Uma equipe do Instituto Médico Legal (IML), acompanhada de policiais civis, desenterrou na manhã deste sábado (5), num matagal localizado no final da Rua 2, Bairro Vila Nova, em Parauapebas, o cadáver de um homem assassinado com requintes de crueldade.
O achado macabro foi localizado na noite anterior, depois que uma guarnição da Polícia Militar abordou um adolescente, de 16 anos de idade, e detectou quatro vídeos na lixeira do aparelho celular dele mostrando cenas fortes da execução de um homem.
De acordo com os vídeos, a vítima estava amarrada e viva, e seu corpo sendo aberto, e tirado o coração do mesmo ainda pulsando e sendo cortado.
Interrogado pelos policiais quem eram os elementos que estavam cometendo o crime, o adolescente respondeu tratar-se dos indivíduos Felipe Pacheco, Carlos Emoji e Gabriel Lourinho. O adolescente negou ter participado do cruel assassinato, que havia adquirido o aparelho celular de Carlos Emoji e não tinha conhecimento dos vídeos na lixeira do dispositivo.
Em seguida, o jovem revelou que sabia onde o corpo da vítima, identificada depois como sendo Célio Kayke Ferreira da Silva, tinha sido enterrado e levou os policiais ao local. De acordo ainda com a polícia, o adolescente aproveitou um descuido da guarnição e tentou evadir-se do local, vindo a cair e sofrer leves escoriações pelo corpo.
Interrogado, o adolescente declinou dois endereços onde residiriam dois dos envolvidos no crime, mas a polícia não logrou êxito em localizar os mesmos.
Em declarações prestadas à reportagem do Portal Pebinha de Açúcar, o subtenente BM Wilson Mourão explicou que o Corpo de Bombeiros foi informado pela Polícia Civil sobre o corrido por volta das 23h30 de ontem (sexta-feira), dando conta que um corpo teria sido encontrado boiando nas águas, próximo do Bairro Vila Nova.
“Quando chegamos ao local, constatamos que o corpo não estava boiando em água, mas a uma distância aproximada de 350 metros, enterrado numa área de vegetação virgem”, detalha o graduado do Corpo de Bombeiros.
Por sua vez, o perito Augusto Andrade detalhou que, depois de o corpo ser resgatado, a próxima etapa do IML é identificar se a vítima foi executada por golpes de arma branca, paulada ou disparo de arma de fogo.
Numa avaliação preliminar, a olho nu, a equipe de perícia criminal verificou que o corpo encontrado estava com os membros superiores e inferiores amarrados, mas não apresentava nenhum indício de abertura no tórax ou barriga para extração de algum órgão, o que leva a crer que a vítima não seria aquela que aparece nos vídeos encontrados no celular do adolescente.