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Laudo do IML diz que mototaxista encontrado morto sofreu acidente de trânsito e companheiros fazem manifestação

Na manhã deste sábado (7), colegas de profissão e familiares do mototaxista Denisval Ferreira Duarte, que tinha 48 anos de idade, estiveram reunidos na 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil de Parauapebas alegando irregularidades na perícia realizada no corpo de Denisval por profissionais do Instituto Médico Legal (IML).

Como foi divulgado AQUI no Portal Pebinha de Açúcar, o corpo de Denisval foi encontrado sem vida no Bairro Cidade Jardim, em Parauapebas e sem o seu veículo de trabalho.

Segundo informações, na declaração de óbito consta que Denisval tenha sido vítima de acidente de trânsito, conforme resultado da necrópsia. Amigos e familiares questionaram o resultado, uma vez que o mototaxista estava desaparecido há mais de 5 dias e foi encontrado morto em uma área de mata no Bairro Cidade Jardim, com vestígios semelhantes ao crime de homicídio.

 

Denisval seria sepultado ainda nesta manhã no Cemitério Jardim da Saudade, no entanto, os familiares pedem que seja realizada uma nova perícia para apontar a real causa da morte.

Até o fechamento desta matéria o Instituto Médico Legal (IML) não havia emitido nenhuma nota sobre o assunto.

Parauapebense viaja mais de 2 mil km para reencontrar família na Paraíba, depois de 48 anos

Eronildo Januário da Silva, Seu Nildo, saiu da Paraíba com apenas 18 anos. Hoje tem 67 anos e há 48 anos não viu a família. Em 2021, a família dele foi localizada no interior paraibano e ele conversou, por telefone, com os irmãos e sobrinhos. Se preparou, e quase 2 anos depois, viajou com a esposa Tereza para reencontrar a família.

Seu Nildo até parece que seguiu a orientação do jovem conterrâneo Alanzinho Coreano, que é de Cascavel, região metropolitana de Fortaleza, e está estourado em todo o Brasil com o hit “Pega o Guanabara e vem”, que tem milhões de visualizações na internet.

 

Eronildo e a esposa Tereza embarcaram num ônibus da empresa Guanabara em Parauapebas na terça-feira (3) e, finalmente, após mais de 30 horas de viagem e de ter percorrido mais de 2 mil km chegou na quinta-feira (6) a Bananeiras, que fica a 70 km, de João Pessoa, a bela capital paraibana.

Quase toda a viagem foi registrada por dona Tereza com fotos e vídeos. Ao desembarcar em João Pessoa foi o primeiro reencontro foi com o sobrinho Josinaldo, de 41 anos, que não era nem nascido quando o tio Nildo sumiu no mundo. Mas a filmagem principal foi do reencontro do Seu Eronildo, em Bananeiras, com os irmãos, sobrinhos e cunhados. Foi emocionante, houve choro e sorrisos e muita alegria estampada no rosto de todos.

 

– Vixe Maria, estou diante do morto do vivo, disse, brincando o irmão Aguinaldo, ao destacar que todos da família imaginavam que Eronildo já estivesse morrido. Aguinaldo chegou a viajar ao Pará alguns depois do sumiço do irmão porque recebera a informação de que ele estaria em garimpos paraenses. Visitou até Parauapebas, onde Nildo mora, mas não conseguiu localizar o irmão e retornou, triste, para Bananeiras.

Seu Nildo, a irmã dele mais velha, dona Giselda, e a esposa Tereza

 

Agora, alegre e feliz, e para comemorar o reencontro, Agnaldo pediu para a família preparar o prato preferido do irmão: guisado de bode. Seu Nildo acompanhou a matança e o preparo do bode, sempre rodeado de parentes e amigos da família. O mês de janeiro de 2023 será inesquecível para a família Silva.

Dona Tereza e Seu Nildo estão muito felizes na Paraíba

 

E a chegada do Seu Nildo à Paraíba foi um presente especial para a dona Giselda, mãe do empresário Josinaldo: ela irá completar 73 anos de idade dia 14 de janeiro. Agora, com a presença do irmão querido.

 

A História

A história do Seu Eronildo foi contada aqui no Pebinha de Açúcar em dia 25 de abril de 2021. Relembre a história.

Uma emocionante história com mais um final feliz. Eu recebi um pedido do Erivan Januário dos Santos, de 24 anos, bombeiro civil, residente em São Paulo, para localizar o tio dele, Eronildo Januário da Silva, o Nildo, em Parauapebas (PA), mas quando comecei a investigação recebi a notícia que a família acabara de localizá-lo graças à iniciativa do jovem Francijunior Campos, residente em Canaã dos Carajás (PA). O Francijunior havia enviado um vídeo para o site Bananeiras Online Notícias, de Bananeiras, na Paraíba, onde moram os irmãos do Seu Nildo. O diretor do site, José Luiz, divulgou o vídeo. Uma sobrinha do Nildo, Josineide Morais, o conheceu e enviou o vídeo para o Erivan em São Paulo. O Erivan entrou em contato com o Márcio Alves, do portal Pebas Notícias, e o Márcio passou meu número de contato.

A mensagem que recebi foi esta: “Meu nome é Erivan Januário dos Santos, sou da cidade de Bananeiras, na Paraíba, mas moro atualmente em São Paulo. Há muitos anos meu pai, Agnaldo Januário da Silva, e seus irmãos estão à procura de nosso tio, Eronildo Januário da Silva, apelido de Nildo, que foi embora da Paraíba em 1975 e nunca mais deu notícias. Aí, nós queríamos o contato de alguém que tenha visto ele na cidade de Parauapebas, no Pará. Eu, em nome da família, é que estou focado nesse reencontro entre meu tio com meus pais, seus irmãos e irmãs. Nossa família agradeceria muito e ficaria muito feliz”. O Erivan também vinha há muito tentando localizar o tio nas suas redes sociais, mas sem sucesso.

Enquanto isso, o Francijunior, em Canaã dos Carajás, que também estava interessado em desvendar o caso do tio da sua esposa, foi até a propriedade do Seu Nildo na área da Palmares II, em Parauapebas, e gravou um vídeo. Divulgou o vídeo no Instagram e demais redes sociais e resolveu enviar também para o site paraibano Bananeiras Online Notícias. A persistência dele valeu a pena. Uma prima do Erivan viu o vídeo e encaminhou para ele em São Paulo, que por sua vez entrou em contato com o Francijunior e conversaram sobre o assunto. Francijunior imediatamente passou o contato do Glauber, publicitário e enteado do Seu Nildo, residente em Belém. Erivan e o primo dele, Josinaldo, que mora na Paraíba, e o Glauber se falaram e já trocaram os números de telefone e até criaram um grupo de WhatsApp para os familiares se comunicarem e matarem a saudade depois de mais de 45 anos.

Em busca de dias melhores

Eronildo Januário, ainda jovem e destemido, e mesmo semianalfabeto, aproveitou a propaganda do governo militar na década de 1970 de povoar a Amazônia com o slogan “Integrar para não entregar” e deixou a Paraíba rumo ao Pará, mas antes ficou um período no norte de Goiás, hoje Tocantins. Ao chegar ao Pará, por ter vindo do Goiás, recebeu o apelido de Goianinho e posteriormente Goiano. Acabou ficando Goiano. Trabalhou em garimpos e mais tarde conseguiu comprar um caminhão para transportar a produção agrícola de produtores da região de Parauapebas, que ainda nem era emancipada, e da área do Cedere I, vila que surgiu graças ao projeto do governo denominado GETAT – Grupo Executivo das Terras do Araguaia/ Tocantins. Goiano passava muita dificuldade, mas acreditava na sua garra e determinação para vencer na vida.

Em 1980, o agricultor Aguinaldo saiu da Paraíba e fez uma viagem ao sudeste do Pará, passando por Marabá e o então distrito de Parauapebas em busca do irmão, mas não obteve sucesso. Voltou para a Paraíba achando até que o irmão já estivesse morrido.

Cupido
O comerciante Gilberto e sua esposa Heloísa sempre viram com bons olhos o caminhoneiro Nildo. Fizeram amizade com ele e ofereciam cafezinho, almoço e até local para tomar banho, já que ele morava no próprio caminhão. Quando o Goiano vinha da zona rural com os agricultores e seus produtos, sempre trazia frutas para o casal Gilberto e Heloísa, como melancia, banana e abacaxi. A felicidade estava se aproximando.

Paralelamente a isso, a dona de casa Maria Tereza Marques Januário, irmã do Gilberto, morava na Serra dos Carajás desde 1985, mas em 1993 o casamento dela com o funcionário da Vale, Álvaro José da Silva, acabou. Álvaro passou a morar em Parauapebas e dona Tereza mudou-se para Icoaraci, distrito localizado a 20km de Belém, onde moravam seus pais e demais parentes. Lá, montou seu próprio negócio.

Um certo dia do ano de 2005 dona Tereza resolveu visitar o irmão em Parauapebas e conheceu o Nildo, que estava sempre com seu caminhão estacionado próximo ao comércio do Gilberto.

– Quem é esse aí?, perguntou dona Tereza

– O Goiano, dono daquele caminhão, que traz os produtos do pessoal da zona rural para vender aqui na cidade, respondeu Gilberto.

Os dois trocaram olhares e o cupido bateu forte. Dona Tereza, separada há muito tempo, e o Goiano, solteiro, livre e desimpedido, o resultado não poderia ter sido outro, senão o começo de um grande amor, apesar de o Goiano falar pouco e ser muito tímido. A simpatia foi muito grande e os dois começaram um bonito e respeitoso relacionamento.

Dona Tereza tinha recursos e ajudou a reformar o caminhão do Goiano e a providenciar os documentos que ele havia perdido. O casal morou um tempo em Parauapebas e em 2007 decidiu ir para Belém, onde dona Tereza já morava. Em Belém, o Goiano deixou de ser caminhoneiro e foi trabalhar numa cervejaria, conseguiu recursos e com o apoio de dona Tereza conseguiu comprar um amplo terreno em Icoaraci, construíram uma casa e a família vivia muito feliz. Dona Tereza já era mãe de quatro filhos: Glauber, Camila e os gêmeos Micael e Helen, à época com apenas 4 e 5 anos, respectivamente.

Anos depois, Goiano perdeu o emprego na cervejaria e não conseguia se adaptar à modernidade e trabalhar com computador, já que é semianalfabeto e nunca teve experiência com tecnologia. A partir da saída dele da cervejaria, conversou com dona Tereza e o casal decidiu vender a metade do terreno de Icoaraci e voltar para Parauapebas. A outra metade ficou com o filho mais velho, Glauber, que estudava na capital paraense e hoje é formado em Publicidade. “O Goiano foi um segundo paizão que tive. Ele me ajudou a pagar a faculdade e me deu muito apoio em vários momentos. Foi e é muito importante na minha vida. Tenho uma grande consideração por ele, assim como todos os meus irmãos. Eu e minha irmã Adriana sempre o chamamos de Goiano, mas meus irmãos mais novos, Micael e Helen, como eram crianças quando ele passou a conviver com minha mãe, sempre o chamaram e chamam de pai até hoje”, disse Glauber, que continuou morando em Belém.

Em Parauapebas, o casal comprou uma propriedade na área da Palmares II. O Goiano teve um relacionamento antes de conhecer dona Tereza e desse namoro nasceu a filha Camila. Família unida e feliz, todos foram morar juntos. Tempos depois os filhos foram ganhando seus rumos e hoje a Camila é casada, mãe de dois filhos e está grávida do terceiro filho.

“Mas o Goiano sempre falava de sua família da Paraíba e a gente tentou inúmeras vezes localizar algum parente dele, mas nunca obtivemos sucesso. Nunca foi possível. Até que para surpresa nossa, o Francijunior, casado com minha prima, resolveu, sem muita pretensão, gravar um vídeo com meu padrasto e divulgar no Instagran. O vídeo viralizou, teve uma enorme repercussão e deu certo. Estamos muitos felizes, já criamos um grupo de WhatsApp para todos se comunicarem. Meu pai ficou tão emocionado e ainda não está acreditando que reencontrou os irmãos na Paraíba”, afirmou o publicitário Glauber.

 A família paraibana

A família do Nildo é grande. Seus pais, já falecidos, se chamavam Cícero Januário da Silva e Amélia Alves Teixeira. Ao todo o casal paraibano teve nove filhos: Agnaldo, Natanael, Gizelda, Amélia, Abílio, Josilene, Ana Maria, e Joacil e Hozana, já falecidos.

Aguinaldo Januário da Silva, que mora na Paraíba, chegou a visitar Parauapebas, mas não localizou o irmão Nildo

Mais uma família feliz. Desta vez, com minha pequena participação e a grande atuação do Erivan Januário, do Francijunior, do Glauber, da sobrinha Josineide Morais, do José Luiz, do site Bananeiras Online Notícias, e do Márcio Alves, do portal Pebas Notícias.

Que sejam felizes para sempre. Amém.

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