Pesquisar
Close this search box.
Pesquisar
Close this search box.

Mais de 62 mil multas foram aplicadas em 2016 nos radares da PA-160 em Parauapebas

De acordo com um relatório feito pelo Departamento Municipal de Trânsito e Transporte de Parauapebas (DMTT) e obtido pela equipe de reportagens do Portal Pebinha de Açúcar, só no ano de 2016 foram aplicadas 62.723 multas de infração de trânsito por excesso de velocidade nos radares eletrônicos que estão instalados na PA-160.

Por mais que recentemente a via tenha sido duplicada, e que o índice de acidentes tenha diminuído, ainda é considerado alto e é bastante comum observar vários tipos de infrações cometidas por condutores de veículos.

Sobre os valores das multas

Os condutores que excedem o limite máximo de velocidade na Rodovia PA-160, no perímetro urbano de Parauapebas, pagam multas com valores diferenciados, de acordo com o percentual de velocidade.

As multas para velocidades até 20% acima da permitida, são de R$ 130,00, sendo que acima de 50% da velocidade permitida são de R$ 880,00 e acima de 20% e abaixo de 50% da velocidade permitida, as multas são de R$ 195,00.

Em relação aos pontos nas CNH’s dos condutores infratores, até 20% acima da velocidade permitida são quatro pontos na carteira e acima de 50%, são sete pontos.

Os valores recebidos pelo Governo Municipal através das multas de trânsito emitidas pelos radares eletrônicos, são usados para investimentos no trânsito de Parauapebas, como: Sinalização; Pontos de embarque de passageiros; Viaturas; Fardamento; Treinamento, entre outros.

Vereadores e prefeito demonstram preocupação com desemprego em Parauapebas

Nesta quarta-feira (15), com o plenário lotado pela população e autoridades, foi realizada a sessão solene de abertura dos trabalhos legislativos 2017 da Câmara Municipal de Parauapebas. Sem discussões ou ataques, a solenidade ocorreu em clima de harmonia entre os vereadores e o prefeito Darci Lermen. Nos discursos prevaleceu a preocupação com o aumento do número de pessoas desempregadas no município.

Darci Lermen (PMDB) relatou que é grave a questão do desemprego, afirmando que somente na prefeitura mais de 10 mil currículos já foram entregues. E anunciou medidas que estão em andamento para gerar empregos. Em abril, a prefeitura deve receber a resposta da Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex), integrada pelos ministérios do Planejamento, da Fazenda e de Relações Exteriores e pelo Banco Central, sobre o financiamento junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para execução do projeto de macrodrenagem e revitalização da orla do Rio Parauapebas. O município pleiteia um aporte de US$ 70 milhões.

“Só essa obra vai gerar três mil empregos diretos e nós não vamos permitir que sejam trazidas pessoas de fora de Parauapebas para tocar essa obra. Quem vai tocar é a nossa gente”, reforçou.

Segundo ainda o prefeito, estão em andamento também a implantação do Porto Seco de Parauapebas; a construção de novas unidades habitacionais e a conclusão das casas da Nova Carajás, além de projetos de incentivos na agricultura familiar.

Em seu discurso, Joelma Leite (PSD) relatou que a prefeitura e a Câmara não podem absorver toda a mão de obra disponível no município e falou da urgência em buscar alternativas em outras áreas da economia, para reduzir a dependência da mineração. A vereadora sugeriu que seja implantado o Programa Gerar, aprovado em 2015 pela Câmara, mas que não saiu do papel. O projeto prevê a qualificação da mão de obra com pagamento de bolsas de incentivo. “É um programa paliativo, mas muito necessário para o momento atual”, destacou. Outra sugestão dada por Joelma foi a criação de um fundo municipal com recursos da Cfem (Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais), que funcionaria como uma espécie de poupança para município.

Zacarias Marques (PSDB) também defendeu investimentos em outras matrizes econômicas, mas enfatizou que é preciso usar a que já existe, em referência aos passivos da Vale, constatados após CPI realizada pela Câmara. “A Vale tem que pagar o que nos deve. Precisamos desse recurso para que a gente possa melhorar a qualidade de vida do nosso povo. Não podemos deixá-la impune porque ela é um gigante”.

Agricultura

O vereador Horácio Martins (PSD) defendeu mais investimentos na agricultura como alternativa econômica. “Não justifica um município com todas as condições propícias para uma boa agricultura não ter incentivos. A agricultura familiar gera empregos. Temos que tratar nosso município como um pequeno país que cresce, produz e exporta, mas para isso temos que fortalecer nossa base. Prefeito, gostaria que o senhor visse com bons olhos o projeto que vamos apresentar para criação de um fundo da agricultura familiar. Às vezes os recursos demoram para chegar ao produtor, mas com o fundo teremos condição de trabalhar em qualquer época do ano”, explicou.

Educação

Para a vereadora Francisca Ciza (DEM), os investimentos na educação devem ser priorizados também. “Sei que nosso trabalho será árduo. Sabemos dos inúmeros problemas da cidade, principalmente da falta de emprego, e já estamos dando os primeiros passos. A educação é a arma mais poderosa para poder mudar o mundo, e essa será minha bandeira de luta. Precisamos trabalhar de forma conjunta, sem discórdias, e buscar o diálogo permanente. O prefeito disse que Parauapebas será uma cidade de oportunidades. Para isso, o senhor tem em mim uma parceira. Serei vigilante e cuidadosa com os benefícios do povo”.

Governo estadual

A ausência de ações do governo estadual nas regiões sul e sudeste do Pará e, consequentemente, em Parauapebas, foi levantada por Marcelo Parcerinho (PSC). O parlamentar sugeriu ao prefeito que fortaleça a articulação junto ao ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, que é do mesmo partido de Darci, para conseguir investimentos, “pois o governador Simão Jatene é bom para cuidar da capital, e nossa região é perseguida”.

Parcerinho pediu ainda para que o prefeito faça parcerias com as igrejas, sejam elas evangélicas ou católicas, pois são entidades que trabalham com o desenvolvimento de programas de assistência social importantes e necessários para a comunidade.

União

Por sua vez, José Pavão (PSDB) ressaltou que o momento exige união do Executivo e do Legislativo em prol de melhorias para a população. “Seremos parceiros do prefeito quando precisar. Viemos da bandeira azul, pedimos voto Valmir Mariano, mas não vamos ser irresponsáveis. Apoiaremos o prefeito quando for preciso, para que juntos possamos melhorar a saúde, a educação e essa falta de emprego. Não vai ser fácil, mas eu garanto que estaremos juntos pelo desenvolvimento da cidade. Espero que esses quatro anos sejam de prosperidade. Juntos, com certeza, faremos uma Parauapebas bem melhor”.

Eliene Soares (PMDB), que fez oposição durante os quatro anos ao governo anterior, informou que, apesar de fazer parte do projeto de Darci, não apoiará ações que discorde. “Neste mandato tive a oportunidade de eleger o prefeito do meu partido. Mas posso afirmar que nada mudará. Estou confiante que Darci terá um mandato transparente. Quero ter a oportunidade de ver nossa cidade com saneamento e politicas públicas para gerar empregos e educação de qualidade. Entretanto, se preciso for farei oposição ao que estiver errado. Prefeito, peço-lhe que priorize os compromissos coletivos, não individuais, e nesse sentido poderá contar comigo”.

Luiz Castilho (Pros) pediu aos colegas que sejam parceiros do Executivo. “Como vereadores não temos o poder de empregar ninguém, mas temos o dever de proporcionar políticas que gerem empregos. Então, peço aos colegas que apoiem o Executivo. Espero que estejam abertos para discutir ideias e levar para o Executivo. Que a população participe também. Venham e façam com que a gente entregue coisas positivos para vocês”.

Por seu turno, Kelen Adriana (PTB) propôs também o trabalho conjunto entre os poderes e a população. “Temos ido a vários lugares e visto as dificuldades da nossa população. Sabemos que juntos podemos fazer muito mais. Vamos trabalhar incansavelmente, indo buscar recursos para fazer Parauapebas, uma cidade melhor para todos”.

Ivanaldo Braz (PSDB) se dispôs a colaborar com secretariado. “Secretários, podem contar conosco, pois contribuiremos com o conhecimento que a gente tem. Por mais que reclamem, esta Casa é a vitrine da cidade, pois  é para o vereador que a população passa as primeiras demandas”.

Joel do Sindicato (DEM) disse estar satisfeito pelo prefeito ter demonstrado que quer trabalhar em parceria com os vereadores. “Espero que na próxima terça-feira a gente comece trazendo muitos projetos para nossa cidade, pois a questão do desemprego é muito preocupante,  e isso é responsabilidade nossa. Fico feliz que o prefeito não queira vereador puxa saco, pois estamos aqui para fazer nosso trabalho, apresentando  projetos que impulsionem o município e não para bajular ninguém”.

O presidente da Câmara, Elias Ferreira (PSB), se comprometeu a trabalhar junto com o prefeito. “Serei um vereador de todos, sem qualquer distinção. Estarei ao lado do prefeito Darci, disposto a contribuir para uma boa gestão, mas serei rigoroso na defesa dos direitos de nossa gente, buscando sempre o entendimento que favoreça a população, especialmente os que mais precisam. Como presidente, meu gabinete estará sempre aberto para construir com todos vocês as melhores alternativas para conduzir Parauapebas para um novo tempo, de trabalho e respeito e de compromisso com os gastos públicos. Tenho a certeza de que nesta Casa o povo virá sempre em primeiro lugar”.

Líder de governo

José Coutinho (PMDB) foi anunciado por Darci como o líder do governo na Câmara. O parlamentar agradeceu a confiança e se comprometeu em aproximar os poderes.

“Prefeito, pode contar comigo, não para defender o que estiver errado, mas para defender os grandes projetos que tenho certeza que serão implementados aqui. Para debater com a sociedade com clareza, com transparência e honestidade. Serei líder para fazer o elo, com harmonia, entre nós vereadores, o comando do Executivo e das secretarias. Acesso não nos faltará. Mão na cabeça de secretário nós não passaremos, porque o povo não admite mais desmandos. Precisamos de trabalho, de secretários competentes, que coloquem a cidade no rumo certo, pois o prefeito sozinho não faz isso. Vereadores, contem com um companheiro para defender a nossa cidade, independente de partido, pois tenho certeza que todos têm dignidade e a honra de trabalhar em prol de nossa cidade”.

Reportagem: Nayara Cristina

Projeto Fazenda da Esperança recebe terreno em Parauapebas

Durante a manhã desta quinta-feira (16), foi realizada na zona rural de Parauapebas, há cerca de 10 km da localidade de Cedere I, uma solenidade de recebimento de parte de uma área que foi doada pela mineradora Vale e que será destinada para a implantação do Projeto Fazenda Esperança, que beneficiará várias pessoas na região.

Na oportunidade, foi celebrada uma Santa Missa com a presença do Bispo Dom Vital Corbellino, além de outras autoridades eclesiásticas, populares em geral e alguns políticos, como os vereadores Horário Martins e Kellen Adriana.

 

O projeto

Fazenda da Esperança é uma comunidade terapêutica com mais de 30 anos de experiência na recuperação de jovens dependentes químicos.

Avaliada como a maior obra da América Latina desenvolvendo essa atividade e ajudando milhares de famílias, atualmente se encontra em 15 países do ocidente ao oriente. Seu trabalho se baseia no tripé: convivência em família, trabalho como processo pedagógico e espiritualidade para encontrar um sentido de vida.

As pessoas que neste estilo de vida encontram suas vocações, formam a Associação Internacional de Fiéis chamada Família da Esperança que tem como missão “levar a Esperança, Jesus Cristo, ao maior número de jovens do mundo inteiro”, dada pelo papa emérito Bento XVI.

Em Parauapebas, a Fazenda da Esperança tem a coordenação um grupo de casais da Igreja Católica (Kel e Vanessa; Fábio e Edecleuma; Ribamar e Antônia, Guilherme e Daluz; Fabiana e Batima) e conta com o apoio do Padre Hudson Rodrigues.

DJ PV e Banda Expresso Pentecostal se apresentam no “Alegria para Cristo” em Parauapebas

Durante os dias 23 e 24 de fevereiro o público cristão de Parauapebas e região terá a oportunidade de louvar a Deus no evento denominado “Alegria para Cristo”, que é organizado pela Prefeitura Municipal de Parauapebas e será realizado nas dependências do Ginásio Poliesportivo que fica localizado no Bairro Beira Rio.

Quem estiver interessado em participar do evento nos dois dias não pagará ingresso e poderá curtir com excelentes atrações musicais da área gospel.

+ atrações

Além dos shows do DJ PV e Banda Expresso Pentecostal, os cantores evangélicos de Parauapebas também terão a oportunidade de se apresentar no “Alegria para Cristo”. As atrações locais confirmadas são: Banda ADL, Banda Oasis, Restauração e Resgate, Ministério Blessed Kardson Soares e a pregação da palavra de Deus com a Bispa Noeli Reis.

 

 

Cooperativa de táxi-lotação faz manifestação para legalizar categoria em Parauapebas

Durante cerca de uma hora, funcionários públicos e populares em geral que queriam se deslocar ou até mesmo sair das dependências da Prefeitura Municipal de Parauapebas, no Morro dos Ventos, ficaram impedidos devido a uma manifestação que iniciou por volta das 10h00 desta quinta-feira (16) na rotatória que dá acesso ao Palácio Municipal.

De acordo com informações obtidas pela equipe de reportagens do Portal Pebinha de Açúcar, a manifestação foi liderada por membros da Cooperativa de Transporte Alternativo de Parauapebas (Cootalp), que tinha como objetivo chamar a atenção de autoridades municipais para que a categoria de táxi-lotação seja legalizada no município.

No local, os manifestantes queimaram vários pneus no asfalto e aguardavam uma resposta por parte da Prefeitura Municipal de Parauapebas.

Por volta de 11h00, uma comissão formada por membros da Cooperativa de Transporte Alternativo de Parauapebas se deslocou até ao gabinete do Prefeito Darci Lermen (PMDB), onde na oportunidade está em reunião com membros do Departamento de Relação com a Comunidade (DRC) e da Secretaria Municipal de Segurança Institucional e Defesa do Cisadão (Semsi).

O acesso ao prédio da Prefeitura Municipal de Parauapebas está liberado neste momento, porém, caso os manifestantes não entrem em um acordo comum com o Governo Municipal, eles ameaçam interditar novamente o trecho.

 

 

Parauapebas dá à Vale melhor resultado do mundo

Pronto: confirmado. Enquanto a imprensa nacional vai embarcar em “releases” pirotécnicos da mineradora multinacional Vale, replicando seus números colossais de produção física de minérios assinados em seu “Relatório de Produção da Vale no 4º Trimestre”, um alerta se abate sobre Parauapebas: as jazidas do principal produto e sustentáculo das contas locais estão se exaurindo de maneira alucinante, bem debaixo do nariz de seus 200 mil habitantes. O que ficará depois?

A mineradora Vale acaba de anunciar a retirada de 148,1 milhões de toneladas (Mt) de minério de ferro com teor de pureza acima de 62% do complexo minerador de Carajás, entendido nos planos dela como Sistema Norte de produção. Esse sistema Norte compreende as minas de N4 e N5, na Serra Norte, dentro do município de Parauapebas; SL1, na Serra Leste, nos limites do município de Curionópolis; e S11D, na Serra Sul, dentro da extensão do município de Canaã dos Carajás.

Em 2016, foram contabilizados 141,2 Mt nas minas de Parauapebas, conforme o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) já havia informado, e 6,9 Mt na mina de Curionópolis; Canaã não teve produção comercial divulgada pelo MDIC, embora se saiba que de lá saíram “carradas” da commodity. Em comunicado, a multinacional diz que sua produção anunciada instantes atrás “representa um aumento de 18,6 Mt (14,3%) em relação a 2015, principalmente devido à performance operacional acima mencionada e ao start-up com sucesso da mina e planta de S11D” no último trimestre de 2016. Apenas nos últimos três meses do ano, a Vale lavrou mais de 40 Mt da região, uma verdadeira sangria desatada que esgotará o que temos de mais valioso economicamente em muito breve.

Na geolocalização dos números produtivos da Vale, Parauapebas — cujo nome não aparece uma vez sequer no relatório de 25 páginas que a empresa solta ao mercado financeiro com pompa e circunstância — é o sustentáculo de suas ambições. Mas, dentro do município, grande parte dos moradores geme, seja a Vale causa ou consequência disso, uma vez que a população parauapebense posicionou-se entre as 15 que mais cresceram no Brasil entre os dois últimos censos demográficos, o que acarretou uma miríade de problemas sociais agravados por crise econômica, desemprego, violência e favelização. A indústria extrativa da Vale é quem ergueu Parauapebas e, ao que parece, fá-lo-á sucumbir.

DESILUSÃO

Qualquer recorde da Vale já nem ilude mais. Nem aos funcionários, que dependem dos lucros da empresa para receberem bonificações, nem a um razoável número de cidadãos locais, que passaram a estar cada vez mais atentos às notícias sobre a mineração regional e a formular críticas próprias sobre o material que a mineradora faz circular como forma de adoçar a boca da sociedade.

Aliás, recorde que a multinacional anuncia ao mercado só é novidade para leigos. Antes mesmo de a mineradora disponibilizar sua agenda de divulgações, eu já o havia antecipado em dois momentos, desde o ano passado, analisando seus números de produção de anos anteriores e as perspectivas de mercado. Em 13 de dezembro, contabilizando apenas a produção de minérios de janeiro a novembro, escrevi: <http://pebinhadeacucar.com.br/gulosa-vale-ja-comeu-de-para…/>. Cinco dias após, ainda sem que fosse encerrado o ciclo produtivo de 2016, antecipei a produção: <http://pebinhadeacucar.com.br/sina-de-parauapebas-e-tornar…/>.
Mais recentemente, na publicação de 06 de janeiro, continuei a bater na mesma tecla: <http://pebinhadeacucar.com.br/parauapebas-bate-recorde-de-…/>; e em 20 de janeiro, mais do mesmo para ninguém esquecer: <http://pebinhadeacucar.com.br/vale-vai-divulgar-recorde-em…/>.

NÚMEROS

O dado da Vale que acaba de sair é interessante, do ponto de vista da espetacularização do fato. Não se sabe o que é melhor ou pior: anunciar o crescimento da produção ou prenunciar o aniquilamento de um município produtor que vive à custa da indústria extrativa, e somente dela. E é fácil explicar o porquê.

No dia 31 de março de 2016, quando a Vale registrou seu Relatório Anual junto à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, única entidade a quem parece ser obrigada a dar satisfação de suas operações, a empresa declarou na página 70 do documento haver 2,43 bilhões de toneladas de minério de ferro medidas, provadas e prováveis na Serra Norte, em Parauapebas, nos corpos N4 e N5, que são os economicamente viáveis. Com a produção de 2016 consolidada, a reserva cai para 2,3 bilhões.

Para saber quantos anos ainda se tem de minério economicamente viável das minas em operação, basta-se dividir esses 2,3 bilhões de toneladas pela produção atual, de 141 Mt. Teremos aí mais 16 anos de mineração pela frente em Parauapebas, e só. Menos do que aquilo com que os mais alvoroçados contavam. É leviano enganar uma população inteira anunciando que ainda resta minério para mais meio século, um século ou, muito pior, 500 anos. É uma ingenuidade que rompe os mais de 500 anos de passagem por aqui de Pedro Ávares Cabral.

No atual ritmo de produção da Vale, uma criança nascida hoje, e que será adolescente na década de 30 deste século, só ouvirá falar no “minério de ferro de Parauapebas” em textos antigos de conscientização de que os produtos da mineração são recursos finitos.

A própria Vale confirmou, na página 71 do relatório de 2016, que a Serra Norte esgota os minérios em 2034, dada a velocidade de produção — que, diga-se de passagem, ainda nem atingiu o pico. Vão restar o ferro de Serra Leste, em Curionópolis, previsto para durar até 2066; e o do bloco D, do corpo S11, na Serra Sul, município de Canaã, que deve se exaurir em 2065. A nova previsão de exaustão, mais atualizada pela Vale, sai em abril próximo, com piora nas projeções referentes às minas de Parauapebas.

O que restará da “Capital do Minério” sem minério? Cada recorde da Vale deve, sim, ser divulgado porque acumula o fim da linha para Parauapebas.

Sem a indústria extrativa de ferro hoje, 55% da receita local desaparecem. Agora, cada recorde ser celebrado por aqui são outros quinhentos. E o ferro não aguentará mais esse tanto de tempo, para desilusão dos amadores e enamorados.

Reportagem: André Santos – Colaborador do Portal Pebinha de Açúcar

Para limpeza de reservatórios, Liberdade II e Tropical ficam sem água na sexta-feira (17)

O Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Parauapebas (Saaep) informa que nesta sexta-feira, 17, ocorre a limpeza dos reservatórios de água localizados nos bairros Liberdade II e Tropical.

Para realizar a ação, o Saaep solicita a compreensão dos moradores, pois o fornecimento de água será interrompido das 6h às 20h, nos mesmos bairros onde ocorrerá a ação, ou seja, Liberdade II e Tropical.

Deixe seu comentário