Pesquisar
Close this search box.
Pesquisar
Close this search box.

Vigia de escola é executado a tiros na zona rural de Parauapebas

Investigadores da Vigésima Seccional de Polícia Civil de Parauapebas abriram inquérito policial para apurar e posteriormente identificar e colocar atrás das grades os homens que mataram friamente um vigilante de uma escola pública municipal que fica localizada na comunidade de Cedere I, zona rural de Parauapebas.

A vítima fatal foi identificada como Gutemberg Castro dos Santos que tinha 33 anos de idade e a cerca de oito meses trabalhava como vigilante no centro de ensino. O crime foi registrado no início da noite desta quarta-feira (6).

De acordo com uma testemunha que não quis se identificar, o vigilante foi morto numa estrada próxima da antiga Fazenda Juazeiro quando saiu de seu trabalho na escola e retornava para a sua residência, porém, antes de sofrer o atentado que acabou de forma trágica com sua vida, Gutemberg teria barrado na escola umas pessoas que não gostaram da atitude e levaram para o lado pessoal.

A testemunha afirmou que os acusados, antes de matar o vigilante, foram até a sua casa, porém, como não o encontraram, decidiram o aguardar em um determinado local e no momento em que ele passava com sua moto, fizeram vários disparos com arma de fogo e infelizmente tiraram a vida da vítima.

“Eles estavam em um carro vermelho e deram vários tiros na cabeça de Gutemberg”, relatou.

Quem também conversou com a equipe de reportagens do Portal Pebinha de Açúcar, foi o sargento da Polícia Militar M. Silva, que confirmou que a vítima trabalhava em uma escola da Vila Cedere I e que de acordo com populares, não tinha desavenças com ninguém. “As primeiras informações dão conta que os assassinos estavam em um carro vermelho e fizeram vários disparos de arma de fogo contra a vítima”, disse o militar.

Bastante triste com a morte trágica de seu filho, Luis Gonzaga dos Santos afirmou que Gutemberg não tinha desavença com ninguém e que não sabia explicar o motivo que seu filho foi morto daquela forma cruel. “Fiquei sabendo que ele barrou algumas pessoas que queriam entrar de bermuda na escola, mas meu filho apenas seguiu as regras impostas pela direção”, disse.

Gutemberg era casado e deixa órfãs duas filhas.

 

Saulo Ramos é o novo secretário de Cultura de Parauapebas

O prefeito Darci Lermen acertou em cheio na nomeação do novo titular da Secretaria Municipal de Cultura de Parauapebas.

Trata-se de Saulo Ramos, 35 anos, paraense, natural de Rondon do Pará. Ele é formado em Publicidade e Propaganda e em Pedagogia. Há 10 anos mora em Parauapebas onde atuou como diretor da rádio Arara Azul FM. Conquistou destaque profissional na produção de grandes eventos como a Feira de Agronegócios de Parauapebas – FAP, que foi totalmente repaginada após a sua atuação, oportunizando e valorizando sobretudo, os mais variados gêneros culturais e artistas locais.

Nos últimos anos vem atuando como
Diretor de Marketing do Grupo Correio de Comunicação. E não esconde o orgulho e satisfação em representar o Hospital do Amor em Parauapebas coordenando, pessoalmente, o projeto “Passos que Salvam”, que arrecada fundos para o tratamento de pessoas com câncer nos hospitais da rede em todo o Brasil, inclusive já com alguns pacientes de Parauapebas recebendo esse atendimento.

Saulo Ramos assume a Secretaria de Cultura (SECULT) com o objetivo de assim potencializar o meio cultural de Parauapebas. “Pretendo utilizar a pasta como uma importante ferramenta estratégica de difusão e produção cultural. E assim, dar uma nova dinâmica à cultura em nossa cidade, de forma descentralizada, participativa e inclusiva. Parauapebas tem muito a mostrar e vamos trabalhar incansavelmente para isso”, afirma o novo Secretário de Cultura, Saulo Ramos.

Com certeza o governo acertou na indicação de Saulo Ramos, afinal, competência o moço tem de sobra!

Ideflor-bio recebe estudantes da UFRA de Parauapebas

Estudantes do curso de Engenharia Florestal da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) em Parauapebas vieram ao Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-bio), nesta quarta-feira (6), para uma palestra sobre Sistemas Agroflorestais. Os SAFs, como são conhecidos, constituem uma das estratégias utilizadas pelo Instituto nos projetos de recomposição florestal de áreas alteradas ao longo do território paraense.

Um Sistema Agroflorestal é uma alternativa de produção que mais se assemelha a pequenas florestas plantadas em propriedades rurais, possibilitando a recuperação da capacidade produtiva do solo associada à diminuição do passivo ambiental das propriedades. Eles também possibilitam a diversificação da produção agrícola com espécies diversas, como as alimentícias (açaí, cupuaçu), ornamentais, medicinais e florestais.

Durante a palestra, ministrada pelo engenheiro agrônomo do Ideflor-bio, Kleber Perotes, os 25 alunos, que cursam o oitavo semestre da graduação, conheceram um pouco da experiência do Ideflor-bio no trabalho de implantação de SAFs em propriedades de agricultores familiares em 71 municípios paraenses. Alguns dos temas abordados foram os benefícios dos SAFs, tanto para os agricultores quanto para a gestão ambiental, no Pará e também as etapas para a implantação.

Gracilene da Silva, estudante, conta que a troca de experiências com os técnicos do Ideflor-bio é muito produtiva para a sua formação. “Pudemos conhecer culturas diferentes, que não são comuns lá em Parauapebas, e também acrescentar conhecimentos técnicos e teóricos que contribuem para a nossa atuação como futuros engenheiros florestais”, afirma.

Cinegrafista de 47 anos é vitima de acidente vascular cerebral

O cinegrafista José Ronie Gomes Pereira, 47 anos de idade, conhecido como “Ronizim da Ascom”, faleceu por volta das 23h40 desta terça-feira (5), vítima de acidente vascular cerebral (AVC).

De acordo com o que apurou a reportagem, Ronie Pereira se encontrava em casa, no Conjunto Habitacional Alto Bonito, em Parauapebas, com a companheira Salete, quando foi atacado pelo AVC.

O corpo do cinegrafista está sendo velado na residência dos pais dele, localizada na Rua Istambul nº 11, Bairro Novo Horizonte, duas ruas antes do posto Altamira, logo após a Luís Moto Peças, na Estrada Faruk Salmen, e o enterro ocorrerá às 10 horas da amanhã desta quinta-feira (7), no cemitério municipal.

Muito conhecido no meio onde prestava serviço, “Ronizim da Ascom” trabalhou na Assessoria de Comunicação (Ascom) da Prefeitura de Parauapebas, na Secretaria Municipal de Cultura (Secult) e em algumas emissoras de televisão da cidade.

Que Deus console o coração de seus familiares, por esta perda irreparável.

Soltos engenheiros acusados pelo rompimento da barragem de Brumadinho

A Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu ontem (5) mandar soltar as cinco pessoas que foram presas no dia 29 de janeiro no âmbito das investigações do rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG).

Com a decisão, serão libertados o geólogo Cesar Augusto Grandchamp, o gerente de Meio Ambiente, Ricardo de Oliveira, e o gerente do Complexo de Paraopeba, Rodrigo Artur Gomes de Melo. Todos são funcionários da mineradora Vale.

A decisão também alcança os engenheiros André Jum Yassuda e Makoto Namba, engenheiros da empresa alemã Tüv Süd, que assinaram o laudo que teria atestado a segurança da barragem.

Na decisão, por unanimidade, os ministros entenderam que não há motivos para que os acusados continuem presos preventivamente, antes do julgamento. Seguindo voto proferido pelo ministro Nefi Cordeiro, relator do habeas corpus, o colegiado entendeu que os acusados prestaram depoimentos, as medidas de buscas e apreensões foram realizadas e não há risco para o andamento das investigações.

De acordo com o Ministério Público, os três funcionários estão diretamente envolvidos no processo de licenciamento ambiental da barragem. Os dois engenheiros terceirizados que atestaram a estabilidade da barragem também estão presos.

Após o cumprimento dos mandados de prisão pela Polícia Federal (PF), a Vale divulgou nota à imprensa na qual informou que está à disposição das autoridades. “A Vale permanecerá contribuindo com as investigações para a apuração dos fatos, juntamente com o apoio incondicional às famílias atingidas”.

Pró-Saúde recebe currículos de PCD para Canaã dos Carajás

A Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar está recebimento currículos de pessoas com deficiência (PCD) para diversas áreas de atuação no Hospital 5 de Outubro, em Canaã dos Carajás (PA).
A ação tem como objetivo a criação de um banco de talentos de PCD para tornar o processo de recrutamento e seleção mais ágil.

Os interessados devem deixar seu currículo e uma cópia do laudo médico comprobatório, direcionado ao setor de Gestão de Pessoas do Hospital, identificado como “Currículo PCD”. O Hospital fica na Rua Belém, S/Nº, no Bairro Monte Castelo, em Canaã dos Carajás.

Sobre o Hospital

O Hospital 5 de Outubro foi fundado pela empresa Vale e projetado para apoiar as operações da Mina Sossego e a implantação do projeto S11D.

A unidade hospitalar possuí estrutura de pequeno porte, com capacidade para atender casos de até média complexidade e congrega ambulatório para consultas eletivas, Pronto Atendimento 24 horas, instalações de internação com enfermarias e apartamentos individuais e suporte diagnóstico em: laboratório de patologia clínica, Ultrassonografia, Mamografia, Radiologia, Eletrocardiograma, entre outros, e atendimento clínico nas especialidades de Clínica Médica, Cardiologia, Oftalmologia, Pediatria, Cirurgia Geral,  Fonoaudiologia, Ginecologia/ Obstetrícia, Ortopedia, Psicologia e Nutrição.

O Hospital 5 de Outubro possui 22 leitos, sendo seis apartamentos individuais e 16 leitos de enfermaria coletiva. A unidade possui, também, um centro cirúrgico com duas salas de cirurgias e quatro leitos de recuperação pós-anestésicos.

Funcionária da Vale relata fuga de ré em caminhão com 90 toneladas

Há mais de dez dias da tragédia de Brumadinho (MG), os olhos castanhos de Ana Paula da Silva Mota ainda passam grande parte do tempo opacos e ausentes, como se estivessem revendo as cenas que ela viveu a partir das 12h28 de 25 de janeiro.

Naquele exato minuto, a motorista dos megacaminhões da Vale olhou em direção às montanhas que circundam a mina Córrego do Feijão e viu uma imensa avalanche emergir do local onde ficava a barragem principal, a apenas 550 metros de onde estava.

“Eu estava de frente para a barragem. Acho que fui uma das primeiras pessoas a ver (a avalanche). Não dava para acreditar”, diz Ana Paula, de 30 anos.

Em poucos segundos, a encosta verde de 87 metros de altura, que sustentava 11,7 milhões de toneladas de rejeito de minério de ferro, cedeu e se transformou em uma onda marrom densa. Tinha mais de 300 metros de comprimento e, em alguns pontos, até 20 metros de altura. Segundo o Corpo de Bombeiros, a velocidade inicial era de 80 quilômetros por hora.

“A onda veio muito rápido. Mas também parecia que estava em câmera lenta. É algo muito estranho, não consigo explicar”, fala Ana Paula, mãe de uma menina de 8 anos e um menino de 3 anos.

O local onde a funcionária da Vale estava era o trecho final de uma estrada de terra que descia desde a área de extração de minério, no alto, até o terminal de carregamento do trem, na parte mais baixa do complexo mineiro, muito perto da barragem.

Nessa estrada, Ana Paula dirigia o gigantesco e potente Fora de Estrada 777, veículo usado para transportar minério, com cinco metros de altura e 11 de comprimento – o pneu, por exemplo, é mais alto que a motorista. Na sua caçamba, havia 91 toneladas de minério, que seriam despejados nos vagões do trem.

Era um trabalho que ela amava, com o qual havia sonhado por muitos anos e que iniciara alguns meses antes, em junho de 2018.

No primeiro momento, Ana Paula não entendeu o que estava acontecendo. “Achei que era uma detonação na mina”, diz ela. Só instantes depois, compreendeu que a barragem havia estourado. “A gente achava que essa barragem estava seca. Olhando de cima, parecia um campo de futebol, firme, duro, não tinha esse lamaçal. Ninguém imaginava que estava assim por dentro”, conta.

Além disso, “eu nunca tive receio dessa barragem, porque a Vale sempre passava muito treinamento de segurança. Inclusive, uns três meses antes, tinham feito uma simulação (de evacuação de emergência)”, acrescentou Ana Paula.

Mas, “quando caiu a ficha, peguei o rádio transmissor (do veículo) e comecei a gritar desesperada: ‘corre, foge, a barragem estourou’. Quem estava naquela faixa (de rádio) me escutou gritando. Depois, fiquei sabendo que teve gente que escapou porque ouviu uma mulher chorar e gritar no rádio. Era eu”, diz ela.

Ana Paula ainda tentou chamar a central pelo rádio, mas escutou apenas um silêncio – o local havia sido rapidamente soterrado.

Em apenas 30 segundos, a avalanche chegou a cerca de 100 metros do megacaminhão de Ana Paula. Inundou de lama o começo da estrada onde estava o veículo, destruiu parte das instalações da Vale localizadas ali, e despencou em cima de um grupo de pessoas que tentava escapar.

“Minha vontade era me jogar naquela lama para ajudar a salvar as pessoas, mas não tinha jeito. A onda era muito mais forte que qualquer um de nós”, fala ela.

A partir daquele ponto, se a onda tivesse seguindo em linha reta, poderia ter encoberto toda a estrada onde estava o megacaminhão de Ana Paula. Mas o mar de lama fez uma curva exatamente na encosta onde ficava a via, e se deslocou rumo ao terminal de carregamento. De lá, seguiu para a área administrativa e o refeitório – onde, acredita-se, estava a maior parte das vítimas.

Assim, a trabalhadora assistiu atônita à maior parte da avalanche desviar da sua direção e correr pelo seu lado direito, destruindo tudo que havia pela frente.

“Hoje, eu não posso mais olhar para uma montanha. Senão, eu vejo a onda vindo outra vez”, desabafa. No total, Ana Paula calcula que perdeu “muito mais que vinte” colegas na tragédia. Sua tia Rosário, que também trabalhava na Vale, está desaparecida.

A fuga de ré com 91 toneladas na caçamba

Enquanto a barragem se rompia, um outro megacaminhão de minério começava a subir a estrada onde estava Ana Paula, no sentido oposto. Vazio, tinha acabado de descarregar minério nos vagões do trem.

O motorista, que dirigia de costas para a barragem, estava alheio à iminência da tragédia. Como o veículo é muito barulhento, o trabalhador usava protetores auriculares, que podem ter impedido que ouvisse o rompimento do reservatório e o som de árvores e construções sendo engolidas pela lama.

Foi Ana Paula quem o alertou. “Eu buzinei e dei luz, desesperada, para avisar meu colega. Ele não ouviu minha buzina, mas acabou percebendo o sinal de luz e acelerou para subir a estrada”.

Mas havia outro problema: a estrada não comportava a passagem simultânea de dois caminhões de minério. Então, para que o colega pudesse acelerar, Ana Paula teve que tomar uma decisão corajosa e arriscada: encostou seu Fora de Estrada à direita da via e ficou parada, adiando a própria fuga. Enquanto isso, a lama ia varrendo a mina.

“Se não fosse isso, a onda tinha quebrado em cima dele. Foi por muito pouco”, conta a funcionária da mina Córrego do Feijão.

Depois de passar por Ana Paula, esse segundo megacaminhão subiu por uma estrada lateral e se afastou da destruição da lama. Esse momento, ocorrido às 12h29, foi registrado por uma câmera de segurança da Vale – a mesma que gravou o rompimento da barragem, um minuto antes.

A imagem do veículo em fuga foi exibida pelas emissoras de TV na última sexta-feira. Quando viu a cena, Ana Paula relembrou de tudo que viveu e quase desmaiou. “Fiquei com tontura, meu corpo ficou bambinho”, relata. Já o colega que dirigia o veículo mostrado na mídia, ainda muito abalado, não quis dar entrevista – por isso, a BBC News Brasil optou por preservar seu nome.

Após o colega conseguir fugir, era a vez de Ana Paula fazer algo para sair dali. A missão era difícil, já que a frente do seu megacaminhão estava virada para a direção oposta à rota de fuga. Manobrar o veículo era impossível – a estrada era estreita, o veículo enorme, e não haveria tempo para isso.

“Então, eu pensei: vou dar ré”, lembra ela.

“Só que era uma subida e o caminhão estava cheio de minério. Eu achava que não ia subir de ré, mas era minha única opção. Então, fui dando ré e pedindo a Deus para me salvar. Eu dava ré e a lama ia chegando mais perto. Foi Deus que colocou a mão atrás do caminhão e puxou”.

Foram cerca de 150 metros de ré – sempre de frente para a barragem, observando toda a destruição causada pela lama. Até que Ana Paula chegou ao entroncamento da estrada pela qual seu colega havia subido minutos antes. Então, embicou o megacaminhão de frente e dirigiu para longe dali.

Essa cena também foi captada pela câmera de segurança da Vale. Às 12h31, três minutos após o rompimento da barragem, quando parecia não haver mais vida alguma naquele local, o Fora da Estrada 777 de Ana Paula emergiu da poeira que havia sido levantada pela passagem da lama. Carregado de minério, o veículo se movia lentamente, último sobrevivente daquele campo de guerra.

“Se eu tivesse entrado em choque, paralisado, como aconteceu com muita gente, não teria saído dali. Eu acho que foi Deus que deixou minha cabeça boa para fazer o que eu fiz”, acredita a motorista dos super caminhões.

Já fora de risco, a única coisa em que Ana Paula pensava era abraçar os filhos. Desde a tragédia, o mais novo pede abraços a todo momento. “Meu psicológico está abalado, mas tenho que ter força pelos meus filhos”.

A chegada da lama ao refeitório

Enquanto Ana Paula dava ré no seu megacaminhão, a avalanche de lama atingia a área administrativa da Vale e o refeitório, a cerca de 1,4 quilômetro da base da barragem. O trajeto levou em torno de dois minutos, apenas.

Walcir Carvalho, de 30 anos, trabalha para uma empresa terceirizada que presta serviços elétricos para a Vale. No momento do rompimento da barragem, ele e seus oito colegas haviam acabado de almoçar no refeitório da mina Córrego do Feijão.

A seguir, a maioria do grupo foi descansar em uma pracinha ali perto. Já Walcir e outros dois colegas foram tirar um cochilo nos veículos da firma, que estavam estacionados em fila indiana a poucos metros dali, sob a sombra de árvores.

Mas, naquele dia, Walcir sentiu um incômodo diferente e não conseguiu pegar no sono. Por isso, saiu da caminhonete onde estava e foi se deitar na carroceria do veículo da frente. Minutos depois, ouviu um barulho de explosão muito alto.

“Achei que era uma explosão da mina. Mas então começou a vir poeira com lama, as árvores começaram a quebrar. Quando olhei, a onda já estava chegando na caminhonete. Aí foi cada um correndo por si”, conta Walcir, cujo olhar lembra o de Ana Paula, distante e assustado.

“Nunca imaginamos que isso ia acontecer. A Vale tem um trabalho 100% em termos de segurança. E eu já trabalhei perto da barragem, parecia que era (feita de) terra. Nunca ficava água lá. Se enchia de água, uma bomba logo tirava”, completa. A lama, portanto, foi uma surpresa também para Walcir.

O funcionário relata que não ouviu nenhuma sirene – a própria Vale admitiu que o alerta sonoro de emergência não soou “devido à velocidade com que ocorreu o evento”. “Quem estava em um lugar mais aberto conseguiu ouvir pessoas gritarem (e pode fugir antes). Já a gente, que estava embaixo das árvores, só ouviu a onda chegando mesmo”, conta. Segundo ele, ainda houve quem escutou uma mulher gritar e chorar no rádio.

Na fuga, o eletricista teve que pular um poste que caiu ao seu lado. “Minha sorte é que não estava eletrizado, senão eu tinha morrido na hora”. Depois, atravessou uma área de mata e chegou em um ponto mais alto, a salvo da lama. Ali, também estavam outros sobreviventes.

“Éramos umas 50 pessoas. Ficamos desesperados, procurando se nossos amigos também tinham conseguido fugir”, diz Walcir. Mas seus dois colegas que também estavam cochilando nas caminhonetes não apareceram. Ao longo das buscas, um deles teve o corpo identificado. Já o outro continua desaparecido. “Não consigo falar sobre eles não”, disse o eletricista, muito emocionado.

Assim como os colegas de Walcir, há entre as vítimas do rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão um grande número de terceirizados. Nesta terça-feira, 130 funcionários da Vale tinham sido identificados entre os mortos ou estavam desaparecidos. Já entre funcionários terceirizados ou pessoas da comunidade, o número era maior, de 189.

Evangélico, Walcir acredita que foi salvo por um milagre. Dos três veículos da empresa, dois ficaram soterrados. Já o terceiro foi torcido pela lama, mas não afundou – “era a caminhonete onde estava minha Bíblia”, diz o trabalhador.

“Graças a Deus eu consegui fugir. Muitas pessoas que faleceram ficaram paralisadas, sem reação, hipnotizadas pelo que estavam vendo e não conseguiram escapar”, relata.

Walcir e a esposa Queila; ele trabalhava em uma empresa tercerizada da Vale no momento do rompimento da barragem e conseguiu fugir. — Foto: BBC NEWS BRASIL/AMANDA ROSSI

Walcir e a esposa Queila; ele trabalhava em uma empresa tercerizada da Vale no momento do rompimento da barragem e conseguiu fugir. — Foto: BBC NEWS BRASIL/AMANDA ROSSI

Cada um que sobreviveu é um ‘milagre’

Em circunstâncias extremas, o curso da vida pode ser completamente alterado por ações fortuitas – ou, dependendo do ponto de vista, por pequenos milagres.

No caso de Ana Paula, foi o fato de estar descendo a estrada mais devagar que o de costume que a colocou fora do primeiro ponto de impacto da onda. “Se eu tivesse descido com uma marcha a mais, teria chegado mais rápido lá embaixo (na área dos vagões). E a onda teria quebrado em cima de mim”, diz ela.

Já no caso de Walcir, a dificuldade de cochilar fez com que se movesse para um lugar por onde foi mais fácil fugir. Além disso, seu supervisor tinha decidido liberar a equipe para almoçar antes de iniciarem o próximo serviço: uma manutenção em postes localizados justamente ao pé da barragem. “Se a gente não tivesse ido almoçar aquela hora, não estávamos aqui respirando”.

“Qualquer um que se salvou é um milagre”, acredita Ana Paula.

Até avistar a avalanche de lama, a motorista dos supercaminhões da Vale estava vivendo um dia normal de trabalho. Havia acordado às 4h, como de costume, feito café e enchido a garrafa térmica que levava todos os dias para o serviço. Às 5h50, saiu de casa para pegar o ônibus que conduzia os trabalhadores de Brumadinho até a mina.

“Eu fico me lembrando do início daquele dia, quando estava esperando o ônibus junto com meus colegas de trabalho. Estávamos indo trabalhar felizes. Era meu sonho trabalhar lá. Mas, daquele grupo do ponto de ônibus, só eu sobrevivi”.

Desde então, está difícil pensar em outro assunto. Na semana que seguiu à tragédia, Ana Paula passou grande parte do tempo em frente à TV. “Meu marido, minha família, um monte de gente briga comigo para eu parar de ver notícias sobre isso. Mas eu não consigo. Acordo e já ligo o aparelho, para tentar saber de algum colega”, fala ela.

Assim como muitos funcionários da Vale que viram a lama e sobreviveram, Ana Paula passou alguns dias sem dormir. “Mas, se eu ficar na cama, de que vai adiantar eu ter sobrevivido?”, questiona ela, que está sendo atendida por uma psicóloga contratada pela empresa – diversos profissionais da área foram disponibilizados pela mineradora para acompanhar quem foi afetado pelo desastre.

“Ela (a psicóloga) falou para eu pensar que sobrevivi e ajudei outras pessoas a se salvarem”, diz Ana Paula.

E daqui para frente, o que vai acontecer? “Não sei. Eu nem penso nisso. Eu vou ter que trabalhar, ficar em casa vai ser pior. Acho que não vão mandar a gente embora. A maior parte de Brumadinho trabalha lá (na Vale)”, responde a funcionária da mineradora.

E quanto à barragem? “Quem dera eles tivessem falado (do risco) para a gente, mas eu não sei se sabiam ou não. Tem que esperar a investigação esclarecer”.

Pesquisa mostra impactos no bem-estar de usuários ao deixar Facebook

Uma pesquisa de acadêmicos das universidades de Stanford e de Nova York, nos Estados Unidos (EUA), mostrou impactos positivos em pessoas que pararam de usar a rede social Facebook durante um período. O estudo verificou entre os entrevistados um aumento do “bem-estar”, melhoria na socialização offline, redução da polarização política e uma queda do tempo de presença na plataforma após o fim do levantamento.

O trabalho, que envolveu 2,8 mil pessoas residentes nos EUA, constatou que a interrupção reduziu o tempo em redes sociais, “liberando” em média uma hora por dia dos participantes. Eles relataram ter se dedicado a outras atividades, como assistir televisão e socializar com familiares e amigos.

Os autores também examinaram o acompanhamento de notícias e o engajamento político, incluindo a polarização das pessoas envolvidas. Esse último termo mostra a intensidade de discordância de pontos de vista, fenômeno indicado por outros estudos como um dos efeitos do uso de redes sociais diversas.

Foi observada uma queda de 15% no tempo dedicado a notícias. As pessoas fora da rede social acompanharam menos questões de atualidade política e iniciativas de governantes, como do presidente Donald Trump. Os autores não conseguiram detectar impacto na participação política, como a decisão de não participar das eleições legislativas norte-americanas.

Contudo, o estudo verificou uma diminuição da polarização e exposição a mensagens com conteúdos de críticas fortes a determinadas visões políticas. Houve queda no índice formulado pelos autores. Contudo, eles alertam para o fato de que esse resultado não foi significativo e não pode ser generalizado como uma mudança de postura em relação a temas como o partido de preferência, por exemplo.

Bem-estar

Também foram analisados indicadores relacionados ao bem-estar das pessoas que participaram do estudo. “A desativação da rede social trouxe pequenas, mas significativas melhorias no bem-estar e, em particular, em registros de felicidade, satisfação de vida, depressão e ansiedade”, concluíram os acadêmicos. Na escala utilizada, esses impactos foram equivalentes a cerca de 25% a 40% de efeitos percebidos em intervenções psicológicas, como terapias individuais e em grupo.

Uso do Facebook

Outro ponto avaliado foi a continuidade do uso do Facebook pelos participantes. Eles relataram, em média, um tempo na plataforma 23% menor do que o dispendido pelas pessoas que não desativaram as contas e também foram acompanhadas no estudo. “Os participantes relataram que estavam passando menos o Facebook, tinham desinstalado o app de seu telefone e estavam fazendo um uso mais decidido da plataforma”, diz o texto.

Segundo os autores, essas respostas vão ao encontro da percepção de impactos positivos na vida dos usuários, ao encerrar ou reduzir o engajamento na rede social. “A desativação fez com que as pessoas apreciassem mais o Facebook, tanto em seus impactos positivos quanto negativos em sua vida”, destaca a pesquisa.

Procedimentos

O levantamento avaliou 2,8 mil usuários da rede social e convidou-os a interromper o uso durante um mês, especificamente na reta final das eleições legislativas promovidas no ano passado nos Estados Unidos. Foram avaliadas tanto pessoas que desativaram seus perfis quanto aquelas que não o fizeram, técnica chamada em pesquisas de “grupos de controle”.

Rio Paraopeba: terceira membrana para contenção de rejeitos começa a operar

Entra em operação ontem (5/2) a terceira membrana de contenção instalada no Rio Paraopeba, a fim de proteger o sistema de captação de água de Pará de Minas (município localizado a 40km de Brumadinho) e garantir o abastecimento contínuo da região. Conforme informado, a iniciativa é uma medida preventiva e faz parte do plano apresentado pela Vale ao Ministério Público e aos órgãos ambientais.

Em 46 pontos ao longo do Rio Paraopeba até a foz do Rio São Francisco, a Vale continua também fazendo o monitoramento da água e de sedimentos, com coletas diárias que são enviadas para análise química. A cada hora é realizada ainda análise de turbidez, em outros quatro pontos. O rejeito que vazou da barragem 1 está concentrado no córrego Feijão e Carvão e na sua confluência com o Paraopeba.

Entenda como funciona a barreira

A barreira de contenção instalada tem 50 metros de comprimento e profundidade de dois a três metros. A estrutura funciona como um tecido filtrante, evitando a dispersão das partículas sólidas (argila, silte, matéria orgânica etc), que provocam a turbidez da água e alteram sua transparência.

Para manter a verticalidade das cortinas antiturbidez, há correntes metálicas na borda inferior (na parte imersa), onde são acoplados pesos, não permitindo que o fluxo do rio faça a cortina subir até a superfície da água. Já o elemento flutuante utilizado é uma boia cilíndrica, que pode ser utilizada para conter o avanço de elementos suspensos na água.

Vale quer aumentar produção a seco para 70% até 2023

A Vale informou, ontem (5) à noite, que tem planos de aumentar a parcela de produção a seco para 70% em 2023, com a redução gradativa da utilização de barragens nas operações.

O aumento da parcela de produção a seco da mineradora foi anunciado 12 dias após o rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, Minas Gerais.

Paralelamente ao aumento da produção a seco, a Vale informou que planeja investir aproximadamente R$ 1,5 bilhão (cerca de US$ 390 milhões) na implementação de tecnologia de disposição de rejeito a seco (dry stacking).

Em nota, a empresa diz que a iniciativa se agrega à aquisição da New Steel – que desenvolve tecnologias inovadoras de beneficiamento de minério de ferro a seco – em dezembro do ano passado, por US$ 500 milhões.

As informações indicam que os investimentos da mineradora brasileira em gestão de barragens atingirão R$ 256 milhões (cerca de US$ 70 milhões) agora em 2019, segundo orçamento aprovado no ano passado. O volume representa crescimento de cerca de 180% em relação aos R$ 92 milhões (cerca de US$ 30 milhões) investidos em 2015.

“Os crescentes e relevantes investimentos em gestão de barragens e ações de saúde e segurança evidenciam o compromisso da Vale com a disponibilização dos recursos necessários para preservar a saúde e segurança de seus funcionários e das comunidades vizinhas”, diz a nota.

Segundo a empresa, os investimentos em novas barragens, todas construídas pelo método convencional, refletem as necessidades operacionais da companhia e o cronograma de implantação de cada um dos projetos em execução.

Celpa deve ajustar avisos de desligamento, recomenda Ministério Público

O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), através do promotor de Justiça da 3ª Promotoria Cível de Parauapebas, Hélio Rubens Pinho Pereira, expediu recomendação à Central Elétrica do Pará (Celpa), para que sejam efetuadas as alterações e adequação imediata nos avisos de desligamento de energia elétrica, no município, considerando a Resolução nº 414/2010 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Atualmente a Celpa emite suas notificações de forma impressa com a frase “REAVISO DE VENCIMENTO”, em caixa alta e com letras grandes, enquanto que as informações sobre um possível desligamento no fornecimento de energia, é expresso de forma contrária, sendo esse em letras muito menores em comparação as demais letras que compõem a fatura, impedindo que as pessoas idosas ou com deficiência visual compreendam o texto e o detalhamento do comunicado.

O consumidor Marcelo de Oliveira Cabral recebeu esse modelo de comunicado, e foi constatado que a Celpa está em desacordo com legislação vigente.

O Art. 173, inciso I da Resolução, mostra algumas características de como o comunicado de suspensão deve ser: “a notificação seja escrita, específica e com entrega comprovada ou, alternativamente impressa em destaque na fatura, com antecedência mínima de 3 dias”.

“O princípio da informação figura como um dos princípios basilares do direito do consumidor, sendo, além de uma prerrogativa constitucional, um recurso de equilíbrio entre as partes na relação de consumo”, enfatiza no documento o promotor Hélio Rubens.

A empresa claramente infringe o direito do consumidor, bem como a Resolução nº 414/2010, em suspender de forma ilegal o fornecimento de energia elétrica e sem notificação que esteja de acordo com a resolução.

Com base na demonstração do dano causado ao consumidor, por meio da empresa Celpa, o MPPA recomenda que no prazo de 10 dias, a Celpa adote, imediatamente, providências para adequar as notificações de suspensão no fornecimento de energia elétrica, de acordo com as exigências contidas na Resolução nº 414/2010, devendo destacar os termos que tratam sobre a limitação e restrição do direito do consumidor a receber o serviço público essencial.

O não acatamento da Recomendação implicará na adoção das medidas legais necessárias, a fim de assegurar o seu cumprimento. Entre elas, o ajuizamento de Ação Civil Pública e pedido de indenização por danos morais coletivos, proporcional ao número de consumidores afetados.

Ocorrências de furtos e roubos de veículos reduziram 44% no Pará

A Polícia Civil do Pará contabilizou, no primeiro mês do ano de 2019, uma redução de 44% das ocorrências de roubos e furtos de veículos em todo Estado, no comparativo com o mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (4), pela Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO).

A unidade está vinculada à Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores (DRFVA). Os números foram obtidos com base em pesquisa estatística realizada nos 31 dias do mês de janeiro de 2019, nos sistemas de informações do Sistema Operacional do Detran (Sisdetran) e Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam).

Segundo o diretor da DRCO, delegado Thiago Dias, que à época das pesquisas era o titular da DRFVA, o levantamento dos dados foi realizado para servir de planejamento operacional das ações repressivas da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores.

“Foi percebido que, no Pará, os crimes contra o patrimônio, que tem como objeto de crime veículos automotores, tiveram uma redução de 44% no período”, explica.

O levantamento estatístico mostrou ainda que os registros de roubos de veículos apresentaram decréscimo de 50,4%. Já os registros de furtos de veículos tiveram uma redução de 34,29%. Os números percentuais são referentes ao comparativo com os números de registros do mesmo período de 2018.

Para o delegado, os dados demonstram que as ações repressivas adotadas pela Polícia Civil no início deste ano de 2019 tiveram um reflexo positivo na redução dessas modalidades criminosas.

Confira os números:

Roubos – Janeiro de 2019: 366 ocorrências / Janeiro de 2018: 738 ocorrências.

Furtos – Janeiro de 2019: 320 ocorrências / Janeiro de 2018: 487 ocorrências.

Apesar da redução de casos no Pará, Parauapebas está no top 10 da dengue

A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) informou, nesta terça-feira (5), que houve uma redução de 54,56% no número de notificações de dengue. Os índices são do mês de janeiro de 2019, quando foram registrados 354 casos, enquanto no mesmo período do ano passado foram 779 ocorrências. As informações integram o o 1º Informe Epidemiológico da Dengue, Chikungunya e Zika de 2019.

As três doenças são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Do total de casos de dengue notificados, 125 foram confirmados, 175 permanecem em investigação e 54 foram descartados. Não houve nenhum óbito por dengue no Pará.

Desde 2016, seguindo a proposta da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde utiliza três tipos de classificação de dengue, ou seja, dengue, dengue com sinais de alarme e dengue grave.

Os dez municípios com mais casos confirmados de dengue são São Félix do Xingu (74), Parauapebas (20), Novo Repartimento (5), Canaã dos Carajás (4), Tailândia e Mãe do Rio (3); e Jacundá, Marabá, Santarém e Palestina do Pará (2).

De acordo com a Coordenação Estadual de Controle da Dengue, esses números estão sujeitos a alterações, devido ao atraso no repasse dos dados pelos municípios ao nível regional e espera pelos resultados laboratoriais, duplicidades, descarte por outras causas e exclusão no Sinan.

Febre Chikungunya – Em relação à essa doença, o informe traz um total de 619 casos notificados no mês de janeiro, contra 821 casos no mês de janeiro de 2018, representando uma queda de 24,61%. Do total de notificados, 54 foram confirmados e os demais continuam senso investigados.

Do total de notificados, mais de 50% (319) são de Belém; seguida do município de Ananindeua, com 103 notificações; Marituba (78) e Mãe do Rio (13). Quanto aos casos confirmados, a capital também lidera com 27 casos da doença, seguida dos municípios de Mãe do Rio e Marituba, com oito casos confirmados cada um.

Febre Zika – Finalmente, no que se refere à febre zika, foram notificados 29 casos, o que corresponde a uma redução de 59,15% em relação a janeiro de 2018, com 71 casos notificados. Cinco casos foram confirmados e os demais prosseguem em investigação.

Sobre o monitoramento de casos de microcefalia no estado do Pará, a Coordenação Estadual de Controle da Dengue informa que, desde 2015 até hoje, foram notificados 136 casos de microcefalia, sendo 24 confirmados por relação com o Zika Vírus. Cinco foram descartados, seis sem classificação e 101 permanecem em investigação.

A Sespa elaborou o Plano de Contingência Estadual de Dengue, Chikungunya e Zika, tendo como principais ações a realização de treinamento do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) e Levantamento de Índice Amostral (LIA), o bloqueio de transmissão viral nos municípios de Ananindeua, Belém e Marituba, e ações de educação e mobilização visando à participação da população no controle da dengue.

Além de ações preventivas, cabe aos municípios informar imediatamente a ocorrência de casos graves e óbitos suspeitos por dengue à Coordenação Estadual de Controle da Dengue. Segundo a Sespa, para a confirmação de óbitos por dengue é necessária a investigação epidemiológica com aplicação do protocolo de investigação de óbito, e os exames específicos (sorologia e isolamento viral) no Laboratório Central do Estado (Lacen-PA) e Instituto Evandro Chagas (IEC).

Medidas preventivas – A Coordenação Estadual ressalta que a população também deve continuar fazendo a sua parte na prevenção dessas doenças, eliminando os possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti, principalmente, nesse período chuvoso. Basta seguir as seguintes orientações: guardar as garrafas sempre viradas para baixo; encher pratinhos de vasos de plantas com areia até a borda; manter bem tampados baldes, tonéis e caixas d’água; guardar pneus ao abrigo da chuva e da água; limpar calhas no telhado; não deixar água parada sobre a laje; colocar o lixo em sacos plásticos bem fechados dentro de uma lixeira tampada; e fazer sempre manutenção de piscinas utilizando produtos químicos apropriados.

 

Deixe seu comentário