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Uma das maiores UPA’s do país será inaugurada em Parauapebas nesta quarta (27)

Parauapebas receberá sua primeira Unidade de Pronto Atendimento (UPA), estabelecimento de média complexidade em saúde que vai ampliar a capacidade de atendimento em urgência e emergência no município. A estrutura tem capacidade de atender até 500 pessoas, 24 horas por dia. A inauguração da UPA, localizada no bairro Cidade Jardim, ocorrerá nesta quarta-feira (27), às 16 horas.

Construída totalmente com recursos municipais e com uma estrutura física ampla, um total de 1.400 m2, a UPA de Parauapebas é uma das maiores do país, de acordo com o Ministério da Saúde. Dispõe de 28 leitos, entre adulto e infantil, contará com uma equipe de três médicos plantonistas no período diurno e dois no noturno.

Com a disponibilização dessa nova unidade de urgência e emergência no município, o Pronto Socorro do hospital municipal será desafogado. Os serviços da UPA se diferenciam dos que são ofertados nas unidades básicas de saúde e também no Pronto Socorro municipal. Junto com o SAMU, a UPA completa a rede de urgência e emergência de Parauapebas.

Na Upa o paciente é estabilizado, podendo ficar por até 12 horas em observação, ele não deve ser internado, dependendo da situação pode ser encaminhado para o hospital municipal ou retornar para acompanhamento na unidade de saúde de referência.

Parauapebas Futebol Clube anuncia mais dois reforços para a temporada 2016

Uma das novidades é o atacante Marlon, que desembarcou hoje (26) em Parauapebas e já teve excelentes passagens pelo Internacional de Porto Alegre, no ano de 2009, onde foi vice campeão brasileiro e também no ano de 2010, onde acabou sendo campeão da Copa Libertadores da América com seus companheiros do Inter.

O atacante Marlon estava jogando recentemente no Resende do Rio Janeiro e chega ao Parauapebas Futebol Clube para reforçar o time no Parazão 2016 e Copa do Brasil, ao comando do Técnico Sinomar Naves e do Presidente Robervaldo Freitas.

Outro atleta que foi contratado recentemente pela Diretoria do “Gigante de Aço” é o zagueiro Ayrton Júnior que veio do Icasa e terá a missão de compor o elenco do Parauapebas nesta temporada e buscar a classificação para a Série D do Campeonato Brasileiro, vaga esta, ofertada dentro do Campeonato Paraense.

“Aos poucos nosso elenco está sendo montado e com certeza, nosso time brigará pela vaga no Campeonato Brasileiro na Série D e porque não, pelo título do paraense”, destacou Robervaldo, Presidente do PFC.

Agricultores pedem melhorias na Casa do Colono e prefeitura diz que fará reformas

O prédio que fica nas proximidades a antiga Feira do Produtor foi feito para hospedar os agricultores quando necessitam, no caso, uma vez por semana, porém, o local está em situação de abandono.

Em um dos quartos, parte do reboco do teto cedeu e veio abaixo, há deficiências nos encanamentos e tubulações, fios de rede elétrica estão expostos por quase toda parte, as paredes apresentam muitas rachaduras, toda a estrutura está comprometida e bastante deteriorada pelo tempo.

“Não somo animais, somos seres humanos que trabalhamos muito e merecemos pelo menos dormir de forma digna, não aguentamos mais isso, alguém precisa fazer alguma coisa por nós”, desabafa a agricultora Lúcia Vanda pereira, em declarações prestadas à reportagem do Portal Pebinha de Açúcar.

A Casa do Colono foi construída há muitos anos, ainda em gestões municipais anteriores, o projeto é uma conquista dos agricultores que muito almejaram pelo espaço, mas desde quando foi entregue para os trabalhadores, o local nunca passou por nenhum tipo de reparo ou reforma.

No local, plantas estão brotando na laje do prédio, onde seria um quarto está sendo usado como dispensa e na cozinha, a situação também é precária, sendo que para se alimentar, os feirantes precisam improvisar as panelas e a forma de cozinhar. Já nos quartos, que por sinal são muitos abafados, poucos ventiladores funcionam, as lâmpadas são compradas e trocadas pelos próprios colonos, alguns cômodos estão isolados e a situação dos banheiros é desagradável, diante da situação do prédio.

“Além da gente viajar de forma desconfortável muitos e percorrer vários quilômetros, em estrada de chão, sem a menor estrutura, somos obrigados a passar a noite nessas condições”, denunciou o agricultor Manoel dos Santos.

Outro lado

Em nota enviada pela Assessoria de Comunicação (ASCOM), a Prefeitura Municipal de Parauapebas afirmou que “as obras de melhorias da Casa do Colono fazem parte do planejamento da Secretaria de Produção Rural, que aguarda a liberação de recursos orçamentários para realizar os serviços”.

Reportagem: Dayane dos Santos – Da Redação do Portal Pebinha de Açúcar

Disque Denúncia de Parauapebas funcionará somente das 8h00 às 20h00

A notícia com certeza pegará muitos populares de surpresa, tendo em vista que grande parte das denúncias acontece depois das 20h00 em sua grande maioria, e com a redução do horário de funcionamento do Disque Denúncia Parauapebas, agora, fazer denúncias e até mesmo acionar autoridades policiais ficará mais difícil.

A notícia foi confirmada por Hellen Araújo, atual Coordenadora do Disque Denúncia do Sudeste do Pará.

Pará perdeu mais de 25 mil vagas na construção civil em 2015

Foram feitas 77.676 admissões contra 102.770 desligamentos.

Entre os municípios paraenses mais atingidos pelo desemprego no setor no ano passado, o destaque foi Altamira, com a extinção de 18.737 postos de trabalho devido ao término de algumas etapas da obra de Belo Monte.

Na região Norte, foram feitas 134.006 admissões contra 181.358 desligamentos, gerando um saldo negativo de 47.352 postos de trabalho, com decréscimo de 20,90% no emprego formal.

‘É de fundamental importância providências urgentes em todos os ângulos possíveis para inicialmente se buscar a estabilização do setor e no segundo momento a reversão deste quadro gigantesco de perda de postos de trabalho. Pela grande concentração de mão-de-obra que requer o setor, é importante também que se programem maiores investimentos na qualificação profissional desta mão-de-obra’, destacou o supervisor técnico do Dieese, Roberto Sena.

Reportagem: ORM News

Cadastro Ambiental Rural será exigido para emissão do Guia de Trânsito Animal

A medida é uma forma de garantir segurança jurídica ao produtor rural que está no processo de regularização ambiental, assegurando que seus animais têm procedência legal e sustentável, evitando embargos, restrições comerciais e garantindo a conquista de novos mercados.

Os sistemas da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), responsável pela emissão do Guia de Trânsito, e Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), responsável pelo CAR, estarão interligados, sendo que a emissão do GTA só será possível mediante a regularidade do CAR. Caso a propriedade não esteja cadastrada ou o CAR não esteja válido, o responsável terá que procurar a Semas, para regularizar sua situação e ficar apto para o transporte de animais e dos produtos de origem animal.

A vinculação do CAR ao GTA veio em forma de decreto, que dá continuidade à política de Estado, que considera a proteção do meio ambiente como princípio que deve nortear todas as relações sociais, inclusive as econômicas, em especial as voltadas à exploração de recursos naturais, com o poder público tendo o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações através do controle da produção e comercialização de produtos que impactem sobre o meio ambiente.

O secretário Extraordinário do Programa Municípios Verdes (PMV), Justiniano Netto, diz que é importante tranquilizar os pequenos produtores, que representam mais de 70% dos cadastros da Adepará, que a sincronização do CAR ao GTA é um processo gradativo e que alcança, neste primeiro momento, apenas os produtores com rebanho acima de mil animais. “Não haverá nenhum tipo de repasse de informações do cadastro da Adepará à Semas ou ao CAR, mantendo o sigilo dos dados do rebanho”, completa Justiniano.

Para o diretor geral da Adepará, Luciano Guedes, o decreto que vincula o CAR ao GTA tem como principal objetivo atender as exigências de certificação dos mercados e visa a conquista e a manutenção deles. “Garantimos produtos certificados e de qualidade aos mercados compradores, que estão cada vez mais exigentes. A preocupação ambiental é uma questão mundial que o Estado do Pará também está cumprindo”, explica.

Combate ao desmatamento – Gerente de Planejamento Ambiental da Semas, Maximira da Silva observa ser fundamental para qualquer projeto de desenvolvimento sustentável o direcionamento de políticas públicas voltadas para o monitoramento e controle dos sistemas de uso da terra e dos recursos naturais. Neste contexto, o Governo do Pará, veio como pioneiro na implementação do CAR como estratégia para conter o desmatamento ilegal na Amazônia.

“A finalidade do CAR é integrar as informações ambientais das propriedades e posses rurais, compondo base de dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico, e combate ao desmatamento”, afirma. “Serve também para auxiliar no planejamento ambiental e econômico dos imóveis rurais. Além da identificação de passivo ambiental, o CAR é um instrumento que dá acesso a políticas públicas como, por exemplo, o crédito rural junto às instituições financeiras”.

De acordo com o gerente de Trânsito Agropecuário da Adepará, Roberto Figueiredo, neste primeiro momento, a Agência está difundindo ao máximo a informação desta nova exigência não só para os produtores rurais, mas também para os servidores da Adepará. “É uma rotina nova e estamos orientando e capacitando os nossos servidores para que estejam preparados para esta nova demanda”, diz.

Histórico – A discussão sobre o assunto foi iniciada em 2011, quando o Governo do Estado, com o objetivo de intensificar a atividade agropecuária nas áreas consolidadas, apoiar a conclusão do CAR/PA e reduzir o desmatamento e a degradação ambiental, instituiu o Programa Municípios Verdes no Pará. No mesmo ano, um Termo de Compromisso foi firmado entre o Estado do Pará, MPF, Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa) e a Federação das Associações dos Municípios do Estado do Pará (Famep), para controlar o desmatamento e avançar com o CAR.

Prefeito é sepultado e Goianésia quer respostas

O prefeito foi executado a tiros na noite de domingo (24), quando participava do velório de outra pessoa, na Rua União, Centro da cidade. Amigos, parentes e cidadãos passaram pelo velório que aconteceu na Câmara Municipal de Vereadores, entre 11h15 e 17 horas.

O clima no município é de perplexidade, já que até o momento ninguém sabe o que pode ter motivado a execução ou quem seriam os autores do crime, que pegou a todos de surpresa. Muito abalados, os filhos e a esposa da vítima, Senir Fernandes – que também foi baleada na perna e chegou mancando ao velório – velaram o corpo sem falar com a imprensa, alegando não estarem em condições de conceder entrevistas.

O vice-prefeito, Antonio Pego, o Tonhão, declarou luto oficial de três dias em Goianésia do Pará e a partir do meio-dia a maior parte do comércio fechou as portas, não voltando a abrir durante a tarde. O vice, aparentando estar abatido, conversou rapidamente com o CORREIO. Para ele, este é um momento de muita tristeza para todo o município. “A perda, da maneira que foi, é o mais massacrante. É difícil”, lamentou. Questionado acerca do que espera do futuro, ele disse que o objetivo inicial é dar continuidade ao trabalho que vinha sendo desenvolvido pelo prefeito morto.

Tonhão afirmou, ainda, que toda a comunidade aguarda solução para o crime, ao contrário do que aconteceu no caso do ex-secretário de Administração do Município, Eduardo dos Santos, 59 anos, também assassinado em Goianésia em outubro passado. “Já não é o primeiro crime, mas nós vamos aguardar que a Justiça faça a parte dela e que puna os culpados”, disse. Questionado pela Reportagem se sente medo de assumir o cargo, após a execução do prefeito, o vice não disfarçou a preocupação: “De certa forma, sim”.

O presidente da Câmara Municipal, vereador Flávio Barbosa dos Santos, o Baianinho, diz que todos os 13 vereadores locais receberam a notícia de forma consternada. “Sabendo que um grande desafio vem à frente. Foi algo que abalou toda nossa cidade e mexeu com toda a população, pois ninguém esperava isso nesse momento. Todo mundo está preocupado. É um momento crítico, um momento de violência e um momento que necessita de resposta”, declarou.

Ele também citou o recente crime cometido contra o ex-secretário, cobrando respostas. “Que as autoridades competentes façam todos os procedimentos, a investigação. A gente espera que seja o mais rápido possível solucionado esse caso, não pode ficar impune. Há poucos meses tivemos a morte do ex-secretário e até o momento não temos resposta”, desabafou. Ao ser questionado se acredita que a morte tenha motivação política, o vereador disse apenas não ter essa informação. “Não sei quem, infelizmente, possa ter vindo a cometer um crime de natureza bárbara. É algo que apenas as autoridades poderão descobrir”.

O presidente destaca que a situação política de Goianésia passa a ser delicada a partir de agora. “Com certeza o trabalho vai paralisar e isso deve atrapalhar, infelizmente, a cidade de modo geral porque. Provavelmente a cidade vai sofrer com isso. Apesar disso, a gente deve tentar se apegar à Deus e voltar ao trabalho o mais rápido possível”. Sobre o relacionamento entre o prefeito morto e a Câmara de Vereadores, ele observou que se dava de forma natural. “Tinha alguma oposição, mas em questões políticas era o que é o normal em qualquer cidade. A relação era harmônica e pessoalmente ele nunca se desentendeu com nenhum dos 13 vereadores”, finalizou.

SAIBA MAIS

Natural de Barras, no Piauí, João Gomes da Silva, o Russo, tinha 63 anos e era empresário quando se candidatou, pelo Partido da República, pela primeira vez ao cargo de prefeito de Goianésia do Pará, vencendo as eleições com 6.070 votos, ou 34,811% do total. Anteriormente, ele havia sido candidato ao cargo de vereador, em 2008, no município de Tucuruí, mas sem conseguir se eleger. O vice-prefeito, Antônio Pego, o Tonhão, de 54 anos, que assume o cargo, é do Partido Social Cristão (PSC), natural de Aimorés, do Estado de Minas Gerais.

Conhecido afirma que boatos falavam de morte

O corpo do prefeito, que foi necropsiado no Instituto Médico Legal de Tucuruí, foi liberado na manhã seguinte ao crime e chegou ao local do velório sendo acompanhado por muitas pessoas a pé, em carros e motocicletas, além de ser escoltado por viaturas da Polícia Militar. João Maranhão, que foi coordenador geral da campanha do prefeito assassinado, esteve no local falou com tristeza sobre o caso.

“Pra gente aqui em Goianésia está sendo complicado. apesar de qualquer coisa ele sempre foi pessoa de bom coração e que queria fazer a diferença. A gente tinha metas, planos para executar e as ações dele sempre eram com boa vontade de desenvolver o município. Na batalha do dia a dia era incansável, era muito presente em tudo”, afirmou.

A impressão geral da comunidade e o que todos repetem acerca do prefeito, era que ele era pessoa considerada às vezes rude, porém sempre pronta para ajudar a quem necessitasse, praticando política assistencialista no município. “Era cidadão muito humano, ajudava muito as pessoas carentes e nada justifica alguém tirar a vida de um ser humano”, observou o coordenador da campanha.

João diz que em alguns momentos boatos davam conta de que o prefeito poderia ser morto, porém nunca se comprovou a origem do assunto ou qual seria o motivo de um possível assassinato. “Sempre havia boatos na cidade, que a gente não sabe de onde vêm. Ele (Russo) sempre tinha uma preocupação com a segurança dele, porém falava que poderia até morrer, mas morreria dentro do seu trabalho. ‘Eu vou cumprir com o meu dever’, ele dizia. Ele tinha medo”, diz.

Apesar disso, afirma João, nunca foram feitas ameaças diretas ao prefeito. “Eram boatos que corriam na cidade e ele absorvia. Os parceiros dele ficavam preocupados, mas ele dizia que iria trabalhar e deixar na mão de Deus porque era um homem de muita fé”, finalizou. Pessoas da comunidade também lamentaram o assassinato, Milson Araújo, pastor da Igreja Batista, fez questão de passar o velório para se despedir do prefeito.

“É uma notícia estarrecedora para a cidade, principalmente para os moradores pelo fato como tudo aconteceu. É algo que nunca havia acontecido aqui e, pelo fato de ele ser nosso prefeito, isso deixou o povo muito triste. Já ouvi de várias pessoais que elas estão revoltadas por que isso comprova a falta de segurança e a maldade e desrespeito que há. Caracteriza a frieza de quem mandou e fez, há muita crueldade”, lamentou.

Reportagem: Luciana Marschall / Grupo Correio de Comunicação

Em três anos, Canaã dos Carajás arrecadou R$1 Bilhão

Pelas ruas de Canaã dos Carajás, de 33,6 mil habitantes, a maioria dos moradores não consegue entender como é que um município cuja riqueza já é a segunda maior do Pará – com previsão de alcançar a liderança estadual antes dos próximos cinco anos -, ainda mantém índices abaixo do esperado em educação e sofríveis nas áreas de saúde, moradia, saneamento e meio ambiente. O atual prefeito, Jeová Andrade, por outro lado, não tem o que reclamar dos recursos que entram nos cofres municipais.

Em três anos de governo, ele teve à disposição R$ 1 bilhão em impostos e taxas cobrados da população e das empresas instaladas no município, incluindo nesse bolo os repasses federais e da Contribuição Financeira sobre Exploração Mineral (CFEM). Foram R$ 730 milhões, além de R$ 195 milhões de repasses da União para dezenas de convênios, e outros R$ 67 milhões provenientes da taxa mineral.

Em 2013, quando assumiu o cargo, Jeová arrecadou R$ 166 milhões; um ano depois, em 2014, a arrecadação pulou para R$ 254 milhões. Já em 2015, foram R$ 296 milhões. Se somarmos outras modalidades de arrecadação, além do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), como ISS de pessoas físicas e jurídicas, assim como o IPTU, a prefeitura arrecadou mais de R$ 1 bilhão. Nada mal para um município que, 21 anos atrás, era conhecido apenas por Vila Cedere 2, com meia dúzia de ruas esburacadas e uma dependência completa da rica Parauapebas.

Em comparação com a gestão de seu antecessor, Anuar Alves, que em quatro anos não conseguiu arrecadar R$ 400 milhões, incluindo os repasses e convênios federais, além da CFEM, a administração de Jeová Andrade pode se declarar privilegiada em termos de recursos. Mesmo diante de tantos problemas e das reclamações da população, principalmente dos moradores de bairros mais afastados.

Apesar do dinheiro que arrecada, as principais obras que se vê no município não são as da prefeitura, mas as custeadas pela mineradora Vale. As placas da empresa, aliás, estão por toda parte da cidade. São verbas, porém, que não caíram do céu. Fazem parte da contrapartida financeira pela exploração mineral de cobre e ferro, abundantes no território. A dependência municipal de recursos da Vale para obras deveria incomodar o prefeito, mas ele próprio é muito agradecido pela parceria com a mineradora, torcendo para que isso se prolongue por muitos anos. O povo, entretanto, pergunta o que Jeová faz, de fato, dos recursos que o município arrecada.

Na educação, por exemplo, a melhor escola do município foi construída com recursos da Vale. A “Carmelo Mendes da Silva”, de ensino fundamental, supera em estrutura e conforto para os alunos muitas escolas da capital, Belém. Inaugurada em julho passado, tem espaço para 900 alunos. Fica no bairro Ouro Preto e possui 14 salas de aula, laboratório de informática, refeitório, biblioteca e quadra poliesportiva coberta. O Correio esteve no local e pôde observar que a escola fica numa área intensamente ventilada. As instalações do prédio de dois andares são todas adaptadas para permitir a acessibilidade de pessoas com deficiência física ou motora.

Até quando? – Para a obra, a Vale repassou R$ 4,6 milhões à prefeitura. “Nós somos reconhecedores que se não fosse essa parceria não teríamos avançado como estamos avançando”, declarou o prefeito Jeová durante a inauguração da escola. A empresa também construiu outras duas escolas, a “Futuro”, e uma na Vila Ouro Verde, com 12 salas de aula e uma quadra coberta, com capacidade para atender 600 estudantes.

Essa escola fez parte das ações para o reassentamento de famílias da Vila Mozartinópolis. Além disso, a Vale reformou e ampliou outras escolas, como a “Adelaide Molinari”, na Vila Planalto, e “Raimundo de Oliveira” localizada na Vila Bom Jesus. Segundo a empresa, ela realiza diferentes investimentos sociais em outros setores da administração municipal, como saúde, segurança pública, energia elétrica e na atividade rural.

São investimentos feitos desde a implantação da unidade de cobre do Sossego, em 2004, e hoje do projeto de ferro S11D, de 19,5 bilhões de dólares – cerca de 76 bilhões no câmbio atual. Com previsão de exportar 90 milhões de toneladas por ano, o S11D começa a operar antes do final do primeiro semestre de 2016. Em energia elétrica, com linhas de extensão desde Parauapebas, o investimento alcança R$ 40 milhões.

Canaã terá de se preparar para o dia em que essa riqueza mineral não mais existir. Ainda há tempo para isso. Romper a dependência do dinheiro da Vale, contudo, é fundamental para o município passar a caminhar com as próprias pernas.

RESPOSTA

O prefeito Jeová Andrade foi procurado pelo O Correio, mas durante a permanência da reportagem em Canaã ele não estava na cidade. Havia viajado para Belém. Segundo a assessoria, está sendo realizado o asfaltamento de ruas que é feito com recursos próprios e nele não tem um centavo da Vale. “Não negamos que a parceria com a Vale é muito importante para desenvolver Canaã, mas em outras obras usamos recursos do nosso próprio orçamento”, explicou a assessoria.

Ela também informou que, além da Vale, a prefeitura busca outras parcerias para realizar obras. O hospital municipal, também reformado, já proporciona melhor atendimento à população, embora esteja “sobrecarregado” por atender também os funcionários da Vale.

Reportagem: Carlos Mendes / Grupo Correio de Comunicação

Concurso do Corpo de Bombeiros não será anulado no Pará

O concurso do Corpo de Bombeiros foi mantido apesar da tentativa de fraude descoberta durante a prova realizada neste domingo (24), em Belém. O anúncio foi feito pela secretária de Estado de Administração (Sead), Alice Viana, em conjunto com o comandante do Corpo de Bombeiros do Pará, coronel Zaneli, durante entrevista coletiva realizada na sede da Sead na tarde desta segunda-feira (25).

A titular da Sead explicou que o gabarito encontrado com o grupo que tentou fraudar o concurso para a formação de praças dos Bombeiros não tinha acertos suficientes para uma possível aprovação no certame.

‘Eram quatro tipos de provas, foram encontrados gabaritos apenas do tipo de prova verde e o número de acertos deste gabarito em relação ao oficial divulgado hoje foi de apenas sete questões’, explicou. Citando o edital do concurso, a secretária diz que tal pontuação não garante a aprovação no concurso. ‘Para um candidato ser aprovado ele precisa ter, no mínimo, 50% de acertos, o que significam 30 questões’, destacou.

PM armou ‘campana’

O delegado-geral da Polícia Civil, Rilmar Firmino, explicou que a tentativa de fraude foi descoberta pelo setor de inteligência da Polícia Militar. ‘A PM montou uma campana, quando o Beckembauer copiou o gabarito em um quadro e as pessoas estavam copiando as respostas foi dado o flagrante. Eles não conseguiram passar nenhum gabarito’, explicou o delegado.

A investigação mostrou também que Beckembauer Freitas Lima pretendia enganar quem tentou a aprovação fraudulenta. Rilmar informou que o fraudador pedia adiantamento de R$ 150 aos candidatos e acertava o pagamento de R$ 8 mil em caso de aprovação. ‘Pelo meio utilizado (telefone celular), seria impossível concretizar este plano. As mensagens não foram enviadas. Cada colaborador teria que fazer pelo menos 60 ligações’, detalhou.

A nota técnica divulgada pela organizadora do concurso, a Consulplan, diz que o homem apontado como líder dos fraudades, Beckembauer Freitas Lima, teve a inscrição para o concurso indeferida por ter mais de 27 anos de idade. A Consulplan diz que por isso a única hipótese a ser considerada é a de que Beckembauer apresentou documento de identidade falso para entrar no local de realização de prova. O uso da identidade falsa foi confirmada por ele em depoimento ontem na Divisão de Investigação e Operações Especiais (DIOE).

A organizadora ressaltou que foram tomadas uma série de medidas para garantir a segurança do concurso, entre elas a distribuição de quatro tipos de provas diferentes aos candidatos, contratação de seguranças para fiscalização em todos os locais de provas, lacre de equipamentos eletrônicos e objetos não permitidos de todos os candidatos, uso de detectores de metal para quando os candidatos precisassem ir ao banheiro, acompanhamento por dois candidatos da verificação dos lacres dos malotes de segurança que continham as provas, utilização de cadeados eletrônicos nos malotes das provas, restrição de saída portando o caderno de provas até os trinta minutos finais do término da prova e o cruzamento de dados no banco de inscritos para identificar candidatos que já tenham se envolvido em ocorrências em concursos anteriores.

O grupo preso ontem foi autuado por falsidade ideológica, formação de quadrilha e fraude em concurso público. Dos 47 adultos detidos – dois adolescentes faziam parte do grupo, 44 foram soltos ontem mesmo mediante o pagamento de fiança.

Três continuam presos, são eles: Beckembauer Freitas Lima, que vai responder pelos crimes de organização criminosa, falsidade ideológica, falsificação de documento público e fraude em concurso público; Jonatha Mendes da Trindade, que vai responder por fraude e falsificação de documento, e Diego da Conceição Ramos, que vai responder por falsifcação de documentos e fraude em concurso público.

A polícia continua as investigações para descobrir as pessoas que pagaram pelos ‘serviços’ do grupo liderado por Beckembauer.

Reportagem: ORM News

Nova agência do Banco do Pará é inaugurada em Eldorado do Carajás

A agência inaugurada integra a meta do banco de chegar aos 144 municípios até o final de 2018. Para este ano, a previsão do plano de expansão inclui 113 municípios. Atualmente, o Banpará conta com 330 mil clientes.

“A cidade merecia uma agência desse porte. Ela tem uma grande movimentação financeira, tanto na zona urbana quanto na rural. Eldorado, por exemplo, sedia a maior e melhor bacia leiteira do Pará, e isso representa um grande fluxo de negócios. Grandes empresas de laticínios se ressentiam pela falta de instituições financeiras prontas para atendê-las. Hoje, o governo do Estado responde a este chamado por meio do Banpará, de maneira tranquila e qualificada”, afirmou o vice-governador Zequinha Marinho, presente à solenidade de inauguração, junto com o diretor de Fomento do Banpará, Jorge Antunes, e o prefeito de Eldorado, Francis Lopes de Sousa, além de empresários e políticos da região.

Um dos objetivos da instituição com a nova agência é oferecer, além de comodidade e segurança a clientes e funcionários, oportunidades para a implantação de novos empreendimentos e incentivar o desenvolvimento econômico do município.

Diferencial – Segundo Jorge Antunes, a instalação do banco na cidade também é garantia para investimentos não apenas para as grandes empresas, mas também para micros, pequenos e médios empreendedores. “Para o micro e o pequeno empresário o Banpará tem linhas de crédito específicas e parceria com o governo do Estado, por meio do CredCidadão. Para os grandes a gente tem a linha de crédito tradicional. O diferencial de investir no Banpará é saber que este capital circulará dentro do nosso Estado, pois este é um banco nosso e que investe para o desenvolvimento do Pará e seus municípios”, declarou o diretor de Fomento.

Empresário em Eldorado do Carajás, Clenilton Alves, 40 anos, atua no ramo de ferragens e reitera os benefícios que o banco trará para o crescimento da economia local. “É essencial uma agência dessas. Tínhamos um posto pequeno e, agora, além do conforto aos clientes, acredito que teremos uma linha de crédito mais acessível para nós, empresários do município”, disse ele.

O pastor Samuel Limiro da Silva, 54 anos, um dos cinco primeiros correntistas do Banpará em Eldorado, destacou a importância da comodidade que será proporcionada pela nova agência. “Antes tínhamos grandes dificuldades para fazer pagamentos. Muitas vezes precisávamos nos deslocar para Marabá. Hoje, a gente vê a importância dessa agência quando se tem uma folha de pagamento toda organizada, além da tranquilidade de se receber na própria agência, sem a necessidade de enfrentar filas no sol e na chuva”, ressaltou Samuel.

Reportagem: Diego Andrade

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