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Procon mantém fiscalização em postos de combustíveis do Pará

Fiscais da Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos ( Sejudh) continuam nas ruas averiguando a comercialização nos postos de combustíveis da Região Metropolitana de Belém.

Na manhã desta terça-feira (5), a atuação do Procon contou com o auxílio de dois fiscais da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) “ O objetivo dessa nossa fiscalização é verificar se o desconto de R$ 0,46 no preço do litro do diesel, determinado pelo Governo Federal, está sendo repassado em sua totalidade pelos postos revendedores de combustíveis”, disse o fiscal da ANP, Leônidas Vilhena.

Uma média de dez postos de combustíveis vão ser fiscalizados diariamente até o final desta semana, especialmente aqueles localizados na saída da cidade. “A gente priorizou esse corredor de saída porque há um maior fluxo de caminhões, e por isso é esperado que por aqui, o estoque das empresas já tenha rodado. Então, é muito provável que eles já tenham recebido diesel com preço com desconto”, detalhou o fiscal da ANP. Até o final da manhã desta terça-feira, todos os postos averiguados seguiam à risca o repasse do desconto de R$ 0,46 sobre o litro do diesel.

População tranquila – Durante a fiscalização conjunta com fiscais da ANP, a população se mostrou ainda mais satisfeita com o trabalho do Procon. “É muito importante isso, porque o consumidor não tem como estar atento a tudo, e sem essa fiscalização, o desconto determinado pelo governo poderá não ser repassado direitinho a nós. Me sinto bem mais seguro com essa atuação de perto do Procon”, disse o técnico em eletrocomunicações, Paulo Sérgio Carvalho, 53 anos.

“Essa fiscalização é muito importante para fazer valer os nossos direitos”, reforçou o mototaxista Jurandir Ferreira, 42 anos.

Sem abusos – A fiscalização do Procon começou há duas semanas, durante esse período vem sendo verificado se existe algum tipo de irregularidade que possa prejudicar o consumidor, como a abusividade nos preços.

Devido à paralisação dos caminhoneiros, os núcleos de defesa do consumidor de todo o Brasil se mobilizaram para saber se os postos estavam trabalhando conforme a legislação, já que havia a suspeita de que alguns estavam retendo combustível para aumentar o valor. O artigo 39 do Código de Defesa do Consumidor informa que no momento de escassez, como aquele pelo qual o país atravessou há pouco tempo na oferta da gasolina, é proibida a elevação dos produtos, sem uma justa causa.

Além do preço, o Procon verifica também se os valores cobrados estão em local visível e se a quantidade de gasolina colocada nos veículos é a mesma que o consumidor  está pagando. Durante duas semanas, foram fiscalizados mais de cem postos de combustível na capital.

“Fomos uma das primeiras capitais do país a fazer essa fiscalização de forma efetiva, e uma das poucas que não caiu na abusividade de preços. Encontramos diferença de R$ 0,10 a R$ 0,20, mas nenhuma chegou a R$ 5, por exemplo, como em algumas cidades do Brasil”, disse o diretor geral do Procon, Moisés Bendahan.

Caso o consumidor queira fazer uma denúncia, ou até mesmo em algum município do Pará no qual não exista um Procon, ele pode anexar o cupom fiscal da possível cobrança abusiva e ir pessoalmente ou enviar pelos Correios ao Procon.

De posse desse documento, o órgão fiscalizador irá fazer uma análise para saber se o valor do litro realmente está considerado abusivo, e mandará o auto de infração pelo Correio ao estabelecimento que estiver cometendo esse abuso.

Quem quiser pode ir diretamente ao Procon na Travessa Lomas Valentina, 1150, ou entrar em contato pelos telefones: (91) 3073-2823 ou 3073-2822

Homem é executado com três tiros em Parauapebas

De acordo com informações repassadas à equipe de reportagens do Portal Pebinha de Açúcar, era por volta das 14h30 desta terça-feira (5), quando um elemento até então não identificado, que estava em uma motocicleta Honda Broz, efetuou quatro disparos de arma de fogo calibre 380 contra a vítima identificada como Luciano Cardoso de Sousa, de 29 anos de idade, que veio a óbito na emergência do Hospital Municipal de Parauapebas.

Homens da Polícia Civil abriram inquérito para apurar os motivos da morte de Luciano e prender o suposto assassino que não deve dor de seu algoz, em crime cometido na Rua Perimetral Sul, esquina com a Avenida Presidente Kenedy, no Bairro Beira Rio, em Parauapebas.

A equipe de reportagens do Portal Pebinha de Açúcar conseguiu conversar com exclusividade com uma irmã de Luciano Cardoso, identificada como Laiane da Conceição Sousa, que em entrevista, disse ter poucas informações sobre a morte de seu irmão, porém, afirmou que recentemente ele teria sofrido um atentado, quando um elemento, nas proximidades de sua residência, tentou o matar, porém, não conseguiu concluir o plano.

 

Um fato curioso é que Luciano Cardoso de Sousa, no momento em que foi alvejado, estava em uma moto com sua esposa, que está grávida de sete meses, e usava um colete à prova de balas, porém, como os tiros foram na região da cabeça, sua morte foi inevitável. “Ele estava com um colete à prova de balas. Luciano tinha me dito que iria comprar um, pois a gente gosta de militarismo. Não sabia que ele tinha comprado esse colete, fiquei sabendo hoje”, relatou a irmã da vítima fatal.

Luciano Cardoso de Sousa já trabalhou como mototaxista por um período em Parauapebas, mas de acordo com sua irmã, recentemente ele deixou a profissão e estava trabalhando com um restaurante. A vítima deixa esposa grávida de sete meses e também um filho de onze meses de nascido.

Foto de documento da vítima fatal

BALANÇO: Casos de Dengue e Chikungunya despencam em Parauapebas

Queda foi mais de 90%. Índices são baixos mesmo durante o período chuvoso

Após intenso esforço ao longo de 2017, a Secretaria de Saúde (Semsa) constatou queda acentuada de casos confirmados de dengue e febre chikungunya em Parauapebas este ano. O comparativo considera os cinco primeiros meses de cada ano e contabiliza que de janeiro a maio de 2017 foram registrados 1.013 casos de dengue. Já no mesmo período de 2018 este número ficou em apenas 59 casos confirmados da doença, o que significa uma queda de aproximadamente 94%.

Já a febre chikungunya obteve resultado ainda melhor: de janeiro a maio de 2017 foram 1.256 casos contra apenas nove no mesmo período deste ano. Ou seja, aproximadamente 99% de queda. A secretaria atribui o resultado ao trabalho de mobilização que colocou lado a lado governo municipal e população no combate às doenças, além do zika vírus.

Visita domiciliar dos agentes de endemias, campanhas publicitárias e educativas, mutirões de limpeza e controle químico estão entre as medidas desenvolvidas pelo Departamento de Vigilância Ambiental da Semsa e outras secretarias e departamentos como Secretaria de Serviços Urbanos (Semurb) e Assessoria de Comunicação (Ascom) que trabalham de forma conjunta para combater e conscientizar a comunidade sobre os principais cuidados que precisa tomar.

Para a diretora da Vigilância em Saúde da Semsa, Michele Ferreira, o alcance obtido pela mobilização foi realmente decisivo para eliminar as doenças quase que completamente mesmo em se tratando de um período chuvoso. “Contar com a colaboração da comunidade como um agente de combate foi o que realmente fez a diferença, e isso só é possível com muita sensibilização”, avalia.

Outro ponto que ajuda a entender o ótimo resultado refere-se à campanha levada às escolas da rede municipal de ensino com palestras e atividades de aprendizagem sobre o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, além de sintomas e medidas preventivas contra dengue, febre chikungunya e zika vírus.

A Feira do Produtor também recebe equipes de profissionais de saúde que informam e orientam os trabalhadores e o público consumidor sobre prevenção e combate ao mosquito. É importante salientar que apesar dos baixos índices de contaminação, as ações são permanentes e diárias contra as três doenças e devem sempre considerar a adesão popular.

Reportagem: Jéssica Diniz

Com baixa nas chuvas, queimadas começam a surgir em Parauapebas e região

Já é praticamente tradição. Após o período de inverno e com a chegada do verão amazônico, as queimadas que se concentram nas zonas urbanas e rurais de Parauapebas e região começam a surgir, e com elas, logo aparecem as doenças respiratórias que atingem principalmente crianças e pessoas idosas.

Conscientização

Antes mesmo do inverno chegar ao seu fim em 2018, a Prefeitura Municipal de Parauapebas, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), lançou a campanha educativa denominada “A escolha é sua”, alertando que queimada é crime ambiental de acordo com a Lei Federal 9.505 de 12 de fevereiro de 1998, porém, apesar da conscientização, é cada vez mais comum se observar na região várias queimadas que acabam matando vários animais indefessos e encaminhando várias pessoas para atendimentos médicos.

As queimadas

Conhecido por ser o país com o maior número de florestas e sistemas fluviais em um território rico em recursos naturais, o Brasil é considerado por muitos cientistas como a nação do futuro. Mas nem todas as estatísticas são satisfatórias, as queimadas, por exemplo, são ameaças frequentes para a sua população, a fauna e a flora.

As queimadas no Brasil são provocadas, principalmente, pelo setor agrícola, na limpeza de terreno, cultivo de plantações ou formação de pastos. As cinzas deixadas pelas queimadas deixam o solo mais produtivo, porém esta situação não é permanente, após a incidência do fogo o solo volta ao estado normal e fica mais suscetível a erosões e pragas, por isso, as queimadas não possuem nenhum benefício para natureza.

Embora a ação do homem seja a causa principal das queimadas, elas também acontecem por meio de descargas elétricas e reflexão de vidros. O grande problema desta prática é que o fogo alastra-se com grande velocidade e quando perto de florestas podem destruir rapidamente quilômetros de áreas verdes que se tornam improdutivas e este é apenas um dos prejuízos que as queimadas causam ao meio ambiente.

 

Conheça as principais consequências das queimadas no Brasil:

Aumento da liberação de dióxido de carbono, uma das principais causas do aquecimento global;

Destruição de habitats naturais;

Erosão no solo;

Aumento do buraco na camada de ozônio;

Perda da absorção do solo, aumentando os índices de inundações;

Poluição de nascentes, águas subterrâneas e rios por meio das cinzas;

Extinção de espécies (fauna e flora);

Destruição de infraestruturas.

É inegável que as queimadas no Brasil são nocivas para o meio ambiente em uma situação macro, em que todas as espécies de seres vivos são prejudicadas. Fazer com que estas práticas sejam minimizadas ainda é um desafio, visto que envolve a cultura agrícola que ainda é muito forte em alguns locais. É preciso que este setor entenda que as queimadas não trazem benefícios para a agricultura, muito pelo contrário, como vimos, as queimadas geram diversos prejuízos ambientais.

Em Marabá, DJ é executado antes de chegar em casa noturna

Carlos Felipe Ferreira da Silva, conhecido como “DJ Felipe”, se deslocava para tocar na inauguração da própria casa noturna, na Folha 05, quando foi executado a tiros nesta madrugada, terça-feira (5), na Folha 11, Nova Marabá. Além de tocar na noite e ser sócio de duas casas noturnas da cidade, Felipe também animava de segunda a sexta o programa “Frequência Máxima”, junto de Leverson Oliveira, entre 18h e 19h, na Rádio Correio FM. Aos sábados, fazia o “Na Levada do Brega”, entre 18h e 22h.

Nesta manhã, a delegada Raíssa Beleboni, titular do Departamento de Homicídios da Polícia Civil, informou que a equipe que investiga o caso não possui informações sobre o histórico da vítima ou sobre os possíveis motivos do crime.

“Apesar da intensa movimentação de pessoas no local, poucas informações foram colhidas. Apuramos que ele estava chegando na festa, sozinho num carro, quando uma motocicleta com duas pessoas se aproximou. Ele tentou sair com o veículo, mas bateu o carro, desceu, conseguiu correr por alguns metros, mas foi fatalmente atingido e caiu embaixo do caminhão”, disse, em entrevista coletiva concedida há pouco na 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil.

A delegada ressaltou que a Polícia Civil também não sabe, ainda, quantos disparos foram efetuados, porém foi uma grande quantidade e os primeiros levantamentos levam a crer que tenham sido realizados ao menos 10 disparos de pistola calibre 380.

‘TIROTEIO’

Segundo o sargento Salatiel, da Polícia Militar, uma das primeiras autoridades no local do crime, uma pessoa acionou o Núcleo Integrado de Operações Policiais (Niop-190) pouco antes da 1 hora informando sobre um ‘tiroteio’ no bairro.  “Chegando aqui tinha um carro abandonado com as portas abertas e vestígios de sangue. Populares informaram que ele tinha corrido em direção à Folha 07 e que havia entrado na madeireira”, relatou.

Os militares foram ao local – cuja frágil porta havia sido arrebentada – e localizaram o corpo do DJ embaixo de um caminhão. Segundo o tenente Aureliano, que também atendeu à ocorrência, a Polícia Militar foi informada que Felipe conduzia seu veículo quando passou a ser perseguido pela dupla na motocicleta. Os primeiros tiros foram desferidos contra o automóvel. “Ele conseguiu sair do carro e chegou a correr, mas os indivíduos correram atrás e ele acabou caindo aqui nessa madeireira”.

Ali perto, na Folha 05, está localizada a casa noturna que ele estava inaugurando na noite de ontem, mas que já estava abrindo as portas às segundas e terças há pouco mais de um mês.

Felipe também era sócio de outra casa, na Folha 16.  “A Dubai (Folha 05) era o novo projeto dele. Ele já tinha comprado uma nave em Belém e ia estruturar toda essa casa. Também tocava na Girus (Folha 16), onde era sócio. A Dubai ele abriu há dois meses”, conta Leverson Oliveira, colega de trabalho na rádio Correio FM.

Ainda conforme Oliveira, Felipe era pai de três filhos e o corpo dele será sepultado em Mosqueiro. Familiares do DJ estão se deslocando de Belém e devem chegar em Marabá ainda nesta manhã. “A gente trabalhou muito tempo na FM 91, durante quatro anos, depois passamos para a Correio FM, fazendo o Frequência Máxima e Na Levada do Brega”, acrescentou.

INVESTIGAÇÃO

A equipe do Departamento de Homicídios esteve no local do crime, assim como o Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, que colheu evidências e removeu o corpo para o Instituto Médico Legal (IML). A delegada Raíssa Beleboni destacou que, apesar de estar ocorrendo a festa às proximidades, poucas pessoas mantiveram contato com a Polícia Civil para fornecer detalhes sobre o ocorrido.

Informações sobre o crime, a motivação ou mesmo a autoria da execução podem ser repassadas na sede do Departamento de Homicídios, na Seccional de Polícia Civil, na Folha 30, ou mesmo pelo Disque Denúncia Sudeste do Pará, que garante o anonimato e atende pelo aplicativo, pelo telefone (94) 3312-3350 ou através do Whatsapp (94) 98198-3350.

Reportagem: Luciana Marschall – com informações de Josseli Carvalho e Evangelista Rocha / Grupo Correio de Comunicação

Prefeitura de Parauapebas divulga lista de beneficiários da segunda etapa do Residencial Alto Bonito

A Prefeitura Municipal de Parauapebas (PMP), através da Secretaria Municipal de Habitação (Sehab), divulgou na tarde da última segunda-feira (4) a lista dos contemplados com unidades habitacionais na segunda fase do Residencial Alto Bonito.

O Sorteio Técnico foi realizado na semana passada pela Caixa Econômica Federal e foi transmitido ao vivo através da Fanpage do Portal Pebinha de Açúcar.

Para visualizar o documento, Clique AQUI:      PARTE I       PARTE II

 

Nova reintegração da Fazenda Cedro, em Marabá, é realizada de forma pacífica

A Fazenda Cedro, localizada a 53 km de Marabá (PA), às margens da BR 155, no sudeste paraense, foi reintegrada novamente nesta segunda-feira (4) por determinação da Justiça do Pará à Agropecuária Santa Bárbara (AgroSB).

A ordem judicial do Juiz Arnaldo José Mazutti foi lida por oficiais de justiça da 3ª Vara Agrária de Marabá. A operação, comandada pelo Major Torres, no local denominado Assentamento Helenira Rezende, ocorreu com tranquilidade e de forma pacífica, com a presença de lideranças do MST e de peritos da Polícia Militar do Pará. A retirada das famílias de Sem Terra foi registrada com exclusividade pela a equipe do programa Conexão Rural, veiculado na Rede TV de Parauapebas e de Marabá.

Em novembro de 2017, o Poder Judiciário, com auxílio do Comando de Missões Especiais – CME, cumpriu liminar expedida em 2009 e reintegrou a Fazenda Cedro. Os invasores (MST) descumpriram a ordem judicial e voltaram a invadir a fazenda em março de 2018. Por isso, a AgroSB acionou novamente o Poder Judiciário que determinou, mais uma vez, a desocupação da fazenda.

Segundo os diretores do Grupo, “as fazendas (Cedro, Maria Bonita e Fortaleza), que fazem parte da AgroSB, eram produtivas e geradoras de emprego na região até 2008, quando passaram a ser invadidas pelo MST”.

Nota à imprensa emitida pelo Grupo Santa Bárbara:

Em nota à imprensa, a Santa Bárbara diz que “há uma década, portanto, a AgroSB documenta o rastro da destruição em suas terras: funcionários ameaçados e até mesmo sequestrados, gado abatido criminosamente, casas e máquinas agrícolas incendiadas, pastos e currais colocados abaixo e escolas depredadas”.

“Ao reassumir a posse da Fazenda Cedro, a AgroSB iniciará a reconstrução do seu projeto, com a geração de centenas de empregos em Marabá e cidades vizinhas, proporcionando renda e dignidade aos trabalhadores, além de educação para eles e seus filhos. O comércio regional também será beneficiado com a compra de máquinas, equipamentos e insumos, assim como os municípios devido ao recolhimento de tributos. Os benefícios são, assim, de todos, inclusive do estado do Pará.

Fundada em 2005, a Agropecuária Santa Bárbara é uma das empresas mais relevantes nos mercados agrícola e de pecuária do Brasil. Com um total de cinco complexos de fazendas, suas estruturas abrigam mais de 900 empregados diretos e geram, por estimativa, mais de 10 mil empregos indiretos. Com preocupações educacionais e ambientais relevantes, a AgroSB montou escolas em suas propriedades para a educação de jovens e cursos profissionalizantes e realiza a integração lavoura-pecuária com cuidados com o meio ambiente”.

A operação

A operação teve início às 8h da manhã desta segunda-feira (4) e contou com um pequeno aparato da Companhia Independente de Operações Especiais de Marabá. “Já tínhamos informações que havia poucas pessoas aqui na área. Então, concluímos que não seria preciso trazer um grande contingente de policiais para esta missão”, disse ao programa Conexão Rural o Major Torres, que comandou a operação de reintegração de posse da Fazenda Cedro, acrescentando que “foi tudo tranquilo, com diálogo e sem resistência dos trabalhadores sem terra”.

O líder do MST no Pará, João da Silva Oliveira, disse que a operação foi tranquila e que as poucas famílias que estavam na área da Cedro saíram sem problema. (Não há um número exato do total de famílias residentes na área).
“As famílias vão ficar acampadas numa área pública da Fazenda Morada Nova, aqui ao lado da Fazenda Cedro, no aguardo de uma solução por parte do Incra, já que o Instituto está negociando a compra de propriedades do Grupo Santa Bárbara para assentar os trabalhadores Sem Terra”, destacou João da Silva. Segundo ele, “as famílias dos trabalhadores Sem Terra estão ocupando uma área pública, porque a Santa Bárbara não tem documento oficial que confirme que é proprietária de parte das fazenda Cedro e Fortaleza”.

O advogado do Grupo Santa Bárbara, Pedro Sales, nega a informação e afirma que “todas as propriedades da Santa Bárbara estão devidamente documentadas pelo Iterpa, o Instituto de Terras do Pará”.

Histórico

A ordem de reintegração de posse das áreas das fazendas Cedro e Fortaleza, que vinham sendo ocupadas desde 2009, às margens da BR 155, entre Marabá e Eldorado do Carajás, no sudeste do Pará, no local denominada Assentamento Helenira Rezende, partiu do Tribunal de Justiça do Pará ainda no ano passado. As duas fazendas pertencem ao Grupo Santa Bárbara.
À época, da primeira reintegração, Ayala Ferreira, da Coordenação Regional do MST no Pará, afirmou que havia negociação entre o Incra e a Santa Bárbara para a aquisição da área para assentamento de famílias de trabalhadores Sem Terra. “As negociações envolvendo a Fazenda Santa Bárbara e o Incra vinham se arrastando, mas agora chegou esta ação de despejo e temos que cumprir porque se não sairmos numa boa, a polícia militar pode derrubar tudo com a ajuda de tratores”, afirmou. Ayala Ferreira informou ainda que as famílias dos Sem Terra estavam produzindo na área vários produtos, entre os quais, banana, mandioca, feijão e até leite para alimentação das famílias e comercialização na região.
O presidente do Grupo Santa Bárbara, Cleiton Custódio, informou por ocasião da reintegração de posse em novembro do ano passado, que a justiça havia sido feita: “Esperamos quase nove anos por esta decisão. Agora, estamos vendo ela ser cumprida de forma pacífica. Perdemos casas, maquinários, pesquisas genéticas na área da agropecuária, mas vamos voltar a produzir tudo isto aqui na fazenda, além de gerar emprego na região”, destacou.

Reportagem: Lima Rodrigues, de Marabá-PA

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