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Agricultura é responsável por quase 40% da economia do Pará

Eles são responsáveis pela maioria dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros. Labutam diariamente, muitas vezes enfrentando intempéries, para garantir que não faltem o arroz e feijão de cada dia. Na crise, eles seguram a economia. Hoje, os agricultores, cujo dia é comemorado nesta sexta-feira, 28, fazem parte de uma cadeia produtiva que já responde por cerca de 40% da economia do Pará. Das pequenas às grandes lavouras sai a produção paraense, que abastece os mercados internos e até o internacional.

A importância da agricultura é tamanha que, das 12 cadeias produtivas inseridas no Programa Pará 2030, oito são do agronegócio, com destaque para a agricultura familiar. Entre essas culturas estão mandioca, açaí, cacau, cítricos e dendê, nas quais o Estado é líder ou ocupa posição de destaque.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o valor da produção agrícola municipal paraense cresceu cerca de 170% entre os anos de 2006 e 2013. O levantamento registrou que o produto final das plantações no Estado alcançou R$ 5,4 bilhões em 2013, soma quase R$ 3,4 bilhões superior à observada em 2006 (R$ 2 bilhões).

Crescimento

A pujança do campo é reconhecida pelo volume de produção e área plantada. O Boletim Agropecuário do Pará 2015, elaborado pela Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), aponta que a área cultivada no Estado, em 2013, alcançou 1.149.309 hectares, gerando com a produção de diversas culturas o valor estimado de R$ 5,4 bilhões, o que representa quase 27% do Produto Interno Bruto (PIB) agropecuário.

Em relação a 2012, segundo análise da Fapespa, esses números configuram um desempenho bastante positivo, uma vez que a área cultivada teve incremento de 6,3% (68 mil hectares); a quantidade produzida, de 4,4%, e o valor da produção, de 39,6%. Nesse cenário, segundo dados da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), o Pará desponta como maior produtor nacional de mandioca – com 4,7 milhões de toneladas ao ano – e de dendê (com produção de 1,4 milhão de tonelada).

O Censo Agropecuário de 2006, o último lançado pelo IBGE, revela que a agricultura familiar é responsável, no Pará, por 84% da produção de arroz e 69% de milho. Além disso, 82% do café arábica e 83% do feijão também resultam das propriedades familiares.

A produção de leite é outro destaque, pois 68% do produto vêm de pequenos produtores. Na criação de animais, 79% dos porcos e 31% das aves (galinhas e frangos) saem de propriedades de agricultores familiares.

Merenda Escolar

No Pará, esse setor da economia tem grande participação na complementação dos alimentos básicos da merenda escolar. Desde 2002 é prioridade para a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) a participação de produtores da agricultura familiar no fornecimento de alimentos saudáveis para as mais de 300 escolas da rede pública estadual de ensino, na Região Metropolitana de Belém.

Os alimentos são comprados por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). São mais de 50 famílias de agricultores familiares que fornecem feijão caupi, abóbora, feijão verde, couve, cheiro-verde, laranja, banana, melancia, abacaxi, mamão, tangerina e temperos. Esses produtos constituem 50% do cardápio dos estudantes.

Pequeno produtor desponta no cultivo de cacau, dendê e arroz, entre outras

O Programa Pará 2030, lançado pelo governo estadual com o objetivo de elevar, de forma sustentável, os níveis de produção e industrialização, aponta cerca de 140 mil unidades produtoras pertencentes à agricultura familiar no Estado.

O pequeno produtor responde atualmente pela maioria da produção de culturas como cacau (a segunda maior do país, com 79 mil toneladas), dendê e arroz de sequeiro. Mais de 90% da mandioca produzida em solo paraense vêm da agricultura familiar. A atividade ajuda a dinamizar a economia, devido à comercialização para o mercado nacional e estrangeiro.

Segundo o Núcleo de Estudos e Avaliações da Coordenadoria de Planejamento da Emater (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural), os agricultores familiares assistidos pela empresa produziram, em 2016, mais de 20 mil frutos de abacaxi, 99 toneladas de açaí, 3.754 toneladas de arroz, 8.995 toneladas de banana, 6.229 toneladas de cacau, 434 toneladas de dendê e 490 toneladas de feijão caupi.

Diversificação

Um desses pequenos produtores é o agricultor Alonso Silva, 72 anos. No Sítio Bom Jesus, no município de Ananindeua (Região Metropolitana de Belém), ele cultiva frutas. Em sete hectares, Alonso planta acerola, cupuaçu, laranja, açaí, coco, abacaxi, tangerina, limão, uxi e pupunha.

No sítio, cuja área total é 25 hectares, ele também cria pato e galinha caipira, e mantém uma mini-indústria de polpa de frutas. A produção é comercializada todo sábado, na Feira do Produtor Rural da cidade. O restante é vendido para outros centros consumidores.

Alonso e a esposa, Isadora Silva, 63 anos, são aposentados do Sindicato dos Produtores Rurais, e hoje vivem exclusivamente do plantio, que lhes permite uma renda média mensal de R$ 1,9 mil. Os resultados alcançados – que incluem a produção de 3 toneladas de polpa de acerola por ano, cerca de 700 quilos de pupunha e 12 milheiros de laranja – são possíveis graças ao apoio recebido de instituições como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Emater.

“A Emater foi fundamental para que eu pudesse alcançar melhores resultados. Adquiri muitas técnicas de plantio que uso até hoje, e depois aperfeiçoei com cursos na Embrapa”, diz Alonso, enquanto caminha pelo Sítio Bom Jesus e mostra, com orgulho, os pés de acerola. Sem sistema de irrigação e com apenas um ajudante para fazer a limpeza da área, ele cuida praticamente sozinho da propriedade.

A dedicação lhe rendeu, em 2012, o título de Agricultor Familiar Destaque, concedido pela Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa). “Todos os meus produtos são 100% orgânicos, pois não faço uso de produtos químicos e agrotóxicos”, afirma.

Alonso Silva é um exemplo de produtor atendido pelos programas de fomento à agricultura, oferecidos pelo Estado. Um deles é o Pará Produtivo, que será executado em conjunto pela Emater e Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), com o objetivo de instalar polos de produção em 11 municípios das regiões metropolitana e nordeste, para abastecer o mercado consumidor de Belém, o maior do Estado. Inicialmente, serão atendidos 270 agricultores.

Selo de qualidade

Outro apoio assegurado pelo governo estadual aos pequenos produtores vem da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará). O Decreto Estadual nº 7.565/2011 permite que pequenas indústrias recebam o selo de produto artesanal, que garante a segurança alimentar e agrega maior valor na comercialização.

Com o selo, o tradicional queijo do Marajó, por exemplo, passou a ser vendido dentro das normas de vigilância sanitária e seguindo os mais rigorosos padrões de qualidade. Atualmente, 74 estabelecimentos têm o selo e outros 233 estão em fase de registro. Eles comercializam produtos como molho de pimenta, maniva, tucupi, água de coco, queijo, farinha e mel.

“Para conseguir o selo de produto artesanal, o produtor precisa atender uma série de exigências, como fazer o curso de boas práticas de manipulação de alimentos e ter instalações adequadas às normas da vigilância sanitária. Esse foi um passo importante que demos para tirar muitos da clandestinidade e lhes dar oportunidade de crescer. É uma maneira de praticar a inclusão social no campo e ajudar a movimentar a economia do Estado”, explica o diretor de Defesa e Inspeção Vegetal da Adepará, Ivaldo Santana.

CRISE: Professores de Curionópolis devem paralisar na próxima terça-feira

A crise na educação de Curionópolis parece não ter fim. Em ofício protocolado no gabinete do prefeito Adonei Aguiar, a Coordenação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará (SINTEPP) – Subsede Curionópolis informou nesta sexta-feira (28/07) ao gestor municipal que os professores e demais trabalhadores da rede pública municipal de ensino devem paralisar suas atividades em função do não-pagamento do abono de 1/3 das férias relativas ao mês de Julho deste ano a partir desta terça-feira (01/08).

A categoria decidiu em Assembleia no dia 20 de junho de 2017 que também não retornaria às atividades em sala de aula, caso o prefeito não depositasse o salário de julho e a primeira parcela do acordo do retroativo referente aos meses de janeiro e de fevereiro.

“O governo argumenta que o entrave é a senha bancária para transferência dos recursos, mas esta desculpa fica cada vez mais complicada de aceitarmos quando os dias passam e várias tentativas dos coordenadores em estabelecer um prazo foram descumpridos. Estamos há 27 dias sem receber o adicional de 1/3 de férias. Nossa aula será na rua denunciando este descaso do prefeito” destaca o coordenador-geral do SINTEPP, Hebber Kennady.

Professores e demais trabalhadores da rede municipal de ensino prometem pressionar o governo nas ruas para que o direito ao abono seja cumprido, bem como salário de julho e retroativo.

Fonte: Assessoria de Comunicação do SINTEPP – Subsede Curionópolis

Pistoleiros matam um homem dentro de carro e baleiam outro no Bairro da Paz

O mecânico Manoel Ananias Alves dos Santos Júnior, 29 anos de idade, foi assassinado na noite de ontem (27) na rua Castro Alves, bairro da Paz, em Parauapebas, ao ser surpreendido por dois indivíduos que estavam em uma moto de cor, modelo e placa não anotados.
O condutor do veículo, identificado como Jéferson Antonio Pena dos Santos, 33 anos, também ficou ferido.

De acordo com as informações repassadas ao investigador Ricardo, as vítimas eram amigos e vizinhos residentes no bairro Primavera, e na noite de ontem, quinta-feira, 27, “Júnior”, como era conhecido, havia chegado do trabalho e chamado Jefferson para ir com ele ao bairro da Paz ao encontro de uma mulher, após pegar emprestado o veículo Fiat Uno cor prata, placas NSS-4046, Parauapebas-PA, de outro vizinho.

Ainda do acordo com as informações, constantemente Júnior falava ao celular com a suposta mulher que havia marcado encontro. Depois de tomar três cervejas e a mulher não ter chegado ao local, os dois amigos resolveram deixar o estabelecimento, momento em que foram abordados pela dupla armada que sem contar conversa, passaram a atirar em Júnior que estava no banco do carona do Fiat, atingindo também o motorista de raspão na região cabeça.

Baleado, Jefferson ainda conseguiu dirigir o veículo até ao Pronto Socorro do Hospital Municipal de Parauapebas, porém, Júnior já estava morto.

Acionada, a guarnição do sargento PM Leomar chegou ao hospital para averiguar a situação. Após os levantamentos realizados pela polícia, o corpo da vítima fatal foi removido pelo Instituto Médico Legal (IML), para exame de necropsia no Centro de Perícias Renato Chaves de Parauapebas, sendo que Jéferson Antonio foi ouvido em depoimento pelo delegado plantonista Erivaldo Campelo.

Reportagem: Caetano Silva / Da Redação do Portal Pebinha de Açúcar

 

Polícia prende quatro pessoas pelo assassinato do prefeito de Breu Branco

Executor e mandante do assassinato do prefeito Diego Kolling (PSD), de Breu Branco, estão entre as quatro pessoas presas na manhã desta sexta-feira, 28, em operação deflagrada pela Polícia Civil, sob o comando do delegado geral Rilmar Firmino. A ação reúne cerca de 40 policiais, entre civis e militares.

A Polícia mantém o nome do autor dos disparos sob sigilo, sendo que ele já confessou o crime e apontou Ricardo José Pessanha Lauria, presidente do Partido Social Democrático (PSD) de Breu Branco, como sendo o mandante do assassinato.

Os presos estão sendo encaminhados à Superintendência da Polícia Civil, em Tucuruí, onde devem prestar os primeiros depoimentos. Segundo o delegado geral Rilmar Firmino, o presidente do PSD foi preso em uma fazenda, dentro de Breu Branco. “Nossas equipes o prenderam na fazenda de um amigo dele. Ele tinha uma relação com o autor do crime, que havia trabalhado como tratorista para ele”, revelou.

Os outros dois presos, que também não tiveram a identidade revelada, teriam tido participação indireta, auxiliado na execução do crime. Celulares e outros objetos foram apreendidos.

A expectativa é que os presos sejam encaminhados, por volta das 15 horas, para Belém, em uma aeronave do Grupamento Aéreo da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Graesp). Às 17 horas, na sede da Delegacia Geral, está prevista uma coletiva de imprensa, quando serão apresentados detalhes da operação deflagrada em Breu Branco, cidade localizada no sudeste paraense.

O então prefeito de Breu Branco, Diego Kolling, conhecido como “Alemão”, foi morto no dia 16 de maio deste ano. O gestor foi assassinado no momento em que pedalava em um trecho da PA-263 – que liga os municípios de Tucuruí e Goianésia do Pará.

A prisão do autor dos disparos que resultaram na morte do prefeito Alemão foi anunciada pelo próprio delegado geral da Polícia Civil, Rilmar Firmino. Ele coordena a operação de cumprimentos de mandados de prisão, buscas e apreensão e condução coercitiva. Ao todo, 40 policiais, entre civis e militares, participam das ações, tanto na área urbana quanto na zona rural de Breu Branco.

Reportagem: Sérgio Chêne

Após repercussão, Quélia Rosa recua e desiste de renúncia em Curionópolis

Na última quarta-feira (26), Quélia Rosa, até então vice-prefeita do município de Curionópolis, surpreendeu muita gente com a divulgação de uma carta entregue na Câmara Municipal, comunicando o seu pedido de renúncia do cargo.

Em sua justificativa, Quélia deixou claro o clima tenso entre ela e o prefeito Adonei Aguiar, que recentemente foi afastado do cargo pelo Ministério Público com suspeita de irregularidades em licitações.

Quando Quélia chegou a assumir a prefeitura de Curionópolis, com o afastamento de Adonei, exonerou grande parte do secretariado e nomeou pessoas de sua confiança para fazer parte de seu staff, porém, com o retorno de Adonei, o clima ficou ainda mais tenso.

Após entregar carta de renúncia, Quélia Rosa evitou falar com a imprensa, como se não quisesse ou não soubesse explicar o real motivo de seu ato. Ela questionou em um grupo de WhatssApp que a imprensa estava escrevendo sem saber a verdade. “É muita falta de ética das pessoas postarem algo nas redes sociais sem ao menos saber os reais motivos, amanhã todos ficarão sabendo da verdade”, escreveu Quélia.

Um dia após a decisão de pedir renúncia de seu cargo, Quélia Rosa voltou atrás da decisão e encaminhou um novo ofício à presidência da Câmara Municipal de Curionópolis comunicando o cancelamento do pedido. “Serve o presente para notificá-los em caráter irretratável, que seja revogado meu pedido de renúncia, protocolado dia 26/07/2017 nessa casa. Aproveitando a oportunidade, requeiro desde já que seja concedido direito ao uso da tribuna no dia 03/08/2017. Desde já agradeço a atenção e a sinceridade desta respeitada Casa de Leis”, afirmou Quélia.

 

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