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Unidade de Vigilância em Zoonoses está sendo implantada em Parauapebas

É com a responsabilidade de executar atividades como, por exemplo, ações e estratégias referentes à vigilância, prevenção e controle de zoonoses e de acidentes causados por animais peçonhentos e venenosos, que a Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ) está sendo implantada em Parauapebas; tendo como responsabilidade executar atendimentos de relevância para a saúde pública, prevista nos Planos de Saúde e Programações Anuais de Saúde.

A equipe de reportagens do Portal Pebinha de Açúcar conversou com os envolvidos no processo, para entender os objetivos e trâmites para a criação da unidade. “O projeto já foi feito em outra gestão para a implantação e construção do Centro de Zoonoses, mas como não foi possível a execução; e no dever de dar uma resposta mais rápida possível à população, que estamos implantando a UVZ”, explica Michely Ferrreira, Diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, órgão ligado à Secretaria Municipal de Saúde de Parauapebas (SEMSA).

Cristiano Aguiar – Médico veterinário

 

Quem explicou os trâmites técnicos e clínicos foi o médico veterinário Cristiano Aguiar, dando conta de tratar-se de um serviço ligado ao Sistema Único de Saúde (SUS). “Precisávamos fechar um ciclo em relação à leishmaniose e ao detectar a presença da doença no município, entendemos ser preciso ter um serviço mais presente”, explicou Cristiano, detalhando que com a UVZ fica mais fácil conseguir incentivos dos governos estadual e federal; por isto as adaptações do local estão sendo providenciadas para que possa dar início aos trabalhos, entre eles, os exames mais detalhados.

Mas, Cristiano esclarece que não se trata de uma clínica para internações de animais, nem de um lugar para abrigar os cães que vagam pelas ruas, mas, sim, para acolher demandas apenas de zoonoses, sendo uma referência de vacinação.

Saiba quais serão os principais serviços ofertados pela UVZ:

• I – Desenvolvimento e execução de ações e estratégias relacionadas a animais de relevância para a saúde pública;

• II – Desenvolvimento e execução de ações, atividades e estratégias de educação em saúde visando à guarda ou à posse responsável de animais para a prevenção das zoonoses;

• III – Coordenação, execução e avaliação das ações de vacina animal contra zoonoses de relevância para a saúde pública, normatizadas pelo Ministério da Saúde, bem como notificação e investigação de eventos adversos temporalmente associados a essas vacinações;

• IV – Realização de diagnóstico laboratorial de zoonoses de relevância para a saúde pública;

• V – Desenvolvimento e execução de ações, atividades e estratégias de controle da população de animais (castração dos machos);

• VI – Recolhimento e transporte de animais, quando couber, de relevância para a saúde pública;

Lucas Catamaya –
Coordenador da Vigilância Ambiental de Parauapebas

 

De acordo com o Coordenador da Vigilância Ambiental, Lucas Catamaya, o trabalho de orientação será constante, já que a principal causadora de leishmaniose é a falta de limpeza nos ambientes em que vivem os animais (cães e gatos). “É preciso que se cumpra a posse responsável em que os animais sejam alimentados, bem tratados e recebam atendimento à saúde. E isso é responsabilidade dos donos”, orienta Catamaya, dando conta de que em diversas vistorias feitas pelo órgão municipal, foram encontrados animais vivendo em condições “desumanas” em meio às próprias fezes ou de outros animais como, por exemplo, galinhas.

Quanto ao tipo de animais a serem criados no perímetro urbano, Lucas Catamaya orienta que apenas os de estimação (cachorro e gato); já não se deve criar no perímetro urbano animais de produção (galinha, porco etc.), silvestres (macacos, cobras, aves etc.); e caso seja descoberto criação destes animais, o dono da residência poderá ser autuado com base no Código de Posturas do Município, além de ter os animais recolhidos. “A UVZ não vem para assumir a responsabilidade sobre os animais nem os recolher, mas ser um lugar para auxiliar a população nos cuidados com seus animais de estimação. Não é para ninguém cruzar os braços, mas ser parceiros na luta em favor da saúde pública”, alerta Lucas, orientando que a vacina ainda é a melhor prevenção; além de guardar bem o lixo e, não jogar em terrenos baldios, principalmente, restos de comida, folhas secas e fezes; fazer exames (Hemograma, sorologia e frações de proteínas); usar repelentes (coleira scalibor, sprays para proteção contra o mosquito); ao anoitecer e ao amanhecer manter os cães dentro de casa, pois é o horário que os mosquitos se alimentam e transmitem o calazar.

Reportagem: Francesco Costa / Da Redação do Portal Pebinha de Açúcar

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