos agropecuários devidamente cadastrada na Adepará. A vacina deve ser mantida entre 2 e 8 graus, tanto no armazenamento e transporte, quanto durante o processo de vacinação do gado.

Nesta etapa, todo rebanho, independentemente da idade, deve ser vacinado. “Na última campanha, em novembro do ano passado, realizamos a vacinação apenas do rebanho de 0 a 24 meses de idade, conforme o planejamento estratégico do Ministério da Agricultura (Mapa), para retirada da vacinação em todo o país até 2023. Nesta etapa, voltamos a vacinar os bovídeos de todas as idades, segundo o calendário de vacinação”, explica o gerente do Programa Estadual de Erradicação da Febre Aftosa, da Adepará, George Santos.

O rebanho do Pará é o quinto maior do Brasil, com mais de 20 milhões de cabeças e reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal como livre da febre aftosa com vacinação desde 2014. “A conscientização do produtor sobre importância das etapas de vacinação, juntamente ao trabalho do Governo do Estado, por meio da Adepará, possibilitaram a conquista de coberturas vacinais importantes. Estamos trabalhando para que em 2020 possamos chegar à zona livre da febre aftosa sem vacinação”, afirma o diretor geral da Adepará, Luiz Pinto.

Reconhecimento

No dia 20 de maio deste ano, o estado do Pará, juntamente com os estados do Amapá, Amazonas e Roraima, vai receber o reconhecimento internacional de área 100% livre da febre aftosa, durante a programação da 86ª Assembleia Geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), na cidade-sede do órgão, Paris, na França. O reconhecimento é referente aos oito municípios paraenses que possuem divisa com os estados do Amazonas e Amapá, áreas que eram consideradas de médio e alto risco para aftosa, respectivamente.

Ao receber tal reconhecimento, o Brasil finaliza o processo de erradicação da doença em território nacional, declarando todo o país como livre de Febre Aftosa com vacinação. Com a certificação internacional a ser conferida pela OIE, o gado paraense e dos demais Estados do norte brasileiro vão se igualar sanitariamente e economicamente ao restante do Brasil.

Livre

O Pará, assim como os outros estados brasileiros, começa a dar os primeiros passos para se tornar área livre da doença sem vacinação. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) já começou a executar o plano para retirada da vacina em todo o País, e até 2023 o Brasil deve conquistar o status de zona livre da aftosa sem vacinação.

Segundo o diretor geral da Adepará, o status de livre da aftosa sem vacinação vai otimizar os recursos, tanto para o produtor quanto para o governo do Estado. “Isso permitirá utilizarmos esse recurso, que antes era gasto com as etapas de vacinação, para investir em fiscalização e controle, em uma proporção muito maior. Isso possibilitará a abertura de mercados e oportunidades para o Estado. Além disso, o produtor também não vai ter mais gastos com vacinação, podendo utilizar esse recurso para gerar mais lucro para ele”, ressalta.

O Pará livre da febre aftosa sem vacinação vai garantir a abertura de mercados em todo o mundo, já que a população paraense consome apenas 30% da produção de carne bovina do Estado. Os outros 70% são destinados à exportação. Alguns países, como Japão, não importam carne de países que ainda vacinam. “A aquisição desse status representa ganho de mercado e fortalecimento da nossa vigilância sanitária. Agora, é discutir junto com o setor questões técnicas, de logística e até de exportação, para que o País saia mais fortalecido deste processo”, informa Luiz Pinto.

Reportagem: Inara Soares / Agência Pará

Salão do Livro em Marabá já é considerado sucesso de público

O público do I Salão do Livro do Sul e Sudeste do Pará, que segue até o próximo dia 6, no Carajás Centro de Convenções, tem superado as expectativas, segundo a Associação Nacional de Livrarias. O número de visitantes vem crescendo, especialmente pela presença constante de estudantes. No quarto dia, alunos das redes municipal e estadual de ensino deram início à programação na Arena das Artes com apresentações culturais. A Escola Estadual Heloisa de Castro, localizada no núcleo Cidade Nova, em Marabá, mostrou um espetáculo sobre as Danças Circulares, projeto desenvolvido pela professora Rosilene Barros.

“Eu conheci e me apaixonei pela dança circular porque as pessoas se seguram umas nas outras. Na dança não existem diferenças sociais: não existe preto, branco, lavrador, índio, pobre, negro, sexualidade, isso me chamou muita atenção. Então, fiz uma mistura, a apresentação é uma aula de valores, trago isso para os alunos, instigo eles a serem críticos”, disse.

A estudante Deylane do Nascimento afirmou que para fazer a mostrar precisaram ensaiar muito e acredita que apresentaram um bom trabalho no palco. Ela agradeceu a oportunidade de não só visitar o Salão do Livro, mas de poder se apresentar no evento. “Estou adorando estar participando da programação, é um ótimo aprendizado. Convido todos vocês a visitarem”.

Já os estudantes da Escola José Alves de Carvalho apresentou um espetáculo de capoeira. Segundo a professora responsável pelo projeto, o colégio valoriza muito essa arte, de origem africana miscigenada com a brasileira. Além disso, a instituição trabalha com outras danças afro como o maculele junto à regionalização das baianas e quilombolas.

Os estudantes também marcaram presença no Papo-Cabeça com apresentação do escritor Daniel Leite e intervenção musical do Mestre Zequinha, de Marabá. O tema da segunda-feira (30) foi “Preconceito Religioso” com o pesquisador da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, Jerônimo da Silva. Ele esclareceu que o preconceito com as religiões afro no Brasil resulta de interpretações feitas pela Igreja Católica da bíblia.

“Com esse preconceito fundador, eles vão justificar a escravização no Brasil. Os negros observaram que tudo que eles produziam de cultura era tido como demoníaco, porque eles eram uma ‘raça amaldiçoada por Deus’, e ai começa uma das histórias mais tristes dentro da história brasileira, quando as pessoas começam a dizer que as crenças africanas são demoníacas”, detalha o professor.

Ramon Cabral, que trabalha com educação patrimonial na Fundação Casa da Cultura de Marabá, não só gostou do debate como começou a refletir sobre essa importância de olhar a cultura do outro com mais respeito.

“Essa palestra contribui bastante para desconstruir esse preconceito. Uma das colocações que mais me chamou atenção foi a de que Jesus é um pajé pela sua prática de cura desenvolvida durante sua vida, e isso faz a gente refletir. Se a gente observar em detalhes, as práticas dessas religiões, que são tão discriminadas pela gente, são semelhantes com a religião que a gente acredita, que a gente prega como verdadeira”, pontuou.

Neste feriado do Dia do Trabalhador (1) tem programação do Papo Cabeça com Celso Antunes, de São Paulo com a temática “Abrindo as portas para o futuro: aprender a aprender a relacionar-se e  trabalhar”. Na quarta-feira (2), o bate-papo é com o escritor Antônio Juracy Siqueira. Ele vai falar sobre “Crendice Popular”. Na quinta-feira (3), é a vez de Walmir Gomes, do Instituto do Ensino Êxito trabalhar o tema “Perfil do jovem contemporâneo”. A sexta-feira (4) terá a jornalista Ana Lacerda, da Escola do Legislativo da Câmara Municipal de Marabá. Ela vai falar sobre a imagem e reputação nas redes sociais. O Papo Cabeça começa às15h, sempre no auditório João Brasil.

A programação da Arena das Artes, também no auditório João Brasil, inicia às 9h da manhã. Na  quarta, quinta e sexta-feira, o espaço terá apresentação da Orquestra da Fundação Casa da Cultura de Marabá e de escolas das redes estadual e municipal de ensino.

Reportagem: Kelia Santos / Agência Pará

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