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Vale abre vagas de estágio no Pará e em outros seis Estados

A Vale está com seleção aberta para mais de 500 vagas de estágio. Há oportunidades no Pará, Rio de Janeiro, Maranhão, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo e Distrito Federal. Estudantes de diversos cursos de nível técnico e superior poderão trabalhar em áreas corporativas e operacionais da empresa, nas minas, usinas, portos e ferrovias. As inscrições podem ser feitas até 31 de maio pelo sitewww.vale.com/oportunidades.

 

No Pará, as vagas são para os municípios de Parauapebas, Canaã dos Carajás, Marabá e Ourilândia do Norte. Após a inscrição pela internet, os candidatos realizam prova online e, nos meses de junho e julho, participam de entrevistas e painéis. A contratação está prevista para agosto e setembro.

 

Maelma Rodrigues dos Santos é aluna do sexto período de Administração e faz estágio na Vale, na área de Sustentabilidade, em Parauapebas
O Programa de Estágio integra os programas porta de entrada de Vale, que têm como objetivo contribuir com a preparação de jovens para o mercado de trabalho e fortalecer a geração de conhecimento técnico para a cadeia de mineração na região sul e sudeste do Pará.

A Vale preza pelo respeito às diferenças e a inclusão de todos e procura dar oportunidade para que cada um desenvolva seu potencial. Por isso, em todas as localidades temos vagas para estágio técnico e regular para pessoas portadoras de deficiência acima da cota mínima definida por lei.

 

Pré-requisitos e bolsa-auxílio

 

Para concorrer às vagas de nível técnico é necessário estar matriculado na instituição de ensino, estar formado na parte teórica ou não ter cumprido ainda a carga horária obrigatória de estágio. A duração máxima do estágio é de um ano. Já no caso de estudantes nível superior, é necessário apresentar a declaração da instituição de ensino autorizando a realização de estágio. Neste caso, a duração máxima do estágio é de dois anos.

 

Os selecionados receberão bolsa-auxílio mensal de até R$ 1.375 (os valores variam dependendo do curso, técnico ou superior, e da carga horária), assistência médica e seguro de vida. Nas unidades onde a empresa não oferece transporte e restaurante, os estagiários também receberão vale-transporte e vale-refeição. A carga horária do estágio varia entre quatro e seis horas diárias, dependendo das atividades a serem desenvolvidas. O estagiário também tem direito a recesso remunerado de 15 dias a cada 6 meses.

 

Serviço

O que: vagas para estágio na Vale
Quando: inscrições até 31 de maio
Como se inscrever: acesse o site www.vale.com/oportunidades

Por unanimidade, Sexta Turma do STJ decide soltar Temer e coronel Lima

A Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu hoje (14), por unanimidade, conceder uma liminar (decisão provisória) para que o ex-presidente Michel Temer seja solto. Ele está preso preventivamente desde 9 de maio em São Paulo, no âmbito da Operação Lava Jato.

A decisão vale também para o coronel João Baptista Lima, amigo do ex-presidente que é apontado pelo Ministério Público Federal (MPF) como operador financeiro de Temer. Ambos devem ser soltos após comunicação às autoridades competentes.

Os ministros do STJ determinaram ainda que, após a soltura, Temer e Lima não podem mudar de endereço, ter contato com outras pessoas físicas ou jurídicas investigadas ou deixar o país, além de ter de entregar seus passaportes à Justiça, caso já não o tenham feito. O ex-presidente ainda ficou proibido de exercer cargos políticos ou de direção partidária.

No julgamento desta terça, prevaleceu o entendimento do relator do habeas corpusde Temer no STJ, ministro Antônio Saldanha Palheiros, para quem o decreto original de prisão foi incapaz de apontar algum ato delitivo recente que justificasse a prisão preventiva do ex-presidente.

No momento, Temer está preso no Comando de Policiamento de Choque (CPChoque) da Polícia Militar, na região da Luz, centro da cidade de São Paulo. O coronel Lima encontra-se custodiado em um presídio militar.

Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) começa a julgar o habeas corpus protocolado pela defesa do ex-presidente Michel Temer.
Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) julga habeas corpus protocolado pela defesa do ex-presidente Michel Temer – Superior Tribunal de Justiça

Julgamento

Em seu voto, o relator Antônio Saldanha Palheiro disse que além dos fatos que embasavam a prisão serem antigos, Temer não goza mais do prestígio político que tinha, pois “deixou a presidência no início deste ano e não exerce mais cargo de relevo”.

O ministro acrescentou que no decreto de prisão “não foi tratado nenhum fato concreto recente do paciente para ocultar ou destruir provas”, um dos motivos pelos quais ele deve ser solto.

Acompanharam o relator os ministros Laurita Vaz, Rogério Schietti e Nefi Cordeiro. O ministro Sebastião Reis Júnior se declarou impedido por já ter atuado em escritório que, no passado, prestou serviços à Usina de Angra 3, que é alvo das investigações que resultaram na prisão de Temer.

Em seu voto, a ministra Laurita Vaz destacou ser normalmente rígida em casos envolvendo desvios de dinheiro público e disse que o Brasil “precisa ser passado a limpo”, mas ressalvou que “essa luta não pode virar caça às bruxas com ancinhos e tochas na mão, buscando culpados sem preocupação com princípios e garantias individuais que foram construídos ao longo de séculos”.

O ministro Rogerio Schietti reconheceu que “o que se tem são sinais de corrupção sistêmica”. Ele, porém, considerou que, no caso específico, “nós temos fatos que isoladamente considerados se distanciam um pouco no tempo, trazendo dificuldades para a sustentação do decreto preventivo [de prisão]”.

Já o ministro Nefi Cordeiro argumentou que se o ex-presidente e seu amigo forem condenados, merecerão a mais grave pena, mas, enquanto isso não ocorrer, a regra é que se responda ao processo em liberdade. “Não se pode prender no processo como resposta a desejos sociais de justiça instantânea”, disse.

Prisão

Temer e coronel Lima foram presos preventivamente pela primeira vez em 21 de março, por ordem do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro. Entre as razões, o magistrado citou a “gravidade da prática criminosa de pessoas com alto padrão social, mormente políticos nos mais altos cargos da República, que tentam burlar os trâmites legais”.

Quatro dias depois, entretanto, o desembargador Ivan Athié, do TRF2, concedeu liminar libertando os dois, por considerar insuficiente e genérica a fundamentação da prisão preventiva, uma vez que não apontava ato recente específico que demonstrasse tentativa de obstruir as investigações.

O Ministério Público Federal (MPF) recorreu e, em 8 de maio, a Primeira Turma Especializada do TRF-2 derrubou a liminar que determinou a soltura de Temer por 2 votos a 1. A posição de Athié foi vencida pelos votos dos desembargadores Abel Gomes e Paulo Espírito Santo. Temer voltou ao cárcere no dia seguinte, em São Paulo, onde tem residência.

Operação Descontaminação

O pano de fundo das prisões e liberações de Temer e Lima é a Operação Descontaminação, que apura a participação de ambos no desvio de recursos na obra da usina nuclear de Angra 3, no Rio de Janeiro. Segundo os procuradores responsáveis pelo caso, os desvios na construção da unidade de geração de energia chegam a R$ 1,6 bilhão, em decorrência de diferentes esquemas.

No início de abril, Bretas aceitou duas denúncias do MPF, tornando Temer, Lima e outras 11 pessoas réus no caso. O ex-presidente foi acusado dos crimes de corrupção passiva, peculato (quando funcionário público tira vantagem do cargo) e lavagem de dinheiro.

O esquema detalhado nesta denúncia específica teria desviado R$ 18 milhões das obras de Angra 3, dos quais R$ 1,1 milhão teriam sido pagos como propina, por intermédio da empresa Argeplan, do coronel Lima.

Temer é réu ainda em outras cinco ações penais, a maioria delas na Justiça Federal do Distrito Federal (JFDF). Ele ainda responde a outras cinco investigações em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo.

Defesas

No pedido de liberdade ao STJ, a defesa do ex-presdente havia afirmado que ele “nunca integrou organização criminosa nem praticou outras modalidades de crime, muito menos constitui ameaça à ordem pública”. Os advogados acrescentaram que ele “é um pai de família honrado, que não merece, aos 78 anos de vida, ver-se submetido ao cárcere”.

A defesa do coronel Lima, por sua vez, havia alegado que el deveria ser solto por estar em estado de saúde “gravíssimo e periclitante”, sendo portador de diabetes e tendo sido vitimado por dois acidentes vasculares cerebrais (AVC´s) recentes, segundo os advogados.

Em relação à denúncia apresentada pelo MPF, o advogado de Temer disse que “as acusações insistem em versões fantasiosas” e que as imputações de atos criminosos ao ex-presidente terá como destino “a lata de lixo da História”. A defesa do coronel Lima não se manifestou na ocasião, embora venha negando a participação dele em qualquer ilícito.

Ex-integrante do Governo Temer pode assumir a Secretaria de Saúde de Parauapebas

As informações foram publicadas na tarde desta terça-feira (14) no Blog do Zé Dudu, confira abaixo na íntegra:

O empresário do ramo turístico no município de Maragogi – litoral norte de Alagoas – e ex-coordenador geral do Ministério da Saúde no Governo TemerGilberto Regueira Alves Laranjeiras (Betinho Laranjeiras), está em Parauapebas para verificar in loco a atual situação da saúde.

Laranjeiras, 38 anos, foi convidado pelo prefeito Darci Lermen para assumir a pasta em substituição a José das Dores Couto. Ele veio fazer um diagnóstico da saúde em Parauapebas e deve aceitar o cargo. Extraoficialmente há informações de que sua posse deve acontecer na próxima terça-feira (20), quando será apresentado como novo secretário.

Promotoria recomenda melhora do espaço físico destinado aos adolescentes apreendidos

A 3ª Promotoria de Justiça de Redenção, por meio da titular Rosângela Hartmann, com atribuição na área da Infância e Juventude, expediu Recomendação ao Governo do Estado e Polícia Civil para a  construção, no prédio da Delegacia de Polícia de Redenção, de salas masculina e feminina adequadas para adolescentes apreendidos na região. Menores de idade que cometem algum ato infracional ficam no prédio da Delegacia até a transferência para locais específicos.

O Governo do Pará projeta construir, em Redenção, um complexo de prédios de órgãos da segurança pública para abrigar, dentre outras, a sede da Delegacia de Polícia Civil. A promotora visualizou a oportunidade de  “incluir nesse projeto sala especial para os adolescentes masculinos e femininos em conflito com a lei, apreendidos em situação de flagrante de ato infracional e com internação provisória decretada, que aguardam transferência para o Centro de Internação do Adolescente Masculino (CIAM), em Marabá, ou para unidade de internação feminina na região metropolitana de Belém‘’, descreve.

Ao Governador do Estado do Pará, Helder Barbalho, a promotoria recomenda que seja determinado à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas, encarregada da edificação da nova sede da Delegacia de Polícia Civil de Redenção,  a inclusão no projeto, de duas salas, uma feminina e outra masculina, com instalações sanitárias e mobiliário adequados, onde os menores infratores devem permanecer até a transferência. Ao Delegado Superintendente de Polícia Civil, Luiz Antônio Ferreira, que interceda junto à Secretaria de Estado encarregada da edificação, para a inclusão das salas.

A promotoria considerou relatório técnico realizado pelo engenheiro civil José Cristiano de Oliveira, do Grupo de Apoio Técnico Interdisciplinar do Ministério Público Estadual (GATI/MPPA), no qual foram constatadas as condições insalubres do espaço físico atual destinado aos adolescentes apreendidos no município. No local há  “um antigo corredor improvisado como sala, sem ventilação e sem iluminação, sem separação por sexo, com banheiro sem condições de uso (com vaso sanitário tipo bacia turca e sem chuveiro), sem qualquer mobília e sem privacidade’’, relata.

Nos argumentos apresentados pela promotoria, foram ressaltados os direitos e garantias assegurados às crianças e adolescentes pela Constituição Federal, pela Lei nº 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente) e pelas Convenções Internacionais em que o Brasil é signatário, dentre elas a Convenção das Nações Unidas Sobre Direitos da Criança.

O Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece ainda que em cidades onde não há espaços próprios para cumprimento de internação (definitiva ou provisória), o adolescente apreendido deve aguardar sua transferência em repartição policial com instalações apropriadas e isolado de adulto.

A promotoria solicitou resposta sobre os termos recomendados no prazo de 60 dias úteis, a contar do recebimento.

Obras de infraestrutura no Complexo Altamira vão gerar empregos para comunidade

Integrando as comemorações do aniversário de 31 anos de Parauapebas, foram assinadas na tarde da última sexta-feira (10) Ordens de Serviços (OS) para diversas obras de infraestrutura, que vão beneficiar a comunidade do Complexo Altamira e também dos bairros Beira Rio II e Jardim Canadá.

Durante o evento, realizado no bairro Betânia, o prefeito Darci Lermen apresentou as empresas responsáveis pela execução das obras e reforçou a cobrança, junto aos seus representantes, de que a mão de obra da localidade deve ser contratada para a prestação dos serviços.

“Temos como política de governo essa orientação para as empresas contratadas, que aproveitem a mão de obra local, das comunidades onde estão atuando, porque a gente acredita que isto facilita a logística do funcionário e também entendemos que ele vai trabalhar com mais dedicação por ser seu bairro”, reforçou Darci.

“Estamos muito alegres em receber essas obras que irão beneficiar o dia a dia da nossa comunidade. Esperávamos muito por isso, pincipalmente por essa geração de empregos”, afirmou o presidente da Associação de Moradores do Bairro Betânia (AMBB), Cícero Brito.

O pacote de obras contempla: drenagem e pavimentação asfáltica do alto do Betânia; interligação do bairro Beira II ao Residencial Alto Bonito com obras de infraestrutura na Avenida A; drenagem profunda e pavimentação do Jardim Canadá I, bairro que nunca recebeu infraestrutura e suas vias; construção de uma passarela na PA 160 para acesso ao Residencial Alto Bonito; reforma da Praça da Casas Populares I; infraestrutura em vias do Beira Rio II.

“As obras iniciam na segunda-feira (13), esperamos entregar até o natal uma boa parte. A primeira fase da Avenida J, no Jardim Canadá, já foi concluída. Iniciaremos na segunda-feira (13) obras de infraestrutura na via, nas proximidades da delegacia, será a segunda parte da obra que contemplará todo o Jardim Canadá I”, explicou Wanterlor Bandeira, secretário de Obras.

 

Infraestrutura do Complexo Altamira

“Me recordo da época em que essa área que estamos realizando este evento [rua Bartolomeu, esquina com a rua Nicodemos, no bairro Betânia], era uma lagoa, onde tinham várias palafitas. No passado, fizemos um grande investimento em infraestrutura aqui. Estar hoje em cima desse chão, me traz muita alegria ao recordar todo esse trabalho e ver a importância do investimento que fizemos. Assim também será com esse novo pacote de obras que estamos lançando, vamos melhorar a vida de quem mora no Complexo Altamira”, afirmou Darci.

Entre 2010 e 2012, a Prefeitura realizou um investimento pesado em infraestrutura do Complexo Altamira, com drenagem e pavimentação das vias, que resolveu os principais problemas de áreas alagadiças e a falta de mobilidade na localidade.

Vale abre 500 vagas de estágio com remuneração de até R$ 1.375; veja como se inscrever

A mineradora Vale abriu as inscrições para o Programa de Estágio 2019. São cerca de 500 vagas para diversos cursos de nível técnico e superior em sete estados: Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Pará e Rio de Janeiro.

No Programa de Estágio 2019 do segundo semestre são mais de 500 vagas distribuídas em 7 estados na Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro e nas suas diversas áreas de atuação: Corporativo, Mina, Usina, Porto e Ferrovia.

Para nível técnico: é necessário estar matriculado na instituição de ensino, estar formado na parte teórica ou não ter cumprido ainda a carga horária obrigatória de estágio. Duração máx. de 1 ano (Previsão de formatura: o(a) candidato(a) deverá manter vínculo com a instituição de ensino até no mínimo ago/2020 e no máximo ago/2021).

Para nível superior: é necessário apresentar a declaração da instituição de ensino autorizando a realização de estágio. Duração máx. de 2 anos. (Previsão de formatura: de ago/2020 a ago/2021).

Nivel Técnico 

Estudantes com formação entre Agosto de 2020 e Agosto de 2021

Carga Horária: 4h ou 6h com duração máxima de 1 anos

  • Bolsa-auxílio (4h): R$ 664,20
  • Bolsa-auxílio (6h): R$ 996,30
  • Vale-refeição ou refeitório
  • Vale-transporte ou transporte
  • Seguro de vida
  • Assistência médica
  • Férias: 15 dias a cada 6 meses

Atenção: É necessário estar matriculado na instituição de ensino, estar formado na parte teórica ou não ter cumprido ainda a carga horária obrigatória de estágio.

Nível Superior 

Estudantes com formação entre Agosto de 2020 e Agosto de 2021

Carga Horária: 4h ou 6h com duração máxima de 2 anos

  • Bolsa-auxílio (4h): R$ 916,35
  • Bolsa-auxílio (6h): R$ 1375,14
  • Vale-refeição ou refeitório
  • Vale-transporte ou transporte
  • Seguro de vida
  • Assistência médica
  • Férias: 15 dias a cada 6 meses

Atenção: É necessário apresentar a declaração da instituição de ensino autorizando a realização de estágio.

Como realizar a inscrição 

As inscrições para o Programa de Estágio 2019 estão abertas no site da Vale até o dia 31 de maio e a contratação acontece em agosto de 2019. Os interessados deverão realizar a inscrição no site da Vale no link inscrições.

 

Violência contra a mulher é preocupante em Parauapebas

Apesar de tempos tão modernos, os gêneros parecem não se entender dentro dos espaços que, a cada dia, convergem para ser o mesmo; tendo em vista que não há mais aquela “velha qualificação” de que esse é trabalho ou lugar de mulher e aquele é trabalho ou lugar de homem.

O machismo e a sociedade patriarcal vêm sendo diluídos com a chegada da igualdade de gêneros, mas, para que isso aconteça, tem sido preciso enfrentar a resistência de muitos que, por muitas vezes, chegam ao extremo iniciando desde ameaças, coação, agressões verbais, agressões físicas, tentativas de feminicídio e até feminicídios consumados.

Em Parauapebas, coincidência ou não, dois marcos trágicos foram fincados no mesmo dia, apenas, em anos diferentes; assim, os dias 31 de março de 2018 e 31 de março de 2019 ficaram manchados com sangue. Na primeira data, Sindicléia de Carvalho Vieira Santos, 42 anos, esposa do então secretário municipal de Desenvolvimento de Parauapebas, Isaías Queiroz de França, que foi assassinada quando saída do culto da igreja Assembléia de Deus Mãe, Bairro Altamira. Já na mesma data, este ano, a comerciária Dayse Dyana Sousa e Silva foi assassinada pelo seu companheiro, o agente do DETRAN, Diógenes Samaritano da Silva.

Ambos os casos tiveram grande repercussão na mídia local e do Estado, porém, apenas o segundo teve como resultado a prisão do acusado. Quanto ao primeiro, em que teve como vítima Sindicléia de Carvalho, a família da vítima ainda clama por justiça.

A equipe de reportagens do Portal Pebinha de Açúcar entrevistou com exclusividade a delegada Ana Carolina Abreu, titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM), para entender melhor como tem se comportado os homens em relação às mulheres em Parauapebas.

“Talvez não seja a violência que tenha aumentado, mas, sim, o número de mulheres que tem se encorajado a denunciar os agressores. Isso acontece com o aumento da informação, pois, muitas mulheres ainda não sabem seus direitos ou não acreditam na solução do problema”, explica Ana Carolina, dando por certo que a melhor arma disponível para as mulheres é a informação a respeito dos seus direitos; o que, ainda segundo a delegada, encorajam a denunciar os agressores.

Mas, a delegada aponta como problemática o fato de que a polícia trata a consequência da violência doméstica e não a causa. Segundo ela a sociedade patriarcal continua impondo que a mulher é uma propriedade do homem, não sendo um indivíduo de direito e sim um objeto que deve se sujeitar a qualquer coisa, podendo inclusive tirar-lhe a vida. “Então, assim que a denúncia chega à DEAM, o que a gente faz? Retira a mulher do ciclo da violência dando uma oportunidade para ela se refazer. Mas, o causador da violência permanece violento, pois, a gente não tem um trabalho educativo e social com ele. Assim, ele continua fazendo mais vítimas, sendo elas a namorada ou a próxima esposa que ele arranjar”, conta Ana Carolina, dando por certo que o machismo não sendo tratado o ciclo da violência se repetirá.

Perguntamos a ela de onde se origina o machismo dos indivíduos. Ela explicou que, quase sempre, o homem violento foi criado em um lar onde via o pai era agressivo com a esposa, e que o mesmo foi criado fendo o avô também agredindo a companheira, e isso faz com que o indivíduo pense tem um comportamento correto, apesar de inadequado para o momento em que vivemos.

Ao perguntar como tratar esse tipo de comportamento, ela foi enfática: “Primeiro vamos à causa preventiva, devendo se fazer um trabalho com nossas crianças; pois, sabemos que reproduzimos o que vemos ao nosso redor, infelizmente, até mesmo a violência. Assim, através de ações afirmativas que são palestras e conscientização que mostre às nossas crianças o que é o respeito. Assim, vamos combatendo o machismo que é uma violência opressora que tenta colocar o homem em uma situação de superioridade em relação à mulher. Assim, um garoto que vive em uma casa onde vê o pai se portando como superior à mãe, provavelmente ele vai repetir isso em seus relacionamentos”.

Mas, quando aos que já são adultos e praticam o machismo, a delegada explicou ser preciso combater de forma repressiva; porém, reconhece que o sistema penitenciário não trata ninguém. De acordo com a delegada Ana Carolina, é preciso implantar em Parauapebas grupos de homens com histórico da prática de machismo, a exemplo da Associação dos Alcoólicos Anônimos, onde através de conscientização, apoio e educação possibilite muitos homens mudarem de comportamento em relação às mulheres. “Isso serve como medida protetiva de urgência e medida restritiva de direito. A gente sabe que a maioria das penas aplicadas nas condenações às violências é apenas restritiva, sendo que poucos agressores chegam a serem encarcerados com condenação. Então, ao invés dele doar cestas básicas ou pintar muros, o melhor é obriga-lo a frequentar cursos, palestras, grupos etc. e depois que ele aprender sobre o respeito à mulher, ele ter que reproduzir o que aprendeu indo às escolas ensinar isso, propagando tudo o que aprendeu”, orienta Ana Carolina, dando por certo que o mesmo homem recuperado deva formar grupos de homens com históricos de agressão ou condenado pelo citado ato e assim ser um orientador ou palestrante, com objetivo de recuperá-los. Isso, na opinião da delegada, é uma medida repressiva.

Delegada Ana Carolina

 

Os casos de violência doméstica, de acordo com os dados da DEAM, não são uma exclusividade de alguma classe social; sendo que o machismo está permeado em todas as camadas e independe de grau de escolaridade. Porém, segundo a delgada Ana Carolina, os casos ocorridos em família com vulnerabilidade social são os que mais chegam à delegacia. “As mulheres de homens com melhor condição financeira ou mulheres com mais instrução escolar procuram resolver os casos sem exposição, pois, pensam ter muito a perder tanto em posição social quanto a bens que tem a repartir e isso a faz apanhar calada”, explica a delegada, recomendando que as mulheres agredidas precisam se encorajar e procurar a DEAM, onde ela será orientada a respeito dos trâmites e medidas protetivas de urgência.

Caso a mulher agredida não queira procurar a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM), pode procurar a Secretaria Municipal da Mulher (SEMMU), onde há equipe da Rede Protetiva de Atendimento com psicólogo e assistente social para ajudá-la a tomar a direção correta. Ana Carolina garante que a DEAM está sempre de portas abertas para acolher as mulheres vítimas de violência doméstica e, depois que ela procurar a delegacia, nunca mais as deixarão sozinhas. “Não adianta a mulher retirar a queixa contra o marido agressor, pois, todas as promessas de mudanças feitas por ele não durarão muitos dias. Enquanto ele não for curado do machismo e do modelo patriarcal e a violência voltará a acontecer”, assegura Ana Carolina.

Ações da sociedade

Mas, enquanto os gêneros não se entendem; os machistas não se curam; e uma geração de homens conscientes não surge; grupos de pessoas se unem para realizar atos públicos com o objetivo de levar conscientização a homens e mulheres.

Um desses exemplos foi a “Caminhada Contra O Feminicídio e Violência Doméstica” que foi realizada em Parauapebas no último sábado (11) pelo Instituto Mulheres Girassol em parceria com diversos órgãos, entidades e o poder público; quando saíram em caminhada do Bambuzal da PA-275, entrando pela Rua do Comércio, Rua Rio de Janeiro, Rua 16, Rua ‘E’ e encerrando na Praça de Eventos, onde houve palestras e distribuição de panfletos.

De acordo com a presidente da diretoria provisória do Instituto, Enildes Pereira de Melo, o ato teve como objetivo chamar a atenção para os altos índices de violência contra as mulheres, atos que ocorrem em todas as regiões brasileiras e em todas as camadas sociais. “Não existe um perfil de homem agressor; sendo encontrado em todas as profissões, raças e potencial financeiro. Por isso, é um mal mais difícil de ser combatido”, detalha Enildes.

Jovem morre afogado na zona rural de Parauapebas

Um jovem identificado como Wesley Santos foi vítima de afogamento na zona rural do município de Parauapebas. Segundo informações, o corpo foi encontrado na beira do rio, passando a ponte do limão na Palmares II.

Em relatos de amigos, aparentemente a vítima sofreu mal súbito, ele frequentemente tinha ataques compulsivos. Essa é uma das hipóteses que possa ter levado a vítima a ter sido vítima de afogamento, mas só após o laudo do IML, com a realização da necropsia que de fato as autoridades irão desvendar o motivo que levou ao afogamento.

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