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Carro incendiado e confronto entre manifestantes e polícia marcam desobstrução da estrada de acesso à Palmares

Após dias com a possibilidade anunciada de que a estrada de acesso à localidade Palmares, em Parauapebas e a várias comunidades poderia ser interditada, hoje (14), pela manhã a ameaça foi consumada.
Logo ás 7h00, moradores ocuparam a estrada com queima de pneus, permitindo apenas a passagem de moradores daquele bairro.

A justificativa apresentada por Romário Alves da Silva, um dos coordenadores da manifestação, foi o não cumprimento de acordos feitos entre a mineradora Vale e comunidade, que era de contratar pelo menos 400 trabalhadores daquela localidade.

Ele detalha que na última sexta-feira (3), foi realizada reunião entre a comunidade e a Diretoria de Relações com a Comunidade da Vale, quando foram feitos alguns acordos, sendo um deles a contratação de 68 trabalhadores de Palmares neste mês de abril. “Estamos esperando que a Vale compareça para cumprir o acordo feito, e que também insira a contração de pelo menos 20% de mulheres no número de trabalhadores”, explica Romário.

Porém por volta das 13h00, a Polícia Militar esteve no local e diante da resistência dos populares ao ato de desocupação da rodovia, terminou em confronto com 4 feridos à bala de borracha, sendo uma mulher e três homens.

Após a confusão a via foi liberada, mas, por telefone, a equipe de reportagem do Portal Pebinha de Açúcar falou com o Coordenador da Comissão de Trabalho Emprego e Renda da APROCPAR, Antônio Marcos da Conceição Santana, e ele garante que agora irão massificar as ações e cobrar da mineradora o prometido.

Também por telefone, nossa equipe de reportagem entrou em contato com o Tenente-Coronel Queiroz, comandante do 23º Batalhão de Polícia Militar em Parauapebas, que na oportunidade, afirmou que os policiais estavam apenas mantendo a ordem na manifestação e que quando foram tentar desobstruir a via, para que o direito de ir e vir fosse mantido, os manifestantes resistiram e partiram para cima dos policiais. “Não iniciamos nenhum confronto contra os populares, porém, a segurança de nossos homens e de outras pessoas estava em perigo, e na ocasião foi preciso usar armas com balas de borracha e spray de gás de pimenta para dispersar os manifestantes”, relatou o Comandante, que afirmou ainda que durante a interdição da via um carro de propriedade de uma das empresas que presta serviços para a mineradora Vale acabou sendo incendiado pelos populares.

Reportagem e fotos: Francesco Costa – Da Redação do Portal Pebinha de Açúcar

Algumas vacinas continuam em falta na rede pública de saúde em Parauapebas

De acordo com a coordenação de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), algumas vacinas continuam em falta na rede pública.

As infantis são: BCG, Tetra Viral, Rota vírus e Pentavalente, já para os adultos está em falta a DT (Difteria e Tétano).

A indisponibilidade das vacinas ocorre por problemas na produção dos laboratórios que fornecem para o Ministério da Saúde. A previsão é que uma parte dessas vacinas chegue até o final dessa semana no município, para então ser disponibilizada nas unidades de saúde.

Caminhoneiros são beneficiados com ação de saúde

Parceira na realização do evento, a empresa disponibilizou o espaço necessário para que a equipe de saúde levasse os seguintes serviços: orientação e entrega de kit de higienização bucal; testes rápidos de HIV/Aids, Hepatite B e C; entrega de preservativos; vacinação; aferição de pressão; consulta com nutricionista; avaliação para identificação de hanseníase.

O caminhoneiro Adelson Alves dos Santos, de 45 anos, mora na Bahia e veio pela primeira vez a Parauapebas. Na opinião dele, ações como essa ajudam muito no cuidado com a saúde já que por conta da dinâmica do trabalho dificilmente vai a uma unidade de saúde. “Tenho um exame da coluna pronto há mais de um ano e nunca fui levar ao médico”, disse o caminhoneiro que aproveitou a oportunidade para averiguar umas manchas que estavam saindo em seu corpo.

Eva Dias de Oliveira, esposa de um caminhoneiro, tem a mesma opinião. “Meu marido atua nessa profissão e mora aqui em Parauapebas, ele não tem tempo de procurar a unidade de saúde do nosso bairro, por isso eu achei louvável essa iniciativa da Prefeitura de trazer a equipe até aqui. Aproveitei e trouxe a minha família toda”.

De acordo com Marcelo Monteiro, diretor da vigilância em saúde da Semsa, a partir de alguns dados levantados pelo departamento foi possível identificar a necessidade de uma atuação específica junto aos caminhoneiros, principalmente por conta da vulnerabilidade desse público com relação às doenças sexualmente transmissíveis. “Nossa intenção é realizar ações como essa pelo menos duas vezes por ano”, acrescentou Marcelo Monteiro.

Além do posto, a ação contou com apoio também da Fundação Integral e do vereador Major da Mactra. Profissionais das seguintes áreas atuaram no evento: Atenção Básica, inclusive da Unidade Básica de Saúde do Novo Brasil que fica nas proximidades de onde a programação ocorreu, do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), e das coordenações de Imunização, Hanseníase e Nutrição.

Reportagem: Karine Gomes
Fotos: Anderson Souza

Pela primeira vez é firmado convênio entre Prefeitura e povos Xikrin

“Nós, caciques das três aldeias, estamos muito felizes em estar com o prefeito Valmir Mariano e estamos agradecidos por esse convênio”, disse Karangré Xikrin, cacique da aldeia Djudjekô.

Para o prefeito Valmir Mariano, o governo municipal tem se preocupado em dar assistência aos Xikrin. “Esta é a primeira vez em que é firmado um convênio entre o município e a comunidade indígena. Eles são nossos ancestrais. Temos de ter por eles o maior carinho e respeito. Estamos em clima de festa”, declarou o prefeito, ressaltando ainda que, em seus dois anos de gestão, a Prefeitura de Parauapebas reformou e ampliou escolas com biblioteca e sala de computação para os Xikrin. “Fizemos três quadras de esporte, uma em cada aldeia, reformamos estradas e muitas outras melhorias estão sendo feitas pelos nossos irmãos indígenas”.

Para Waldemir Bernini, antropólogo e representante do Ministério Público Federal, o governo municipal tem tido uma postura de atenção ao povo Xikrin. “Recentemente, estive nas três aldeias e pude constatar que, de fato, a estrada de acesso às localidades está bastante conservada, coisa que não víamos nos últimos anos, e também houve construção de escolas com quadras cobertas. Temos observado que há, sim, por parte desta gestão, o interesse em atender os povos indígenas. A celebração desse convênio vem somar essas iniciativas que a Prefeitura tem tomado, então nós vemos isso com bons olhos”, afirmou.

O evento contou também com a colaboração do presidente do Departamento de Relações Indígenas da Prefeitura, Girlan da Silva.

Reportagem: Sara Dias
Foto: Anderson Souza

Com construção de presídio paralisada, super lotação em cadeia provisória fomenta as constantes fugas em Parauapebas

Prevista para ser inaugurado em julho deste ano, as obras do presídio de Parauapebas estão paradas. A obra foi iniciada ainda em 2012 em uma área doada ao Governo do Estado pela Prefeitura Municipal de Parauapebas, de aproximadamente 40 mil metros quadrados, para construção de uma penitenciária que vai funcionar como colônia agrícola, com regimes fechados e semiabertos, disponibilizando 300 vagas para detentos de ambos.

A área se localiza a 15 quilômetros do centro de Parauapebas, à margem direita da rodovia PA-160, sentido Canaã dos Carajás, nas proximidades do Distrito Industrial de Parauapebas, onde funciona hoje um viveiro de mudas de plantas da prefeitura.

Enquanto se espera que retome a obra, o prédio antigo, que já tem 30 anos, onde funcionou a primeira Delegacia de Polícia Civil do município, e tem capacidade para 60 presos, está super lotado tendo atualmente 167 internos em apenas quatro celas. A população se sente ameaçada pois o presídio improvisado fica no centro da parte mais antiga da cidade (Bairro Rio Verde), em meio à área residencial e comercial.

Nos últimos dois anos, foram registradas outras duas fugas. Em novembro de 2013, a polícia conseguiu impedir uma saída em massa. A mais recente ocorreu na quarta-feira (8), quando oito presos escaparam por volta de 3h00 da madrugada. Já não impressiona mais as fugas que ocorrem com certa frequência e a tentativa de melhorias do prédio já se esgotaram, restando agora apenas a medida definitiva que é a conclusão das obras do presídio. “Há um descompasso entre a necessidade da cidade e os presos que ali estão. Isso precisa ser corrigido. Do ponto de vista da Justiça, o que a gente tenta fazer é acelerar os processos das pessoas”, explica Líbio Araújo Moura, juiz da vara criminal de Parauapebas.

Sobre a obra do presídio

Orçada em mais de R$ 4 milhões, a obra começou em 2012 e deveria ficar pronta em 540 dias, cerca de um ano e meio. Passados quase três anos, as obras continuam paradas. A capacidade é para 306 presos.

Integrantes do Conselho da Comunidade, órgão ligado à Justiça, e responsável também pela fiscalização carcerária em Parauapebas, estiveram no local e viram de perto a situação de abandono da obra e garantiram que vão continuar cobrando a conclusão do projeto.
“Nós iremos confeccionar um novo relatório. Iremos à Brasília, até o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para tentar resolver esse impasse, porque o governo do estado que tem essa atribuição constitucional de efetivar a segurança pública não tem feito em Parauapebas”, disse Helder Gonçalves, presidente do conselho da comunidade.

Reportagem: Francesco Costa – Da Redação do Portal Pebinha de Açúcar
Fotos: Arquivo

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