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Vale e sindicato rural se manifestam sobre confusão e agressões em Canaã

A equipe de reportagens do Portal Pebinha de Açúcar teve acesso a um texto que está sendo divulgado em redes sociais, principalmente WhatsApp e Facebook, relatando uma suposta confusão que teria acontecido em Canaã dos Carajás, envolvendo uma empresa de segurança que presta serviços para a mineradora Vale e fazendeiros da região.

Confira abaixo a mensagem que está sendo divulgada:

“Na última segunda-feira 27, foi um dia de muita angústia para mim e todos os nossos familiares. Eu estava na fazenda do meu pai localizada na VP 12 (a propriedade faz divisa com o Projeto S11D) e na ocasião, ele e meu irmão saíram cedo junto com alguns trabalhadores para consertar uma cerca para impedir que o gado dele se perca em meio a área da Vale, já que a mineradora nunca cumpriu com o que a Justiça determinou que seria fazer a cerca em todo o ramal ferroviário. Então no local que meu pai estava trabalhando apareceram guardas questionando o que estavam fazendo, em resposta meu pai afirmou que estava solucionando o problema relacionado a saída do gado de sua propriedade e em seguida ligou para minha mãe levar os documentos para eles verem que a Vale está em dívida em relação as cercas, eles fizeram uma ligação e logo chegou mais um veículo com outros guardas somando 10 ao todo, encapuzados, com armas pesadas, spray de pimenta e facão. Eles chegaram espancando meu pai e rendendo todos os trabalhadores que ali estavam, meu irmão sem agüentar ver a covardia, partiu em defesa do meu pai, nesse momento juntaram vários homens para espancar ele, jogaram spray de pimenta neles,deram vários socos, chutes e coronhadas. Meu irmão chegou a ter convulsões de tantas coronhadas na cabeça, e mesmo assim eles não param, amarraram os dois e continuaram o espancamento e ainda os ameaçaram de morte, eles só pararam quando minha mãe chegou junto com minha cunhada e um sobrinho de 3 anos no local, agrediram minha mãe verbalmente e ameaçaram quebrar o celular dela. No desespero ela retornou para casa para me buscar e ligar para polícia, mais quando chegamos no local eles já tinham partido com meu pai e irmão, os demais trabalhadores saíram do local ainda rendidos sem poder olhar para trás, porque essa foi a ordem que deram, se alguém olhasse levava tiro. Ao chegarmos em Canaã fomos para a delegacia onde estavam todos, a imprensa fez a reportagem e na hora da entrevista meu irmão passou mal novamente. E foi hospitalizado. Só que lidar com uma empresa desse porte é bem difícil porque o país em que vivemos a corda sempre arrebenta para o lado mais fraco $. Então peço a todos que ajudem a minha família a fazer Justiça, a cobrar das autoridades que sejam justos. Vamos divulgar esse caso, por que essas pessoas não têm o direito de fazer tamanha covardia. Eu grito por justiça, não podemos admitir que eles abafem esse caso… Me ajude Canaã, me ajuda região”.

 

Nota da Vale

Através de sua Assessoria de Imprensa, a mineradora Vale se posicionou oficialmente sobre o caso, confira a nota:

“A Vale informa que na última segunda-feira (27/2), por volta de 11h30, houve tentativa de invasão em área de propriedade da empresa, em Canaã dos Carajás, por um grupo de cerca de 10 pessoas, dentre eles, o proprietário de fazenda da região, Jorge Martins dos Santos.
A empresa esclarece que não procede a informação de que a equipe de segurança chegou ao local com truculência. A abordagem foi feita na tentativa de diálogo com as lideranças como demonstrado na imagem, quando a equipe foi surpreendida com a agressão física por parte dos invasores, fraturando o nariz do inspetor de segurança.
A equipe de segurança da empresa, em ato de legítima defesa contra a agressão e em desforço imediato, impediu a continuidade da invasão da propriedade. A Polícia Militar foi acionada e segue conduzindo o caso.
Sobre a alegação referente à cerca, a Vale esclarece que não procede qualquer pendência da empresa em relação ao assunto. A propriedade continha as devidas cercas e as mesmas já foram quebradas por cinco vezes, conforme boletim de ocorrência registrado na Policia de Canaã, mesmo com a placa de propriedade particular.
Cabe ressaltar que nessa última ocorrência do dia 27, o fazendeiro Jorge, tentava construir cerca a mais de um quilômetro além de sua fazenda, ou seja, dentro de propriedade privada da empresa.
Invasão de propriedade privada é crime previsto no Código Penal e o desforço imediato, direito previsto na legislação civil como ato de defesa da posse para impedir a continuidade da invasão”.

 

Nota de repúdio

Quem também se manifestou sobre o caso, através de nota foi o Sindicato dos Produtores Rurais de Canaã dos Carajás, veja:

“O Sindicato dos Produtores Rurais de Canaã dos Carajás repudia veementemente os atos de agressão física cometidos contra Jorge Martins dos Santos e Thiago Sales dos Santos.
O SICAMPO se solidariza aos Produtores Rurais agredidos.
A assessoria jurídica do Sindicato já foi acionada em total apoio aos agredidos.
Medidas administrativas e judiciais serão adotadas no sentido de punir os responsáveis.
Eventuais excessos havidos por funcionários serão de responsabilidade civil e criminal das empresas contratantes conforme determina a Lei:
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:
III – o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele;
Além de legislação criminal aplicável ao caso.
O SICAMPO sempre estará atento e vigilante a qualquer ato contra os direitos dos Produtores Rurais de Canaã dos Carajás”.

 

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Ei, Psiu! Já viu essas?

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