Apesar da ligeira queda nos índices no número de ocorrência de queimadas no período de estiagens deste ano, em relação ao ano anterior, o resultado ainda não é satisfatório, de acordo com parecer do Corpo de Bombeiros Militar do Pará, representado em Parauapebas pelo 23º Grupamento.
Quem falou a respeito do caso e apresentou o balanço das queimadas ocorridas neste período de estiagem, compreendido de 1º de julho a 1º de novembro, foi o capitão BM Waulison, subcomandante do 23º Grupamento de Bombeiros Militar.
De acordo com o parecer da corporação, levando em conta o ano de 2017, houve uma significativa redução no número de queimadas atendidas pelo Grupamento, 16% em relação ao mesmo período em 2018.
O motivo, de acordo com o militar, é devido ao serviço de conscientização que foi realizado nos meses que antecederam a “operação”, além do “clima” e a prisão em flagrante de pessoas que antes ateavam fogo de forma criminosa.
Não foi em todos os bairros que a melhora foi apresentada, destacando-se ainda negativamente os bairros Cidade Jardim, Jardim Canadá e Beira Rio, que continuaram no topo da lista dos logradouros que apresentaram maior número de foco de incêndio em vegetação e terrenos baldios.
“Além da falta de consciência, soma-se ainda o grande número de terrenos sem edificações que não passa por limpeza a ser realizada pelos proprietários. Assim, na ânsia de se livrar de áreas com grande vegetação ou pelo simples prazer de ver o fogo laborando, pessoas ateiam fogo e não vigiam para manter o controle da queimada”, afirma capitão Waulisson, dando conta que é difícil fazer o flagrante e coibir os piromaníacos de repetir tudo de novo no ano seguinte.
Ainda de acordo com o subcomandante, o resultado positivo se deu graças à parceria com a Prefeitura Municipal, através da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil, com trabalho incessante na operação.
“Para o próximo ano, continuaremos alertas e com nosso efetivo e equipamentos à disposição para atender à população”, prontifica-se Waulisson, contando que a corporação já está de prontidão para atender neste período de chuvas, quando muitas famílias vivem o risco eminente dos alagamentos e de deslizamentos de encostas.
O bombeiro tranquiliza que a estrutura de combate a incêndio e de resgastes em períodos chuvosos é suficiente para atender à demanda em Parauapebas.