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CASO ANA KARINA: Após sete anos da morte da filha, mãe espera por justiça

Dona íris é uma mãe que sofre há mais de sete anos a perda da filha. Ana Karina Guimarães foi morta grávida de nove meses no dia 10 de maio de 2010 e até hoje informações sobre a localização do corpo da comerciária nunca foram divulgadas. Situação que causa muita angustia para a família.
“Eu não tive nem o direito de enterrar minha filha. A dor é muito grande, o tempo passou, mas a dor ainda está aqui”, relata emocionada Íris Guimarães.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, Alessandro Camilo é apontado como o mandante do crime e teve o apoio da noiva Graziela Barros para arquitetar uma emboscada para a jovem Ana Karina. Outras duas pessoas também são acusadas de participação no crime mediante o processo.

Segundo o MP, Alessandro Camilo marcou um encontro com Ana Karina para repassar a ela recursos financeiros que pudessem ajudar com o filho que a comerciária esperava e estava prestar a dar a luz. Ao chegar ao local marcado, dois homens estariam aguardando pela jovem, o Francisco de Assis, o “Magrão” e o Florentino Rodrigues, o “Minêgo”.

De acordo com as investigações, a vítima foi morta a tiros, o corpo foi colocado em um tambor que estaria na carroceria da caminhonete de Alessandro, e jogada no Rio Itacaiúnas. Pedras também teriam sido colocadas no tambor e feitas perfurações, para que permanecesse no fundo do rio. O corpo da vítima, embora os acusados tenham apontado o local onde foi jogado o tambor, nunca fora encontrado.

Florentino Rodrigues, o “Minêgo” foi o primeiro dos quatro acusados de envolvimento na morte de Ana Karina a ser julgado. Isso aconteceu em 2013. Ele foi condenado a 24 anos de reclusão. Os demais envolvidos estão com julgamento marcado, um júri popular que deverá acontecer no dia 29 de janeiro de 2018. Todos deverão ser julgados juntos: Alessandro Camilo, Grazilela Barros e Francisco de Assis.

Mas, na última terça-feira (24), uma notícia pegou a mãe de Ana Karina de surpresa. O Supremo tribunal de Justiça concedeu o Habeas Corpus solicitado pela defesa de Alessandro Camilo, que já está aguardando o julgamento em liberdade. Dona Íris ficou inconformada.

“Foi um choque muito grande, até passei mal. Eu não esperava isso. Ainda pensando que seria boatos, fui diretamente no fórum, mas ouvi a confirmação diretamente do juiz. É uma sensação de impunidade muito grande, principalmente porque ele que foi o mentor da morte da minha filha. Já se passaram 7 anos e cinco meses e meu coração continua sangrando”, desabafa dona Íris, que ressalta ainda que tem forças para continuar a alutar para que justiça seja feita.
“Eu vou para as ruas, já tenho muito apoio da sociedade. Vamos fazer manifestações, vamos atrás de lutar contra impunidade. Eu não vou cansar enquanto os acusados não forem todos de fato responsabilizados. Quero que paguem pelo que fizeram com a minha filha e minha neta”, conclui dona Íris.

Reportagem: Anne Costa / Da Redação do Portal Pebinha de Açúcar

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