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MINÉRIO DE CARAJÁS: Novo recorde de produção da Vale será divulgado na quinta-feira (20)

A mineradora multinacional Vale vai divulgar seu resultado de produção referente ao terceiro trimestre deste ano nesta quinta-feira (20), em meio à pauta de negociação salarial. Vai ser um deleite para os funcionários da empresa saberem – e já é possível antecipar – que a Vale aumentou seus embarques no trimestre passado. Eles terão mais fôlego e novos argumentos para botar quente em cima da companhia em prol de uma remuneração melhor.

A expectativa do mercado é de que a Vale anuncie produção de 95,6 milhões de toneladas (Mt) de minério de ferro – o que, se confirmar, será um aumento de 10% em relação ao mesmo período do ano passado.

Aqui na região, que tem os municípios de Parauapebas (Serra Norte) e Curionópolis (Serra Leste) como produtores de minério de ferro, já se pode antecipar os dados que a Vale certamente divulgará – embora com metodologia de cálculo diferente.

Saíram de Curionópolis 1,26 Mt de minério de ferro no 3º trimestre e 3,63 Mt de janeiro a setembro. Na prática, Curionópolis já contribuiu com 106,94 milhões de dólares em minério de ferro, o equivalente a cinco vezes a receita prevista pela prefeitura local.

Já de Parauapebas a Vale mandou embora 37,6 Mt de minério de ferro no trimestre encerrado, totalizando 103,37 Mt em nove meses deste ano. Traduzido em dinheiro vivo, são impressionantes 3,15 bilhões de dólares que a Vale já exportou de Parauapebas este ano, o correspondente a dez vezes a receita prevista pela prefeitura local.

Somando tudo, já saíram das minas da região de Carajás 38,9 Mt de minério no trimestre (em 2015, no mesmo período, foram 33,9 Mt); e 107 Mt de minério de ferro nos nove meses do ano (no mesmo período do ano passado, foram 93 Mt). Eventuais diferenças nos volumes deste ano não alteram o dado final: recorde de produção da empresa em cima de Carajás.
A Vale segue, apressadamente, para lucrar e exaurir a região. O resto é resto.

Reportagem: André Santos – Colaborador do Portal Pebinha de Açúcar

Polícia prende dupla que aterrorizava populares com assaltos e roubos de motos

Leonardo Gomes de Sousa, 23 anos de idade e João Marcos da Silva, 18, foram presos na manhã desta quarta-feira (19) no bairro Cidade Jardim após realizarem assalto a dois adolescentes que saiam de casa para escola.

De acordo com Valneviton da Silva, pai de uma das vítimas, o ocorrido foi próximo a sua residência e logo em seguida sua filha retornou lhe informando do assalto. “Rapidamente coloquei eles em meu carro e fomos dá uma volta na tentativa de encontrá-los, foi aí que vimos uma viatura da Polícia Militar e passamos as características dos assaltantes para os policiais que em seguida empreenderam diligência. Em poucos minutos eles prenderam os dois elementos. A polícia foi rápida com as informações que repassei e felizmente os dois assaltantes foram presos. É isso que a população tem que fazer, ajudar a polícia com informações precisas para que eles continuem realizando um bom trabalho”, disse Valneviton da Silva.

Na hora da ação criminosa, o ‘garupa’ da moto estava armado com um revólver calibre 38 com quatro munições intactas. Além de quatro aparelhos celulares que estavam com a dupla, a polícia apresentou na Delegacia de Polícia Civil um adolescente de 17 anos de idade acusado de ser comparsa dos outros dois elementos e uma moto CG Titan preta que usada na ação criminosa.

Enquanto o trio era apresentados na 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil de Parauapebas, de acordo com o delegado plantonista José Aquino, outras três vítimas chegaram naquela especializada e reconheceram os apresentados como sendo os autores dos assaltos que sofreram ontem. Uma mulher que não quis se identificar disse que reconhecer Leonardo Gomes como sendo o que apontou a arma para ela e subtraiu sua moto Biz, uma outra vítima de assalto também suspeita que a dupla seja autora do roubo de uma moto Bros, ocorrido também na noite anterior.

A dupla que já tem passagem pela polícia por prática de assalto foi presa pela VTR- 2303, composta pelos PM’s, Sargento Pinto e soldado Medeiros, na avenida Buriti, com apoio da guarnição da VTR- 2307, que capturou um dos acusados que na hora tentou escapar do cerco policial.

Reportagem: Caetano Silva – Da Redação do Portal Pebinha de Açúcar

Trabalhador acusa mineradora Vale de o demitir com suspeita de câncer

E foi depois de um atrito com um ‘amigo de trabalho’ que o soldador Jackson Veloso Silva, empregado na mineradora Vale em Parauapebas há cerca de três anos foi demitido por justa causa.

Ele procurou a equipe de reportagens do Portal Pebinha de Açúcar para contar que atuava no +40 e quando retornava para Parauapebas, por volta das 17h00 do dia 27 de julho de 2016, perguntou ao ‘amigo’, Márcio Rodrigues Santos, mecânico, se ele tinha, como de costume, algum lanche para compartilhar e ouviu deste que não era seu pai e que o único filho que tem mora em Brasília.

Mas o ‘caldo engrossou’ quando Jackson insinuou, em tom de brincadeira, que o filho poderia não ser dele; diante disso, Márcio teria o agredido com um soco na boca. A turma do ‘deixa disso’ entrou em ação e não permitiu que os dois se atracassem em luta corporal e os tirou do local, em carros separados.

As brincadeiras de ‘mau gosto’ perduravam e no outro dia, dentro do ônibus, Márcio e os demais trabalhadores já ‘zoavam’ Jackson que admite ter dado um tapa em Márcio; ato que foi notado pelos supervisores que interviram.

Como resultado da quezila, Jackson foi demitido por justa causa, já Márcio teria sido transferido para outra área.

Mas os problemas de Jackson na empresa não se atinham apenas na agressão praticada pelo ‘amigo de trabalho’. De acordo com suas narrativas, um acidente de trabalho sofrido por ele quase não era relatado porque o supervisor Júlio César Moreira teria recomendado que não fizesse relatório. “Ele falou que eu estava com sangue quente e que deixasse para o dia seguinte”, conta Jackson, relatando ainda que usou o rádio e chamou os bombeiros para fazer o procedimento.

Ocorreu aí o primeiro desentendimento entre ele e seu superior, que diante da recusa de entregar a ele o documento que relatava o acidente, segundo Jackson, o ameaçou de demiti-lo. Na opinião de Jackson, o interesse do supervisor em ‘abafar’ o caso era para segurar o índice de acidentes da empresa que já estava elevado.

Resultado: Duas horas depois buscaram Jackson que estava a caminho de sua casa e anunciaram sua demissão por justa causa. O trabalhador ainda argumentou, citando um tratamento por suspeita de câncer adquirido por irradiação emitida pela máquina de solda, porém, nenhum de seus superiores ficaram comovidos.

A situação de Jackson é difícil: desempregado, sem dinheiro e impossibilitado de trabalhar. Já que a demissão foi por justa causa, ele afirma não ter recebido nenhum recurso indenizatório.

Como agravante para o caso, o trabalhador demitido já estava com cirurgia marcada para fazer biopsia e diagnosticar o problema suspeito de câncer; tratamento que não será mais custeado pela empresa já que ele foi desligado da mesma.

Jackson diz que acionou a Justiça e a audiência está marcada para o próximo ano, mas o problema de dele só se agrava. Enquanto a Justiça não se pronuncia, só resta esperar e contar com o auxílio dos amigos.

Outro lado

A equipe de reportagens do Portal Pebinha de Açúcar entrou em contato com a Assessoria de Comunicação da Vale, que por sua vez encaminhou a seguinte nota: “A empresa ressalta que preserva a privacidade de seus colaboradores e suas relações de trabalho, e, portanto, não comenta procedimentos de rescisão de contrato nem processos que estejam em análise pelo Poder Judiciário. A Vale reforça ainda que cumpre com as Normas Regulamentadoras, que regem a prática da Segurança e Saúde Ocupacional e determina que seus empregados atuem conforme as obrigações legais. A empresa informa ainda que desconhece, qualquer registro junto a sua Medicina do Trabalho sobre a doença alegada”.

Reportagem: Francesco Costa – Da Redação do Portal Pebinha de Açúcar

Ministério Público faz visita surpresa a UPA e encontra pacientes insatisfeitos

Na noite da última terça-feira (18 de outubro), às 23h30, o Ministério Público Estadual (MPE), fez uma visita surpresa às dependências da UPA (Unidade de Pronto Atendimento), localizada na Av. dos Buritis, no Bairro Cidade Jardim, em Parauapebas. Na ocasião, o órgão encontrou pacientes reclamando da demora no atendimento.

Em um vídeo, o MP registra as queixas de Carlete Costa de Sousa que afirma que o filho já passou mal mais de uma vez enquanto aguardava atendimento, ela se queixa também da conduta de um profissional da unidade. “Aquele ignorante que está dentro da sala de triagem, disse: amanhã o médico não atende não (sic)”.

O Promotor de Justiça Hélio Rubens Pinto, responsável pela 4° Promotoria de Justiça, conversou também com outros pacientes. Alrevan Silva Lima, morador do Bairro Cidade Jardim, estava aguardando na fila há 2h43min, segundo ele, ao conversar com o promotor.

O Ministério Público foi a UPA após denúncia referente ao atendimento, e de que apenas dois médicos estavam trabalhando na noite de ontem, fato constatado durante a visita.

Procurada, em nota a Prefeitura Municipal de Parauapebas informou que durante o dia são escalados quatro médicos e durante a noite, dois. Ainda em nota a prefeitura informou que muitos pacientes procuram a UPA para atendimentos menos urgentes, que nestes casos deveriam procurar uma unidade básica de saúde que funciona até às 13h00. Segundo resolução do Ministério da Saúde, para UPA de porte ll, das 07h às 19h no mínimo quatro médicos devem atender. Já das 19h às 07h no mínimo dois médicos.

Já em uma cujo atendimento se estende a mais de 200 mil habitantes, ou seja, de porte III, são no mínimo seis médicos durante o dia, e no mínimo três no período noturno. Ainda segundo a prefeitura, apesar da estrutura da UPA ser de porte lll, a equipe de profissionais é para porte ll, quando o município tem uma população menor que 200 mil habitantes, os dados demográficos considerados são do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mas de acordo com levantamento da Vigilância Sanitária do município, órgão ligado à Secretaria Municipal de Saúde, em 2013, a população já era de 263.843 mil habitantes.

Hélio Rubens - Ministério Público
Hélio Rubens – Ministério Público

Em outro vídeo, o Ministério Público registrou também o depoimento de uma paciente que já estava há cerca de cinco horas esperando. A denúncia feita ao órgão está sendo investigada. Na manhã desta quarta-feira (19), a equipe de reportagem esteve na unidade e encontrou o local cheio de pacientes na espera por atendimento.

Reportagem: Jéssica Diniz – Da Redação do Portal Pebinha de Açúcar

Prefeitura de Parauapebas é alvo de mais uma manifestação

Ao longo de quase quatro anos em que o empresário Valmir Mariano (PSD) assumiu como prefeito do município de Parauapebas, dezenas de manifestações foram realizadas no Centro Administrativo que fica localizado no Morro dos Ventos, e no finalzinho de sua gestão, as manifestações continuam.

Durante a manhã desta quarta-feira (19), a Prefeitura voltou a ser alvo de manifestação, dessa vez, organizada por funcionários da empresa ESE, que presta serviços à Prefeitura Municipal de Parauapebas na área de segurança privada. Os trabalhadores que estão com salários atrasados pré-anunciaram a manifestação de hoje durante a Sessão Ordinária que foi realizada na manhã de ontem (18) na Câmara Municipal.

Segundo Paulo Soares, que trabalha na empresa há quase três anos, os salários dos trabalhadores estão atrasados em pelo menos três meses, além disso, o FGTS, o fundo de garantia está retido há oito meses e nem mesmo o plano de saúde está podendo ser utilizado pelos seguranças e vigias. Ainda de acordo com ele, são quase cinquenta funcionários nesta situação.

De acordo com os vigilantes, a empresa os retirou dos postos de trabalho porque não estaria recebendo os repasses da Prefeitura Municipal de Parauapebas, e teria justificado que este seria o motivo de não estar realizando os pagamentos dos mesmos. Por outro lado, os trabalhadores acreditam que a empresa está colocando a responsabilidade apenas no órgão público, e já acionaram o Ministério do Trabalho em Marabá para intervir na situação.

No local da manifestação os trabalhadores da empresa ESE estão ameaçando a qualquer momento invadir o Gabinete do Prefeito Valmir Mariano para cobrar soluções para os salários atrasados.

Na frente da Prefeitura Municipal de Parauapebas, os manifestantes colocaram faixas e cartazes com palavras que falam dos salários atrasados dos profissionais de segurança.

Chefe de Gabinete se manifesta

Wanterlor Bandeira, Chefe de Gabinete do Prefeito Valmir Mariano, em declarações prestadas ao Portal Pebinha de Açúcar disse que: “Contratualmente a Prefeitura Municipal de Parauapebas está em dia com a empresa de segurança. Reunir com o Sindicato da categoria e o que me informaram é que estão com salários atrasados e seis meses sem depósitos de FGTS e INSS. Chamamos aqui o responsável pela empresa por duas vezes e não apareceu. O Sindicato estava junto e tem conhecimento disso. Orientei a entrarem com pedido de liminar na Justiça do Trabalho para bloqueio do pagamento da empresa, não sei se fizeram isso. Alegação da empresa para não pagamento era que a PMP não estava repassando os valores contratual, inclusive no dia da reunião foi mostrado ao Sindicato que existia uma única nota em atraso em razão do erro na nota fiscal por parte da empresa. Mesmo que a Prefeitura de Parauapebas não tivesse pagando a empresa, isso não seria desculpas para os atrasos nos pagamentos dos seus funcionários”.

A pedido do Ministério Público, justiça afasta prefeito e 7 secretários em Pacajá

Uma decisão do Juiz da Vara Única de Pacajá, César Leandro Pinto Machado, decidiu pelo afastamento do prefeito da cidade Antônio Mares Pereira e dos secretários dele Telvina Madalena Noronha (Administração), Eronaldo Pereira da Silva (Saúde), Kleber Franca Souza (Obras e Transporte), Lourival Rocha Teixeira (Desenvolvimento Econômico), Edvan Sousa Oliveira (Finanças), José Adailton Dias da Silva (Meio Ambiente), Silvana Lima de Souza (Habitação e Regulação Fundiária) e Demerval de Oliveira Lima filho (Chefe de Gabinete). Todos são acusados de cometer atos de improbidade administrativa lesivos ao erário, que resultaram e milhões em prejuízo para a municipalidade, servidores públicos municipais e moradores de Pacajá.

Em sua manifestação o Juiz informa que a atual gestão demonstrou patente descaso com a coisa pública, descumprindo decisões judiciais, desviando recursos públicos e se enriquecendo ilicitamente ao dispensar irregularmente licitações públicas. Fatos devidamente comprovados por meio de depoimento/representação dos munícipes na Promotoria de Justiça de Pacajá e perante o Núcleo de Combate à improbidade e à Corrupção, que deram origem às notas técnicas da Controladoria-Geral da União que, a partir de visitas técnicas, constatou in loco as inúmeras irregularidades praticadas com os recursos repassados ao Município de Pacajá/PA.

O Ministério Público do Estado do Pará, por meio do promotor de Justiça Luiz Alberto Almeida Presotto fundamentou sua medida cautelar apontando as irregularidades praticadas pela gestão municipal. São elas: transferências de recursos da saúde para outras contas sem comprovação de despesas (no total de R$ 485.393,67), ausência se comprovação de despesas com combustíveis (no total de R$ 100.336,66), montagem de processo licitatório para o transporte escolar, superfaturamento na execução de Contrato de Transporte Escolar (no total de R$ 31.110,75), pagamentos por serviços não realizados (no total de R$ 64.711,66), impropriedades na execução de recursos do Fundeb (no total de R$ 2.197.553,68), utilização indevida de recursos do Fundeb (no total de R$ 668.624,33), aquisição de combustível em quantidades incompatíveis com as necessidades do transporte escolar, causando desvio de recursos da educação básica (no total de R$ 403.547,32), fraude em licitações com direcionamento em favor de empresas fantasmas e inexecução de objetos licitados, apropriação indébita de créditos consignados descontados dos servidores públicos e não repassados à instituição financeira, o descumprimento reiterado de decisões judiciais desse juízo e, por fim, a ausência do gestor municipal na sede da Prefeitura.

O Juiz também determinou a indisponibilidade ou sequestro dos bens móveis e imóveis do prefeito Antônio Mares Pereira no valor de R$ 4.906.900,59 (quatro milhões, novecentos e seis mil e novecentos reais e cinquenta e nove centavos). E observou ainda que as irregularidades praticadas pela gestão municipal afetaram diretamente o pagamento do salário dos servidores, muitos estão com os vencimentos atrasados há meses. No caso dos professores, cuja verba para o pagamento dos salários é custeada pela União, o repasse vinha sendo feito devidamente ao município.

Confira AQUI a decisão na integra

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